Observa-se que nas três primeiras questões (n 91, 92 e 93), a ênfase do examinador recaiu nas seguintes Resoluções:
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- Gabriel Brezinski Gameiro
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1 Comentário Prova Auditor Fiscal SEFAZ-RJ 2011 Parte 1 Olá meus amigos! Irei, a partir deste toque, comentar as questões de Auditoria constantes da prova mais recente para Auditor Fiscal (Secretaria de Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro), aplicada no dia 21 de abril de Espero que estas resoluções possam servir como um excelente referencial para seus estudos, em virtude das recentes mudanças nas normas de Auditoria emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Pude constatar que as questões estão em conformidade com o disposto nas novas regulamentações (NBC TA e NBC PA), aprovadas pelas Resoluções CFC N 1.201/09 a 1.238/09, que substituíram as NBC T 11 e seus complementos. Ou seja, foram exploradas as novas normas de auditoria. Isso não me causou espanto, pois de acordo com o CFC, a partir de 1º de janeiro de 2010, as normas antigas seriam revogadas e as novas passariam a entrar em vigor. Cabe ressaltar que foram explorados aspectos literais das referidas Resoluções. Observa-se que nas três primeiras questões (n 91, 92 e 93), a ênfase do examinador recaiu nas seguintes Resoluções: - Resolução CFC Nº 1.203/09, que aprova a NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria; - Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 705 Modificações na Opinião do Auditor Independente; - Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 505 Confirmações Externas. - Resolução CFC Nº 821/97, que aprova a NBC P 1 - Normas Profissionais de Auditor Independente; e - Resolução CFC N 1.100/07, que aprova a NBC P 1.6 Sigilo. Os gabaritos preliminares das três questões estão adequados Questão 91 - As evidências consideradas pelo auditor para emissão de seu parecer sobre as demonstrações contábeis, emitido pelo auditor independente que tenha sido precedido: GABARITO: A a) podem ser divulgadas para o auditor sucessor, desde que a entidade auditada autorize previamente, por escrito. b) devem ser divulgadas para o auditor sucessor, independente de autorização da entidade auditada, conforme determinam as normas c) não podem ser divulgadas para o auditor sucessor, em nenhuma circunstância, sob pena de quebra de sigilo profissional. 1 Professor Carlos Alexandre
2 d) podem ser divulgadas para o auditor sucessor, desde que o Conselho Regional de Contabilidade autorize formalmente. e) devem ser compulsoriamente divulgadas para o auditor sucessor, sob pena de este emitir parecer com ressalva por limitação de escopo. Comentário: Para a resolução da questão o candidato, antes de qualquer coisa, deveria ter atenção em relação às palavras podem e devem, presentes no início de cada alternativa. A palavra pode tem um tom mais aberto e flexível, indicando a possibilidade de alternativas. Já a palavra deve possui um tom imperativo, sem indicação de flexibilidade. Essas palavras são cruciais, traiçoeiras e devem ser objeto de muita atenção e reflexão!! As informações da entidade auditada, assim como os papéis de trabalho são da auditoria. Portanto, o auditor independente deve se abster de divulgar a terceiros detalhes e informações. As informações devem ser utilizadas exclusivamente para os trabalhos de auditoria. Segundo a Resolução CFC N 1.100/07, que aprova a NBC P 1.6 Sigilo, o auditor independente deve respeitar e assegurar o sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhuma circunstância, salvo as contempladas na legislação vigente, bem como nas Normas Brasileiras de Contabilidade. O auditor independente, quando previamente autorizado por escrito pela entidade auditada, deve fornecer as informações que por aquela foram julgadas necessárias ao trabalho do auditor independente que o suceder, as quais serviram de base para emissão do último parecer de auditoria por ele emitido. A autorização deve ser dada por escrito, pela administração da entidade auditada, contendo, de forma clara e objetiva, os limites das informações a serem fornecidas. Cabe ressaltar que o sigilo profissional deve ser observado na relação entre os auditores. Resposta correta Letra A Questão 92 - Consoante o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta. GABARITO A. a) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. Comentário: Enunciado correto! Texto idêntico ao constante no item 3 (Auditoria das Demonstrações Contábeis) da Resolução CFC Nº 1.203/09, que aprova a NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria. b) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por técnicos de contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham mais de 5 anos de experiência, devidamente comprovada. Comentário: Enunciado incorreto! 2 Professor Carlos Alexandre
3 O auditor independente não poderia ser engenheiro, arquiteto ou advogado, já que seu trabalho é o exame das demonstrações contábeis. O profissional que entende contabilidade é o contador, portanto, o auditor externo tem de ser um contador. Além de formação e experiência compatíveis com a complexidade do trabalho a ser realizado, o auditor deverá ter habilidades referentes a métodos de supervisão, conhecimento profundo dos métodos e técnicas de auditoria, conhecimento das organizações objeto da auditoria, habilidades de comunicação oral e escrita, submeter-se a exame de competência profissional e participar de programa de educação continuada na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. De acordo com o disposto na Resolução CFC Nº 821/97, que aprova a NBC P 1 - Normas Profissionais de Auditor Independente, o CONTADOR, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios de Contabilidade (PC) e das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada. c) Se, porventura, o auditor julgar-se incompetente para realizar um serviço de auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar um auditor capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela indicação, não estará infringindo nenhuma norma, desde que o profissional indicado seja capaz e esteja regular perante o Conselho Regional de Contabilidade. De acordo com o disposto na Resolução CFC Nº 821/97, que aprova a NBC P 1 - Normas Profissionais de Auditor Independente, antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá avaliar se está capacitado a assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta avaliação deve ficar evidenciada de modo a poder ser comprovado o grau de prudência e zelo na contratação dos serviços. O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas em outras áreas, em face da especialização requerida e dos objetivos do contratante. Em hipótese alguma poderá cobrar pela respectiva indicação, pois no desempenho de sua tarefa exige-se do auditor comportamento ético e independência. d) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá, necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com ressalva). O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência. Se o auditor, ao obter evidência apropriada e suficiente, conclui que as distorções não detectadas, se houver, podem ser relevantes, mas não generalizadas, nesse caso irá emitir opinião modificada por meio de parecer com ressalva. O enunciado acima indica que as distorções foram detectadas. Ao obter evidência (descoberta de erro ou fraude) relevante e generalizada para as demonstrações contábeis e apropriada e suficiente o auditor deve emitir opinião modificada por meio de parecer adverso (Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 705 Modificações na Opinião do Auditor Independente). No enunciado acima 3 Professor Carlos Alexandre
4 não se pode garantir que os erros e fraudes são relevantes e generalizados ou que são apropriados e suficientes. e) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá, necessariamente, ser emitido na modalidade adverso. Não necessariamente. A evidência (fraude ou erro) deve ser relevante, generalizada para as demonstrações contábeis, apropriada e suficiente. O enunciado acima não garante ou indica a existência dessas características (Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 705 Modificações na Opinião do Auditor Independente). Questão 93- Tendo em vista o que determina o Conselho Federal de Contabilidade, e considerando a doutrina, assinale a alternativa correta. GABARITO C a) A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade. Nesse sentido, as normas de auditoria requerem que o auditor obtenha evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor o risco avaliado. De acordo com a Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 505 Confirmações Externas, a evidência de auditoria pode ser proveniente de duas fontes: interna ou externa. Em relação à fonte de informação interna, a evidência é fornecida pela própria entidade auditada, sendo menos confiável que a proveniente de fora da organização auditada. Na fonte de informação externa, a origem da evidência de auditoria é fora da entidade auditada, sendo mais confiável que as informações obtidas internamente. Assim, a primeira parte do enunciado está correta! Cabe ressaltar que o auditor deve obter evidência mais persuasiva (convincente) quanto maior o risco avaliado ou envolvido nos testes. Cito como exemplo a confirmação negativa que é a solicitação para que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, somente se discordar das informações fornecidas na solicitação. O fato da parte consultada não responder a uma solicitação de confirmação negativa, fornece evidência de auditoria significativamente menos persuasiva (pouco convincente), pois não se pode confirmar que a solicitação foi recebida pela parte que devia confirmar. Assim, a referida evidência não é adequada quando existem grandes riscos avaliados. Assim, a segunda parte do enunciado está incorreta! b) Em algumas situações, a administração se recusa a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. Nesses casos, o auditor deve evitar a execução de procedimentos alternativos de auditoria. De acordo com o disposto na Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 505 Confirmações Externas, a administração pode se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. Nesse caso o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Se o auditor concluir que a recusa em permitir o envio de solicitações de confirmação não é razoável, ou não conseguir obter evidência de auditoria relevante e confiável por meio 4 Professor Carlos Alexandre
5 de procedimentos alternativos de auditoria, o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança e determinar as implicações para a auditoria e para a opinião do auditor. c) Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de confirmação não entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não localizado). Comentário: Enunciado correto! Texto idêntico ao constante no item 6 (Definições) da Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 505 Confirmações Externas. d) Os procedimentos de confirmação externa são frequentemente usados para confirmar ou solicitar informações relativas a saldos contábeis e seus elementos. Não se recomenda, contudo, o uso para confirmar os termos de acordos, contratos ou transações entre a entidade e outras partes, ou para confirmar a ausência de certas condições como um acordo paralelo (side letter). Comentário: Enunciado incorreto! Muito pelo contrário, os procedimentos de confirmação externa podem ser usados, também, para confirmar os termos de acordos, contratos ou transações entre a entidade e outras partes, ou para confirmar a ausência de certas condições como um acordo paralelo (side letter) (Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 505 Confirmações Externas). e) As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria mais persuasiva que as confirmações positivas. Comentário: Enunciado incorreto! As confirmações negativas fornecem evidências menos persuasivas (convincentes) devido ao fato de não indicar, de maneira explícita, que a solicitação foi recebida pela parte que devia confirmar (Resolução CFC Nº /09, que aprova a NBC TA 505 Confirmações Externas). Um abraço a todos e até o próximo encontro com a resolução de mais questões. Carlos Alexandre prof.calex@hotmail.com prof.calex@gmail.com 5 Professor Carlos Alexandre
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