DOC. 03/AUP 650/2014 FAUUSP DEPARTAMENTO DE PROJETO Grupo de Disciplinas Paisagem e Ambiente AUP 650 ARQUITETURA DA PAISAGEM Disciplina Obrigatória Créditos: (06cr/aula + 02cr/trabalho) 2º Semestre de 2014 Professores: Dra. Catharina P. C. Lima dos Santos Dr. Eugenio Fernandes Queiroga Dr. Fábio Mariz Gonçalves Dr. Silvio Soares Macedo Dr. Vladimir Bartalini Monitores PAE Programa de Aperfeiçoamento do Ensino: Mestranda Andréa Maria Bezerra de Araújo, Doutoranda Jung Yun Chi, Doutorando Roberto Vignola Jr. Monitor de graduação: Jéssica Ferreira Barbosa Luchesi EXERCÍCIO IV PROJETO DA PAISAGEM, O ESPAÇO LIVRE URBANO RUAS, PRAÇAS, PARQUES E ESPAÇOS LIVRES PRIVADOS. OBJETIVOS Apresentar ao estudante de arquitetura e urbanismo a importância da articulação de todos os elementos constituintes da paisagem para a qualificação do espaço urbano, em especial aquela de caráter eminentemente habitacional. Pretende se enfatizar o papel do espaço livre na caracterização e qualificação de um bairro, assim como desenvolver fundamentos de projeto para seus espaços. A disciplina utiliza se da prática de projeto como instrumento de aprendizado, tendo a critica da realidade urbana, em especial a paulistana, como um fator determinante para a construção de propostas alternativas que possam qualificar a sua paisagem e seus espaços livres.
Parte se do princípio que a intervenção do arquiteto paisagista é fundamental na organização do espaço urbano e que as formas de organização espacial e paisagística na cidade de São Paulo necessitam de uma revisão urgente apesar de existirem uma série de setores urbanos habitacionais de alta qualidade, que devem ser utilizados como referência de projeto. Como proposta de trabalho a concepção de um segmento habitacional em uma área ainda desocupada na zona oeste da cidade de São Paulo, junto a rodovia Raposo Tavares, neste trecho uma avenida urbana. A rodovia hoje se constitui de fato em uma grande avenida urbana, com diversos centros comerciais ao longo de suas margens, como shopping centers, hipermercados e out lets, que tem todas as condições de atender as compras mais gerais e de porte de uma família. Por outro lado com o aporte de uns poucos milhares de pessoas será fundamental a previsão de áreas para comércio de vizinhança, co o pequenas lojas, padarias, açougues, mercearias, etc. assim como de pequenos bares e restaurantes. Esta é parte de uma gleba em processo de loteamento e para sua concepção deve ser considerada a realidade local, com um entorno bastante ocupado por bairros residenciais, tanto de média como de baixa renda, bastante desconectados entre si e que ainda existe na região uma rede hídrica bastante importante em termos urbanos, constituída por diversos riachos, bastante íntegros em relação a sua configuração passada, apesar de bastante poluídos, problema que deve ser considerado resolvido quando da implantação da área residencial pretendida. O terreno em questão, de relevo movimentado, é vizinho a um grande conjunto habitacional e possui junto aos seus limites um córrego e restos de capoeira que devem ser tratados como espaços de conservação e de pelo menos fruição dos moradores das suas vizinhanças que seus espaços livres tenham uma configuração adequada aos usos cotidianos da habitação, com um sistema de espaço livres públicos e privados articulados, dimensionados para os lides do dia a dia, como circulação de veículos e pedestres, recreação e conservação ambiental. A quantidade e a qualidade destes espaços deve permitir que estes atendam de forma franca e democrática a população, tanto da vizinhança como os moradores da área. que seja idealizado a partir dos padrões exigidos para um loteamento regular da cidade. que sejam definidos: a rede viária interna ( articulada com a da vizinhança), o desenho dos lotes, das áreas públicas e da possível volumetria edificada. que 90% da área construída seja ocupada por residências, prédios e casas, sendo que os 10% restantes poderão ter outros usos (comercial e de serviços) que o parcelamento tenha como referência a Lei municipal nº 9.413/81 que reserva 40% da área das glebas em processo de loteamento como área pública, divididas na seguinte proporção: até 20% como sistema viário, um mínimo de 15% seja área verde e mínimo de 5% como área institucional.o conceito de área verde no caso é muito genérico e o que se espera é que sejam de fato definidas áreas de parques, praças e passeios, que permitam as diversas formas de recreação da população. que a área de preservação permanente do entorno do córrego seja considerada como um espaço livre urbano passível de uso social e tratamento paisagístico
que a área construída some duas vezes a área de cada do lote e que pelo menos 15% desta permaneça permeável. que sejam adotados como padrões de referência os seguintes índices especificados pelo zoneamento vigente até 2002, que estabelecia a área como Z2 Zona predominantemente residencial, de densidade demográfica baixa isto é que permitia comércio e serviços de âmbito local, e que sejam considerados: C.A. ( Coeficiente de Aproveitamento ) de até 2. T.O. ( Taxa de Ocupação ) máxima de 0,5. Taxa de Permeabilidade Mínima de 0,15. ( no caso deve se reservar, especificar e tratar paisagisticamente tais áreas), sendo que as áreas impermeáveis devem na medida do possível serem agrupadas e receberem tratamento paisagístico. recuos de frente de 5,00 m e dispensa de recuos laterais e de fundos até a altura de 6 metros e acima disto o recuo seria definido pela seguinte fórmula R = (H 6)/10. a implantação dos edifícios deve garantir a insolação necessária para o interior dos prédios e nos espaços livres do entorno imediato. deverão ser previstas vagas de estacionamento para as unidades residenciais. as ruas devem ser arborizadas. Observação: deve se adotar como padrão uma família constituída de três indivíduos/habitação. com a volumetria construída destinada a habitação, comércio, serviços e equipamentos públicos, como escolas e um pequeno posto de saúde ou equivalente não se deve ter nenhuma preocupação com detalhamento acerca do seu arranjo interior. Podem se adotar plantas desenvolvidas pelos alunos ou de seu conhecimento (folhetos, livros, revistas, etc.) para referencia de tamanhos e larguras observando se que quando for sobre pilotis a área construída não é computável e estas se existentes devem ser tratadas para o uso cotidiano dos moradores. Por outro lado devem ser conhecidos os pontos de acesso do edifício e se ter uma ideia da localização dos principais cômodos de modo que a orientação da volumetria construída seja adequada ao bem estar de seus ocupantes os espaços junto aos prédios de apartamentos deverão ser tratados paisagisticamente de modo que permitam o exercício de atividades do cotidiano dos moradores, como recreação infantil assistida, festas e descanso. o relevo deve ser modelado para acomodar os edifícios e todos os tipos de logradouros públicos previstos, como praças, calçadões, parques, etc. de modo que a se permitir seu uso pleno pelos pedestres. a vegetação é considerada como elemento estruturador dos espaços livres públicos e privados a serem constituídos e devem ter definidos seu porte e configuração básica. Forma de Trabalho: Equipe de 5 pessoas (de preferência a mesma composição do exercício anterior)
Forma de Apresentação: Memorial justificando o partido geral (na própria prancha da planta ou em anexo); Planta de situação da gleba articulando a com os bairros vizinhos na escala 1:2000; Planta baixa representando pisos, desníveis, construções, ruas e suas calçadas, caminhos de pedestres, áreas de subsolo, vegetação (forrações, arbustos, copas e troncos das árvores), pátios e jardins intraquadra, equipamentos e mobiliário urbano em escala 1:500; Ampliações de trechos da planta na escala adequada; 1:200, 1:100, etc. Cortes transversais e longitudinais na escala 1:200, representativos de modo a caracterizar a paisagem concebida Cortes transversais de todos os tipos de vias na escala 1:100; Cronograma de atividades Novembro Dia 11 apresentação e início do exercício III PROJETO DA PAISAGEM aula expositiva A rua e a cidade, características morfológicas e formas de apropriação desenvolvimento do ex III. Dia 12 desenvolvimento do ex III. Dia 18 desenvolvimento do ex III. Dia 19 desenvolvimento do ex III. Dia 25 desenvolvimento do ex III. Dia 26 entrega parcial Plano de massas Dezembro Dia desenvolvimento do ex III. Dia 10 desenvolvimento do ex III. Dia 16 desenvolvimento do ex III. Dia 17 entrega parcial em seminário de avaliação Janeiro Dia 13 desenvolvimento do ex III. Dia 14 entrega final em seminário de avaliação
Vista geral da área de trabalho proposta. Foto: Silvio Macedo 2013