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Transcrição:

1 GT1: EDUCAÇÃO I NCLUSI VA: A DEMANDA POR PRÁTI CAS EDUCATI VAS CONTRA A EXCLUSÃO SOCI AL Laís de Sant ana Araúj o* Mi l don Carl os Cali xt o dos Sant os** Paul a Tauana Sant os*** GT1 - ESPAÇOS EDUCATI VOS, CURRÍ CULO E FORMAÇÃO DOCENTE (SABERES E PRÁTI CAS); RESUMO O desenvol vi ment o do presente est udo trata-se da co mpreensão da educação i ncl usi va, tendo co mo obj eti vo evidenci ar as quest ões f unda ment ais da escol a no mo ment o at ual. Para que ficasse devi da ment e co mpreensí vel o que se obj eti vou neste trabalho, o mes mo teve co mo mét odo de execução a pesquisa bibli ográfica, respal dando-se e m vári os teóricos a fi m de realizar um co mparati vo sistemático entre t odos el es. Os resultados obti dos co m o desenrolar deste est udo dei xara m cl ara a necessi dade das escol as regul arizare m e capacitare m seus mét odos e pr ocedi ment os a fi m de se tor nare m mai s apt as a col ocare m efetiva ment e e m prática e educação i ncl usi vaentretant o, nunca é de mais enfatizar que o t e ma aqui represent ado não esgot a i nvesti gações, ao contrári o, denot a constantes pesquisas nesta área ai nda tão vasta. Pal avras-chave: Educação Incl usi va. Escol a. Aprendi zage m. Excl usão. ABSTRACT El desarroll o de este est udi o es la co mprensi ón de l a educaci ón i nclusi va, con el obj eti vo de poner de relieve l as cuesti ones cl ave de l a escuela en este moment o. Para que sea pl ena ment e ent endi do l o que f ue obj eti vo de este trabaj o, el mi smo mét odo de ej ecuci ón f ue la literat ura, el apoyo de vari os teóricos para l ograr una co mparaci ón siste mática entre ell os. Los resultados obt eni dos con l a realizaci ón de este est udi o puso de manifiest o l a necesidad de dot ar a l as escuel as y regul arizar sus mét odos y pr ocedi mi ent os para ser más capaz de poner efecti va ment e en práctica y incl usi vaentretant o educaci ón nunca se i nsistirá de masi ado en que l a cuestión abor dada aquí no agot a l as i nvestigaci ones por el contrari o, denot a l a constante i nvesti gaci ón en esta área tan vasta. Wor ds- key: Incl usi ve educati on. School. Learni ng. Excl usi on. * Acadê mi ca do curso de Pedagogi a, bolsista de i niciação ci entífica do OBSED/ CAPES/ I NEP. Me mbr o do Gr upo de Pesquisa GPGFOP/ UNI T/ CNPq: Políticas Públicas, Gest ão Soci oeducaci onal e Formação de Pr ofessores. E- mail: lais_pesquisa@hot mail. com; laís_sant anaarauj o90 @hotmail. com

2 ** Mestrando e m Educação, bolsista do OBSED/ CAPES/ I NEP. Me mbr o do Gr upo de Pesquisa GPGFOP/ UNI T/ CNPq: Políticas Públicas, Gest ão Soci oeducaci onal e For mação de Pr ofessores. E- mail: mil donc @i g. com. br *** Acadê mi ca do curso de Pedagogi a, bolsista de iniciação ci entífica do OBSED/ CAPES/ I NEP. Me mbr o do Gr upo de Pesquisa GPGFOP/ UNI T/ CNPq: Políticas Públicas, Gest ão Soci oeducaci onal e Formação de Pr ofessores. E- mail: t auana_paul as@hot mail.com 1. I NTRODUÇÃO Sabe-se que as pessoas co m deficiência se mpre fora m excl uí das da soci edade, aliás, não so ment e da soci edade co mo u m t odo, mas t a mbé m do â mbito escol ar e, pri nci pal ment e f ora m t olhi das de cont at os co m o desenvol vi ment o e a aprendi zage m, incl usi ve, se mpossi bilidade al guma para inserção no mercado de trabal ho. As quest ões que r egem a hi st orici dade da excl usão de pessoas co m necessi dades educaci onais especiais na soci edade e, especi al ment e do â mbit o escol ar é u ma reali dade que se mostra mais present e nos dias de hoj e. O que ant es era ti do co mo segregado e l atente, agora se manifesta co m mai s transparência. Di versas medi das ao longo da hist ória f ora m t omadas visando coi bir co m essa prática de excl usão e de segregação social. Pessoas co m al gum pr obl e ma físico, ment al ou qual quer outro gênero ant es, para t er acesso a al gum tipo de educação cont avam apenas co m a utilização da educação especial. Hoj e, com as mudanças ocorri das no mundo, através da efetivação dos Di reit os Hu manos, essas pessoas passa m a cont ar com o uso da educação incl usi va, ist o é, tendo acesso à educação numa escol a regul ar como qual quer outra criança. Assi m, apesar do cont exto ser a mpl o, desenvol veu-se este est udo t endo co mo tema: a educação i ncl usiva: a de manda por práticas educati vas contra a excl usão soci al, por se tratar de assunt o que não so ment e se encontra e m destaque nos diferentes mei os de co muni cação mas, sobret udo por ser necessári o estar se mpre buscando conheci ment os a respeito da mel horia educacional e t a mbé m de suas const ant es transfor mações. A fi m de desenvol ver correta ment e o que se pretende conhecer, este trabal ho tem por obj etivo geral evidenci ar as quest ões f unda ment ais da escol a no mo ment o at ual,

3 al é m de de monstrar co mo ocorre a educação especi al e, do mes mo modo co mo el a se dá no cont ext o da educação incl usi va. Por cont a dos obj eti vos propost os, a exposição deste suci nt o est udo j ustifica-se pel a peculiari dade que o t e ma i mpõe, e, t a mbé m pel o seu caráter analítico na condi ção de conhecer as pri nci pais transfor mações ocorri das desde a i mpl e ment ação da educação incl usi va no país. I mportant e t a mbé m salientar que este trabalho t eve co mo mét odo de el aboração a pesquisa bi bli ográfica que geralment e busca i nterpretar u m pr obl e ma segui ndo as referências teóricas publicadas e mdocument os, ou livros. 2. A FUNÇÃO DA ES COLA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO I NCLUSI VA Est a et apa t e m por objeti vo t ent ar l ocalizar e si ntetizar t oda a literatura relevant e sobre u m t ópico específico para desenvol ver u ma explicação mai s geral ou u ma t eoria que expli que cert os fenô menos. Embora possa haver di versos est udos j á publicados sobre a t e mática apresent ada, é i mpresci ndí vel que se faça u m novo pl anej a ment o no que diz respeit o às teorias apresent adas. 2. 1 AInstituição Escol a A escol a é u ma i nstituição soci al com fi nali dade be m cl ara: o desenvol vi ment o das pot enci alidades físicas, cognitivas e afeti vas dos al unos, por mei o da aprendi zage m dos cont eúdos (conheciment os, habilidades, procedi ment os, atitudes, e val ores) que, aliás, deve acont ecer de maneira cont ext ualizada desenvol vendo nos di scent es a capaci dade de tornare m-se ci dadãos partici pati vos na sociedade e mque vi ve m. No at ual cenári o educativo, ao â mbit o escol ar, se confi gura co mo sendo u m desafi o para a consoli dação de u m ensi no verdadeira ment e de quali dade, fazendo necessári o reavaliar as suas atri bui ções a fi m de rever al gumas atitudes equi vocadas no trat o educati vo e, assi m, traçar mei os co mpatí veis co m u m ensi no que esteja voltado ao desenvol vi ment o pleno das compet ênci as dos educandos. De acor do co m Coll; Mar chesi e Pal áci os ( 1995), ao se pergunt ar sobre a finali dade da escol a e da educação e m geral, encontrar-se-a di ant e de obj eti vos t ais

4 como fazer co m que os al unos seja m i ndependent es, desenvol va m-se co mo pessoas, seja m capazes de aut ocontrole, desfrute m das i nterações co m os outros, desenvol va m habilidades do ti po prático, a mplie m o seu conheci ment o do mundo, conheça m e compartilhe m ao máximo os aspect os cult urais co mo a literat ura, a mat e mática, a hist ória, o mei o a mbi ente, etc. Em sí ntese, a escola trata, de preparar seus al unos para a vi da adulta posteri or. Por outro l ado, para Piletti (1985), u m dos fatores que mais prej udi ca a aprendi zage m dos al unos é j usta ment e a pr ópria escol a e o siste ma social do qual a escol a faz parte. Infelizment e, o siste ma soci al que se vi ve at ual ment e, tem pr oduzi do u ma escol a i nadequada ao desenvol vi ment o do educando, pr ocurando anul á-l o para adapt á-l o à soci edade, u ma escol a que reproduz no al uno a desi gualdade social. Erronea ment e, a escol a, ao i nvés de adapt ar-se aos al unos, faz t udo para que os al unos se adapt e ma ela. Deve-se at ent ar poré m, que é preciso repensar a educação seus obj eti vos e mét odos mas a partir da escol a concreta, com t odos os seus pr obl e mas, carências, dificul dades e possi bilidades, cabendo a t odos envol vi dos, orientar o caos e m que a escol a hoj e e m di a se encontra, a escol a real, que não aparece e m nenhu m li vro de admi nistração, legislação, ou mes mo nas hist órias de educação. Piletti (1985) ai nda ad mit e que a escol a pode, ai nda, prej udi car a aprendi zage m ao não l evar e m consi deração as características do al uno: sua mat uri dade, seu rit mo pessoal, seus interesses e apti dões específicos, seus pr obl e mas ner vosos e or gâni cos. Em concordância co m o aut or supracitado, Davis e Oli veira ( 1991, p. 11) ai nda destaca: [...] para garantir a t odas as crianças u ma efeti va i gual dade de oport uni dade para aprender, a escol a que se quer democrática deve at ender a di versificação de sua client ela. Para t ant o, el a deve consi derar e m seu trabal ho as experiências de vi da e as caract erísticas psi col ógi cas e sóci o-cult urais dos al unos quer at ende, buscando uma adequação pedagógi co-di dática à sua clientela, t ornando possí vel um pr ocesso de aprendi zage mreal ment e si gnificati vo. Mes mo que a escol a seja particular ou co munitária, não deve co mport ar-se com ment ali dade excl usivista, pois a educação é concernent e, sendo u ma t arefa de t odos os ci dadãos, t odos estão cha mados a i nfor mar-se, interessar-se e partici par de sua vi da e

5 ati vi dades. Portant o, faz-se necessári o u ma consci entização acent uada no que t ange a respeit o da estrut ura escol ar, be m co mo, seu f unci ona ment o e seus i ntegrant es, f ocando se mpre o educando como umser pri mor di al no processo de ensi no-aprendizage m. Ist o consta ser o grande desafi o da escol a, ou seja, fazer do a mbi ent e escol ar u m mei o que beneficie o aprendi zado, onde a escol a dei xe de ser soment e u m pont o de encontro e passe a ser, al é m disso, encontro com o saber com descobertas de f or ma prazerosa e funci onal. Na perspecti va de Li bâneo; Oli veira e Toschi (2005, p. 117): Deve mos i nferir, portant o, que a educação de quali dade é aquel a medi ant e a qual a escol a pr o move, para t odos, o do mí ni o dos conheci ment os e o desenvol vi ment o de capaci dades cognitivas e afeti vas i ndispensáveis ao at endi ment o de necessi dades indi vi duais e sociais dos al unos. Dest e modo é preciso que se ent enda que a f unção pri mor di al da escol a é o de oferecer, por excel ência, sit uações que favoreçam o aprendi zado, onde haj a sede e m aprender e t a mbé m r azão, ent endi ment o da i mportânci a desse aprendi zado no f ut uro do al uno. 2. 2 Educação Especial Observa-se que, as últi mas décadas do sécul o XX, retrata m-se co mo ressaltada época da gl obalização da econo mi a, de val ores e cult uras, como t a mbém a ocasi ão de encoraja ment o de di versos movi ment os sociais estabeleci dos e m pr ol da i ncl usão e erradi cação das circunstânci as da existente excl usão. Nest e senti do, a Educação Especi al durant e vários anos f oi vista co mo u ma sub- modali dade de at endi ment o, na qual atuava m pr ofessores que não ti nha perspecti vas pr ofissi onais e para onde era m enca mi nhadas pessoas co m dificul dades acent uadas de aprendi zage m ou li mitações sensorial e mot ora, que aprendi a m, quando muit o, o básico da escolarização e da soci alização, pois não se acreditava que f osse m capazes de ir al é m de suas li mitações. Por que só era m consi deradas suas li mitações, nunca suas potenci alidades. Co m efeit o, por muit o tempo persistiu o ent endi ment o de que a educação especial, organi zada de f or ma paralela à educação co mu m, seria o espaço mai s

6 adequado para a aprendizage m dos al unos que apresentava m deficiênci as, pr obl e mas de saúde, ou qual quer i nadequação co m r el ação à estrut ura rí gi da or gani zada pel os siste mas de ensi no. Esse pont o de vista dese mpenhou u m i mpact o duradouro na hist ória da educação especi al, decorrendo e m práticas que enfatizava m os aspect os r elaci onados à deficiência, emcontraposição à di mensão pedagógi ca. De acor do co m Coll; Marchesi e Pal áci os ( 2004), a educação especial sofreu di versas transfor mações durant e o sécul o XX. Incenti vada pel os movi ment os soci ais que rei vi ndi cava m mai s igual dade entre t odos os ci dadãos e a superação de qual quer tipo de discri mi nação, incor porou-se, aos poucos, ao siste ma educaci onal regul ar e buscou f ór mul as que facilitasse m a i ntegração dos al unos co m al guma deficiênci a. Ao mes mo t e mpo, gerou-se u ma pr ofunda reflexão no cenári o educati vo fazendo co m que os pr obl e mas desses al unos f osse m encarados a partir de u m enf oque mais int erati vo, no qual a pr ópria escol a devi a assumir sua responsabilidade di ant e dos pr obl e mas de aprendi zage m que el es manifestava m. O conceito de necessi dades educativas especi ais e a ênfase na i mportância de que a escol a se adapt e à di versi dade de seus al unos f oi expressão dessas novas reali dades. De modo geral, a Educação Especial t e m os mes mos obj etivos que a educação e m geral, sendo u m dever da fa mília e do Est ado, tendo si do i nspirada nos pri ncí pi os de liberdade e nos i deais de soli dariedade hu mana. Te m por fi nali dade o pl eno desenvol vi ment o do educando seu preparo para o exercíci o da ci dadani a e sua qualificação para o trabalho. At ual ment e, muit o se te m f eit o para mudar essa reali dade, com pr opost as novas de i ncl usão, conf or me afir ma Gallicchi o ( 2003), que os el e ment os apresent ados leva m a pensar al gumas práticas educati vas que lut a m contra a excl usão soci al, dentre el as, se destaca os i nvesti ment os diri gi dos aos portadores de necessi dades educati vas especiais, como a declaração de Sala manca. So ment e a partir da Declaração Mundi al de Educação para Todos e Decl aração de Sal a manca ( 1994), onde pessoas co m necessi dades especiais de diversos países reunira m-se para discutir a Educação que el as queria m t er, foi que os gover nos - de vári os países passara ma destacar e msuas propostas curriculares a Educação Especi al. Segundo Oli veira ( 2004), o obj eti vo essenci al da Decl aração de Sal a manca, que apresent a a estrut ura de ação da educação na educação especi al é defi nir u ma pr oposta no senti do de que as escol as deve m buscar novas for mas de educar os portadores de necessidades especiais no senti do de modificar ati vi dades

7 discri mi nat órias, com ajuda de or gani zações não governa ment ais e outros or ganis mos na aplicação da decl aração de Sal a manca, de pri ncí pi os políticos e prático para necessi dades educati vas especiais. Para Gallicchi o ( 2003), este docu ment o enfatiza o reconheci ment o e o respeit o à diferença. Tal e mpreendi ment o represent a uma f or ma de expansão por adi ção escal onada de novos segment os a sere m i ntroduzidos no mercado de trabalho através da capacitação, aj uda, reabilitação, tornando- os di gno de partici pação. Di ant e da abert ura dessas possi bilidades de enca mi nha ment o escol ar de pessoas co m defi ci ência, os papéi s dos pr ofessores e de outros pr ofissi onai s vê m requerendo outros cont ornos. Schnei der ( 2003) ai nda esclarece que a Decl aração de Sal a manca, trans mi te a mensage m de que a educação na perspecti va escolar é u ma questão de direitos hu manos, e os i ndi ví duos co m deficiênci as deve m f azer parte das escol as, as quais deve m modificar seu funci ona ment o para incl uir todos os al unos. De acor do co m o Mi nistéri o de Educação ( 1994), a Educação Especi al visa à recuperação i ntegração soci oeducati vas dos i ndiví duos co m necessi dades educati vas específicas, emrazão de suas deficiências. A tít ul o de esclareci mento é i mpresci ndí vel mencionar que ne m t odo port ador de deficiência requer ou deve requerer serviços de Educação Especi al, ai nda que possa necessitar de trata ment o ou i nt ervenção t erapêutica ( habilitação ou r eabilitação), e m virt ude de suas condi ções físicas ou ment ais. E, nesse mo ment o, deve-se estar al erta para o fat o de que a política educaci onal, enquant o política social pública t e m u m di na mi s mo que envolve avanços e recuos, desvi os e contradi ções, sendo necessário o apri mora ment o constant e das políticas públicas e o engaj a ment o geral dos indi víduos. Essa afir mação condi z por que conf or me se observa na l egislação educacional ( CF, LDB, resol uções et c.) esta, não trata as di versas necessi dades especi ais dos educandos de f or ma cl ara, obj eti va, pragmática e pr ogra mática. Sua o missão t e m de certa f or ma dificultado ações governa ment ais por parte dos gest ores, do pr ofessor ao secretári o de educação. A Constituição Federal, por exe mpl o, ao tratar sobre a educação especial di z: O dever do estado co m a educação será efeti vado medi ant e a garantia de at endi ment o educaci onal especializada aos portadores de deficiência, preferenci al ment e na rede regul ar de ensi no ( Arti go 208, I U, CF).

8 De f at o, é necessári o t er u ma consciênci a mais abrangent e para que de u m lado a sociedade co mece perceber a existência de pessoas portadoras de deficiênci a e inicie m-se a se or gani zare m, pra acol hê-las e, de outro, as pr óprias pessoas co m deficiênci a deve m se mostrar, e rei vi ndi car seus espaços, para exercer seu papel de ci dadãs. Necessári o abranger que, deve-se preocupar constante ment e e consoli dar os pri nci pais i mpasses e impli cações que cerca m as defi nições do al unado da educação especial, a conceit uação de educação especial adot ada, be m co mo, tratar de assegurar, às pessoas comdeficiência, o direito à educação. 2. 3 Educação Incl usiva A educação i ncl usi va acol he t odas as pessoas, se m exceção. É para o est udant e co m deficiência física, para os que t êm co mpr ometi ment o ment al, para os superdot ados, para t odas as mi norias e para a criança que é discri mi nada por qual quer outro moti vo. Ai ncl usão é estar como outro, é interagir entre todos. O conceit o de educação incl usi va ganhou mai or not oriedade a partir de 1994, com a Decl aração de Salamanca. No que di z respeit o às escol as, a i deia é de que as crianças co m necessi dades educati vas especiais sej a m i ncl uí das e m escolas de ensi no regul ar, e para ist o, t odo o siste ma regul ar de ensi no precisa ser revisto, de modo a at ender as de mandas indi vi duais de t odos os est udant es. O obj eti vo da i ncl usão de monstra u ma evol ução da cult ura oci dent al, defendendo que nenhu ma criança deve ser separada das outras por apresent ar al guma defici ência. O di scurso acerca da incl usão de pessoas com deficiência na escola, no trabal ho e nos espaços sociais e m geral, tem- se pr opagado rapi dament e entre educadores, fa miliares, líderes e diri gent es políticos, nas enti dades, nos mei os de comuni cação et c. Ist o não quer di zer que a i nserção de t odos nos di versos set ores da sociedade seja prática corrente ou uma reali dade já existente. Nest a li nha de raci ocí nio é i mportant e destacar que, educação i ncl usi va se ent ende co mo o pr ocesso de i ncl usão dos deficient es ou de dist úrbi os de aprendi zage m na rede co mu m de ensi no e m t odos os seus graus, da pré-escol a ao quart o grau. Através del a, se pri vilegia m os proj et os de escol a. Cont udo, i ncl usão não se faz por decret o. Na

9 verdade, é u m pr ocesso e co mo t al, leva t e mpo. Esse pr ocesso i mplica em mudanças estrut urais na cult ura, na construção de uma nova post ura pedagógi ca, e na vi da social. Em li nhas gerais, a incl usão soci al é u m pr ocesso co mpl exo que se funda ment a e m pri ncí pi os éticos entre os quais o de reconhecer e respeitar o preceit o de oport uni dades i guais perant e a di versi dade hu mana. No caso do segmento constit uí do por pessoas co m deficiênci as, a i ncl usão soci al se traduz pel a garantia de acesso i medi at o e contí nuo dessas pessoas ao espaço co mu m da vi da em s oci edade, independent e ment e do t ipo de deficiência e do grau de co mpr ometi ment o que el as apresent a m. Sendo assi m, a escol a como u m dos pri nci pais espaços de convi vência do ser hu mano, pri nci pal ment e durant e as pri meiras fases do seu desenvol vi ment o deve garantir o acesso irrestrito a fi mde promover a incl usão social dessas pessoas. Na concepção de Coll; Marchesi e Paláci os (2004, p. 26): O f unda ment o i deol ógi co das escol as i ncl usi vas não pr ocede pri nci pal ment e das vant agens que pode t er para os al unos co m pr obl e ma de aprendi zage m u ma educação co mu m, ne m da necessidade de u ma refor ma da educação especial. Sua base sit ua-se na decl aração dos direit os hu manos: os poderes públicos t ê m a obri gação de garantir u m ensi no não-segregador, que se pr ol ongue post eri or ment e na i nt egração à soci edade, a t odos os al unos, seja m quais f ore m as suas condi ções físicas, soci ais ou cult urais. Dessa perspecti va, o pr obl e ma não está e m analisar e m que condi ções os al unos co m necessi dades educati vas especi ais pode m ser escol arizados na escol a r egul ar; o co mpr o mi sso é gar antir u ma educação de quali dade para t odos el es e realizar as transfor mações que seja mnecessárias para se conseguir isso. Di ant e deste pensa mento, compreende-se que o obj eti vo da busca pel a construção da escol a i ncl usi va - u ma escol a que reconhece, respeita e responde às necessi dades de cada al uno, favorecendo a aquisição do conheci ment o e a aprendi zage m tant o do al uno quant o do pr ofessor, está represent ada e estrut urada pel o paradi gma da incl usão soci al. O pr ofessor aprende a i nternalizar as diferenças entre esses al unos de for ma a aprender e a crescer e m f unção del as e os al unos t ê m a oport uni dade de exercitar umde seus direitos funda ment ais como ci dadão o direito à educação. No ent ant o, de acor do com Meneses ( 2004), para que de fat o ocorra essa incl usão é f unda ment al que as escol as para consentir o i ngresso a t odos os al unos precise modificar t oda sua estrut ura, i nvestir, pri nci pal ment e na capacitação pr ofissi onal

10 de seus pr ofessores, coor denadores e, t odos os pr ofissi onais pertinent es ao uni verso escol ar. Na concepção de Meneses ( 2004), essa f or mação deve ser contí nua dentro da escol a, visando at ender às reais necessi dades dos pr ofessores e dos al unos. Funda ment al consi derar també m que, al é m de fazer adapt ações estrut urais na escol a, esta precisa oferecer atendi ment o educaci onal especializado paralela ment e às aul as regul ares, de preferênci a que isso ocorra no próprio l ocal. Conf or me Oli veira ( 2004), a i ncl usão de al unos co m deficiência possi bilita u ma i nt eração frente ao ensi no nas escol as regulares e e m sal as co m os al unos, ti do como nor mais, dando assi m a capaci dade de reconhecer di versi dade das crianças, sej a m el as comou se mnecessidades educati vas especiais, ou seja, é a função como umt odo. Di ant e desta constatação, Coll; Marchesi e Paláci os ( 2004, p. 27) ad mite m que: [...] A r esposta educati va a essa di versi dade t al vez sej a o desafi o mai s i mportant e e difícil que as escol as enfrent a m at ual ment e. Tal sit uação obri ga a mudanças pr ofundas se o que se pretende e m últi ma análise é que todos os al unos, se m nenhum ti po de discri mi nação, ati nja m o máxi mo desenvol vi ment o possí vel de suas capaci dades pessoais, soci ais e intelect uais. Deve-se at entar que, a i nstituição escol ar existe para pr omover o desenvol vi ment o do ensi no, garantir aos alunos chances i gualitárias e apoi os diferenci ados para que t odos se m a ad mi ssi bilidade de exceção al cance m a pr oficiênci a ao l ongo da escol ari dade e para educar para a ci dadani a e u ma vi da pl ena. É sabi do que os f unda mentos t eórico- met odol ógi cos da i ncl usão escol ar centraliza m-se nu ma concepção de educação de quali dade para t odos, no respeit o à diversi dade dos educandos. Cont udo, é i mportante destacar que não existe u ma met odol ogi a adequada para que o pr ofessor possa adot ar de f or ma satisfat ória e m sal a de aul a frente ao educando com deficiência. Co mo afir ma Meneses ( 2004), as i mpl ant ações de ofi ci nas pedagógi cas são i ndispensáveis para resgatar a aut oconfiança, a aut o-esti ma e consequent e ment e a sua i denti dade, vez que, a mai oria dos al unos co m deficiênci a é vista pel a soci edade como u m ser e mpobreci do e i ncapaz de at uar ativa ment e no cont ext o social.

11 De acor do co m Coll; Marchesi e Pal áci os ( 2004), o escopo de criar escol as incl usi vas que seja m de quali dade, atrativas e val orizadas por t oda a co muni dade educaci onal pr ocl a ma muit o mais que boas i ntenções, decl arações oficiais e docu ment os escritos. Exi ge que o conj unt o da soci edade, as escol as, a co muni dade educati va e os pr ofessores, mais especifica ment e, t ome m consciênci a dessas t ensões e procure m cri ar as condi ções que os aj ude mna consecução de tal met a. Portant o, é f unda ment al asseverar ai nda que, para que isso ocorra, é preciso que a escol a i ncl usi va t enha u m pl aneja mento coerent e, u m desenvol vi ment o do currícul o que seja i nequí voco e l egiti mado, l evando deste modo a resultados satisfat óri os, l ogrando ações i ncl usi vas nas escol as e, consequent e ment e, pr oporci onando aos al unos co m necessi dades educaci onais u m currícul o escol ar pl eno e flexí vel e, pri nci pal mente oport uni dades para t odos, sendo esse o obj eti vo pri mor di al e buscado constante ment e pel a escola incl usi va. Assi m, Gal vão Fil ho (2009) enfatiza que pensar a escol a hoj e si gnifica desbl oquear e expandir os canais de co muni cação e di ál ogo co m as se mpre di nâ mi cas reali dades soci ais que a cerca m, para t ornar essa escol a fir me ment e at ent a e flexí vel às novas de mandas e possi bilidades que estão sendo criadas nas relações do aprendi z co m os conheci ment os e com os pr ópri os pr ocessos de aprendi zage m. A ext ensão das mudanças pl eiteia não apenas u ma busca de novas met odol ogi as de ensino, mas, si m, u ma mudança de paradi gma, u ma mudança na concepção das relações com o saber e a pr odução dos conheci ment os. Na visão de Gal vão Filho ( 2009), para que esse novo paradi gma, essa nova di nâ mi ca, possa ir t ornando-se reali dade, é f unda ment al que acont eça m movi ment os concret os e m direção a desconstrução das estrut uras rí gi das e centralizadoras da escol a tradici onal, ao mes mo t empo e m que u ma adequada apr opriação, pel os seus agent es, das novas possi bilidades e l ógi cas de relação co m os saberes e sua pr odução, para que dest a for ma, possa ca mi nhar rumo à construção de uma escol a incl usi va. Al é m disso, para a transfor mação da escol a e m u m espaço si gnificati vo de aprendi zage m co m práticas pedagógi cas que busque m o desenvol vi mento e moci onal, intelect ual e soci al de todos os al unos, be m como seu pot encial crítico e cri ati vo é pri mor di al que se articule m os conceit os da construção do conheci ment o, às sit uações vi vi das no coti diano escol ar e fa miliar e os saberes da co muni dade. Dessa f or ma, a concretização da educação i ncl usi va garantirá o direito de t odos os al unos de compartilhar um mes mo espaço escol ar, se mdiscri mi nações de qual quer natureza.

12 3. CONCLUSÃO Sabe-se que qual quer transfor mação ocorri da e m qual quer segment o é sempr e al go co mpl exo, de morado e resistente, ent ende-se t a mbé m que, a aceitação do novo não ocorre do di a para noite, e isso se direci ona do mes mo modo, para a educação i ncl usi va. No ent ant o, pode-se perceber que muit o se t e m f eito para mudar a reali dade, poré m há muit o ai nda o que se fazer para adequar a educação i ncl usi va na sociedade. A l uz de conheci mento, são muitas as contribuições adquiri das com a educação i ncl usi va, t anto para as crianças ditas co mo nor mais que aprende m a se socializar, como as crianças co m al guma deficiênci a que desenvol ve m pl ena ment e t oda a sua pot enciali dade, como para os pais que sabe m que vão aco mpanhar o cresci ment o de seus fil hos e, pri ncipal ment e para a soci edade que e m muit o ganhará co m essa integralização. Entretant o, não se pode dei xar de consi derar que a educação i ncl usi va é at ual ment e u m dos mai ores desafi os do siste ma educaci onal. A educação destas pessoas tem si do obj et o de i nqui etações e constitui um siste ma paralel o de instit uições e serviços especializados no qual a i ncl usão escolar despont a co mo u m i deal ut ópi co e inviável. Sendo assi m, há muit o que se fazer ai nda nessa esfera, necessitando de conheci ment os mais abrangent es que visl umbre essa prática e, pri nci palment e que de subsí di os consoli dados para que se possa fazer uma educação i ncl usi va inconcussa, ou seja, o cerne da questão não é so ment e fazer as pessoas aceitare m a educação i ncl usi va, mas se adapt are ma essa nova reali dade. Em caráter explicati vo, este trabal ho se deu de f orma concisa buscando apenas menci onar as quest ões pri nci pais a respeit o da educação especi al e da educação incl usi va, dando relevânci a a u ma ga ma de i nformações que denot a m a essenci ali dade do t e ma pr opost o, não sendo, portant o, u ma pesquisa a mpl a e abrangent e a respeit o do tema e mpaut a.

13 REFERÊNCI AS COLL, César; MARCHESI, Ál varo; PALÁCI OS, Jesús. Desenvol vi mento psi col ógi co e educação: necessi dades educati vas especi ais e aprendi zage m escol ar. Port o Al egre: Art med, 1995.. Desenvol vi mento psicol ógi co e educação. 2 ed. Port o Al egre: Art med, 2004. DAVI S, Cl áudi a; OLI VEI RA, Zil ma de. Psi cologi a na educação. São Paul o: Cort ez, 1981. GALLI CCHI O, Gi sele. Si mul acro e i ncl usão soci al. Di sponí vel e m <htt p:// www. educacaoonline. pro. br > Acesso e m 10/ 05/ 2010. Arti go publicado e m 2003. GALVÃO FI LHO, Teófilo Al ves. Tecnol ogi a assisti va para u ma escola i ncl usi va: apropriação, de mandas e perspecti vas. Tese apresentada a Uni versi dade Federal da Bahi a. Sal vador, BA, 2009. LI BÂNEO, J. C.; OLI VEI RA J. F.; TOSCHI M. S.; Educação escol ar: políticas estrut ura e organi zação. 2 ed. São Paul o: Cortez, 2005. MENESES, Mari a I nês Pei xot o. Escol a e educação especi al: analisando a i ncl usão. Monografia apresent ada a Facul dade Pi o Déci mo. Aracaj u/ SE, 2004. MI NI STÉRI O DA EDUCAÇÃO. Política Naci onal de Educação Especi al. Brasília: SEESP, 1994. OLI VEI RA, Adel ai de Tavares. A cri ança portadora de necessi dades educati vas especi ais e sua i ncl usão na rede regul ar de ensi no. Monografia apresent ada a Facul dade Pi o Déci mo. Ar acaj u/ SE, 2004. PI LETTI, Nelson. Psicologi a educaci onal. 2 ed. São Paul o: Ática, 1985. PRI ETO, Rosângel a Gavi oli. At endi ment o escol ar de al unos co m necessi dades educaci onais especiais: i ndi cadores para análise de políticas públicas. In Revista UNDI ME RJ. Ano III, n.º 1, I Se mestre de 2002. SCHNEI DER, Magalis Bésser Dor neles. Subsí di os para ação pedagógi ca no coti di ano escol ar i nclusi vo. Di sponí vel e m <htt p:// www. educacaoonli ne. pro. br >, Acesso e m10/ 05/ 2010. Arti go publicado e m2003.