DISCENTE: EFRAYN PEREIRA CÂMARA BRASILEIRA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM EMPRESARIAL - CBMAE MEDIAÇÃO: MEDICINA VETERINÁRIA Trabalho de conclusão do Curso de Capacitação da CBMAE Campo Limpo Paulista, Tutor Sr. Sidney Fernandes Filho. CAMPO LIMPO PAULISTA DEZEMBRO/ 2010
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 4 2. MEDIAÇÃO NA MEDICINA VETERINÁRIA... 6 4. CONCLUSÃO... 7 BIBLIOGRAFIA... 8 p. 2
O bom-senso vai mais longe do que muito conhecimento. ( Provérbio Chinês) p. 3
1. INTRODUÇÃO A Mediação é um método por meio do qual uma terceira pessoa, imparcial, especialmente formada, auxilia as partes a ampliarem a comunicação por meio de uma maior compreensão das raízes dos conflitos que se apresentam. A conseqüência da mediação é a assunção de maior responsabilidade das partes na condução de suas vidas, sendo o acordo um dos possíveis desdobramentos da mediação. É fundamental diferenciar a mediação de práticas como a arbitragem e a conciliação, em um cenário em que são buscadas alternativas de acesso à cidadania e de melhoria da prestação jurisdicional. Tanto na arbitragem como na conciliação, a postura é intervencionista, e as motivações que levaram aos conflitos não são investigadas, o que ocorre na mediação. Na conciliação o acordo é finalidade, valendo o mote "antes um mau acordo que uma boa demanda", e cabe ao conciliador sugerir alternativas, enquanto que na mediação o acordo é uma conseqüência possível e o mediador atua apenas como um facilitador da comunicação. Ainda outra diferença diz respeito ao sigilo, que atende à natureza da mediação, para que os mediandos sintam-se seguros em poder explorar os interesses particulares e mútuos e desenvolver a capacidade de empatia, procedimentos que requerem privacidade e segurança de que aquilo que for falado não será utilizado pelo mediador para outros fins, senão para o entendimento. Freqüentemente pergunta-se se há um profissional mais indicado para ser mediador. Na realidade, a Mediação é prática interdisciplinar, sendo que a formação do mediador engloba conhecimentos, dentre outros, da Psicologia, da Psicanálise, da p. 4
Sociologia e do Direito e Medicina contemplando até mesmo a Veterinária, de forma que o mediador tenha um amplo conhecimento das raízes e desdobramentos dos conflitos, tendo condições, com este cabedal, de auxiliar na compreensão dos vários níveis de um conflito, desde seus aspectos mais subjetivos aos mais objetivos. Neste sentido, as características essenciais de um mediador são: i) a ausência de preferência em determinar o conteúdo do que for acordado pelas partes; ii) ausência de autoridade para impor uma decisão vinculante às partes e; iii) saber que as partes não chegam a um acordo completo até que cada parte aceite todos os termos do acordo. Não se trata de uma escolha arbitrária por parte de alguém, mas sim de uma composição de base negocial a que as partes chegam com o auxílio de um terceiro neutro que facilita a comunicação e permite muitas vezes que as questões colocadas na mesa de negociação "fluam" com maior naturalidade. Quanto ao campo de aplicação deste método, ele é muito vasto, sendo utilizado em conflitos comerciais, empresariais, civis, familiares, trabalhistas, internacionais. p. 5
2. MEDIAÇÃO NA MEDICINA VETERINÁRIA Conforme bem se demonstrou a Mediação tem ampla aplicabilidade, podendo ser utilizada em vários contextos, como até mesmo nas relações médicas veterinárias. Na verdade, o mediador funciona como um clínico geral do conflito, encaminhando as partes, ou mediandos, para o profissional especializado que a situação exigir, por exemplo, um médico veterinário. Como o acordo é uma das conseqüências possíveis da mediação, necessita, para sua elaboração, do indispensável conhecimento do advogado, no entanto sua confecção pode se dar em paralelo ou após o procedimento da mediação. Prática bastante comum é a co-mediação, em que profissionais de diferentes áreas, como, por exemplo, o Direito e a Psicanálise, atuam em conjunto este procedimento tem se mostrado eficaz no sentido de evitar a parcialidade e o estabelecimento de alianças inconscientes a que todos estão sujeitos. Como em uma mediação o profissional estará mais vulnerável a um envolvimento com os conflitos, recomenda-se fortemente a análise da prática, importada da Psicanálise - que se vale da supervisão - que vem a ser a oportunidade do mediador recorrer a um terceiro, para que possa, com o auxílio deste, pensar sobre si mesmo em relação à mediação em curso. A mediação começa a ser adotada também pelo Judiciário, com experiências em vários Estados brasileiros, ainda em busca de um conceito, porque, muitas vezes, têm conteúdo de conciliação. Mas, o importante é a iniciativa e a aceitação da experiência, pois por meio da crítica é que se constrói. p. 6
3. CONCLUSÃO A mediação é uma palavra que está na moda, ocupando um espaço representativo nos noticiários, inserida em cursos de diversas áreas. Trata-se de um processo baseado em regras, técnicas e saberes cujo objetivo é gerir a qualidade da comunicação entre os intervenientes, em conflito no sentido de privilegiar a resolução dos problemas que os opõem, construindo eles próprios as soluções. Em suma, a participação da medicina veterinária nos meios alternativos de conflitos como a mediação, demonstra que não há limite para a aplicabilidade da resolução dos litígios controvertidos. p. 7
BIBLIOGRAFIA Enciclopédia Wikipédia WANDERLEY, Waldo. Mediação/ Wanderley, Waldo - Brasília: Editora MSD,p.26. 2004 Link: http://www.pailegal.net/mediation.asp?rvtextoid=-1694162628 (Pesquisa realizada em 03/12/2010.) p. 8