Tromboembolismo Pulmonar Embolia pulmonar
Forma mais comum de doença pulmonar aguda na população hospitalar adulta (3 a causa de óbito nos EUA), mais comum em idosos e em homens: 85% dos casos são provenientes de êmbolos de veias maiores dos MMII; 10% do átrio direito; 5% das veias superficiais dos MMII, veias pélvicas e extremidades superiores.
Etiologia: O TEP está relacionado à trombose venosa profunda, originada de agregados de plaquetas na região das válvulas venosas onde há turbulência, podendo desprender-se a atingir a circulação pulmonar. Mais de 75% das embolias pulmonares têm origem nas veias profundas da parte inferior das pernas.
Fatores predisponentes: *Imobilização física prolongada, *insuficiência cardíaca, *cirurgias de grande porte e ortopédicas, *traumatismos em MMII, *obesidade, *gravidez, *anticoncepcional oral, *idade avançada e antecedentes pessoais.
Quadro clínico: Sinais e sintomas são sutis e inespecíficos. a) Trombose venosa profunda (TVP) Dor em repouso no local trombosado e edema distal à veia acometida; Edema maleolar (inchaço no calcanhar); Diferença na circunferência das panturrilhas; Aumento da temperatura local.
b) Tromboembolismo pulmonar (TEP) Variável: mais comuns dispnéia de início súbito, dor torácica e taquicardia; Febre, Tosse; Hemoptise (incomum); Icterícia, calafrios, e arritmias cardíacas.
Diagnostico: Gasometria arterial; ECG sinais de sobrecarga direito; Raio x de tórax.
Profilaxia: Heparinização SC em pacientes de grande risco; Deambulação precoce; Fisioterapia ativa e passiva de MMII; Meias elásticas.
Tratamento: Inclui a administração de O 2. a) Anticoagulantes: Heparina in bolus contínua em bomba de infusão; Anticoagulação prolongada (3 meses): heparina subcutânea. b) Trombolíticos (tratamento definitivo): Embolia pulmonar maciça e Embolectomia cirúrgica.
Tipos especiais de tromembolismo pulmonar: Embolia gordurosa: grandes cirurgias e traumas (fratura em ossos longos tíbia, fêmur, etc); Embolia aérea: cirurgia de cabeça e pescoço, pneumoperitônio (presença de gás na cavidade peritoneal), etc... Embolia por líquido amniótico: partos e abortos com alta mortalidade materna 25 a 50% na primeira hora; Embolia por tumoração: neoplasia retal, hepática ou gástrica.
Cuidados de enfermagem: Atenção imediata: Não manipular o paciente nas primeiras horas; Repouso no leito em posição de semi - Fowler; Manter veia periférica permeável; Oxigenoterapia; Monitorização cardíaca; Manter carrinho de emergência lado do leito; SSVV e controles de 1/1 hora;
Dar atenção as queixas de dor torácica, observando a localização/duração e descrição, comunicando a enfermeira da unidade; Observar SSVV e sintomas, como: -Dispnéia, cianose; -Dores nos MMII; -Tosses, Secreções e Hemoptise; -Síncope (perda súbita da consciência, cessação momentânea das funções cerebrais);
Cuidados com venopunção periféricas: -Comprimir local para evitar hematoma, sangramentos, devido ao uso de terapia trombolítica (heparina, estreptoquinase); -Observar qualquer tipo de sangramento; -Durante a infusão de drogas trombolíticas, usar BIC. Após a estabilização do quadro agudo: Controle de SSVV de 2/2 horas; Controle hídrico rigoroso; SVD, passada cuidadosamente para evitar trauma de uretra; Higienização do paciente apenas no leito; Manter o paciente confortável;
Diminuir ansiedade e explicar procedimentos; Exercícios passivos e ativos, de acordo com prescrição; Estimular e registrar aceitação de dietas; Anotar nível de consciência, e outros. Dar suporte às medidas complementares, s\n, como EOT, uso de DVA, etc.