0 ENSINO DA GEOGRAFIA NA FACULDADE DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Documentos relacionados
CRONOGRAMA DE AVALIAÇÕES - 50%

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE ENSINO - CCJE DEPARTAMENTO DE ANEX O I. Plano de Ensino

~ UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO RESOLUÇÃO N 2.903, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2007

Mapa de oferta por curso

VAGAS OFERTADAS CAMPUS DE REALIZAÇÃO: PROFESSORA CINOBELINA ELVAS (CPCE) DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

A psicologia no mundo atual *

EDITAL Nº 034/09 SELEÇÃO DE ESTAGIÁRIOS

Modelo de Alocação de Vagas Docentes

Estudo quantitativo do processo de tomada de decisão de um projeto de melhoria da qualidade de ensino de graduação.

ALUNO EQUIVALENTE DA GRADUAÇÃO 2013

Eleição Membros Discentes Conselho Geral

ENTREVISTA COM A GEÓGRAFA

! Superlntenrlencia Reg.onaJ do Ma:toGro$So. Qualificação e Reinserção Profissional dos Resgatados do Trabalho Escravo elou em AÇÃO INTEGRADA

FADIR / Curso de Direito Bacharelado DIURNO SALA 01 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO RESOLUÇÃO N 3.093, DE 25 DE MAIO DE 2009

Análise da curva de crescimento de ovinos cruzados

definido na r parte, alínea "b" do item a

3 Algoritmos propostos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

NORMAS PARA DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS DE OUTROS CUSTEIOS E CAPITAL (OCC) - ORÇAMENTO ABERTURA

), demonstrado no capítulo 3, para

METOLOGIA. 1. Histórico

Q;\j. ai = fi = f C.T.A. unitário C anual econômico em. Custo Quantidade Lote N.o de. Peça. Custo total Unidade A unidades anual

Modelo de Alocação de Vagas Docentes

Regimento do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. , j Alt Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável -

TABELA DE TARIFAS. (Anexo I do Regulamento de Tarifas Municipais) MUNICÍPIO DE REDONDO

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

PROGRAMA INTERLABORATORIAL PARA ENSAIOS EM CHAPAS DE PAPELÃO ONDULADO CICLO 2013 PROTOCOLO

MIREILLE DOSSO, edições FOUCHER,

métodos projetuais i

VINTE E CINCO ANOS DE GEOGRAFIA EM SÂO PAULO

I w CARACTERÍSTICAS DO ESPAÇO ECONÓMICO INDUSTRIAL (*)

u a mesma área, na escala de 1: , tomadas a cada intervalo de 18 dias.

Anexo da Resolução Nº 215/2016 FAIXAS SALARIAIS DOS CARGOS EFETIVOS DO QUADRO DE PESSOAL DATA BASE 2016/ SENALBA JORNADA SEMANAL

NOÇÕES SOBRE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR SIMPLES

Eletromagnetismo. Distribuição de grandezas físicas: conceitos gerais

Plano de amostragem do ISA-Capital 2008 Maria Cecília Goi Porto Alves Maria Mercedes L. Escuder 24 de junho de 2009

FADIR / Curso de Direito Bacharelado DIURNO SALA 01 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

Mapa de oferta por curso

ALUNO EQUIVALENTE DA GRADUAÇÃO 2014

Matrícula em Cursos Específicos

PROGRAMA INTERLABORATORIAL PARA ENSAIOS EM CHAPAS DE PAPELÃO ONDULADO CICLO 2013 PROTOCOLO

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16%

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

Diário da República, 2.ª série N.º de dezembro de Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação

1 f. $3](i,;<T.p. 0 número de vagas oferecidas pela Universidade Federal do. T*t) ãjnxversida'k)e FEDERAI, DO MARAN. .i;!&<p. .i $

1 1- Prof. João Baptista Borges PEREIRA

Santos Júnior, EP 1 ; Soares, HCC 1 ; Freitas, GP 2 ; Pannain, JLM 3 ; Coelho Junior, LM 4 * 1

METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DE VAZÃO DE UMA SEÇÃO TRANSVERSAL A UM CANAL FLUVIAL. Iran Carlos Stalliviere Corrêa RESUMO

TEXTURA DA DRENAGEM E SUA

REGULAMENTO DO CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM HISTÓRIA E PATRIMÓNIO DA CIÊNCIA, DA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO (HPCTI)

ANEXO III TABELA DE CORRELAÇÃO DAS FUNÇÕES CLASSE III

DETERMINAÇÃO DE VALORES LIMITE DE EMISSÃO PARA SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DA LISTA II DA DIRECTIVA 76/464/CEE

Surpresa para os calouros. Série Matemática na Escola. Objetivos

FADIR / Curso de Direito Bacharelado DIURNO SALA 01 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

A GEOGRAFIA MODERNA EM PERNAMBUCO

SOCIOLOGIA JURÍDICA :30/2 8:20/ FILOSOFIA JURÍDICA :30/ DIREITO CIVIL I (Parte Geral) :30/2 9:30/2

4.1 Modelagem dos Resultados Considerando Sazonalização

Avaliação de Económica de Projectos e Cálculo de Tarifas

UMA ABORDAGEM ALTERNATIVA PARA O ENSINO DO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS NO NÍVEL MÉDIO E INÍCIO DO CURSO SUPERIOR

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 33/2009

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO. Relatório Turma/Horário

CAMARÁ MUNICIPAL DE FORTALEZA

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL

ANEXO I A QUE SE REFERE A LEI Nº xxx

ANEXO DO EDITAL nº. 099/2014 de 30/12/2014

Estatística Aplicada II CORRELAÇÃO. AULA 21 07/11/16 Prof a Lilian M. Lima Cunha

ANEXO 5 (RETIFICADO) QUADRO DE OFERTA DE DISCIPLINAS

2 Principio do Trabalho Virtual (PTV)

MEDO DO DESEMPREGO E SATISFAÇÃO COM A VIDA METODOLOGIA. Versão 2.0

Cálculo de Índices de Preços do Setor Sucroalcooleiro

(52)(BR) C/a. Nac.: 25-03

princípios do design i

Apostila de Matemática Financeira

CÁLCULO DO ALUNO EQUIVALENTE PARA FINS DE ANÁLISE DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO DAS IFES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CONSELHO COORDENADOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO. RESOLUÇÃO 09/2009/CCEPE

EDITAL Nº 30/2015-PREG, DE 30 DE ABRIL DE 2015.

TENDENCIAS CLIMÁTICAS DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL NO ESTADO DO MARANHÃO

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

Fundo de Investimento Imobiliário FII Anhanguera Educacional (FAED11)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA CONSELHO universitário RESOLUÇAO N DE 22 DE JUNHO DE 1973

O COMPORTAMENTO DA MÃO-DE-OBRA OCUPADA NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE PARA OS ANOS DE 1995 E 2003

DIFERENCIANDO SÉRIES TEMPORAIS CAÓTICAS DE ALEATÓRIAS ATRAVÉS DAS TREND STRIPS

HORÁRIOS DO CURSO DE DIREITO MATUTINO

A DIVISÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

LTNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Fundação Instituída nos termos da Lei de , São Luís - Maranhão

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE MATRÍCULA 2016/2

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CONCURSO ÁREA I ZOOLOGIA

Dependência Espacial de espécies nativas em fragmentos. florestais

1. Carga Horária ou 2. Especificidade.

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

AULA 10 Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica

6 Modelo Proposto Introdução

DEFENSORIA PÚBLICA. ESTAOO DA PARAíBA PROJE Ta 1)f L F j' )./!.A J Â tia. Senhor Presidente da Assembleia Legislativas do Estado da Paraiba,

ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA TEMPORAL: UM NOVO MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE TEMPORAL DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO

GRADE HORÁRIA TARDE/NOITE 2016/2 2º SEMESTRE 1º PERÍODO SALA 7002 F HORA/DIA 2º FEIRA 3º FEIRA 4º FEIRA 5º FEIRA 6º FEIRA T3 14h: 20min 15h: 10min

7 - Distribuição de Freqüências

BSG -Business Solutions Group, Lda. Contabilidade Gestão de Stock Acessoria Financeira, Fiscal Recursos Humanos Licenciamento de Empresas

Transcrição:

ENSNO. 0 ENSNO DA GEOGRAFA NA FACULDADE DE FLOSOFA DA UNVERSDADE DE SÃO PAULO AROLDO DE AZEVEDO e JOÃO DAS DA SLVERA O presente trabalho dá uma déa sntétca de como se vem processando o ensno da Geografa na Faculdade de Flosofa, Cên cas e Letras da Unversdade de São Paulo e fo elaborado espe calmente para a 1 Reunão Pan-Amercana de Consulta sôbre Geografa, reunda na cdade do Ro de Janero, em setembro de 1949. Seus autores, sócos efetvos da A. G. B são os atuas ocupantes das cátedras de Geografa naquele estabelecmento of cal de ensno, O Departamento de Geografa e sua organzação. Fundada a Faculdade de Flosofa, Cêncas e Letras da Unversdade de São Paulo, em 1934, entre as suas caderas fgurou uma dedcada à Geografa, Em 1939, desdobrou-se ela em duas outras: a de Geografa Fsca e a de Geografa Humana, A partr de 1942, uma tercera passou a ter exstênca autónoma : a de Geografa do Brasl. No deseo ce resolver em comum os mesmos problemas, fo crado, em 1946, o Departamento de Geografa, destnado a coor denar as atvdades das caderas que se cledcam ao ensno e às pes qusas de Geografa, dentro da nossa Faculdade. De acordo com o Regulamento ora em vgor e que teve a apro vação do Conselho Técnco-Admnstratvo, cada uma das caderas do Departamento goza de completa autonoma ddátca. No ponto de vsta admnstratvo, o Departamento é consttudo por ses Seções dstntas: 1. Bbloteca; 2. Mapoteca; 3. Fcháro Geográfco; 4. Fotografa; 5. Arquvo; 6. nstrumental Centfco e Materal de Excursão. Além dsso, dspõe o Departamento de uma Secretara, A admnstração nterna do Departamento é exercda por um Dretor Admnstratvo, escolhdo anualmente dentre os ttulares das caderas, obedecdo o sstema rotatvo. É de sta competênca: a) superntender todos os assuntos de caráter admnstratvo do Depar tamento ; b) nomear e dspensar os chefes das Seções, sendò a escolha feta entre os Assstentes que trabalham unto às três caderas; Ú'7

3 OUTUBRO»E 1949 N. 3 c) zelar pela exata aplcação das verbas conceddas pela Retora da Unversdade ; d) despachar a correspondênca do Departamento., Ao assumr suas funções, no nco do ano, o Dretor Admns tratvo desgna os Assstentes que devem fcar, durante horas deter mnadas e em cada da da semana, à dsposção dos alunos que desearem estudar no Departamento. Pelo menos uma vez em cada semestre, o Dretor Admnstratvo convoca os demas Professores e os Assstentes para uma reunão coletva, na qual são dscutdos assuntos referentes à marcha dos servços admnstratvos do Departamento. 77 Os cursos de Geografa e seu currculum. Atualmente, os cursos da Faculdade de Flosofa, Cêncas e Letras dvdem-se em duas categoras: a) curso fundamental; b) curso de especa lzação. O curso fundamental é realzado em quatro anos, dos quas os três prmeros possuem matéras obrgatóras e o últmo consttu-se pelos cursos de Ddátca e Pscologa Educaconal, além de duas outras matéras de lvre escolha do aluno. Uma vez termnado, recebe êste o dploma de LCENCADO em Geografa e Hstóra. Dentro dêsse curso, assm se dstrbu o ensno da Geografa; l. Geografa Fsca Geografa Humana 2. ano Geografa Fsca Geografa Humana Geografa do Brasl 3. ano Geografa Fsca Geografa Humana Geografa do Brasl ano O 4, ano de Geografa pode ser dado ou não, conforme as preferêncas dos lcencandos. Por ncatva do Departamento, os alunos do l. ano estudam duas matéras afns: Elementos de Geologa e Elementos de Car tografa. O curso de especalzação em Geografa destna-se a todos quantos haam termnado o curso básco de três anos de Geografa e Hstóra, feto em Faculdade de Flosofa ofcal ou reconhecda. Tem a du ração de dos anos e compreende o ensno de três dscplnas, a serem escolhdas pelo aluno dentre as seguntes: Geografa Fsca, Geo grafa Humana, Geografa do Brasl, Cartografa, Geologa, Topo grafa e Geodésa, Etnografa, Socologa, Economa Poltca e Esta tstca, consderadas as três prmeras como fundamentas. Além dos /

73 BOLETM PAULSTA DE GEOGRAFA cursos regulares, o aluno deverá estagar em um departamento especalzado (que se dedque a estudos geográfcos ou afns), no qual terá de demonstrar assdudade, nterêsse e competênca; com pete aos professores do Departamento de Geografa, de comum acordo, escolher o local desse estágo e fxar o tempo de sua duração. Na hpótese do aluno escolher uma só das matéras consderadas fundamentas ou apenas matéras consderadas subsdáras, o estágo será obrgatoramente de um ano, no mnmo. Ao aluno que obtver aprovação nas matéras do curso e realzar o estágo de manera satsfatóra será conceddo o dploma de ESPECALZAÇÃO em Geografa. Os programas para 1950. Os programas das caderas que formam o Departamento contêm uma parte fxa (noções báscas) e uma parte móvel, que vara para cada ano letvo. Damos, a segur, uma sntese desses programas para o próxmo ano escolar: ' > T GEOGRAFA FÍSCA Ttular da cadera: prof. Dr. João Das da Slvera. Assstentes: profs. Elna Olvera Santos, Azz Nacb Ab Saber e Mara de Lourdes Perera de Souza Radesca.. Relêvo do solo. ntrodução. Topografa fluval. nfluêncas estrutu ras. Topografa vulcânca. Movmentos de conunto e suas consequêncas topográfcas. Evolução topográfca nas regões chamadas tropcas.. Hdrografa. ntrodução. Oceanos e mares. Os lagos. Os ros.. Clma. ntrodução. A atmosfera. Tpos de clma. A carta clmá tca do globo e suas relações com a dstrbução das pasagens geográfcas. V. Bogeografa. ntrodução. A Bosfera e os sêres vvos. Geografa das plantas. Geografa dos anmas. mportânca dos fenômenos bológcos para a caracterzação dos quadros geográfcos; relações com o homem. V. Estudo regonal da Áfrca. ntrodução. Aspectos fscos geras da Áfrca. Estudos regonas de detalhe. Observação-, O presente programa será mnstrado dentro do segunte " currculum : l.a sére Relêvo do solo Hdrografa Semnáro 2.a sére Relêvo do solo Clmatologa Semnáro l ' Mt ã f ' Ã ' : : t ; \ \

KútL.; ; t ff Í OUTUBRO DE 1949 N. 3 3.a sére Clmatologa Geografa da Afrca Semnáro 4.a e S.a séres Geografa da Afrca Semnáro 79 GEOGRAFA HUMANA (*) Ttular nterno da cadera : prof. Dr. Aroldo de m Azevedo. Assstentes: profs. Drs. Ary França, Nce W. Lecocq-Mler e Renato da Slvera Mendes. l.a sére. ntrodução. Evolução da cênca geográfca. Os prncpos da geo : grafa moderna. Os grandes quadros cmato-botâncos.. Os concetos fundamentas. Os fatos da geografa humana.!ÿ; Relações entre o homem e o meo. A população e seus problemas. Geografa das cdades. Os produtos almentares. As matéras prmas. Os transportes.. Metodologa. Orentação para pesqusas e trabalhos de campo. * M Trabalhos prátcos. w 2.a sére O. Gêneros de vda. Os gêneros de vda e seu conceto. A vda nos desertos. A vda nas florestas. A vda nas montanhas. %. Produtos almentares e matéras prmas. O açúcar. O café. O cacáu. A borracha. O carvão. P. Metodologa. Técncas de estudo em geeografa humana e económca. V 3.a sére. O "habtat rural e urbano. Tpos de povoamento rural. A habtação rural. Geografa das cdades. Monografas urbanas.!. Geografa da ndústra. A ndústra: conceto e evolução. Tpos de.. ndústra. O petrólo e sua ndústra. ndústras têxtes.. Semnáro. Estudo de problemas de geografa humana e económca em seus aspectos geras ou regonas. 4.a sére. Estudos regonas. Pasagens de Portugal. A população da nda. Pasagens da Austrála. A vda económca da Unão Sovétca.. Geografa dos transportes. Evolução das vas e dos meos de trans porte. As estradas. Vas-férreas. Rodovas. Vas-férreas transcontnentas. ;/. Os transportes e o meo geográfco. S. Semnáro. Estudo de problemas de geografa humana e económca em seus aspectos geras ou regonas, a fv 5.a sére Geografa socal e geografa poltca. Geografa lngustca. Geografa das relgões. Nações e Estados. Fronteras. A expansão colonal e o mpe ralsmo. M (*) O presente programa poderá ser alterado «o todo ou em parte, quando fòr contratado o professor defntvo da cadera, fèf; 6 y ft:!

s 80 BOLETM PAULSTA DE GEOGRAFA - GEOGRAFA DO BRASL Professor catedrátco: prof. Dr, Aroldo de Aze vedo. Assstentes: profs. José Rbera de Arauo Flho, Antôno Rocha Penteado e Ely Goulart Perera de Arauo. 2.a sére. As bases fscas. O' contnente braslero: vsão de conunto. Os grandes traços da geologa braslera. As grandes undades do relevo. O Atlântco sul. Morfologa do ltoral. O clma e as regões clmátcas. A rêde hdrográfca e os regmes fluvas. A vegetação e as regões botâncas.. Os fatôres humanos e económcos. A população. Os tpos étncos. O homem braslero e o meo. O habtat rural. As cdades. Os cclos económcos e sua mportânca geográfca. As regões geo-econômcas. A agr cultura e seus problemas. A cração de gado. As ndústras extratvas. n dústras de transformação. Os transportes. O comérco.. Semnáro. Aspectos da geografa braslera. 3.a sére. ntrodução. O problema das dvsões regonas do Brasl.. Estudos regonas. Amazôna. Nordeste. Regão Leste. Regão Sul. 4.a sére. Estudos de geografa geral. A cdade do Ro de Janero. O carvão. O ferro. Transportes terrestres.. Estudos de geografa regonal. Baxo-Amazonas. Vale do São Fran csco. O ltoral merdonal e a Serra do Mar, Vale do Paraba. S.a sére. Estudos de geografa regonal. Nordeste Ocdental. O sul da Baha. Esprto Santo. Pantanal matogrossense, Sul de Goás.. Semnáro. Problemas da geografa braslera. A orentação do ensno. naugurados os cursos de Geo grafa pelo prof. Perre Deffontanes (1934), contou depos a Faculdade com a colaboração dos professores Perre Monbeg (1935-46), Emmanuel de Martonne (1937), Roger Don (1947) e Perre Gourou (1948), todos êles representantes lustres da cênca geográ fca francesa. Nada mas natural, por sso, que a orentação dada ao ensno obedeça, em suas nbas mestras, à metodologa francesa. Entretanto, aprovetando númeras vêzes os ensnamentos dos autores ngleses e norte-amercanos e ntroduzndo sua contrbução própra, os profes sores e assstentes do Departamento têm procurado orentar o ensno no sentdo de atender plenamente aos reclamos da geografa braslera, naqulo que apresenta de partcular e de orgnal. t \ ' ; 1 ; *.!! - 4;. \ 1 f

OUTUBEO DE 1949 N. 3 81 As aulas teórcas são dadas sempre da manera a mas obetva possvel, através do manuseo de mapas (geras e regonas) e do uso ntensvo de proeções. Para cada assunto do programa, rece bem os alunos uma bblografa seleconada e fundamental. Nas aulas de semnáro, fazem-se trabalhos prátcos (letura e nterpretação de cartas e de gráfcos) e dscutem-se problemas de carater geográfco. Sempre que as possbldades fnanceras da Faculdade o per mtem, realzam-se excursões, ce ncatva de cada uma das cade ras ou organzadas pelo própro Departamento. Dentro delas cumpre dstngur: a) as excursões de caráter ddátco, destnadas a mostrar aos alunos aspectos tpcos da pasagem, habtuando-os à nterpreta ção do que observam ; b) excursões de pesqusas, destnadas à coleta de observações.dentro de um plano prefxado. Para sso, dspõe o Departamento de um automóvel um staton-wagon Ford, com capacdade para transportar 9 pessoas. No campo das pesqusas, ncalmente, procura o Departamento famlarzar os alunos no manuseo de dados á recolhdos ; em segu da, lança-os na tarefa mas dfcl, que é a pesqusa própra. Em qualquer dos casos, recebem os alunos a necessára orentação por parte dos professores e assstentes.. l Os trabalhos á realzados. Sem falar nas contrbuções apresentadas em certames geográfcos (como os Congressos Bras leros de Geografa e as Assembléas Geras da Assocação dos Geógrafos Brasleros) e nas publcações fetas em revstas especa lzadas pelos professores e assstentes, como também no abundante acervo de dados e observações recolhdos pelos alunos, que constam do arquvo do Departamento, queremos chamar, a atenção para os seguntes trabalhos á levados a efeto pelo Departamento de Geo grafa : 1. Teses de concurso e de doutoramento: 1944 MARA CONCEÇÃO VCENTE DE CARVALHO Santos e a geografa humana do ltoral paulsta. 1945 AROLDO DE AZEVEDO Subúrbos Orentas de São Paulo, ARY FRANÇA Estudo sôbre o clma da Baca de São Paulo. 1946 JOAO DAS DA SLVERA Estudo geográfco dos contra fortes ocdentas da Mantquera, NCE LECOCQ-MÚLLER "Tpos de stante em algumas regões do Estado de São Paulo. "Pasagens culturas da Baxada Flumnense. 1948 RENATO DA SLVERA MENDES

M 82 BOLETM PAULSTA DE GEOGRAFA t f H; V P ST N rf: 2. Publcações: 1944 Geografa n. 1 (Boletm n. XXXV da Faculdade), con tendo estudos monográfcos sôbre uma fazenda paulsta (MARA LUZA PRES DÚ RO PNHO), e sôbre Gopoúva, trecho da Cantarera (MARA GALDNA XAVER), uma sntese a respeto do Recôncavo da Baha (AROL DO DE AZEVEDO) e uma bblografa referente ao Brasl Merdonal. 1946 Geografa n. 2 (Boletm n. LXV da Faculdade), contendo um estudo sôbre a regão de Juazero e Petrolna (AROLDO DE AZEVEDO). 1947 Geografa n. 3 (Boletm n. LXX da Faculdade), contendo um estudo sôbre o clma da Baca de São Paulo (ARY FRANÇA). 1947 Publcação avulsa, sob o ttulo Consderações em tôrno da Geo grafa e do seu ensno (AROLDO DE AZEVEDO). 1949 Mapa-Múnd ", na escala de 1 : 75.000.000, em proeção azmutal equdstante e oblqua, tendo por centro a cdade de São Paulo (JOÃO SOU- KUP). Trabalhos em andamento. O Departamento de Geografa tem - em execução um Estudo geográfco da cdade de São Paulo, a ser publcado em anero de 1954, a fm de comemorar o 4. cen E tenáro da captal paulsta, devendo nêle colaborar todos os profes sores e assstentes, sob a dreção geral do prof. AROLDO DE AZEV1EDO. : Além dsso, encontram-se em andamento os seguntes trabalhos : de pesqusa :!. Na cadera de Geografa Fsca : JOÃO DAS DA SLVERA Os quadros naturas do Ltoral paulsta, Geografa Fsca da Serra do :! l. & Mar e O Pontal paulsta : estudo de geografa regonal ; ELNA OL VERA SANTOS Contrbução ao estudo geográfco da regão de Soro caba ; AZZ NACB AB SABER Santa sabel: um muncpo serrano dos arredores da captal paulsta, O sto da cdade de São Paulo, A regão de tú e O relôvo do Estado de São Paulo: sutese ddátca.. Na cadera de Geografa Humana : ARY FRANÇA Ocupação do solo na plance do Perequê, no ltora paulsta e Clmatologa humana da Baca de São Paulo ; NCE LECOCQ.-MULLER Colóna, vello núcleo de colonzação alemã nos arredores de São Paulo e Pasagens ruras do muncpo de Praccaba ; RENATO DA SLVERA MENDES A fun ção ndustral da cdade de São Paulo.. Na cadera de Geografa do Brasl: AROLDO DE AZEVEDO O Vale do Paraba, em São Paulo ; JOSÉ RBERO DE ARAUJO FLHO. Geografa humana da baxada do tanhaem ; ANTONO ROCHA A Regão de Ro Claro e a A regão de Bragança PENTEADO Paulsta ", : s O ensno da (Cartografa. Desde 1947, os alunos do l. ano do curso de Geografa e Hstóra vêm recebendo um curso de Ele mentos de Cartografa, mnstrado pelo prof. JOÃO SOUKUP, dentro do segunte programa :

as. OUTUBRO DE 1949 N." 3 83 S 1, Estudo da Carta da França. 2. Os processos de engenhara necessáros à Cartografa: noções geras, 3. Representação gráfca da stuação ou parte planmétrca. 4. Representação gráfca do relêvo. S. Os letreros dos mapas, 6. escala. Letura de cartas e possbldades da cartometra em cartas de pequena w 7. Proeções cartográfcas: estudo sntétco, f - 8. O materal de desenho e o maneo dos utenslos ndspensáves à Cartografa. 9. Desenho de mapas fsográfcos e construção de blocos-dagramas e de perfs hpsométrcos. 10. Esboços panorâmcos e croqus topográfcos. Conclusão. Do exame dos programas das três caderas de Geografa e da relação dos trabalhos á realzados ou em elabora ção, dentro do Departamento, cêpreede-se a mportânca que nêle se dá aos estudos regonas, consderados como a expressão mas fel da pasagem geográfca. Por sso mesmo, não é de hoe que os seus professores vêem pleteando a cração, com caráter autónomo, de uma quarta cadera a de Geografa Regonal, que sera o coroamento do curso básco realzado na Faculdade. * ' l