1 SEBASTIÃO RODRIGO DE LIMA NASCIMENTO¹, MARIA DA CONCEIÇÃO GONÇALVES MACÊDO 1, ANNE CAROLINE CÂMARA DE ALMEIDA 2, NATAN MEDEIROS GUERRA 3, MAURINA DE LIMA PORTO 4. ¹ Graduando(a) do Curso de Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias, Campus-II, Areia-PB, Brasil. 2 Graduanda do Curso de Enfermagem pela Universidade Estadual da Paraíba, Departamento de Ciências Biológicas e Saúde, Campus I, Campina Grande-PB, Brasil. 3 Graduando do curso de Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias, Campus II, Areia-PB, Brasil. 4 Professora do Departamento de Ciências Veterinárias da Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias, Areia-PB, Brasil. PERFIL DOS CONSUMIDORES DE OVOS DA CIDADE DE ESPERANÇA NO AGRESTE DA PARAÍBA RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil dos consumidores de ovos na cidade de Esperança na Paraíba. As avaliações foram realizadas através de questionário, totalizando 50 entrevistados. Os parâmetros avaliados foram acondicionamento do produto em casa, higienização, validade, informações sobre a existência dos serviços de inspeção por parte dos consumidores, consciência na identificação para ovos estragados, preferência pelo ovo, onde 100% dos entrevistados afirmaram consumir ovos semanalmente e os mesmos não têm 1477
2 conhecimento acerca do serviço de inspeção e classificação do produto consumido e sobre seu acondicionamento de forma adequada. PALAVRAS-CHAVES: Derivados, consumidores, inspeção. EGG CONSUMERS PROFILE IN ESPERANÇA CITY, IN AGRESTE OF PARAIBA ABSTRACT The aim of this research was to evaluate egg consumers profile in Esperança city, in Paraíba. The evaluations were made through questionnaries, in which 50 people participated. The evaluated parameters were product packaging at home, sanitation, validity, information about inspection services by consumers, rotten eggs identification, egg preference. Being so, 100% of the interviwed people affirmed that they eat egg weekly, but they do not know if there is an inspection and classification service of the eaten product or about its adequate packaging. KEY-WORDS: Derivatives, consumers, inspection. INTRODUÇÃO O consumo de ovos no Brasil está aumentando cada vez mais, isso devido ao alto valor nutritivo e o baixo custo deste alimento, apresentando assim um ótimo custo benefício quando comparado com outros produtos de origem animal, a exemplo da carne. A produção brasileira de ovos foi 27,82 bilhões de unidades em setembro de 2014, 7,7% a mais que no mesmo período de 2013 (ABPA Associação Brasileira de Proteína Animal). De vilão a mocinho é assim que o consumo de ovos em relação à saúde humana vem sendo retratada. Este alimento por ser tão 1478
3 completo nutricionalmente já foi comparado com o leite materno. Na Região Nordeste o consumo de ovos é ainda mais intenso, segundo o IBGE, o Nordeste registrou o maior consumo per capita de ovos do país, com uma quantidade quase 25% maior que a da segunda colocada, a Região Norte (IBGE-2010). O objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil dos consumidores de ovos na cidade de Esperança na Paraíba. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi realizado na cidade de Esperança, localizada no Agreste Paraibano na região Nordeste do Brasil, durante o período junho a julho de 2015. A coleta de dados foi realizada através de aplicação de questionário onde o mesmo apresentava perguntas específicas com relação aos motivos que os levam a consumir ovos, frequência de consumo, acondicionamento, higienização, parâmetros utilizados para compra, conhecimento sobre a classe, tipo e validade dos ovos que consomem, preferência no consumo e por quanto tempo os ovos estão aptos à serem ingeridos. Todos os resultados foram codificados em planilhas Microsoft Excel, em seguida foram somados e tabulados. As porcentagens foram arredondadas para facilitar a interpretação dos valores. RESULTADOS Entre os entrevistados todos consumiam ovos de galinha, onde 44% (22/50) consumiam uma vez, 28% (14/50) três vezes, 16%(8/50) diariamente, 8%(4/50) duas vezes e 4%(2/50) cinco vezes por semana respectivamente. Para aquisição do produto 66%(33/50) afirmaram comprar em mercados, 8%(4/50) padarias, 6%(3/50) em granja, 4%(2/50) em sítios, vendedores ambulantes, vizinhos e 2%(1/50) feira. Com exceção de 6%(3/50) produzem ovos em casa. Sobre o 1479
4 acondicionamento 52% (26/50) colocavam os ovos na porta da geladeira, 26%(13/50) dentro da geladeira e 22%(14/50) em temperatura ambiente, quando questionados sobre a higienização, 50%(25/50) não higienizavam o alimento e 50%(25/50) higienizam através de lavagem com água corrente e detergente, destes 24%(6/25) realizam a higienização apenas antes do consumo e 76%(19/25) higienizam logo após a compra. De acordo com (Instituto do ovo Brasil), a higienização do ovo, só é recomendado antes do consumo. Para 50% (25/50) dos entrevistados consomem ovos por causa de seu sabor, 42%(21/50) por seus nutrientes, 4%(2/50) preço e 4%(2/50) nutrientes e sabor. Os prazos máximos para o consumo dos ovos em casa foram, 32% (16/50) em até sete dias, 28% (14/50) quinze dias, 14%(7/50) não souberam responder, 10%(5/50) trinta dias, 6%(3/50) três dias, 6%(3/50) cinco dias e 4%(2/50) vinte e um dia. Quando perguntados sobre informações ao tipo, classe dos ovos, 80% (40/50) afirmaram não ter conhecimento e apenas 20% são conscientes dessas informações, e ainda 76%(38/50) informaram saber identificar ovos estragados e 24%(12/50) não, destes aproximadamente 47%(18/38) identificam através do odor e coloração do conteúdo interno, 24%(9/38) balançar, 18%(7/38) odor e 11%(4/38) pela técnica de flutuação. Sobre a transmissão de doenças através de ovos contaminados, 80%(40/50) responderam saber sobre a transmissão de doenças e 20%(10/50) não e quanto ao serviço de inspeção 94%(47/50) não sabem sobre a existência dos órgãos fiscalizadores e apenas 6%(3/50) têm conhecimento. DISCUSSÃO Para prevenir a transmissão de doenças é necessário o consumo de ovos advindos de estabelecimentos que apresentem o selo 1480
5 de inspeção. Só podem ser expostos ao consumo público ovos frescos ou conservados (Art. 760 RIISPOA). Nas granjas produtoras de ovos, os procedimentos de higiene operacionais padronizados relativos a instalações, processos, mão de obra, são estabelecidos pela legislação federal pertinente, onde são abordados no RIISPOA e na Portaria nº1/1990 (Brasil,1990). A Contaminação pós-postura pode deteriorar o produto e transmitir patógenos. Em relação ao acondicionamento dos ovos, estes devem ser armazenados nas prateleiras no interior da geladeira evitando-se contato com qualquer alimento que possa contaminar sua casca (Freitas, 2015). CONCLUSÃO Concluiu-se que os consumidores de ovos da cidade de Esperança na Paraíba não têm conhecimento acerca do serviço de inspeção e classificação do produto consumido e que os mesmos não acondicionam o produto de forma adequada tornando mais propício a contaminação e deterioração do produto. REFERÊNCIAS Associação Brasileira de Proteína Animal ABPA. Brasil. Ministério da Agricultura. Secretaria de Inspeção de Produto Animal. Portaria n 1 de 21 de Fevereiro de 1990. Freitas, J. A. Introdução à higiene e conservação das matériasprimas de origem animal Atheneu, 2015. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - 2010. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal RIISPOA. 1481