EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL E A TRAJETÓRIA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UFRN Forum das CPAs na UFRPE Renata Archanjo CPA - UFRN
A Educação Superior é um direito humano e um bem público social. Em um mundo onde o conhecimento, a ciência e a tecnologia desempenham um papel de primeira grandeza, o desenvolvimento e o fortalecimento da Educação Superior constituem um elemento imprescindível para o avanço social, a geração de riqueza, o fortalecimento das identidades culturais, a coesão social, a luta contra a pobreza e a fome, a prevenção da mudança climática e a crise energética, assim como para a promoção de uma cultura de paz. Declaração da Conferência Regional de Educação Superior. Cartagena, 2008. IIESALC/UNESCO http://www.iesalc.unesco.org.ve 2
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Não há uma concepção única de Avaliação Institucional, assim como não há de Educação, de Universidade e de Formação profissional. As divergências não são técnicas, mas de posicionamentos teóricos. 3
TENDÊNCIAS TEÓRICAS Duas grandes tendências predominam nas experiências de avaliação no Brasil. Uma voltada para o controle e hierarquização entre as instituições Outra voltada para a efetividade científica e social da instituição. 4
TENDÊNCIAS TEÓRICAS A primeira tendência refere-se a uma concepção de avaliação denominada MERITOCRÁTICA. A segunda tendência, orientada por uma lógica de TRANSFORMAÇÃO, visa à construção da qualidade. 5
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A avaliação institucional é um processo de contínuo aperfeiçoamento do plano de desenvolvimento de uma instituição, constituindo-se em ferramenta para o planejamento da gestão. 6
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O projeto institucional e o projeto de avaliação devem estar intimamente relacionados. É a partir desta intrínseca ligação que a avaliação institucional se constitui em processo permanente para aperfeiçoamento, reflexão e redefinição da missão dos objetivos e prioridades da instituição. 7
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL OBJETIVO Contribuir para o desenvolvimento da pedagogia da integração da instituição. É um processo formativo que produz uma visão de conjunto da instituição e do inter-relacionamento entre as partes 8
PRINCIPIOS ORIENTADORES Respeito a Diversidade Institucional Cada modelo de avaliação escolhido corresponde um modelo de universidade ou de instituição cuja missão, objetivos e prioridades são definidos pelos seus pares. 9
PRINCIPIOS ORIENTADORES Participação Ampla e Articulada Participação dos atores internos e externos no processo de avaliação. 10
PRINCIPIOS ORIENTADORES Não é Impositiva nem Punitiva A decisão de realizá-la é uma escolha ética que obedece ao princípio de transparência, do sentido público e de responsabilidade social. Não deve servir à competitividade e à hierarquização das Instituições. 11
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL TRAJETÓRIA DA UFRN 12
PERÍODO PAIUB 1994-2004 Constituição da Comissão Executiva de Avaliação Institucional Portaria do Reitor Aprovação de Projeto Institucional Capacitação da Comissão 13
PERÍODO PAIUB 1994-2004 Comissão sediada na Pró-reitoria de Planejamento (PROPLAN) integrando o processo de planejamento Destaque orçamentário Produtos e resultados publicizados (Fóruns, Seminários e Mídia interna e externa) 14
PERÍODO PAIUB 1994-2004 Construção de uma cultura de avaliação Diagnósticos Global e Setoriais da Universidade Subsídio a 2 Planos de Gestão Subsídio ao 1º Plano de Desenvolvimento Institucional 15
PERÍODO SINAES 2004-2012 Constituição da CPA. Trabalho em parceria com a PROPLAN. Aprovação pelo CONSEPE do Projeto de Autoavaliação. Autonomia e destaque Orçamentário. Equipe assessora contratada pela FUNPEC. Participação no staff. 16
PERÍODO SINAES 2004-2012 Estratégia Organização de Subcomissões por dimensão: capilarização. Criação da página www.avaliacao.ufrn.br Publicização dos resultados em fóruns específicos e global. Planejamento das ações para cada dimensão. 17
PERÍODO SINAES 2004-2012 Metodologia Reunião com gestores da área convocação pelo Reitor. Criação e capacitação da Subcomissão. Levantamento de dados e elaboração dos instrumentos. Aplicação por equipe estatística e Análise dos dados quantitativos e qualitativos. 18
PERÍODO SINAES 2004-2012 Metodologia Apresentação em Fórum e Discussão dos resultados. Tomada de Medidas com prazos. Ações para superação com envio a PROPLAN. Publicização em www.avaliacao.ufrn.br 19
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PRINCIPAIS AÇÕES EM 2006 Primeira autoavaliação na UFRN das 10 dimensões do SINAES. Seminário para apresentação de resultados de cada dimensão com gestores, professores e estudantes. Levantamento de pontos fortes e fracos e propostas de Políticas Institucionais. Avaliação da docência 21
PRINCIPAIS AÇÕES EM 2008 Aprovação da Resolução Nº131/2008 CONSEPE regulamentando as normas para a avaliação da docência na UFRN. 22
PRINCIPAIS AÇÕES EM 2009 Avaliação do PDI 1999 2008 Identificação de pontos críticos e de avanços Relatório Pensando o Futuro : subsídio para PDI 2010 2019 Elaboração do PDI 2010 2019 Inclusão de Programas Estratégicos 23
PRINCIPAIS AÇÕES EM 2010 Avaliação da Docência Assistida. Avaliação da resolutividade nos Hus. Avaliação da identidade do CERES na região. Avaliação da atividade de pesquisa e pósgraduação. Avaliação da gestão. 24
PRINCIPAIS AÇÕES EM 2011 Autoavaliação das 10 dimensões Recredenciamento da Instituição por avaliação externa. Avaliação da modalidade EAD. Avaliação das residências em saúde. 25
PRINCIPAIS AÇÕES EM 2012 Avaliação da atividade de extensão (em curso). Avaliação do sistema de avaliação de desempenho dos servidores técnicoadministrativos (finalizada). Revisão do instrumento da avaliação da docência (em curso). 26
ENADE INTEGRAÇÃO COM AVALIAÇÕES EXTERNAS INEP Reuniões entre CPA, PROGRAD e Departamento Análise das provas e discussão em reuniões com os cursos Consistência e coerência com os componentes curriculares. Documentos: Avaliação da docência, TSG, Projeto Pedagógico e Plano Trienal Departamental. Encaminhamento: Colegiado discute e propõe melhorias em anexo ao plano trienal e revisão no Projeto pedagógico 27
INTEGRAÇÃO COM AVALIAÇÕES EXTERNAS INEP Avaliação dos Cursos de Graduação Autoavaliação de cursos (por demanda). Articulação dos resultados da avaliação para a tomada de medidas. Reuniões entre CPA, PROGRAD e Coordenações de curso. Acompanhamento do processo de avaliação externa. 28
INTEGRAÇÃO COM AVALIAÇÕES EXTERNAS: CAPES Reunião CPA, PPG e Colegiados de PG. Avaliação da CAPES: Consistência e coerência com os Projetos pedagógicos. Oficina CPA e PPG por área de conhecimento. Participação de alunos e professores. Reunião dos colegiados: Discussão, propostas e planejamento para o próximo triênio. Documentos: Avaliação do triênio, Projeto Pedagógico e Relatório das Oficinas. 29
AVALIAÇÃO DA DOCÊNCIA Anual, obrigatória para professores e alunos. Referência para avaliar o estágio probatório. Realização de Plenária obrigatória para discutir resultados e planejar melhorias para a qualidade do ensino de graduação. 30
AVALIAÇÃO DA DOCÊNCIA Professor com baixa avaliação: curso de atualização (PAP) Registro de faltas do professor: Reitor solicita justificativa. Vídeo exibido na matrícula http://www.avaliacao.ufrn.br 31
PRINCIPAIS RESULTADOS / MEDIDAS Laboratório de Manequins Laboratório de Comunicação Social Laboratório para Licenciatura em Matemática Revisão da Portaria de Avaliação de Aprendizagem Elaboração de Plano de Obras Expansão da Biblioteca e Sistema de compra de livros Curso de Atualização Pedagógica 32
PARA QUE AVALIAR? Para identificar pontos fracos e pontos fortes da instituição Para corrigir rumos em busca da melhoria da instituição como um todo Para fazer projetos futuros Para melhorar a qualidade da atuação institucional Para prestar contas à sociedade Para autodefesa 33
MISSÃO A missão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como instituição pública, é educar, produzir e disseminar o saber universal, preservar e difundir as artes e a cultura, e contribuir para o desenvolvimento humano, comprometendo-se com a justiça social, a sustentabilidade socioambiental, a democracia e a cidadania. (Ministério da Educação. UFRN, 2010, p.11). 34
ÉTICA Como tudo o que é humano está mergulhado em valores, como tudo o que é social, e este é o caso da educação, tem necessariamente um sentido político, a avaliação institucional deve ser vista como uma questão pública, não só técnica, e de amplas consequências na sociedade. Não é prioritariamente uma operação para equacionar tecnicamente as divergências, abafar as discordâncias, homogeneizar os interesses e camuflar as contradições através de ajustes e aplicações instrumentais. Não existe para justificar um clima morno e seguro em que as respostas técnicas emudecem as dúvidas e impedem que as questões emerjam. (Dias Sobrinho, 1996, p.15) 35
OBRIGADA PELA ATENÇÃO RENATA ARCHANJO CPA-UFRN archanjo@ufrnet.br cpa_proplan@reitoria.ufrn.br 36