Recomendações à Congregação da EFLCH/UNIFESP da Comissão de Espaço Físico, Infraestrutura, Acessibilidade e Inclusão Guarulhos, 1º de Outubro de 2012 Prezados membros da Congregação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Unifesp, Prezado Diretor Acadêmico, Nós, integrantes da Comissão de Espaço Físico, Infraestrutura, Acessibilidade e Inclusão, gostaríamos primeiramente de informar que as atas e documentos que esta comissão produziu, bem como os projetos do campus e do edifício acadêmico a construir estão disponíveis em arquivos formato pdf no site da EFLCH-Unifesp, no link da comissão, como o objetivo de colaborar para a transparência na gestão e na divulgação de informações a toda a comunidade acadêmica. 1 A seguir fazemos recomendações à Congregação da EFLCH a respeito de (A) Processos de reforma e aquisição dos galpões industriais alugados (B) Andamento da licitação de obra e fiscalização do novo prédio acadêmico e (C) Aluguel temporário do prédio do antigo colégio Agnus Dei. A. Solicitamos deliberação da Congregação acerca dos Processos abaixo relacionados referentes aos galpões industriais alugados, encaminhados pela Direção Acadêmica e pelo Departamento de Engenharia, para os quais nos foi requisitado parecer: 1. Relativamente ao Processo 23089.015278/2012-04, que trata da adequação do espaço locado para Unifesp no sentido de atender demanda de armazenamento
de livros da biblioteca não disponíveis para consulta, a Comissão sugere aprovação e dá parecer favorável desde que cumpridas as solicitações enviadas pela Biblioteca e que constam no Processo citado. Lembramos, ainda, que esta Comissão já havia recomendado em carta de 28 de maio à Congregação o uso e adaptação dos galpões para depósitos, não apenas de livros, e para almoxarifado. Reiteramos a importância das especificações constantes do Processo que objetivam o correto acondicionamento de livros. 2. Relativamente ao Processo 23089.015057/2012-28, que trata da locação do imóvel do Grupo Stiefel, ora descartado, e a aquisição do imóvel localizado na Estrada do Caminho Velho 300, ora em questão, esta Comissão manifesta a importância da aquisição do imóvel, desde que a opção da comunidade acadêmica seja por consolidar a EFLCH-Unifesp na região dos Pimentas, Guarulhos. Neste sentido, recomendamos, ainda, negociação dos valores de compra, dado que a escolha por este imóvel se faz em função do terreno e não da benfeitoria. Recomendamos a futura demolição dos galpões para construção de edificações condizentes com as necessidades acadêmicas da instituição. O imóvel foi avaliado em R$ 15,6 milhões de reais, mais de R$ 8 milhões acima do valor orçado para o terreno livre e desimpedido contíguo e de mesma metragem destinado à moradia estudantil. 3. Relativamente ao Processo 23089.015190/2012-84, que versa sobre a adequação de salas de pesquisa para atividades acadêmicas no imóvel localizado à Estrada do Caminho Velho, 300, objeto do item 2 deste ofício. Trata-se da adaptação do imóvel para receber 22 salas de pesquisa, 4 salas com 4 estações de trabalho e Centro de Memória do Departamento de História. Do Processo consta carta do arquiteto André Caram, do departamento de Engenharia da Unifesp, indicando as dificuldades de se fazer em curto tempo essas alterações de reconversão de uso dos galpões, assim como seus custos e a viabilidade do investimento dadas as outras solicitações que envolvem o mesmo imóvel (transferência do Setor Administrativo, depósitos para Biblioteca e Almoxarifado), além do debate sobre a localização da EFLCH. Esta Comissão considera que é necessário aguardar os resultados das negociações que envolvem o aluguel do prédio onde funcionava o Colégio Agnus Dei para que se tomem decisões sobre quaisquer reformas no imóvel da Estrada do Caminho Velho, 300. Isto porque grande parte das salas solicitadas poderão ser alocadas no edifício Agnus Dei caso este seja alugado. Assim, antes de proceder a reformas que envolvem obras civis como abertura de janelas, construção de paredes e reformas hidro-sanitárias, esta Comissão sugere que se aguarde o andamento das negociações sobre o imóvel provisório que receberá a EFLCH enquanto se executa a construção do seu prédio definitivo. 2
Parece razoável, neste momento, utilizar os galpões apenas para depósito de Biblioteca e Almoxarifado, uma vez ainda que, em caso de aquisição, os mesmos serão em breve demolidos para futuras instalações acadêmicas condizentes, o que não justificaria, deste modo, a realização de maiores reformas e benfeitoria. B. No que tange os processos licitatórios de obra e fiscalização do novo edifício acadêmico da EFLCH, informamos que: 1. A Comissão esteve presente na Audiência Pública de 6 de setembro de 2012 que tratou da readequação do edital de licitação da obra, e que contou com a presença do Ilmo. Reitor Prof. Walter Albertoni, da Sra. Adriana Veska (MEC), do Eng. Carlos Meireles (Diretor de Engenharia), do Procurador Federal Dr. Thomas de Almeida e de outros servidores, bem como das 11 empresas que retiraram os envelopes da última licitação. Foram discutidas e aprovadas as seguintes alterações no termo de referência do edital: aumento do BDI (Bônus de Despesas Indiretas), de 20 para 27%; alteração na taxa de mobilização de 1 para 1,5%; atualização nos preços da tabela Sinapi (aumento médio de 3,5%); revisão do atestado técnico de execução de pré-fabricados de concreto; redução da qualificação financeira das empresas de 2% para 1% do total da obra. Com isso o valor da obra deve subir de 46,5 milhões de reais para cerca de 52 milhões de reais. 3 2. A revisão técnica e de valores de orçamento está sendo feita pela empresa NBC, com entrega solicitada para o dia 2 de outubro. A previsão é de lançamento do edital de obra até o dia 15 de outubro e de abertura de envelopes até o dia 15 de novembro, podendo a contratação e início da obra ocorrer nos mês seguinte. 3. A Direção Administrativa do Campus informou que foi feito termo de referência de licitação de gerenciadora para fiscalização de obra. O Eng. Meireles aguarda orçamento das empresas para compor orçamento desse termo de referência. Em seguida, a Direção Administrativa do Campus irá dar andamento ao processo de lançamento do edital, previsto para janeiro de 2013. Caso a concorrência seja bem sucedida, a empresa estaria apta a começar a fiscalização da obra em fevereiro ou março de 2013, quando esta já estaria com cerca de 2 meses de andamento. Tendo em vista esses informes, a Comissão recomenda à Congregação: 1. Que seja enviada justificativa oficial da Reitoria em relação às alterações acima citadas no termo de referência do edital e nos valores da licitação.
2. Que a Reitoria e a Direção do Campus procurem compatibilizar as duas licitações (obra e fiscalização) dentro de um mesmo calendário, para que a obra possa iniciar com equipe de fiscalização contratada e preparada desde o início. 3. Caso haja diferença de datas das licitações, que a obra só se inicie no momento em que a equipe de fiscalização esteja contratada para realizar seus trabalhos. 4. Justificamos as recomendações acima esclarecendo que uma equipe de fiscalização (cujo custo é mínimo se comparado ao valor da obra) é essencial para a correta execução do edifício e bom andamento dos trabalhos de construção. Tal equipe tem por atribuição realizar o acompanhando cotidiano: do canteiro e do diário de obras; da execução dos serviços em acordo com as normas técnicas brasileiras; dos controles tecnológicos, das especificações e testes de materiais; das discrepâncias entre projeto, memorial e orçamento; do cronograma e das medições de execução e pagamento; da procedência de solicitações de aditamento e alterações de projeto; das condições de trabalho dos operários (segurança, saúde, alimentação e higiene); da destinação de descartes de terra, entulhos e resíduos diversos e da procedência de determinados materiais fiscalizados ambientalmente; colaborar no teste de instalações e equipamentos elétricos e mecânicos; acompanhar as aprovações junto ao Corpo de Bombeiros, alvará de funcionamento e Habite-se etc. O trabalho de fiscalização colabora o correto emprego do recurso público e para evitar futuras patologias na edificação, que podem impedir ou retardar seu uso, além de onerar a instituição e a comunidade acadêmica (como já se verificou no Campus da Baixada Santista). A equipe de fiscalização deve ser formada e atuante desde o princípio da obra, definindo profissionais, metodologia, critérios e instrumentos. Por fim, uma equipe de fiscalização especializada e atuante é importante para diminuir as responsabilidades dos servidores da universidade que não têm as competências específicas para avaliar a construção (caso da nossa equipe local de administração do Campus) ou número de quadros técnicos e sua disponibilidade para o acompanhamento cotidiano da obra (caso da equipe de engenharia da Reitoria). 4 5. Mais uma vez reiteramos que além de gerenciadora de obras é necessário a abertura de vagas e concurso para de servidores públicos locados no Campus na área de arquitetura e engenharia, inclusive para orientar e fiscalizar o próprio trabalho da gerenciadora terceirizada.
C. Sobre o aluguel de edificação temporária para receber nossas atividades durante o período de obras. Informamos que: 1. Descartado o aluguel do edifício de escritórios da indústria Stiefel, por recusa desta empresa em realizar as reformas solicitadas pela Unifesp, a melhor opção no momento é o aluguel do edifício do antigo Colégio Agnus Dei, situado na Av. Salgado Filho, 174, no Centro de Guarulhos, com 11 mil m2 de área construída, em região amplamente atendida por transportes públicos. As imobiliárias contatas pela reitoria até o momento não conseguiram oferecer outras alternativas de aluguel condizentes com nossas necessidades. 2. Foi realizada visita técnica ao edifício Agnus Dei no dia 10 de setembro, com a presença da Comissão, do Depto de Engenharia e de servidores do Campus. Logo a seguir foi realizado um relatório técnico detalhado das reformas necessárias para que o prédio tenha condições de uso para nos receber. O documento foi entregue ao proprietário, que está orçando desses serviços e obras, e irá se pronunciar até o dia 5/10. Caso a resposta seja positiva, no sentido de realizar as obras, será solicitado o laudo de avaliação para balizar o valor possível de aluguel. O período de aluguel previsto é de 36 meses. Caso seja feito o acordo e contrato, prevê-se um prazo de reforma de 4 meses e mudança no início de 2013. 5 3. Assim que houver avanço na negociação do Agnus Dei, esta Comissão irá realizar o estudo de uso e ocupação e apresentar as plantas com alternativas à Congregação, tal como fez para o caso do edifício Stiefel. 4. Lembramos que o aluguel do edifício temporário se faz necessário não apenas para evitar o conflito entre atividades acadêmicas e barulhos e trabalhos de construção do novo edifício, mas porque o nosso campus atual já não comporta há tempos nossas atividades, com falta de salas de aula, de pesquisa e de professores; espaço exíguo para as áreas administrativas e de secretarias; falta de espaço para a expansão da biblioteca (com 17 mil livros encaixotados); melhores condições para o restaurante universitário etc. Sem mais para o momento e nos colocando a disposição para maiores esclarecimentos, Subscrevemo-nos cordialmente, Comissão de Espaço Físico, Infraestrutura, Acessibilidade e Inclusão