MICROCRÉDITO. Evolução Normativa
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- Artur Borja Alencastre
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1 MICROCRÉDITO Evolução Normativa
2 Contextualizando Emprego e Renda
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9 Pergunta 1: Como gerar e emprego renda para as pessoas excluídas da economia formal?
10 Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
11 O Direito - como resultado da institucionalização parcial de interesses refletidos em enunciados que possuem o status de referenciais normativos dados pela sociedade - deve cumprir um papel emancipador, e possibilitar a cada indivíduo participar ativamente do sistema econômico.
12 A Economia Oculta
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14 Pergunta 2: Como permitir que empreendedores de pequenos negócios, de baixa renda, possam ter acesso ao crédito para que seus negócios possam crescer e com isso, eles possam ter mais renda?
15 Microcrédito Produtivo Orientado
16 1972, Recife União Nordestina de Assistência a Pequenas Organizações (UNO) Foco: microempresários de baixa renda Atuação: Fornecimento de garantias, orientação básica aos microempresário, estudos sobre o setor informal
17 De 1967 a 1976, as taxas máximas de juros comerciais foram reguladas pelo Banco Central. As taxas de juros foram liberadas com a edição da resolução n o 1.064, de 5 de dezembro de choque do petróleo Aumento dos juros FED
18 Um cenário normativo adverso Decreto n o , de 7 de abril de 1933 limita a cobrança de juros a 12% a.a. o dobro da taxa legal ( de 6% a.a., conforme o art do CC16) O aumento da inflação tornaria muito difícil a operação de uma ONG de crédito.
19 1976, Bangladesh Banco Grameen 2006, Prêmio Nobel da Paz
20 1986, Porto Alegre Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos Ana Terra (CEAPE-RS) Origem: Projeto Apoio a Atividades Econômicas Informais de Mulheres e Famílias de Baixa Renda, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em parceria com a Acción International Foi o pioneiro no Brasil na utilização da metodologia do aval solidário. Em 1987, o projeto, que tinha por objetivo apoiar microempreendimentos em famílias de baixa renda, transformou-se em uma entidade civil sem fins lucrativos. Década de 90: FENAPE, CEAPE-NAcional
21 18 anos de Crise Econômica e Indexação
22 Evolução do Desemprego
23 Microcrédito Produtivo Orientado como Estratégia de Geração de Emprego e Renda 1996: Programa Crédito Produtivo Popular BNDES Objetivo : fomentar o setor de microfinanças por meio de OSCIPs, e mais tarde, também por meio das SCMs. Desembolso: 43,3 milhões de reais no período entre 1996 e : Criação do programa de microcrédito do BNB (Crediamigo) Desembolso: 440 milhões de reais entre 1998 e 2001.
24 O nascimento do quadro jurídico 1999: Lei n o 9.790/99: as organizações não governamentais passaram a ter a possibilidade de qualificarem-se como organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), e ter acesso a recursos públicos através da assinatura de termo de parceria. art.3º, inciso IX, da Lei n o 9.790/99: a experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito
25 O nascimento do quadro jurídico Medida Provisória n o , de junho de 1999: as sociedades que possuíam como objeto social exclusivo a concessão de crédito aos microempreendedores e as Oscips registradas no Ministério da Justiça e dedicadas a sistemas alternativos de crédito foram excluídas da cominação de nulidade prevista para as estipulações usurárias. art.3º, inciso IX, da Lei n o 9.790/99: a experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito
26 O nascimento das SCM Medida Provisória n o (convertida em 2001 na Lei n o ) Criação das Sociedades de Crédito ao Microempreendedor (SCM), sujeitas à fiscalização do Banco Central.
27 2003 Inclusão Financeira Bancarização Concessão de crédito indistintamente para consumo e produção.
28 O Direcionamento Medida Provisória n o 122 (convertida na Lei n o /2003): instituições financeiras devem destinar parcela dos depósitos a vista a microempreendedores, pessoas físicas com depósitos à vista e aplicações financeiras de pequeno valor, e pessoas físicas de baixa renda. Resolução CMN n o 3.109: valor das operações da MP 122 deve corresponder a 2% dos saldos dos depósitos à vista das instituições financeiras, com limitação das taxas de juros efetivas a 2% ao mês. A diferença entre o montante dirigido ao microcrédito e os valores efetivamente concedidos como empréstimo na forma de microcrédito (i.e., os valores não aplicados) são depositados no Banco Central, sem remuneração.
29 O Marco Regulatório Central: Lei / Medida Provisória n o 226, convertida em 2005 na Lei n o : estabelece o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO)
30 PNMPO: Uma outra definição de Microcrédito a) relacionamento direto do agente de crédito com o microempreendedor no local da atividade (desta forma, um relacionamento entre o agente de crédito e o microempreendedor em agência bancária não é microcrédito); b) a prestação de orientação educativa sobre a gestão do negócio e as necessidades de crédito (a simples captação de clientes para operações de microcrédito não atende a própria definição da operação); c) o contato presencial durante todo o período do crédito; d) a avaliação da atividade e da capacidade de endividamento do tomador de crédito, que orientarão quanto ao valor a ser emprestado.
31 PNMPO: Foco e Dispersão Decreto n o 5.288: Foco nos microempreendedores com faturamento anual até 60 mil reais Decreto n o 6.607: Foco nos microempreendedores com faturamento anual até 120 mil reais. Baixa renda?
32 A Inversão % dos valores de microcrédito foi feito em operações destinadas ao consumo
33 O Programa Crescer MP 554 (convertida posteriormente na Lei n o /2012) Porta de saída do Programa Bolsa Família Subsídio Parcial ao Custo de Contratação das Operações Juros limitados a 8% a.a, depois reduzidos para TJLP Metas para Instituições Financeiras Federais
34 Arrumando a Casa - 1
35 A Evolução
36 Arrumando a Casa - 2
37 DESAFIOS
38
39 Fonte: BCB, 2014
40 IMPACTOS: A RENDA AUMENTA
41 MAS HÁ LIMITES
42 LIÇÕES APRENDIDAS NO CAMINHO Os recursos são escassos. É necessário focar as políticas públicas, alinhar os incentivos e acompanhar os resultados. O objetivo, de interesse público, deve estar bem definido. O Direito Regulatório é o instrumento e o espaço de diálogo para a construção do caminho. O vento muda de direção
43 Por uma Visão Social do Direito Econômico: assegurar a todos uma existência digna James Steuert, 1767
44 Fontes: CBN, Dias Gomes, Tv Globo
45 Obrigado por sua atenção! Paulo Sampaio
possibilitar a cada indivíduo participar ativamente do sistema econômico
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