ADM 250 capítulo 11 - Slack, Chambers e Johnston



Documentos relacionados
Estes postos não permitem mais nenhuma adição de ordens novas, sendo, portanto assumidos como as restrições de capacidade para TODA a operação.

Engenharia Econômica. Introdução à Engenharia de Produção

Ementa e Cronograma Programático...

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

Planejamento Agregado Planejamento Agregado.

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA

A função produção apresenta três papéis importantes para a estratégia empresarial:

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

Marketing. Gestão de Produção. Gestão de Produção. Função Produção. Prof. Angelo Polizzi

Gestão de Operações. Introdução a Engenharia de Produção

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia

Logística Lean: conceitos básicos

ADM 250 capítulo 3 - Slack, Chambers e Johnston

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Planeamento Industrial Aula 04

MRP MRP. Módulo 5 MRP e JIT. Demanda de produtos e serviços. Fornecimento de produtos e serviços

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini prof.andre.luis.belini@gmail.com /

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

A Projeção de Investimento em Capital de Giro na Estimação do Fluxo de Caixa

GESTÃO DE ESTOQUES. Gestão Pública - 1º Ano Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 4 Prof. Rafael Roesler

A importância da Manutenção de Máquina e Equipamentos

Processos Administrativos de Compras

ADM 250 capítulo 4 - Slack, Chambers e Johnston

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Guia para RFP de Outsourcing

Controle ou Acompanhamento Estratégico

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Aula 09 Matemática Financeira. Princípios Fundamentais da Engenharia Econômica

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

UNIDADE VI - Planejamento e Controle de Projetos

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto.

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Planejamento da produção

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

CARACTERIZAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

Capítulo 2. Logística e Cadeia de Suprimentos

A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS

Logistica e Distribuição. Manuseio de Materiais. Mas quais são as atividades da Logística? Ballou, 1993

GESTÃO DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - ESTOQUES

CAPÍTULO 4 Projeto e organização do trabalho e dos recursos físicos

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Noções de Administração de Materiais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Administração Financeira

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA CAPACIDADE. Eng. Liane Freitas, MsC.

GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

OS NEGÓCIOS LUCRO = VOLUME PRODUZIDO X PREÇO - CUSTO

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

SGQ 22/10/2010. Sistema de Gestão da Qualidade. Gestão da Qualidade Qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização para:

Rodrigo Rennó Questões CESPE para o MPU 11

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo

Gestão da Produção Planeamento

O que é Administração

Unidade III MARKETING DE VAREJO E. Profa. Cláudia Palladino

Controle de Estoques

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS GESTÃO DE ESTOQUES

ESTUDO DE VIABILIDADE. Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Princípios de Finanças

Administração das Operações Produtivas

ESTRUTURANDO O FLUXO PUXADO

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso:

DECLARAÇÃO DE POSICIONAMENTO DO IIA: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

25/02/2009. Tipos de Estoques. Estoque de Materiais. Estoque de Produtos Acabados. Estoque em transito. Estoque em consignação

Qual a diferença entre certificação e acreditação? O que precisamos fazer para obter e manter a certificação ou acreditação?

Visão estratégica para compras

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

Módulo 3 Custo e nível dos Estoques

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

Profa. Marinalva Barboza. Unidade IV RECURSOS MATERIAIS E

Contribuição do custo logístico na formação de preço de venda dos produtos. Prof. Paulo Medeiros

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

WMS e TMS. A integração entre os sistemas de gerenciamento de armazéns e transportes é fundamental para a otimização dos fluxos de trabalho

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo Módulo 7

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 2. Logística de Resposta Rápida. Contextualização. Prof. Me. John Jackson Buettgen

Plano Aula 10 24/10/ Exercício de Desenvolvimento Pessoal - Vantagem Competitiva Liderança em Custos

Transcrição:

ADM 250 capítulo 11 - Slack, Chambers e Johnston 1

Planejamento e Controle Recursos de entrada a serem transformados Materiais Informação Consumidores AMBIENTE ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA OPERAÇÃO PAPEL E POSIÇÃO COMPETITIVA DA OPERAÇÃO MELHORIA Recursos de entrada PROJETO PLANEJAMENTO E CONTROLE Saída, produtos e serviços CLIENTES Instalações Pessoal Recursos de entrada de transformação AMBIENTE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE 2

Planejamento e Controle Fornecimento de produtos e serviços Planejamento e controle de capacidade produtiva Demanda por produtos e serviços Recursos da operação Conciliação da capacidade agregada da produção com sua demanda agregada Consumidores da operação produtiva 3

Perguntas que se esperam respondidas ao final do capítulo 11 Que é planejamento e controle de capacidade? lanejamento Controle de Capacidade Como a capacidade é medida? Quais são as formas de lidar com as flutuações da demanda? Como as operações planejam seus níveis de capacidade? Como as operações controlam seus níveis de capacidade? 4

Planejamento e controle de capacidade O equilíbrio adequado entre capacidade e demanda pode gerar altos lucros e clientes satisfeitos, enquanto equilíbrio errado pode ser potencialmente desastroso. 5

Planejamento e controle de capacidade As decisões de capacidade têm um impacto em toda a empresa. A operação precisa de informações das demais áreas para planejar adequadamente a capacidade necessária. Todas as áreas tem algum tipo de operação a ser realizada na forma de micro-processos, os quais precisam ser corretamente planejados também em termos de capacidade. 6

O que é capacidade? Capacidade de uma operação é medida considerando-se se duas dimensões escala e tempo. 7

O que é capacidade? Capacidade de uma operação é o máximo nível de atividade de valor adicionado em determinado período de tempo que o processo pode realizar sob condições normais de operação. 8

Restrições de capacidade Grande parte das organizações operam abaixo de sua capacidade seja porque a demanda é insuficiente, seja por uma política deliberada de reserva produtiva. 9

Restrições de capacidade Entretanto nem todas as partes da organização têm a mesma carga (ou recebem o mesmo carregamento). Isto implica que algumas partes podem estar operando no limite ou acima de sua capacidade máxima e portanto são gargalos na operação. Estes gargalos funcionam como restrições ao processo como um todo. 10

Planejamento e controle de capacidade Planejamento e controle da capacidade podem ser entendidos como a tarefa de determinar a capacidade efetiva da operação produtiva, de forma que ela possa responder à demanda. Isso significa decidir como a operação deve reagir a flutuações na demanda. 11

Demanda e capacidade agregadas A análise da capacidade e do seu controle são feitas: A longo prazo na definição e grandes investimentos. A médio e curto prazo de forma agregada. A análise em geral é feita admitindo-se que o mix de produtos e serviços será razoavelmente constante. 12

Objetivos do planejamento e controle da capacidade Afetam os seguintes aspectos de desempenho: Custos Receitas Capital de giro Qualidade Velocidade Confiabilidade de entrega Flexibilidade 13

Etapas do planejamento e controle da capacidade Etapa 1 - Medir a demanda e a capacidade agregadas Produção agregada Etapa 2 - Etapa 3 - Identificar as políticas alternativas de capacidade Escolher as políticas de capacidade mais adequadas Previsão de demanda Estimativa da capacidade atual Tempo 14

Previsão de flutuações da demanda Uma previsão de demanda requer que sejam considerados três requisitos: Ser expressa em termos úteis para o planejamento e controle da capacidade Ser tão exata quanto possível Dar uma indicação da incerteza relativa 15

Boas previsões são essenciais para o planejamento efetivo da capacidade, mas, da mesma forma, também é essencial uma compreensão da incerteza da demanda, porque permite que a operação julgue os riscos para o nível de serviço Distribuição da demanda Somente 5% de probabilidad de a demanda ser maior que esta DEMANDA TEMPO DEMANDA Somente 5% de probabilidad de a demanda ser menor do que esta TEMPO 16

Muitos tipos de operações devem lidar com demanda sazonal Causas da da sazonalidade Climáticas Festivas Comportamentais Políticas Financeiras Sociais Alguns produtos e serviços sazonais Materiais de construção Bebidas (cerveja e refrigerantes) Alimentos (sorvetes, bolos de natal Vestuário (maiôs, sapatos) Itens de jardinagem (sementes, fertilizantes) Fogos de artíficio Serviços de viagem Férias Processamento de imposto Médico (gripe endêmica) Serviços de esporte Serviços de educação 17

Sazonalidade da demanda A sazonalidade da demanda é uma questão central para várias organizações. Outras têm problemas com a sazonalidade de suprimentos. O problema pode ocorrer em ambas as pontas da cadeia. 18

Flutuações da demanda É comum se pensar em relação à flutuação da demanda em termos anuais, mas ela também pode ocorrer, para alguns casos, em ciclos mais curtos. O grau em que uma operação terá que lidar com flutuações de demanda de prazo muito curto é determinado parcialmente pelo tempo que seus clientes estão dispostos a esperar por seus produtos e/ou serviços. Uma operação cujos clientes são incapazes ou não querem esperar deve planejar-se para flutuações de demanda de prazo muito curto. 19

Medindo a capacidade O problema principal com a medição da capacidade é a complexidade da maior parte dos processos produtivos. Somente quando a produção é altamente repetitiva e padronizada é fácil definir a capacidade sem ambigüidade. Para várias operações o volume de produção é uma medida adequada de capacidade, porque a natureza do produto da operação não varia. 20

Medindo a capacidade Para várias operações o volume de produção não é uma medida adequada de capacidade porque a natureza do produto da operação varia. Neste caso, medidas baseadas em insumos representam melhor a estimativa de capacidade. 21

Operação Fábrica de arcondicionado Hospital Teatro Lojas de venda no varejo Companhia aérea Medindo a capacidade Medida da capacidade de insumos Horas de máquinas disponíveis Leitos disponíveis Número de assentos Área de venda Número de assentos disponíveis no setor Medida da capacidade de volume de produção Número de unidades por semana Número de pacientes tratados por semana Número clientes entretidos por semana Número de itens vendidos por dia Número de passageiros transportados por semana Companhia de eletricidade Cervejaria Universidade Tamanho do gerador Volume dos tanques de fermentação Número de estudantes Megawatts-hora de eletricidade gerada Litros por semana Estudantes graduados por ano 22

Capacidade depende do mix de atividades O volume de produção depende do mix de atividades, produtos e serviços de uma operação. Quando os mix são diferentes se torna mais difícil a comparação entre diferentes tipos de atividades. 23

Capacidade de projeto e capacidade efetiva A capacidade teórica de uma operação a capacidade que os projetistas técnicos tinham em mente quando projetaram a operação nem sempre pode ser atingida na prática. Dificuldades técnicas de programação de produção podem significar tempo perdido adicional. Dificuldades operacionais outras podem também reduzir a capacidade. 24

Capacidade de projeto e capacidade efetiva A capacidade real de uma operação é a capacidade que resta depois de deduzir todas as perdas e é chamada de capacidade efetiva da operação. Fatores de perda incluem problemas da qualidade, movimentação, despreparo dos funcionários etc. Os diversos fatores de perda acarretarão que o volume de produção real será ainda menor do que a capacidade efetiva. 25

Capacidade de projeto e capacidade efetiva A proporção entre o volume de produção real e sua capacidade de projeto será denominada de utilização da planta. Utilização = volume de produção real capacidade de projeto 26

Capacidade de projeto e capacidade efetiva A proporção entre a saída (output) real capacidade produção real e sua capacidade efetiva será denominada de eficiência da planta. Eficiência = volume de produção real capacidade efetiva 27

Como visualizar a utilização e a eficácia Capacidade do projeto 168 horas / semana Utilização = Perdas planejadas: 59 horas / semana Capacidade efetiva: 109 horas / semana Volume de produção real Capacidade de projeto Volume de produção real Eficiência = Capacidade efetiva = 51 / 109 = 0,468 Perdas que podem ser evitadas: 58 horas / semana Produção real: 51 horas / semana = 51 / 168 = 0,304 28

Representação da capacidade acumulada Capacidade acumulada Capacidade e demanda Formando estoques Demanda cumulativa Incapaz de atender pedidos Tempo 29

Eficácia geral de equipamento A eficácia é baseada em três aspectos de desempenho: Velocidade ou taxa de atravessamento do equipamento (tempo de ciclo) Qualidade do produto ou serviço produzido Tempo que está disponível para operar. 30

Eficácia geral de equipamento Para operar eficazmente um equipamento é necessário alcançar altos níveis de desempenho nas três dimensões apresentadas. Apesar de serem importantes vistas separadamente podem não indicar a real eficácia do equipamento. A rejeição de uma peça significa perda de tempo e de velocidade. 31

Eficácia geral de equipamento A OEE operação eficaz do equipamento pode ser entendida como o tempo de operação válido como uma porcentagem da capacidade de projeto. 32

Utilização como medida do desempenho das operações Para muitos negócios a utilização é usada como uma das medidas chaves do desempenho da produção. Esta medida pode levar a conclusões erradas. Baixa utilização pode resultar em baixa demanda, perda de conhecimento, sub-utilização utilização de processos etc. Alta utilização pode resultar em redução da velocidade e flexibilidade do volume de operação. Operações em lotes ou bateladas com ênfase em alta utilização pode resultar em estoques durante o processo. 33

Políticas alternativas de capacidade Há três opções básicas para responder a flutuações de demanda. Ignorar as flutuações e manter os níveis de capacidade constante (política de capacidade constante) Ajustar a capacidade para refletir as flutuações de demanda (política de acompanhamento de demanda) Tentar mudar a demanda para ajustá-la à disponibilidade da capacidade (gestão da demanda) 34

Política de capacidade constante A capacidade de processamento é estabelecida em um nível constante durante todo o período de planejamento, sem considerar as flutuações da previsão da demanda. Isto significa que o mesmo número de pessoas operam os mesmos processos e por isso deveriam ser capazes de produzir o mesmo volume agregado de produção em cada período. 35

Política de capacidade constante Políticas de capacidade constante desse tipo podem atingir os objetivos de padrões de emprego estáveis, alta utilização do processo, e normalmente também podem criar estoques consideráveis, que devem ser financiados e armazenados. O maior problema é quanto a decisões do que produzir para estocar em lugar de vendas imediatas. As empresas que seguem a política de capacidade constante dão prioridade a somente criar estoques para o caso que as vendas futuras sejam relativamente certas. 36

Política de capacidade constante Políticas de capacidade constante podem ser proibitivas no caso de níveis de sub-utilização utilização muito altos. Estas políticas podem ser interessantes quando os custos de oportunidades de vendas perdidas são muito altos. Cuidado nos períodos em que a demanda superar a capacidade planejada o serviço ao cliente pode deteriorar-se. 37

Política de acompanhamento da demanda Tenta ajustar a capacidade bem próxima dos níveis variáveis da demanda prevista. Isto é difícil de ser alcançado pois envolve uma alta flexibilidade no número de pessoas, horas de trabalho e número disponível de equipamentos. É adotada para operações que não podem estocar sua produção, como a maioria dos tipos de serviços ou de produtos perecíveis. Pode ser utilizada quando o custo do estoque é muito alto. Variações muito grandes de demanda podem tornar proibitiva a aplicação desta política. 38

Política de acompanhamento da demanda Métodos para ajustar a capacidade: Horas extras e tempo ocioso Banco de horas Variação do tamanho da força de trabalho Uso de pessoal em tempo parcial Sub-contratação Terceirização 39

Gerenciando a demanda Uma demanda estável e uniforme pode permitir que uma organização reduza os custos e melhore o serviço, resultando em melhor utilização da capacidade e aumento do lucro potencial. Gerenciar a demanda tem como objetivo transferir a demanda dos períodos de pico para períodos mais tranqüilos. Um método de administrar a demanda é muda-la la. Políticas ousadas e agressivas podem criar produtos e serviços alternativos para os períodos de capacidade ociosa. 40

Alterando a demanda O mecanismo mais óbvio é alterar o preço. É menos comum para produtos que para serviços. Por meio da propaganda adequada. Associando a campanhas especiais com premiação. Utilizando o merchandising. 41

Oferecendo produtos e serviços alternativos Para adequar a capacidade à demanda pode ser necessário o uso de métodos mais radicais. Desenvolver novos produtos com padrões de demanda complementar ou alternativa, utilizando-se dos mesmos processos existentes. Os riscos implicam em potencial prejuízo ao produto principal, ou então de ter de adequar a operação para atender ambos os mercados, ou então de mudanças posteriores no projeto do produto complementar implicarem em mudanças nos processos. 42

Gestão do rendimento Quando as capacidades são relativamente fixas é importante usar a capacidade máxima para maximização dos resultados, como no caso de hotéis, companhias aéreas etc. É útil quando: A capacidade é relativamente fixa; O mercado pode ser segmentado de forma bastante clara; O serviço não pode ser estocado de nenhuma forma; Os serviços são vendidos antecipadamente; O custo marginal de realização de uma venda é relativamente baixo. 43

Escolha de uma política de planejamento e controle de capacidade Entre diversos métodos dois são particularmente úteis: Representações acumuladas de demanda e capacidade Teoria das filas 44

Representações acumuladas Pretende demonstrar o grau de sobre- capacidade de um período em relação ao período posterior ou anterior. Se o grau de sobre-capacidade for maior que a sub-capacidade a solução será utilizar estoque. Se o grau de sobre-capacidade for menor que a sub-capacidade a solução será terceirizar, aumentar os recursos de transformação, não atender a demanda. 45

Se as áreas de sobre-capacidade (A +C) forem maiores do que a de sub-capacidade (B) o nível de capacidade parece adequado para atender à demanda. Isso, entretanto, pode não ser necessariamente o caso. 700 650 600 550 500 450 B 400 350 300 250 200 150 100 A C 50 0 100 J 150 F 175 M 150 A 200 M 300 J 46 350 J 500 A 650 S 450 O 200 N 100 D

Representações acumuladas Para qualquer política de capacidade atender à demanda à medida que ela ocorre, a linha de produção acumulada deve estar sempre acima da linha de demanda acumulada. Esta leitura auxilia na definição do estoque necessário. 47

Teoria das filas Na maior parte das operações de serviços, que em geral não podem estocar o conjunto de problemas é diferente. Previsões de nível médio de demanda podem ter pouco uso nestes casos, não auxiliando quando o cliente chegará. 48

Teoria das filas Uma distribuição que descreve a probabilidade de chegada dos clientes pode ser conhecida, mas não cada chegada individual. O momento da chegada é incerto assim como o tempo de seu atendimento. 49

Teoria das filas Mesmo quando a capacidade média (capacidade de processamento) da operação atender à demanda média (taxa de chegada) ao sistema, tanto filas como tempo ocioso podem ocorrer. 50

Perspectiva de longo prazo Perspectiva <1 ruim Perspectiva <1 ruim Pessoal despedido Perspectiva de curto prazo Perspectiva =1 normal Adiar qualquer ação Perspectiva >1 boa Horas extras Contratar pessoal temporário Perspectiva =1 normal Curto prazo Tempo ocioso Não fazer nada Horas extras Contratar pessoal temporário Perspectiva >1 boa Produzir para estoques Curto prazo Contratar e produzir para estoques Iniciar o recrutamento Contratar pessoal Perspectiva= demanda prevista Capacidade prevista 51

6000 5000 4000 3000 2000 produção acumulada vendas acumulada estoque 1000 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 meses 52

3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 produção acumulada vendas acumulada estoque 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 meses 53

7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0-1000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 meses 1997 produção acumulada vendas acumuladas estoque 54

3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0-500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 meses 1997 produção acumulada vendas acumulada estoque 55