Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Janeiro a Novembro de 2008

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Transcrição:

Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Janeiro a Novembro de 2008 A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) registrou, em 2008, até a semana epidemiológica 48, 787.726 casos suspeitos de dengue, 4.137 casos confirmados de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e a ocorrência de 223 óbitos por FHD (Tabela 1). Também foram confirmados 17.477 casos de dengue com complicação (DCC), com 225 óbitos. A tabela 2 apresenta a comparação dos dados referentes aos anos de 2007 e 2008 por estados e regiões do país. Com os dados informados, a taxa de letalidade por FHD é de 5,39% e de 1,28% para os casos de DCC. Considerando-se os casos e óbitos por FHD somados aos de DCC, a taxa de letalidade é de 2,07%. Em relação aos casos de FHD confirmados, 82,6% concentra-se nos estados do Rio de Janeiro (43,7%), Ceará (10,6%), Sergipe (9,6%), Rio Grande do Norte (8,8%), Goiás (5,8%) e Amazonas (4,1%). Quanto a ocorrência de casos por porte dos municípios, verifica-se que 36,1% foram notificados em cidades com menos de 100.000 habitantes; 25,6% com populações entre 100.000 e 500.000 habitantes; 11,6% com populações maiores que 500.000 e menores que 1.000.000 de habitantes e 26,7% em municípios com populações iguais ou maiores que 1.000.000 habitantes. O monitoramento da circulação viral demonstra que o sorotipo DENV3, apesar de ainda ser o mais frequentemente isolado no país (50,7% das amostras isoladas) vem sendo substituído pelo sorotipo DENV2 (45,7%). O sorotipo 2 está associado ao relato de maior gravidade dos casos, sendo predominante nos estados do Rio de Janeiro (82,7%), Rio Grande do Norte (80%), Ceará (75%), São Paulo (41,7%); Bahia (40%) e Roraima (37%) (Tabela 3). O sorotipo DENV 1 foi isolado em 3,6% das amostras. Até o presente momento, no sistema de monitoramento implantado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, não foi isolado o DENV4, assim como não há evidência epidemiológica de sua circulação no Brasil. O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) classifica as áreas do país de acordo com a taxa de incidência: Áreas de baixa incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência menor que 100 casos por 100.000 habitantes; Áreas de média incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência entre 100 e 300 casos por 100.000 habitantes;

Áreas de alta incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência maior que 300 casos por 100.000 habitantes. A distribuição dos casos notificados por mês de notificação (gráfico 1) apresenta tendência de redução dos casos em todas as regiões do país a partir do mês de maio, confirmando a característica sazonal da transmissão da dengue no Brasil. Gráfico 1 - Distribuição das taxas de incidência mensais de dengue por mês e região de notificação, Brasil, 2008¹. 250 Incidência ( por 100.000 habitantes) 200 150 100 50 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 0 JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração. A análise das taxas de incidência acumulada por região demonstra alta incidência nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste e baixa incidência na Região Sul (Tabela 4). O maior detalhamento da epidemiológica da dengue, no período de janeiro a novembro de 2008, por unidade federada e municípios que concentraram o maior número de notificações é apresentado abaixo. Região Centro-Oeste Na Região Centro-Oeste foram notificados 64. 715 casos de dengue até novembro de 2008, sendo confirmados 247 casos de FHD, com 13 óbitos e 1.222 casos de dengue com complicação, com 21 óbitos. Em relação a 2007, Goiás e o Distrito Federal apresentaram um aumento no número

de notificações, passando de 14.921 para 44.862 e 2.074 para 3.402 casos, respectivamente. Os Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apresentaram uma redução nas notificações, reduzindo de 74.693 para 4.600 e 18.865 para 11.376 casos, respectivamente. A partir do mês de abril (semana 14), observa-se a redução gradativa do número de casos notificados em todos os estados da região (gráfico 2). Gráfico 2 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região centro-oeste, Brasil, 2008 1. 5000 4500 4000 3500 Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Casos notificados 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração. O Estado de Goiás concentrou 69,9% das notificações da região, com uma incidência de 768,1 casos por 100.000 habitantes (alta incidência). Os municípios com maior número de casos notificados são: Goiânia 29.929 (51,1%) casos e Aparecida de Goiânia 6.097 (13,6%); as taxas de incidência são, respectivamente, 1812,0 e 1.231,9 casos por 100.000 habitantes. Dos 247 municípios do estado, 83 (33,2%) apresentaram alta incidência e 28 (11,4%) encontram-se sem notificações de casos autóctones. Foram registrados 239 casos de FHD, com 12 óbitos e 1.218 casos de DCC, com 20 óbitos. O sorotipo predominante foi o DENV3, detectado em 80% das amostras. A segunda maior taxa de incidência da região foi registrada no Mato Grosso, com 11.376 casos notificados de dengue, correspondendo a 390,9 casos por 100.000 habitantes. Dos 141 municípios, 52 (37,4%) apresentam alta incidência e 13 (9,4%) não notificaram casos autóctones.

Foram confirmados 4 casos de FHD, com 1 óbito e 4 casos de DCC, com 1 óbito. O isolamento viral detectou o sorotipo DENV3 em 100% das amostras. O Estado de Mato Grosso do Sul notificou 4.600 casos, com incidência de 197,3 casos por 100.000 habitantes (média incidência), concentrados em Campo Grande, com 1.566 casos (34,0%). Dos 78 municípios do estado, 8 (10,25%) apresentaram alta incidência, sendo todos com população menor que 50.000 habitantes e 11 (14%) não notificaram casos autóctones. Não houve notificações de FHD ou DCC. Quanto aos sorotipos circulantes, observou-se que há circulação de DENV2 (50%) e DENV3 (50%). O Distrito Federal notificou 3.337 casos suspeitos de dengue, com incidência de 137,1 casos por 100.000 habitantes (média incidência), com 4 casos confirmados de FHD, todos com evolução para cura. Em decorrência do isolamento viral, detectou-se em 66,6% das amostras do DENV3 e 33,3% do DENV1.

Região Norte A Região Norte registrou 76.306 casos suspeitos de dengue, com confirmação de 414 casos de FHD, sendo que 27 destes tiveram evolução para óbito e o registro de 319 casos de DCC, com 3 óbitos. Em relação ao ano de 2007, verificou-se, até a semana epidemiológica 48, um aumento de notificações no Acre 1.537 para 2.732 casos, Amazonas - 3.007 para 10.757, Pará - 13.999 para 23.889, Rondônia - 2.990 para 7.899, Roraima 2.328 para 8.477 e Tocantins 18.681 para 20.385. O estado do Amapá teve redução no número de notificações passando de 5.504 para 2.167, quando comparado com o mesmo período de 2007. Nessa região, observa-se uma redução gradativa no número de notificações a partir da semana 14, à semelhança da região Centro-Oeste, exceto em Roraima, onde o número de notificações começou aumentar a partir da semana 13 (Gráficos 3 e 4). Gráfico 3 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região norte, 2008 1. 1000 900 Casos notificados 800 700 600 500 400 300 Rondônia Acre Amazonas Roraima 200 100 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração.

Gráfico 4 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região norte, 2008 1. 1600 1400 1200 Pará Amapá Tocantins Casos notificados 1000 800 600 400 200 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração. O Estado do Pará notificou 23.889 casos, com incidência de 329,5 casos por 100.000 habitantes. Dos 143 municípios do estado, 41 (28,7 %) apresentaram alta incidência, sendo 10 com população acima de 50.000 habitantes e 25 (17,5%) encontram-se sem transmissão. Foram confirmados 94 casos de FHD com 16 óbitos - taxa de letalidade de 17,0% - e 75 casos de DCC, sem óbito. O sorotipo predominante é o DENV2, que foi detectado em 86,1% das amostras com isolamento viral. No Estado do Tocantins foram notificados 20.385 casos, sendo que 25,1% (5.117) foram notificados em Palmas; 14,5% (2.955) em Araguaína e 9,0% (1.845) em Paraíso do Tocantins. Dos 139 municípios do estado, 73 (52,51%) apresentam alta incidência, incluindo os 3 municípios com população acima de 50.000 habitantes do Estado e 41 (29,5%) encontram-se silenciosos. Apesar da redução do número de notificações, a incidência acumulada do estado é de 1505,1 casos por 100.000 habitantes, que se enquadra no estrato de alta incidência. Foram confirmados 34 casos de FHD, com 1 óbito. Apenas o DENV3 foi detectado nas amostras com isolamento viral. O Estado de Rondônia registrou 7.899 casos suspeitos de dengue, com incidência de 496,8 casos por 100.000 habitantes. Os municípios com maior número de casos são: Porto Velho 2.077 (26,3%); Cacoal 1.058 (13,4%) e Pimenta Bueno - 815 (10,3%). Dos 52 municípios do estado, 20 (38,46%) apresentam alta incidência, incluindo os cinco mais populosos do estado e 12 municípios

(23,7%) não notificaram casos autóctones. Foram confirmados 11 casos de FHD com 3 óbitos e 5 casos de DCC, com 1 óbito. Não houve isolamento viral nas amostras enviadas para isolamento. O Estado do Amazonas notificou 10.757 casos suspeitos de dengue; com incidência de 317,4 casos por 100.000 habitantes e uma concentração de 80,5% (8.666) dos casos em Manaus. Dos 62 municípios do estado, 6 (9,7%) apresentam alta incidência e 18 (29%) não tiveram transmissão. Foram confirmados 171 casos de FHD, com 6 óbitos. O principal sorotipo circulante é o DENV3, detectado em 96,6% das amostras com isolamento. O Acre registrou 2.732 casos de dengue, com incidência de 388,4 casos por 100.000 habitantes, com 5 casos de FHD, todos com evolução para cura. A capital, Rio Branco, concentra 84,1% (2.298) dos casos notificados. Dos 22 municípios do estado, três (13,63%) apresentam alta incidência e 11 (50%) encontram-se silenciosos. O sorotipo 2 foi isolado na única amostra positiva entre as testadas para o estado. Em Roraima foram notificados 8.477 casos; com 94 casos confirmados de FHD e um óbito. A taxa de incidência no estado é de 2.041,3 casos por 100.000 habitantes, com o município de Boa Vista concentrando 72,8% (6.834) das notificações, que começaram a diminuir somente a partir da semana 32, diferindo dos demais Estados da região Norte, cuja tendência de redução foi anterior. O principal sorotipo detectado foi o DENV1, isolado de 62,3% das amostras, seguido do DENV2 (35,8%) e DENV3 (1,9). Dos 15 municípios do estado, 75% apresentaram alta incidência e apenas um (6,66%) se encontra sem a notificação de casos autóctones. O Estado do Amapá notificou 2.167 casos, com incidência de 340,4 casos por 100.000 habitantes, sendo 61,9% (1342) em Macapá, com a confirmação de 6 casos de FHD, todos com evolução para cura. Dos 16 municípios do estado, apenas 2 (12,5%) apresentaram alta incidência e 10 (62,5%) não notificaram casos. Não foram detectados os sorotipos circulantes nas amostras enviadas para isolamento. Região Nordeste A Região Nordeste registrou 259.880 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 1.544 casos de FHD, com 76 óbitos e 2.139 casos de DCC, com 62 óbitos. O aumento das notificações nessa Região iniciou-se a partir da semana 8, mantendo-se em níveis elevados até a semana 16, quando se inicia a tendência de redução (gráficos 5 e 6).

Gráfico 5 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região nordeste, 2008 1. 6000 Casos notificados 5000 4000 3000 2000 Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba 1000 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração. Gráfico 6 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região nordeste, 2008 1. 5000 4500 Casos notificados 4000 3500 3000 2500 2000 1500 Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia 1000 500 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração.

Em uma análise por unidade federada, quando se compara o número de casos notificados em 2008 com o mesmo período de 2007, observa-se redução no Maranhão, Piauí e Paraíba e aumento em Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Pernambuco. O Estado do Ceará notificou o maior número de casos da Região Nordeste (66.082), com incidência de 792,8 casos por 100.000 habitantes, sendo 36.863 (55,8%) em Fortaleza. Foram registrados 440 casos de FHD, sendo que 15 evoluíram para óbito e 532 casos de DCC, com 15 óbitos. Dos 184 municípios do estado, 87 (47,28%) apresentaram alta incidência, dos quais 20 com população acima de 50.000 habitantes. Apenas 6 municípios, correspondendo a 3,3%, não notificaram casos autóctones. Das amostras com isolamento viral, foram detectados os sorotipos DENV2 (75%) e DENV3 (25%). No Rio Grande do Norte foram notificados 43.552 casos suspeitos de dengue, com incidência de 1.412,1 casos por 100.000 habitantes, com 35,3% (15.377) dos casos concentrados em Natal. Destaca-se que 73,65% dos 123 municípios do estado apresentaram alta incidência, incluindo todos os municípios de maior porte do Estado. Foram confirmados 362 casos de FHD, sendo 12 com evolução para óbito e 584 casos de dengue com complicação, com 4 óbitos. O DENV2 representou 80% nas amostras positivas no isolamento viral. Em Pernambuco foram registrados 40.936 casos suspeitos de dengue, com incidência de 476,5 casos por 100.000 habitantes, com uma concentração de 21,4% (8.678) dos casos em Recife. Dos 185 municípios do estado, 44,32% (82) apresentam alta incidência e 3,78% (7) não notificaram casos autóctones. Foram confirmados 92 casos de FHD, com 9 óbitos. Detectou-se a circulação dos sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3, respectivamente, em 11,4%, 25,7% e 62,9% das amostras com isolamento viral. O Estado da Bahia notificou 35.754 casos de dengue, com uma incidência de 253,9 casos por 100.000 habitantes. O município de Presidente Dutra, localizado na microrregião de Irecê, com uma população de 14.264 habitantes, concentra 7,4% (2.659) das notificações do Estado, apresentando taxa de incidência de 18.641,3 casos por 100.000 habitantes. Dos 417 municípios do estado, 18,22% (76) apresentaram alta incidência e 27,09 (113) não notificaram casos autóctones de dengue. Foram confirmados 94 casos de FHD, sendo 10 com evolução para óbito e 109 casos de DCC, com 4 óbitos. Das amostras encaminhadas para isolamento viral, foram detectados os sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3, nas proporções de 13,3%, 40,0% e 46,7%, respectivamente. No Estado de Sergipe foram registrados 34.676 casos de dengue, com uma incidência de 1.705,3 casos por 100.000 habitantes, com maior concentração de casos em Aracaju 11.737 (33,8%). Verificou-se que 93,3% dos municípios apresentaram alta incidência e os 6,67% restantes, média incidência, não havendo municípios com baixa incidência ou silenciosos em 2008. Foram

confirmados 396 casos de FHD, com 19 óbitos e 755 casos de DCC, com 28 óbitos. Quanto ao sorotipo circulante, detectou-se o DENV3 em 100% das amostras positivas no isolamento viral. Em Alagoas foram notificados 19.410 casos, com uma incidência de 629,2 casos por 100.000 habitantes, sendo 7.226 (37,2%) em Maceió e 2.054 (10,6%) em Arapiraca. Dos 102 municípios do estado, 53 (51,6%) apresentaram alta incidência e apenas dois municípios, de pequeno porte, não notificaram casos de dengue. Foram confirmados 89 casos de FHD, com 4 óbitos e 111 casos de dengue com complicação, com 10 óbitos. Das amostras positivas para isolamento viral, foram detectados os sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3, nas proporções de 3,1%, 31,3% e 65,6%, respectivamente. No Estado da Paraíba foram notificados 8.584 casos, com uma incidência de 235,2 casos por 100.000 habitantes sendo que 64 (28,69%) dos municípios apresentaram alta incidência, destes, apenas 3 com população acima de 50.000 habitantes. Foram confirmados 59 casos de FHD, com 4 óbitos e 48 casos de DCC, com 1 óbito. O sorotipo detectado nas amostras positivas para isolamento viral foi o DENV3. O Estado do Maranhão registrou 5.920 casos suspeitos de dengue, com incidência de 94,5 casos por 100.000 habitantes, com maior número das notificações em Imperatriz - 1.177 (19,9%) casos. Dos 217 municípios do estado, 22 (10,13%) apresentaram alta incidência e 67 (30,57%) não notificaram casos de dengue. Foram confirmados 5 casos de FHD, 3 com evolução para óbito. A amostra positiva para isolamento viral detectou o sorotipo 2. O Estado do Piauí notificou 4.966 casos, com incidência de 162,0 casos por 100.000 habitantes, sendo 1.852 (37,3%) casos notificados em Teresina. Dos 223 municípios do estado, 24 (10,76) apresentaram alta incidência e 34,53% estão silenciosos. Foram confirmados 7 casos de FHD, todos com evolução para cura. As amostras positivas para isolamento viral detectaram o DENV3 e o DENV2 em 77,8% em 22,2% das amostras respectivamente.

Região Sudeste A Região Sudeste registrou 369.309 casos de dengue, sendo confirmados 1.932 casos de FHD, com 107 óbitos e 13.797 casos de DCC, com 139 óbitos. Em uma análise por unidade federada, comparando o número de casos com o mesmo período de 2007, ocorreu a redução do número de casos no Estado de São Paulo e aumento no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. A partir da semana epidemiológica 15, observa-se a redução gradativa do número de casos notificados em todos os estados da região (gráfico 7). Gráfico 7 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região sudeste, 2008 1. 35000 Casos notificados 30000 25000 20000 15000 10000 Minas Gerais Espirito Santo Rio de Janeiro São Paulo 5000 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração. O Estado de São Paulo notificou 6.948 casos confirmados por critério clínico-laboratorial, com incidência de 16,7 casos por 100.000 habitantes, sendo 1.181 (17,07%) no município de Araraquara, 1.008 (14,5%) em Ribeirão Preto e 571 (8,2%) em Moji-Guaçu. Um total de 14 casos de FHD foram confirmados, todos com evolução para cura e 9 casos de DCC, com 2 óbitos. Dos 645 municípios do estado, 7 (1,1%) apresentaram alta incidência e não há notificações em 426 (66,05%) municípios. Os sorotipos circulantes são o DENV2 e o DENV3, detectados, respectivamente, em 41,7% e 58,3% das amostras positivas no isolamento viral.

Em Minas Gerais foram notificados 77.549 casos de dengue, com uma incidência de 393,3 casos por 100.000 habitantes, com 21.368 (27,5%) notificações em Belo Horizonte. Dos 853 municípios do estado, 131 (15,35%) apresentaram alta incidência e 263 (30,83%) não notificaram casos de dengue. Foram confirmados 41 casos de FHD, com 4 óbitos e 170 casos de DCC, com 3 óbitos. Em relação aos sorotipos circulantes, foram detectados o DENV1 (0,6%), DENV2 (15,8%) e DENV3 (83,6%) nas amostras positivas no isolamento viral. O Estado do Espírito Santo notificou 35.088 casos de dengue, com incidência de 996,9 casos por 100.000 habitantes, concentrados em Cachoeiro do Itapemirim 10.748 (30,6%), Vila Velha 3.978 (11,3%), Vitória - 2.938 (8,3%) e Guarapari 2.619 (7,4%) casos. Do total de municípios do estado, 34 municípios (43,6%) apresentaram alta incidência e apenas 3 (3,84%) não notificaram casos autóctones de dengue. Houve confirmação de 70 casos de FHD, com 6 óbitos e 102 casos de DCC, todos com evolução para cura. A Situação Epidemiológica no Estado do Rio de Janeiro O Estado do Rio de Janeiro notificou 249.724 casos suspeitos de dengue até a semana epidemiológica 48, o que corresponde a 31,7% dos casos notificados no Brasil, com incidência de 1.586,7 casos por 100.000 habitantes. O município do Rio de Janeiro concentrou 51,0% dos casos. Dos 92 municípios do estado, 64 (69,6%) apresentaram alta incidência e 7 (7,6%) não notificaram casos autóctones de dengue. Foram registrados 1.807 casos de FHD, com 97 óbitos e 13.516 casos de DCC, com 134 óbitos. A faixa etária de 0 a 15 anos concentrou 36% dos óbitos. Foram internados 16.440 pacientes com dengue no Estado do Rio de Janeiro, sendo que 48,4% das internações ocorreram na faixa etária de menores de 15 anos. O sorotipo predominante no Estado do Rio de Janeiro (figura 3) é o DENV2, isolado em 82,7% das amostras. Este sorotipo foi o único isolado nas amostras procedentes dos municípios de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Niterói. No município do Rio de Janeiro, o DENV2 foi isolado em 81% das amostras, assim como em 75% das amostras do município de Belford Roxo. Região Sul A Região Sul notificou 18.056 casos de dengue, com transmissão autóctone somente no Estado do Paraná. Não houve casos de FHD confirmados na região, sendo o sorotipo DENV3 o único identificado no monitoramento viral. Observa-se a redução gradativa do número de casos notificados em todos os estados da região a partir da semana 14, sendo que, em RS e SC, não houve mais registros de casos importados a partir das semanas 14 e 17, respectivamente (gráfico 8).

Gráfico 8 Distribuição dos casos notificados de dengue, por semana epidemiológica, segundo UF de notificação, região sul, 2008 1. 1800 1600 Casos notificados 1400 1200 1000 800 600 Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul 400 200 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 Semana Epidemiológica Fonte: SES/SVS 1 Dados até semana epidemiológica 48, sujeitos a alteração. O Estado do Paraná registrou 16.557 casos de dengue, com uma redução de 66,0% quando comparado ao mesmo período de 2007, com incidência de 158,1 casos por 100.000 habitantes. Os municípios com maior número de notificações são: Londrina - 2.632 (15,9%); Foz do Iguaçu - 1.241 (7,4%) e Maringá 1.018 (6,1%). Dos 399 municípios do estado, 45 (11,3%) apresentaram alta incidência e 125 (31,3%) não tiveram transmissão. Embora o Estado do Rio Grande do Sul tenha notificado os primeiros casos de dengue autóctone em abril de 2007, em 2008, todos os 779 casos notificados são importados, com uma situação muito mais favorável, quando comparada com 2007. O Estado de Santa Catarina continua sem transmissão autóctone de dengue e registrou 722 casos importados, distribuídos em 87 municípios. Os cinco municípios que registraram maior número de notificações são importantes pólos turísticos do Estado: Florianópolis (113 casos), Joinville (101 casos), Blumenau (40 casos), Itajaí (32 casos) e Balneário Camboriú (23 casos).

Aglomerados urbanos prioritários para o Programa Nacional de Controle da Dengue Planos de enfrentamento 2008/2009 Considerando o potencial para aumento do número de notificações e a gravidade dos casos de dengue associados ao ressurgimento do vírus DENV2, a Secretaria de Vigilância em Saúde elegeu 13 aglomerados urbanos prioritários que apresentam risco para maior circulação do vírus DENV2 no verão 2008/2009. A partir dessa definição, o Grupo Executivo do Ministério da Saúde agendou uma série de discussões com as Secretarias Estaduais de Saúde e os municípios de maior risco, para discutir planos específicos de enfretamento da dengue, abordando aspectos como a intensificação do combate ao vetor, organização da rede de assistência os pacientes, ações de capacitação de pessoal, mobilização e educação, entre outros. O mapa abaixo ilustra a localização desses aglomerados, bem como a data das reuniões que foram realizadas. Aglomerados urbanos prioritários para o Programa Nacional de Controle da Dengue Planos de enfrentamento 2008/2009 Reuniões: SE: 14 e 15/7 MG: 19 e 20/8 ES: 21 e 22/8 RO: 28 e 29/8 RN: 2 e 3/9 CE: 2 e 3/9 PA: 4 e 5/9 AL: 18 e 19/9 BA: 18 e 19/9 SP: 30/9 e 1/10 GO: 2 e 3/10 RJ: 9 e 10/10 Critério: maior potencial de circulação do tipo 2 da dengue Nesses 13 aglomerados, de acordo com as informações do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), foram notificados em 2008, até a semana epidemiológica 48, 257.088 casos de dengue o que representa um aumento de 164,1% se comparados com o mesmo período de 2007, quando foram notificados 97.336. Em relação aos casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) foram notificados 1.531 casos com 131 óbitos. Estes valores representam 45% dos casos de FHD das unidades federadas de sua abrangência e 70% dos óbitos.

A dinâmica de circulação do vírus da dengue em 2008 nesses aglomerados caracteriza-se por uma maior concentração de casos no primeiro semestre de 2008, alcançando o pico de transmissão na semana epidemiológica 14 (abril), com seu período de menor número de notificações na semana epidemiológica 46 (novembro). Nos municípios que compõem esses aglomerados, foram registradas 23.264 internações por dengue em 2008 (Sistema de Informações Hospitalares, setembro / 2008). A Secretaria de Vigilância em Saúde monitora sistematicamente a ocorrência de casos de dengue em todos os municípios brasileiros, priorizando os municípios desses 13 aglomerados de maior risco. O monitoramento baseia-se no acompanhamento dos casos de dengue notificados semanalmente pelos estados e municípios. A estratégia adotada fundamenta-se na utilização de uma ferramenta epidemiológica que detecta o aumento do número de casos acima do limite esperado em cada período avaliado utilizando uma série histórica de casos notificados de oito anos como referência. Com isso, a título de exemplo, foi possível detectar oportunamente aumento dos casos de dengue nos seguintes aglomerados: Belo Horizonte-MG a partir da semana epidemiológica 36; Goiânia-GO com aumento a partir da semana epidemiológica 33; Salvador-BA na semana epidemiológica 42; Vitória-ES na semana epidemiológica 43. Gráfico 9 - Diagrama de controle, Belo Horizonte-MG, 2008. Incidência (100.000 hab) 3 mediana 3 quartil 2008 2,5 Sinal de alerta 2 1,5 1 0,5 0 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 Semana epidemiológica de início dos sintomas Fonte: Sinan, 2001 a 2008.

Gráfico 10- Diagrama de controle, Goiânia-GO, 2008. Incidência (100.000 hab) mediana 3 quartil 2008 7,00 Sinal de alerta 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 Fonte: Sinan, 2001 a 2008. Semana epidemiológica de início dos sintomas Gráfico 11 - Diagrama de controle, Salvador-BA, 2008. Incidência (100.000 hab) 1,40 1,20 mediana 3 quartil 2008 Sinal de alerta 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 Semana epidemiológica de início dos sintomas Fonte: Sinan, 2001 a 2008.

Gráfico 11 - Diagrama de controle, Vitória-ES, 2008. Incidência (100.000 hab) mediana 3 quartil 2008 10,00 Sinal de alerta 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 Semana epidemiológica de inicício dos sintomas Fonte: Sinan, 2001 a 2008. Esse monitoramento permite o desencadeamento de ações coordenadas entre o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, de forma oportuna, melhorando consideravelmente a capacidade de resposta do Sistema único da Saúde frente a esse grave problema de saúde pública. Principais Ações Desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, desde o início do ano de 2007, para o combate a dengue em 2008: O Ministério da Saúde desencadeou, em 2007, um processo de avaliação independente do PNCD, com participação de especialistas da Organização Pan-Americana e da comunidade científica, que ratificaram as ações desenvolvidas, afirmando que toda tecnologia disponível no mundo, já validada, para controle do vetor, já está implantada no Brasil; Somente do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, o Ministério da Saúde transferiu recursos para todos os estados e municípios que assumiram a gestão das ações de prevenção e controle de doenças, no montante de R$821,5 milhões; Forneceu inseticidas, biolarvicidas e kits para diagnóstico para todas as Secretarias Estaduais de Saúde; Coordenou e apoiou, em novembro, a realização do Levantamento Rápido de índices de Infestação por Aedes aegypti LIRAa em 164 municípios de maior risco para dengue. O LIRAa permite a identificação das principais áreas de risco em cada município e os principais criadouros do vetor, para direcionar a intensificação das ações de combate;

Elaborou e distribuiu 380 mil exemplares do manual Dengue Diagnóstico e Manejo Clínico Adulto e Criança para as unidades de saúde do SUS; Elaborou e distribuiu 350 mil CD-ROM sobre a atenção ao paciente com dengue, em articulação com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB); Elaborou e distribuiu 330.000 exemplares do manual técnico Dengue Manual de Enfermagem adulto e criança; O Ministério da Saúde enviou correspondência para cada médico e todas as equipes de saúde da família do Brasil, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e uma atenção oportuna aos pacientes suspeitos de dengue; Em parceria com o setor privado e o terceiro setor, o poder público desenvolveu e veiculou campanhas educativas e de mobilização em caráter permanente e regionalizada, observando as especificidades locais. Este trabalho iniciou com a veiculação da Campanha Combater a dengue é um dever seu, meu e de todos nós. A dengue pode matar. Exemplos de parcerias: Unilever, Rede McDonald s, Ambev, Cesp, Leroy Merlin, CNI, CEF, Banco do Brasil, Rede Globo, Infraero, Anfarmag, Jornal JB, Rádio Nova Brasil FM, Bandas Musicais, Associação Brasileira de supermercados, SESI, etc; Elaborou um número específico sobre Vigilância em Saúde na série de cadernos de Atenção Básica. O volume de recursos para o combate à dengue, neste repasse do Fundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e municipais de saúde (TFVS), soma cerca de R$ 575 milhões, o que reflete o desafio que temos diante do enfrentamento à doença. Adicionalmente, outros R$ 10,2 milhões foram utilizados para a compra de insumos, como inseticidas e biolarvicidas. A partir do mês de outubro/2008 foram incorporados R$ 128 milhões como recursos adicionais ao TFVS, destinados exclusivamente às ações de controle da dengue para 633 municípios prioritários (acima de 50.000 habitantes e/ou de fronteiras e/ou turísticos; de regiões metropolitanas; em situação de risco). No total, incluindo as despesas com a aquisição de inseticidas e biolarvicidas, ações de comunicação e mobilização e o pagamento dos salários dos agentes de saúde que foram descentralizados para os estados e municípios, o montante anual de recursos aplicados no Programa Nacional de Controle da Dengue é de R$ 1,08 bilhão. Outros números do esforço federal no combate à dengue: 2,9 bilhões do PAC Saneamento foram alocados para diminuir a incidência de dengue; 18.100 agentes de campo foram cedidos aos estados e municípios;

R$ 55 milhões/ano transferidos adicionalmente para contratação adicional de agentes de campo, sendo 6.671 agentes contratados em 587 municípios; 122 laboratórios para diagnóstico, em todas as UF; 2 laboratórios de fronteira para monitorar a entrada de novos sorotipos virais; 4 laboratórios sentinelas (Fortaleza-CE, Recife-PE, Marília-SP e Rio de Janeiro-RJ) para monitorar a resistência dos inseticidas em municípios sentinelas; 1.858 veículos, 997 nebulizadores, 827 pulverizadores, 477 microscópios e 385 microcomputadores, para fortalecer a infra-estrutura de estados e municípios; 323 ECOPONTOS implantados, em 21 das 27 UF, em articulação com a iniciativa privada, para recolhimento e destino adequado de pneus; 31 consultores contratados para assessoramento direto às Secretarias estaduais de Saúde; 40 milhões investidos em campanhas publicitárias com veiculação nacional em rádio, TV e mídias exteriores. Ações desenvolvidas para o período inter-epidêmico Como um dos principais problemas de saúde pública do país, no qual o clima tropical é altamente favorável ao Aedes aegypti, cujo ovo permanece viável por até mais de um ano nos criadouros, a continuidade das ações de prevenção e combate ao vetor são fundamentais para que, ao chegar o período de transmissão mais intensa (novembro a maio), os índices de infestação sejam os menores possíveis, reduzindo a possibilidade da ocorrência de epidemias. Com esse objetivo, foram enviados pelo Ministério da Saúde cadernos sobre a situação da dengue a todos os governadores, enfatizando a importância da prioridade política para as ações intersetoriais de controle, como a integração e participação das áreas de educação, abastecimento regular de água, limpeza urbana, meio ambiente, turismo, justiça, entre outras. Além disso, o Ministro da Saúde fortaleceu a comunicação direta com todos os governadores, além de envio de aviso a todos. Reuniu-se presencialmente com todos os governadores dos estados da Região Nordeste, no dia 30 de abril, em Maceió, assim como os governadores da Região Norte, no dia 6 de maio, em Brasília, nas quais as questões ligadas ao controle da dengue foram detalhadas. No dia 17 de junho foi realizada uma reunião com o Comitê Técnico de Assessoramento e Acompanhamento do Programa Nacional de Controle da Dengue, para discutir a situação epidemiológica e as medidas a serem implementadas, considerando o aumento da circulação do DENV2 no país e ainda, a existência de municípios onde esse sorotipo ainda não foi reintroduzido, o que infere a possibilidade da ocorrência de novas epidemias. As reuniões do Comitê ocorrem, em média, a cada 45 dias.

No dia 14 de julho, no Estado de Sergipe, foi iniciado um processo de revisão e elaboração de planos para o enfrentamento da dengue em 13 regiões metropolitanas de 12 unidades federadas, por intermédio do trabalho conjunto entre as três esferas de governo (Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde). Essa medida é de grande importância para estruturação das ações de prevenção, controle e assistência aos pacientes com dengue, sendo priorizados os estados com maior potencial de disseminação do DENV2, sorotipo que esteve diretamente ligado às epidemias mais graves no primeiro semestre de 2008. Está sendo atualmente veiculada em todos os meios de comunicação a campanha educativa: Brasil Unido Contra a Dengue. Outra prioridade é a integração com a atenção básica nos municípios, apoiados pelos estados, com a finalidade de estabelecer procedimentos que permitam que os agentes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Programa de Saúde da Família (PACS/PSF) trabalhem de maneira integrada com agentes de controle da dengue. Para intensificar o desenvolvimento de ações intersetoriais, foi instituído em 10 de outubro de 2008 (portaria nº 2.144), o Grupo Executivo Interministerial, coordenado pelo Ministério da Saúde e integrado pelos Ministérios das Cidades, Defesa, Educação, Integração Nacional, Justiça, Meio Ambiente, do Turismo, Civil da Presidência da República e Secretaria de Comunicação Social. Foi também ampliada, em conjunto com as Secretarias Estaduais de Saúde, a assessoria e visitas de supervisão técnica às capitais de municípios das regiões metropolitanas, com o objetivo de discutir, apoiar e implantar medidas visando à melhoria das ações de prevenção e controle da dengue. Conclusão e recomendações para as três esferas de governo O controle da dengue dá-se essencialmente no nível coletivo e exige um esforço de toda a sociedade, independente da classe social, credo ou raça. O compartilhamento de responsabilidades e integração de esforços de todos nós brasileiros é a principal arma contra essa doença, que se não mata, debilita causando prejuízos à saúde, ao trabalho e a economia nacional.

O quadro evidenciado, e previamente alertado pelas autoridades sanitárias, caracterizado pelo aumento da gravidade dos casos, com ocorrência de óbitos nos faz recomendar fortemente as seguintes providências: Revisar e adequar, imediata e precocemente, os planos de contingência da assistência aos pacientes, para manter-se a meta de evitar a ocorrência de óbitos no próximo período epidêmico; Garantir a continuidade do treinamento de médicos e enfermeiros em diagnóstico e manejo clínico de dengue; Adequar o quantitativo de agentes de campo e supervisores, visando o cumprimento das metas bimestrais de visita casa a casa; Intensificar as atividades educativas e de mobilização nos períodos de maior ocorrência de casos; Utilizar os sistemas de informação existentes para planejar e readequar as ações de controle; Implantar o LIRAa na rotina dos serviços; A necessidade da organização das ações intra-setoriais, contemplando os 10 eixos de intervenção do PNCD. Garantir a continuidade das ações de prevenção e controle da dengue no período de transição das administrações municipais, considerando que, caso ocorram descontinuidades no conjunto de ações, que incluem a visita dos agentes aos domicílios, a população de Aedes aegypti cresce muito rapidamente, o que aumenta, de forma significativa, o risco da ocorrência de epidemias.

Tabela 1: Casos Notificados de Dengue Clássico e Confirmados para Febre Hemorrágica da Dengue e Óbitos, por Unidade Federada (UF) de Residência, Brasil, janeiro a junho de 2008 (1) DENGUE: TOTAL DE CASOS NOTIFICADOS POR MÊS E POR UNIDADE FEDERADA, BRASIL - 2008 (1) REG/UF JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV TOTAL CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS BRASIL 58.222 72.671 169.626 294.420 111.288 37.948 16.503 7.819 5.105 6.082 8.042 787.726 4.137 223 17.477 225 NORTE 15.098 13.169 13.629 17.192 4.930 2.781 2.839 1.999 1.321 1.257 2.091 76.306 414 27 319 3 RO 2.458 1.392 1.460 2.020 187 94 79 31 15 36 127 7.899 11 3 5 1 AC 231 208 373 825 264 142 115 60 65 124 325 2.732 5 AM 1.739 2.104 2.584 2.900 581 184 230 126 56 73 180 10.757 171 6 RR 321 322 390 1.147 1.032 1.138 1.644 1.336 638 281 228 8.477 94 1 240 2 PA 5.746 4.689 4.241 5.185 1.484 646 487 246 355 318 492 23.889 94 16 74 AP 262 182 194 425 214 147 98 59 70 123 393 2.167 6 TO 4.341 4.272 4.387 4.690 1.168 430 186 141 122 302 346 20.385 33 1 NORD. 12.516 17.727 32.270 108.188 51.796 20.064 8.702 3.095 1.785 1.878 1.859 259.880 1.544 76 2.139 62 MA 600 1.041 1.359 2.098 392 209 90 67 21 12 31 5.920 5 3 PI 454 474 1.247 1.784 545 276 118 12 21 13 22 4.966 7 CE 2.980 5.173 7.919 24.865 15.062 6.412 1.940 704 397 459 171 66.082 440 15 532 15 RN 3.220 3.673 6.695 16.435 7.552 3.253 1.842 447 195 160 80 43.552 362 12 584 4 PB 285 948 1.368 3.932 1.216 437 188 90 51 33 36 8.584 59 4 48 1 PE 1.296 1.958 4.439 18.018 8.483 3.500 1.688 679 351 324 200 40.936 92 9 AL 615 555 1125 8146 4528 1746 1091 555 431 363 255 19410 89 4 111 10 SE 634 717 2.848 18.731 8.690 2.293 368 85 59 131 120 34.676 396 19 755 28 BA 2.432 3.188 5.270 14.179 5.328 1.938 1.377 456 259 383 944 35.754 94 10 109 4 SUD. 21.539 32.263 106.977 140.040 46.674 12.143 3.264 1.668 1.080 1.410 2.251 369.309 1.932 107 13.797 139 MG 2.612 4.956 16.055 30.507 15.126 4.663 865 544 462 694 1.065 77.549 41 4 170 3 ES 959 1.332 5.367 14.886 6811 2982 965 377 253 387 769 35.088 70 6 102 RJ 17.465 25.227 83.749 91.747 24.131 4.306 1.355 708 338 304 394 249.724 1.807 97 13.516 134 SP(2) 503 748 1.806 2.900 606 192 79 39 27 25 23 6.948 14 9 2 SUL 2.087 1.603 3.562 5.644 1.969 811 659 465 380 486 390 18.056 - - - - PR 1.832 1.420 3.190 5.258 1.869 759 623 438 366 449 353 16.557 SC (3) 121 86 157 197 49 30 23 15 6 18 19 721 RS (3) 134 97 215 189 51 22 13 12 8 19 18 778 C. OEST. 6.982 7.909 13.188 23.356 5.919 2.149 1.039 592 539 1.051 1.451 64.175 247 13 1.222 21 MS 828 526 889 1.358 255 128 93 79 78 148 218 4.600 MT 2.228 2.252 2.536 2.661 475 217 159 100 104 179 465 11.376 4 1 4 1 GO 3.563 4.848 9.215 18.085 4.832 1.648 699 332 296 638 706 44.862 239 12 1.218 20 DF 363 283 548 1.252 357 156 88 81 61 86 62 3.337 4 Fonte: SVS/SES (1) Dados até a semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração. (2) Casos confirmados autóctones (3) Casos importados (4) Casos confirmados SI = Sem informações FHD (4) DCC (4)

Tabela 2: Comparativo dos casos notificados de dengue por Unidade Federada, janeiro a dezembro, 2007-2008 (1) Casos Notificados de Dengue Comparação 2007-2008 UF JANEIRO - NOVEMBRO* INCIDÊNCIA** 2007 2008 * % Variação 2007 2008 Norte 48.046 76.306 58,82 313,2 497,3 RO 2.990 7.899 164,18 188,1 496,8 AC 1.537 2.732 77,75 218,5 388,4 AM 3.007 10.757 257,73 88,7 317,4 RR 2.328 8.477 264,13 560,6 2.041,3 PA 13.999 23.889 70,65 193,1 329,5 AP 5.504 2.167-60,63 864,5 340,4 TO 18.681 20.385 9,12 1374,7 1.500,1 Nordeste 145.820 259.880 78,22 279,4 497,9 MA 14.565 5.920-59,35 232,5 94,5 PI 13.021 4.966-61,86 424,8 162,0 CE 39.839 66.082 65,87 477,9 792,7 RN 14.314 43.552 204,26 464,1 1.412,1 PB 9.155 8.584-6,24 250,8 235,2 PE 32.079 40.936 27,61 373,4 476,5 AL 12.158 19.410 59,65 394,1 629,2 SE 1.778 34.676 1850,28 87,4 1.705,3 BA 8.911 35.754 301,23 63,3 253,9 Sudeste 195.057 369.309 89,33 241,9 458,0 MG 41.511 77.549 86,82 210,5 393,3 ES 10.719 35.088 227,34 304,5 996,9 RJ 61.934 249.724 303,21 393,5 1.586,7 SP(1) 80.893 6.948-91,41 194,2 16,7 Sul 50.733 18.056-64,41 183,5 65,3 PR 48.817 16.557-66,08 464,4 157,5 SC(2) 637 721 13,19 10,5 11,9 RS 1.279 778-39,17 11,5 7,0 Centro Oeste 110.553 64.175-41,95 817,9 474,8 MS 74.693 4.600-93,84 3204,0 197,3 MT 18.865 11.376-39,70 648,2 390,9 GO 14.921 44.862 200,66 255,5 768,1 DF 2.074 3.337 60,90 85,2 137,1 Total 550.209 787.726 43,17 290,6 416,0 Fonte: SVS/SES (1) Casos confirmados autóctones (2) Casos importados * Dados até a semana epidemiológica 48, sujeitos à alteração ** Incidência por 100.000 habitantes

Tabela 3: Monitoramento viral por Unidade Federada, Brasil, 2008 (1) Estados Isolamento Viral 2008* Realizados Positivos DENV 1 DENV 2 DENV3 Acre 37 1 1 Alagoas 318 32 1 10 21 Amapá 10 0 Amazonas 320 30 1 0 29 Bahia 1067 30 4 12 14 Ceara 457 32 0 24 8 Distrito Federal 104 3 1 0 2 Espírito Santo 404 34 1 8 25 Goiás 811 111 1 21 89 Maranhão 21 1 0 1 0 Mato Grosso 34 1 0 0 1 Mato Grosso do Sul 296 2 0 1 1 Minas Gerais 1094 174 1 29 144 Para 865 101 2 87 12 Paraíba 66 6 0 0 6 Paraná 73 3 0 0 3 Pernambuco 271 35 4 9 22 Piauí 312 9 0 2 7 Rio de Janeiro 1704 214 0 177 37 Rio Grande do Norte 106 5 1 4 0 Rio Grande do Sul 27 0 Rondônia 6 Roraima 182 27 15 10 2 Santa Catarina 30 0 São Paulo 445 24 0 10 14 Sergipe 49 1 0 0 1 Tocantins 147 13 0 0 13 Total 9256 889 32 406 451 Fonte: LACEN Estaduais, Coordenação Geral de Laboratórios, Instituto Evandro Chagas. * Dados até 30 de novembro de 2008. Tabela 4: Taxas de Incidência dos Casos Notificados de Dengue por Região de Residência, Brasil, 2008. REGIÕES JANEIRO - NOVEMBRO* Casos 2007 Casos 2008 % Incidência 2008 Estrato Norte 48.046 76.306 58,82 497,3 Alta Nordeste 145.820 259.880 78,22 497,9 Alta Sudeste 195.057 369.309 89,33 458,0 Alta Sul 50.733 18.056-64,41 65,3 Baixa Centro Oeste 110.553 64.175-41,95 474,8 Alta Total Brasil 550.209 787.726 43,17 416,0 Alta Fonte: SVS/SES (Dados até SE 39, sujeitos à alteração).

Figura 1: Incidência de Dengue por Município de Residência, Brasil, 2008*. Fonte: SVS/SES. *Dados até SE 39, sujeitos à alteração. Os Estados de SC e RS não apresentaram casos autóctones em 2008. Figura 2: Incidência de Dengue por Município de Residência, Brasil, 2007*. Fonte: SVS/SES. * O Estado de SC não apresentou casos autóctones em 2007.

ANEXO I Definições de casos utilizados pela Vigilância Epidemiológica / CGPNCD Definição de caso confirmado de febre hemorrágica da dengue (FHD) É o caso confirmado laboratorialmente e com todos os critérios presentes a seguir: a) febre ou história de febre recente de sete dias; b) trombocitopenia (<= 100.000/mm 3 ou menos); c) tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras, sangramentos de mucosas do trato gastrintestinal e outros; d) extravasamento de plasma devido ao aumento da permeabilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando aumento de 20% sobre o basal na admissão; queda do hematócrito em 20%, após tratamento adequado; presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia. Definição de caso de dengue com complicações (DCC) É todo caso que não se enquadra nos critérios da OMS de FHD e quando a classificação de dengue clássica é insatisfatória. Nessa situação, a presença de um dos achados a seguir caracteriza o quadro: alterações graves do sistema nervoso; disfunção cardiorrespiratória; insuficiência hepática; plaquetopenia igual ou inferior a 50.000/mm 3 ; hemorragia digestiva; derrames cavitários; leucometria global ou inferior a 1.000/mm 3 ; óbito. Manifestações clínicas do sistema nervoso, presentes tanto em adultos como em crianças, incluem: delírio, sonolência, coma, depressão, irritabilidade, psicose, demência, síndrome de Reye, síndrome de Guillain-Barré e encefalite. Podem surgir no decorrer do período febril ou mais tardiamente, na convalescença.

Lista de telefones e e-mail da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue Nome Telefone e-mail CGPNCD 3315-2755 dengue@saude.gov.br Coordenador Giovanini Coelho 3315-3883 giovanini.coelho@saude.gov.br Área Administrativa Adelma Oliveira Ângela Cardozo Joscélio Silva Luiz Paulo Pereira Área Técnica Ana Paula Silva Cristiane Pujol Cristiana Jardim Fábio Gaiger Ima Braga Julianna Takarabe Livia Vinhal Márcia Costa O. Mendes Maria do Socorro F. Gadelha Paulo César Silva Roberta Gomes Carvalho Sulamita Suely Esashika Vaneide Pedi Fax: 3315-2755 Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bl. G Ministério da Saúde - Ed. Sede sala 137 CEP: 70098-900 3315-2755 3315-3521 3315-3521 3315-3521 3315-3818 3315-2835 3315-3321 3315-2835 3315-3818 3315-2835 3315-3872 3315-3872 3315-2835 3315-3702 3315-3321 3315-3321 3315-3321 3315-3316 adelma.oliveira@saude.gov.br angela.cardozo@saude.gov.br joscelio.silva@saude.gov.br luiz.pereira@saude.gov.br anap.silva@saude.gov.br cristiane.pujol@saude.gov.br cristiana.jardim@saude.gov.br fabio.gaiger@saude.gov.br ima.braga@saude.gov.br julianna.takarabe@saude.gov.br livia.vinhal@saude.gov.br marcia.mendes@saude.gov.br maria.fontes@saude.gov.br paulo.cesar@saude.gov.br roberta.carvalho@saude.gov.br sulamita.barbiratto@saude.gov.br suely.esashika@saude.gov.br vaneide.pedi@saude.gov.br