DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais CIDE Parte 2. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

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Capítulo 1 ITR Capítulo 2 II E IE... 53

Transcrição:

DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais CIDE Parte 2

Formas de intervenções do Estado Eros Grau: Afirmada a adequação do uso do vocábulo intervenção, para referir atuação estatal no campo da atividade econômica em sentido estrito( domínio econômico ), reafirmo a classificação de que tenho me valido, que distingue três modalidades de intervenção: intervenção por absorção ou participação (a), intervenção por direção (b) e intervenção por indução (c). No primeiro caso, o Estado intervém no domínio econômico, isto é, no campo da atividade econômica em sentido estrito. Desenvolve ação, então, como agente (sujeito) econômico. (...)

Formas de intervenções do Estado Eros Grau: Intervirá, então, por absorção ou participação. Quando faz por absorção, o Estado assume integralmente o controle dos meios de produção e/ou troca tem determinado setor da atividade econômica em sentido estrito; atua em regime de monopólio. Quando o faz por participação, o Estado assume o controle de parcela dos meios de produção e/ou troca em determinado setor da atividade econômica em sentido estrito; atua em regime de competição com empresas privadas que permanecem a exercitar suas atividades nesse mesmo setor.

Formas de intervenções do Estado Eros Grau: No segundo e no terceiro casos, o Estado intervirá sobre o domínio econômico, isto, sobre o campo da atividade econômica em sentido estrito. Desenvolve ação, então, como regulador dessa atividade. Intervirá, no caso, por direção ou por indução. Quando o faz por direção, o Estado exerce pressão sobre a economia, estabelecendo mecanismos e normas de comportamento compulsório para os sujeitos da atividade econômica em sentido estrito.

Formas de intervenções do Estado Eros Grau: Quando o faz, por indução, o Estado manipula os instrumentos de intervenção em consonância e na conformidade das leis que regem o funcionamento dos mercados.

Fontes de custeio das várias intervenções do Estado CRFB, Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. Participação Absorção

Fontes de custeio das várias intervenções do Estado CRFB, Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.

Fontes de custeio Exploração direta Serviço público compulsório Serviço público facultativo Preço do bem ou serviço Taxa Preço público Fiscalização Planejamento Inventivo Taxa Não há fonte específica CIDES

Intervenção do Estado custeada por CIDEs CRFB, Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade;

Intervenção do Estado custeada por CIDEs CRFB, Art. 170. IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego;

Intervenção do Estado custeada por CIDEs CRFB, Art. 170. (...) IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Requisitos para instituição Finalidade perseguida Necessidade originária momento da instituição ou majoração Referibilidade Atividade passível de financiamento via cobrança de CIDE (fomento) Caráter setorial (grupo de obrigados) Adequação com o art. 170 da Constituição

Referibilidade Finalidade a ser realizada Intervenção em um setor econômico específico Atividades e interesses de determinado grupo Atividades dos agentes que atuam no segmento

Intervenção do Estado custeada por CIDEs Referibilidade tendo como acepção a escolha de sujeitos passivos causadores ou beneficiários da atuação estatal foi rechaçada pelos Tribunais Superiores SEBRAE: STF, RE 401.823 INCRA: STJ, Resp 770.451 Não é necessário que os sujeitos passivos deem causa ou sejam beneficiados pela atividade interventiva, pois não há necessidade de benefício econômico auferido.

Intervenção do Estado custeada por CIDEs Referibilidade tendo como acepção a escolha de sujeitos passivos causadores ou beneficiários da atuação estatal foi rechaçada pelos Tribunais Superiores SEBRAE: STF, RE 401.823 INCRA: STJ, Resp 770.451 Não é necessário que os sujeitos passivos deem causa ou sejam beneficiados pela atividade interventiva, pois não há necessidade de benefício econômico auferido.

CIDES CIDE Combustíveis CIDE - Royalties CONDECINE CIDE Energia AFRMM ATAERO FUST FUNTELL INCRA SEBRAE APEX Brasil ABDI

Quadro sinótico Contribuição Lei Setor Finalidade Materialidade Alíquota básica CIDE Combustíveis 10.336/01 Combustíveis Desenvolver a indústria do petróleo e gás CIDE-Roylaties 10.168/00 Tecnológico Estimular do desenvolvimento tecnológico brasileiro CONDECINE MP 2.228-1/01 Indústria cinematográfica Fomento de atividades audiovisuais Importação e comercialização de combustíveis líquidos Importação de tecnologia ou de serviços relacionados Operações relativas a obras cinematográficas Alíquotas fixas 10% Alíquotas fixas ou 11%

Quadro sinótico Contribuição Lei Setor Finalidade Materialidade Alíquota básica CIDE Energia 9.991/00 Energético P&D do setor elétrico e fomento de programas de eficiência energética Receita Operacional Líquida Mínima de 0,5% AFRMM 10.893/04 Marítimo Incentivar o desenvolvimento da marinha mercante brasileira e da indústria de construção naval Valor do frete 10% a 40%

Quadro sinótico Contribuição Lei Setor Finalidade Materialidade Alíquota básica ATAERO 7.920/89 Aeroportuário Financiar melhoramentos, reaparelhament o, reforma e expansão de instalações e redes de telecomunicaçõe s aeroportuárias, bem como o auxílio à navegação aérea Tarifas aeroportuárias 50%

Quadro sinótico Contribuição Lei Setor Finalidade Materialidade Alíquota básica FUST 9.998/00 Telecomunicaçõe s FUNTELL 10.052/00 Telecomunicaçõe s Universalização dos serviços de telecomunicaçõe s Ampliar a competitividade da indústria brasileira de telecomunicaçõe s INCRA DL-1.146/70 Rural Promover e executar a reforma agrária Receita Operacional Bruta 1% Receita Bruta 0,5% Folha de salários 0,2%

Quadro sinótico Contribuição Lei Setor Finalidade Materialidade Alíquota básica SEBRAE 8.029/90 Micro e Pequenas Empresas Apoio às micro e às pequenas empresas Folha de Salários 0,257% APEX-Brasil Lei 10.668/03 Exportador Promoção das exportações ABDI 11.080/04 Industrial Promoção e desenvolvimento da indústria Folha de Salários 0,037% Folha de salários 0,006%

Desvinculação das receitas da União A Desvinculação de Receitas da União (DRU) é um mecanismo que permite ao governo federal usar livremente 20% de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas. A principal fonte de recursos da DRU são as contribuições sociais, que respondem a cerca de 90% do montante desvinculado.

Desvinculação das receitas da União ADCT, Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2015, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 68, de 2011).

Desvinculação das receitas da União 3 Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal, o percentual referido no caput será nulo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 68, de 2011).

Desvinculação das receitas da União 1 O disposto no caput não reduzirá a base de cálculo das transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, na forma do 5º do art. 153, do inciso I do art. 157, dos incisos I e II do art. 158 e das alíneas a, b e d do inciso I e do inciso II do art. 159 da Constituição Federal, nem a base de cálculo das destinações a que se refere a alínea c do inciso I do art. 159 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 68, de 2011). 2 Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do salário-educação a que se refere o 5º do art. 212 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 68, de 2011).

Desvinculação das receitas da União Prorrogada diversas vezes, a DRU está em vigor até 31 de dezembro de 2015. Em julho, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 87/2015, estendendo novamente o instrumento até 2023. A PEC aumenta de 20% para 30% a alíquota de desvinculação sobre a receita de contribuições sociais e econômicas, fundos constitucionais e compensações financeiras pela utilização de recursos hídricos para geração de energia elétrica e de outros recursos minerais. Por outro lado, impostos federais, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Renda (IR), não poderão mais ser desvinculados.

Desvinculação das receitas da União

Desvinculação das receitas da União Modificação de finalidade das contribuições Modificação total da finalidade Mutação, formando nova contribuição Afetação parcial a finalidade diversa Cisão da contribuição Desafetação total Transformação em imposto Desafetação parcial Transformação em tributo híbrido

Desvinculação das receitas da União Desvio das contribuições Emenda Constitucional Leis ordinárias Inconstitucional se ofender cláusula pétrea Ineficácia da contribuição equivalente ao montante desviado Atos administrativos Não geram efeitos tributários