TERCEIRO SETOR AVANÇADO

Documentos relacionados
Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Terceiro Setor: regras gerais / Aula 25 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 25

Aula 05. Turma e Ano: Terceiro Setor / 2016 Matéria / Aula: Introdução à Lei nº /2014 / Aula 05 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Soraia

FORMAÇÃO DO FUNDO GARANTIDOR. ESTADO DO RIO DE JANEIRO art 31 da Lei nº 5068/2007 RECURSOS DOS FUNDOS ESPECIAIS

Terceiro Setor e o Direito Administrativo

Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Vantagens da OS e da OSCIP / Aula 28 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 28

Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Lei / Aula 30 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 30

TERCEIRO SETOR E AS PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Direito Administrativo

Nova Lei dos Acordos de Parceria

Aula 01. A estrutura administrativa do Estado Brasileiro vem sendo dividida em três setores, formadores do chamado Estado Gerencial Brasileiro.

Pré-Congresso. Fórum Jurídico. Há Aplicação Subsidiária da Lei /14 para os Hospitais Filantrópicos? Teresa Gutierrez

Terceiro Setor e o Direito Administrativo

Pré-Congresso. Fórum Jurídico. Há Aplicação Subsidiária da Lei /14 para os Hospitais Filantrópicos? Teresa Gutierrez

Lei /14 amplia a importância da contabilidade para a realização de parcerias

DIREITO ADMINISTRATIVO I - 6º período Prof. Danilo Vieira Vilela. Organização jurídico-administrativa: terceiro setor

Por que a lei não se aplica ao regime da complementariedade dos serviços de saúde?

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO GERAL, SERVIÇO PÚBLICO E AGENTES PÚBLICOS. PROFª ME. ÉRICA RIOS

Minuta Portaria Credenciamento de Serviços e Lei nº de 2014

Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Tipos de PPP / Aula 22 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 22

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO

Prof. Marcelino Dir Adm.

Anexo 0 da Resolução CS nº 18/2017 de 14/07/2017 MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS DE PARCERIAS

REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº /2016

As Organizações da Sociedade Civil de Assistência Social na Amazônia

026/2016 DOMINGUEIRA DE 04/09/ /2016 DOMINGUEIRA DE 17/12/2016

AULA 22. Com relação à estrutura do convênio, o art.116 da Lei 8.666/93 dispõe:

Aula 01. Apresentação do Professor:

PARECER: 02/2015 ASSESSORIA JURIDICA Requerente: Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rafael Godeiro.

Lei nº /2014 REGIME JURÍDICO DAS PARCERIAS VOLUNTÁRIAS. NORMAS GERAIS DE CONTRATAÇÃO art 1º NORMA FEDERAL COM NORMAS GERAIS

DIREITO ADMINISTRATIVO

COMUNICADO Nº 03/2016

As diferentes modalidades de gestão no SUS

Nº da aula 01. A Resolução nº 810/97 não está expressamente citada na matéria do edital, mas o conteúdo

Lista Mestra de Controle de Documentos de Origem Externa

PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA

SEGURANÇA, ESTABILIDADE E FUTURO GARANTIDO

Direito Administrativo

Proposta de Portaria n.º./2019. Regulamenta o Programa de Capacitação Avançada para Trabalhadores em Funções Públicas (CAT)

Entidades fundacionais as fundações públicas Conceito

PNRS A IMPORTÂNCIA DOS CONSÓRCIOS

22 e 24 FEVEREIRO CURITIBA/PR

RESOLUÇÃO N 01/MSM/2014, DE 16 DE JULHO DE 2014

MODELOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NO BRASIL

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONVÊNIO. Autor: Sidnei Di Bacco/Advogado

PALAVRAS-CHAVE: 1. Sistema Único de Assistência Social (Suas) 2. Assistência Social. 3. Organização da Sociedade Civil. 4. Marco Regulatório.

Comissão Propostas de Parcerias e Convênios Públicos

1 de 5 08/04/ :44

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE Estabelece regras para a implementação da homepage Contas Públicas, de que trata a Lei nº 9.755/98.

Escola Portuguesa de São Tomé

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais, e

ESTUDA A ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Sistema S / Aula 26 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 26

GUIOMAR LOPES SÓCIA FBL ADVOGADOS ANGOLA

REGULAMENTO DO PRÉMIO DE MÉRITO. Preâmbulo

Finalidades distintas do modelo institucional-legal das OS e do fomento do MROSC Aldino Graef

CAPTAÇÃO DE RECURSOS Características da Atividade

Programa IOS de Capacitação Profissional. Tecnologia Social - 1ª edição Maio/2017

Atividades Estatutárias Desenvolvidas nas Organizações da Sociedade Civil - OSC

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Prefeitura Municipal de Aurelino Leal publica:

Lei remuneração de dirigentes: Uma discussão sobre a nova realidade do Terceiro Setor

São Paulo, 20 de dezembro de Ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de...

O RELACIONAMENTO DO PODER PÚBLICO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA

Acesse nosso site e assista nosso vídeo de Natal!

Aula nº. 36. Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.

Secretaria Municipal de Educação - SMED Porto Alegre PROF. DR. ADRIANO NAVES DE BRITO SECRETÁRIO

AGENTES PÚBLICOS. pág. 2

RELAÇÕES IFES x FUNDAÇÕES DE APOIO

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação.

DIREITO ADMINISTRATIVO

Marco Regulatório do Terceiro Setor Lei nº /2014. Experiência do Governo do Estado de Santa Catarina

RELATÓRIO. O i. Conselheiro Federal relator, Dr. Luiz Flávio Borges D Urso, sugeriu redação para o Regulamento Geral nos seguintes termos, verbis:

Aspectos de direito público da lei de inovação. Mariana Tápias Denis Borges Barbosa Advogados

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Administrativo 08. Professor: Luiz Oliveira Carlos Jungested

Lei de acesso a informações públicas: principais pontos

RESOLUÇÃO Nº 041/2006-CEPE/UNICENTRO

PAULA MELLO ASSESSORIA JURÍDICA NO TERCEIRO SETOR

AULA 11. Continuação do terceiro setor Sugestão bibliográfica sobre o terceiro setor: Maria Sylvia Zanella di Pietro.

FUNAI. LEGISLAÇÃO INDIGENISTA Professor Gilcimar Rodrigues

Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Renúncia de Receita / Aula 12 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 12

Repasses de recursos do Poder Público às organizações da sociedade civil na lei /2014

RESOLUÇÃO Nº XX CONSUNI/UFSB

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Pró-Reitoria de Graduação Diretoria do Curso de Direito COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

MANUAL DE CONVÊNIOS INTERNACIONAIS

Marco Regulatório do Terceiro Setor

PARCERIAS: CONCEITOS ESTRUTURANTES E A CONTRATUALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

N.º de julho de 2019 Pág. 23 FINANÇAS. Portaria n.º 231/2019. de 23 de julho

Lei Nº de 12 de março de Institui a Política de Fomento à Economia Solidária e dá outras providências Itajaí, Santa Catarina

RESOLUÇÃO Nº 086/2005-CEPE/UNICENTRO

Regulamento 2.4 do Sebraetec

Lei de 18/11/2011 Lei de acesso a informação pública

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

ACADEMIA BRASILEIRA DE DIREITO CONSTITUCIONAL PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO EMPRESARIAL E CIVIL

Curso/Disciplina: Terceiro Setor Aula: (Parte II) / Aula 07 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 07

Transcrição:

Turma e Ano: Terceiro Setor Avançado 2016 Matéria / Aula: Terceiro Setor Avançado / 01 Professor: Luiz Oliveira Castro Jugstedt Monitor: Victor R. C. de Menezes Aula 01 TERCEIRO SETOR AVANÇADO I - INTRODUÇÃO: O tema em estudo integra um conjunto de assuntos de grande repercussão no cenário nacional, seja porque tem se desenvolvido para além das figuras tradicionalmente estudadas nos cursos de direito administrativo, seja porque, mesmo por isso, tem sido cada vez mais explorado em provas e concursos. Alia-se a isto, o fato de que os cursos de direito administrativo, em regra, não examinam o tema com a profundidade exigida em concursos, o que prova a necessidade de uma aula mais detida, disposta a alcançar o que os examinadores pretendem dos candidatos. Como técnica de preparação, recomenda-se a leitura da legislação indicada com especial destaque para os dispositivos mencionados ao longo deste curso. II CONTEXTO Costumeiramente a doutrina divide o campo de atuação dos agentes econômicos em 3 setores: a) 1º setor, representado pelo Estado, com atuação social e sem finalidade lucrativa; b) 2º setor, integrado pela iniciativa privada, com atuação econômica e com finalidade lucrativa; e 3º setor, categoria em que se encontram as pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da administração pública, que exercem atividades de caráter social e sem finalidade lucrativa. As entidades do 3º setor da economia, atuam em paralelo com o Estado, operando como um verdadeiro parceiro privado. No contexto constitucional anterior, as entidades do 3º setor apresentavam-se em número menos expressivo, tendo em vista o contexto histórico que pugnava por uma ideologia centralizadora, notabilizada pela figura do Estado Executor.

Com o passar dos anos e a vigência da CF/88, deu-se lugar ao chamado Estado Gerencial como forma de solucionar os problemas ocasionados pela grande concentração de atividades no 1º setor, objetivando a desoneração dos cofres públicos mediante o fomento à parceria com a iniciativa privada para o exercício de atividades antes praticamente monopolizadas pelo poder público. É nesse contexto que observamos hoje um contínuo crescimento não só do número de entidades integrantes da categoria em estudo, como também do número de subcategorias a esta relacionada, tudo a revelar o aumento de importância deste tema no cenário nacional. III ONGs As Organizações Não-Governamentais ONGs, são sub-repticiamente enquadradas como exemplo de entidades integrantes do 3º setor da economia. Questão ainda objeto de divergência doutrinária e carecedora de maiores estudos diz respeito a seu enquadramento como Organização da Sociedade Civil OSC, de que trata a Lei 13.019/14, recentemente alterada pela Lei 13.204/15. Na opinião do professor não há diferença, podendo ser utilizadas ambas as expressões para designar o mesmo tipo de entidade. Há, contudo, alguns doutrinadores consagrados que afirmam haver diferenças entre ambas. Maria Sylvia Zanella Di Pietro, por exemplo, afirma que as OSCs mantêm vínculo com o poder público, ao contrário do que ocorre com as ONGs. Vale destacar que tal distinção não consta da edição de 2015 de sua obra. IV - CARACTERÍSTICAS Basicamente as entidades do 3º setor são pessoas jurídicas de direito privado, que exercem atividade sem fim lucrativo nas áreas da saúde, educação e assistência social. São constituídas por fundações particulares (art. 44, II c/c arts 53/61, todos do CC) e associações civis (art. 44, III c/c arts. 62/69, todos do CC). Tais entidades se mantêm por meio de subsídios governamentais e transferências voluntárias 1. 1 - Lembrando que as transferências voluntárias constituem gênero do qual são espécies a subvenção social e a subvenção econômica. Referidos institutos são disciplinados pela Lei 4.320/1964 em seus arts. 16 a 19.

V ENTIDADES DE UTILIDADE PÚBLICA O Decreto 50.517/1961, atribuía competência ao Ministério da Justiça para encaminhar ao Presidente da República pedidos qualificação de Entidade de Utilidade Pública a entidades privadas, desde que atendidos os requisitos previstos no art. 2º e incisos. Ocorre que, não obstante o professor tenha tecido algumas considerações a respeito deste tipo de entidade do 3º setor, fato é que mencionado decreto foi recentemente revogado pelo Decreto 8.726/2016, o qual regulamenta a Lei 13.019/2014. Seja como for, pode ser útil o exame de alguns de seus elementos para confrontar com outras figuras integrantes deste setor da economia. Assim é que, as Entidades de Utilidade Pública já existiam muito antes da CF/88, afastando qualquer crença que busque atribuir à ordem constitucional vigente a qualidade de marco inicial das entidades do 3º setor. De acordo com o Decreto 50.517/1961, seus dirigentes e associados não poderiam receber qualquer forma de remuneração, tendência esta que relativizada com o passar do tempo, conforme se observa do regime jurídico de outras espécies de entidades mais recentes. Exigia-se, ainda, que a entidade existisse a, pelo menos, 3 anos para que pudesse receber est qualificação, de ofício ou a requerimento. Por fim, verificava-se a necessidade de cumprir com a exigência de publicar anualmente suas contas como pressuposto para tornar-se Entidade de Utilidade Pública. VI ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Tais entidades somente são assim reconhecidas quando recebem certificação própria conhecida por CEBAS Certificação das Entidades de Beneficentes de Assistência Social conferido pelo Ministério responsável pela pasta de atuação da entidade requerente. Referidas entidades também são conhecidas como Entidades Filantrópicas. Para maior aprofundamento, recomenda-se pesquisa no site do Ministério da Justiça.

VII FIGURAS TRADICIONAIS Tratam-se das conhecidas Organização Social (OS), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Serviços Sociais Autônomos (Entidades do Sistema S ). Observa-se que muito embora os cursos tradicionais de direito administrativo refiram-se apenas a estas figuras quando se dedicam ao estudo das entidades do 3º setor, referido rol é meramente exemplificativo. A criação de Serviço Social Autônomo exige prévia lei autorizativa, ao passo que a OS e a OSCIP são criadas por atos administrativos complexos, quais sejam, contrato de gestão 2 e termo de parceria, respectivamente. VIII ATOS COMPLEXOS Diversos são os atos administrativos complexos a originar diferentes entidades do 3º setor, como por exemplo: convênio, consórcio, termo de fomento, acordo de cooperação, dentre outros. O convênio é o ato complexo mais tradicional e possui previsão expressa no art. 116 da lei 8.666/93 (LGL). Não obstante tenha sido repentinamente proibida a formação de vínculo entre o poder público e as chamadas ONGs mediante celebração de convênio, fato é que alterações legislativas mais recentes tornaram novamente possível seu uso, porém restrito à criação de ONG que desenvolva atividade na área da saúde (art. 84 da Lei 13.019/2014 na redação dada pela Lei 13.204/2015). O convênio é caracterizado como ato administrativa multilateral resultante da união de esforços voltados a atender um fim comum. Sua celebração depende da análise de um plano ou programa de trabalho elaborado pela entidade privada e apreciado pelo poder público. Tanto convênio, como contrato de gestão e termo de parceria não exigem prévia licitação para que sejam efetivados. O termo de fomento e o termo de colaboração se aproximam pelo fato de que as entidades privadas celebrantes recebem transferência voluntária do poder público, mas se distanciam uma vez que o primeiro exige elaboração de plano de trabalho pela OSC, enquanto o segundo, pelo próprio poder público. 2 - O contrato de gestão, apesar do nome, não tem natureza jurídica contratual. Ostenta natureza de ato administrativo complexo.

Já o acordo de cooperação é celebrado com entidade que não recebe transferência voluntária do poder público. IX CONSÓRCIO PÚBLICO Trata-se de espécie de contrato, não podendo se confundir com o consórcio, espécie de ato complexo. O consórcio público, no entanto, exige a realização de 3 atos complexos para sua celebração: contrato de programa, contrato de rateio e protocolo de intenções.