ANÁLISE DOS RISCOS CORONARIANOS ATRAVÉS DO RCQ EM POLICIAIS MILITARES DA CIDADE DE MATIPÓ-MG



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Transcrição:

Centro Universitário de Caratinga UNEC Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão Curso de Pós-Graduação em Atividades Motoras para a Promoção da Saúde e Qualidade de Vida HEIDY FRUTUOSO ANÁLISE DOS RISCOS CORONARIANOS ATRAVÉS DO RCQ EM POLICIAIS MILITARES DA CIDADE DE MATIPÓ-MG Artigo apresentado à Pró-Reitoria de Pesquisa Pós-Graduação e Extensão do Centro Universitário de Caratinga UNEC, como requisito parcial à obtenção do título de Pós-Graduação em Atividades Motoras para a Promoção da Saúde e Qualidade de Vida. Orientador: Prof. M. Sc. Cláudio S. Porto. Caratinga/MG 2008

Analise dos Riscos Coronarianos através do RCQ em policiais Militares da Cidade de Matipó - MG FRUTUOSO, Heidy Resumo Atualmente nota-se um grande aumento de incidências de coronariopatias, no ser humano, isso é devido ao tipo de vida adotado por cada pessoa, ou seja, uma vida sedentária provocará um aumento considerável em relação a doenças cardiovasculares. O presente teve como objetivo mostrar a relação dos riscos coronarianos através da RCQ em policiais militares, pois os mesmos não têm uma vida ativa, não se alimenta direito e ate mesmo alguns fazem o uso do tabaco, com isso há um aumento de gordura corporal, levando a obesidade que é uma das causas secundárias para o desenvolvimento de coronariopatias. Para isso foi mensurados a circunferência da cintura e do quadril de quinze policiais militares residente em Matipó-MG, e o resultado da pesquisa foi uma grande incidência para eles, sendo que 60% correm um risco moderado e 40% corre um alto risco.na pesquisa nota-se que 40% da amostra tem um comprometimento coronariano.que apenas 20% dos entrevistados, tem uma chance muito remota de contrair doenças cardíacas e que ao contrario de 40% da população que tem grande probabilidade de adquirir esse tipo de doença. Sendo 20% tem um alto risco e os outros 20% tem um risco muito alto. Introdução Atualmente uns dos grandes fatores causadores de riscos coronarianos é a obesidade, ou o excesso de gordura, porem ela é tida como uma relação co-dependente com os outros fatores. A população obesa vem crescendo cada vez mais, e isto é um fato muito preocupante, pois além de doenças cardíacas a pessoa que esta considerada acima do seu peso ideal pode adquirir outras doenças relacionadas à obesidade.

Segundo Costa (2001) citado por Pontes & Sousa (2005), os índices de sobrepeso e obesidade têm crescido de forma assustadora em diversos países industrializados e em desenvolvimento, o que tem tornado o controle da composição corporal, uma das principais preocupações de vários órgãos de saúde pública. No Brasil não é diferente a população obesa ou com sobrepeso cresce muito rapidamente e o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAM, relatou que cerca de 32% da população adulta apresenta algum grau de sobrepeso. O índice de sobrepeso no homem é maior do que na mulher, isto quer dizer 30% e 18,5% respectivamente (GUEDES & GUEDES, 2003, citado por PONTES & SOUSA, 2005). Sendo assim, muitas pessoas consideradas saudáveis, ou seja, que tem uma boa aparência, estão sofrendo com doenças coronarianas, e não sabem. Para Mcardle, Katch e Katch (1998) doença coronariana, consiste em geral em alterações degenerativas na intima, ou no revestimento interno das artérias mais calibrosas que irrigam o músculo cardíaco. As coronariopatias são consideradas uma epidemia na maioria das sociedades tecnologicamente avançadas. Segundo Mcardle et all (1998) a DCC é responsável por causar mais de 550.000 mortes por ano. Varias são as causas que podem levar uma pessoa a adquiri uma doença coronariana, ou seja, estas doenças estão ligadas diretamente com as características de cada pessoa ou com fatores ambientais. Mcardle et all (1998) nos mostra alguns desses fatores: lipídios sanguíneos elevados, hipertensão, padrões de personalidades e de comportamento, tabagismo, altos níveis de acido úrico, sedentarismo, doenças pulmonares, obesidade, estresse, idade, sexo e antecedentes étnico, entre outros. Para Lazzoli (1997) citado por Santos Jr, Nunes e Tumelero (2005), a vida moderna, com o desenvolvimento tecnológico e de comunicações, faz com que o homem pratique menos esforço físico, facilitando a vida das pessoas e lhes oferecendo mais conforto. Sendo assim a comodidade oferecida pela tecnologia está levando cada vez mais as pessoas ao sedentarismo. Sendo assim, a diminuição desses fatores de risco pode eventualmente diminuir uma tendência a desenvolver uma coronariopatia.

Mediante o supra-suposto, o presente artigo tem como finalidade Analisar os riscos coronarianos através da relação cintura-quadril (RCQ) em policiais Militares da cidade de Matipó -MG, sabendo que os mesmos não têem uma vida ativa, e isso leva conseqüentemente há um quadro de obesidade comprometendo assim o aparelho circulatório, ou seja, o coração. Fundamentação Teórica Obesidade Hoje em dia se fala muito em obesidade e nos riscos que ela pode trazer para as pessoas que são consideradas estar com sobrepeso ou ate mesmo obesas. Para Costa (2003), uma pessoa é considerada obesa quando o seu IMC for maior ou igual a 30,0 Kg/m 2. Já para Wilmore (2000) citado por Bernardes, Pimenta & Caputo (2003), sobrepeso é definido como peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma determinada pessoa, baseandose na altura e peso. Já a obesidade esta ligada à condição em que o individuo apresenta uma quantidade excessiva de gordura corporal. Para Pereira, Francischi & Lancha Jr. (2003), a obesidade é considerada como uma epidemia mundial, sendo que no Brasil, as mudanças demográficas, sócio-econômicas e epidemiológicas, permitiram que houvesse a uma mudança nos padrões nutricionais, como a diminuição progressiva da desnutrição e o aumento da obesidade. Um dos maiores causadores de risco coronariano é a obesidade, ou o excesso de gordura corporal. Para Parizotto (2002), a obesidade ou o sobrepeso, predispõe uma serie de doenças que são chamadas de patologias modernas, e que são acompanhadas de sintomas como o cansaço, a sudorese excessiva, as dores nas pernas e coluna etc. Com isso, para Machado & Sichieri (2002), a distribuição de gordura corporal tem forte determinação genética, mas fatores como sexo, idade e outros comportamentais, como tabagismo e falta de atividade física, podem ser determinantes. Sendo assim, quando uma pessoa começa a perder peso, ou ter uma redução na composição corporal, independentemente se foi por uma dieta ou

até mesmo por um programa de exercício físico, o nível de colesterol e de triglicérides se normalizam e isto causa um efeito benéfico sobre a pressão arterial e os diabetes. A obesidade não pode ser um fator primário, mas seu papel como risco coronariano secundário é evidente, ou seja, ela contribui muito na DCC com vários processos patológicos (MCARDLE, 1998). Segundo Queiróga (2001), as complicações negativas associadas ao excesso de gordura corporal depende de que forma o tecido adiposo esta depositada no corpo. Com isso, a obesidade central aumenta e muito o risco de doenças cardíacas independente do IMC. Uma das formas pra que possa diminuir o excesso de gordura é a pratica de exercício físico. De acordo com Goldberg & Elliot (2001) citado por Santos & Coelho (2003), a atividade física é uma alternativa saudável para a redução do peso corporal, principalmente na redução da gordura corporal. Entres os exercícios mais recomendados estão as caminhadas, o ciclismo a passeio, o trote e a ginástica aeróbia proporcional à capacidade física do indivíduo. Doenças coronarianas As doenças relacionadas ao coração estão sendo muito estudadas nos últimos tempos, pois, deve se ter um cuidado muito especial no que se diz a respeito do aparelho circulatório, e mais ainda com o coração, pois ele é a bomba do nosso corpo, ou seja, se há um comprometimento desta bomba o nosso organismo não funciona como deveria. Segundo Costa (2004), doenças como a diabetes, coronariopatia, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, males hepáticos, apoplexia, dificuldades biomecânicas, entre outras, representa gastos diretos e indiretos de atenção a saúde. São diversos os fatores de riscos primários que levam uma pessoa a adquirir doenças cardiovasculares, tipo hipertensão, tabagismo, e há também os fatores de riscos secundários que são, o sexo, a idade, a falta de atividade física, excesso de gordura, o diabetes mellitus, o estresse e histórico familiar.

Sendo assim, muitos pesquisadores tentam elaborar anamneses e tabelas cientificas, buscando com isso qualificar o desenvolvimento ou favorecimento de alguma doença coronariana. (PITANGA, 2004). Atualmente sabe-se que o acumulo de gordura no corpo é um risco para a saúde, mas um outro fator que se deve considerar é a distribuição desta gordura pelo corpo. As pessoas com gordura excessiva no tronco em comparação com a parte inferior do corpo têem alto risco de vir a desenvolver a doença cardíaca coronariana (DCC). A DCC é um componente (junto com o acidente vascular cerebral) de doença cardiovascular (DCV). Uma das formas de se tentar prever se o individuo está propenso a desenvolver uma coronariopatia é utilização da Relação Cintura-Quadril (RCQ). A RCQ é fortemente associada a gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal (MATSUDO, 2002). Com isso deve-se levar em conta que um alto índice é indicio de obesidade na parte superior do corpo, e esta obesidade esta associada a um risco de doenças como a diabetes, hipertensão, e principalmente a doenças coronariana. Para Mcardle, Katch e Katch (1998) doença coronariana, consiste em geral em alterações degenerativas na intima, ou no revestimento interno das artérias mais calibrosas que irrigam o músculo cardíaco. As coronariopatias são consideradas uma epidemia na maioria das sociedades tecnologicamente avançadas. Segundo Mcardle et all (1998) a DCC é responsável por causar mais de 550.000 mortes por ano. Para Bray (1990) citado por Salve (2006), há uma forte associação entre a obesidade e as doenças cardíacas, diabetes mellitus,etc. Materiais e métodos Foram aferidas as circunferências da cintura e do quadril de 15 policiais militares de ambos os sexos e com idade que variam de 25 a 70 anos, com media de idade igual a 43 anos de idade. Para analisar a classificação do RCQ, foi utilizada a tabela de classificação do programa Physical Test 5.0 citada por Bispo (2004) relacionada abaixo e uma fita métrica Sany Medical.

Discussão de resultados Policiais Idade Sexo Cintura Quadril Rcq Classificação A 57 MASCULINO 107 103 1,04 MUITO ALTA B 25 MASCULINO 109 124 0,88 MODERADO C 29 FEMININO 66 90 0,73 MODERADO D 55 MASCULINO 104 100 1,04 MUITO ALTA E 42 MASCULINO 99 106 0,93 MODERADO F 37 MASCULINO 64 81 0,79 BAIXO G 39 MASCULINO 77 90 0,85 MODERADO H 38 MASCULINO 118 115 1,02 MUITO ALTA I 45 MASCULINO 105 103 1,01 ALTA J 28 MASCULINO 82 99 0,82 BAIXO L 40 MASCULINO 99 103 0,96 ALTA M 45 MASCULINO 79 90 0,87 BAIXO N 38 MASCULINO 100 115 0,86 MODERADO O 50 MASCULINO 105 110 0,95 MODERADO P 45 MASCULINO 89 92 0,96 ALTA

Após ter feita a coletado os dados, foi feito um gráfico para melhor compreensão dos dados. Nota-se que 40% da amostra, tem um comprometimento coronariano, moderado, ou seja, eles podem desenvolver doenças relacionadas ao coração.ou não isso vai depender do estilo de vida que eles adotarem a partir de agora. Isso se deve por eles ser policiais militares e não ter o hábito de praticar algum tipo de exercício físico, ou seja, a maioria deles tem uma vida sedentária, alem deste fator pode ser que outros fatores que aqui não foi abordado tenha contribuído para isso. Para Lazzoli (1997) citado por Santos Jr, Nunes e Tumelero (2005), a vida moderna, com o desenvolvimento tecnológico e de comunicações, faz com que o homem pratique menos esforço físico, facilitando a vida das pessoas e lhes oferecendo mais conforto. Sendo assim a comodidade oferecida pela tecnologia está levando cada vez mais as pessoas ao sedentarismo. Apenas 20% dos entrevistados tem uma chance muito remota de contrair doenças cardíacas, mas ao contrario de 40% da população que tem grande probabilidade de adquirir esse tipo de doença. Sendo 20% tem um alto risco e os outros 20% tem um risco muito alto. Segundo Costa (2004), doenças como a diabetes, coronariopatia, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, males hepáticos, apoplexia,

dificuldades biomecânicas, entre outras, representa gastos diretos e indiretos de atenção a saúde. São diversos os fatores de riscos primários que levam uma pessoa a adquirir doenças cardiovasculares, tipo hipertensão, tabagismo, e há também os fatores de riscos secundários que são, o sexo, a idade, a falta de atividade física, excesso de gordura, o diabetes mellitus, o estresse e histórico familiar. Conclusão e recomendação A partir deste estudo pode-se concluir 80% dos policiais participantes da pesquisa corre um risco de desenvolver problemas cardíacos, sendo que eles estão divididos em um risco moderado, alto e muito alto. As pessoas apresentam este quadro devido a sua profissão e estilo de vida adotado, pois essas não se exercitam, sendo que um estilo de vida saudável diminui muito o quadro de obesidade que é uns dos principais fatores que levam o aparecimento de doenças coronarianas. Recomenda-se que os policiais militares praticassem atividades físicas pelo menos duas vezes por semana, para prevenção dessas patologias, visando uma melhora da qualidade de vida dos mesmos. Referencias bibliográfica BERNADES, Adriana Cardoso, PIMENTA, Lenora Pereira, CAPUTO, Profª Drª Maria Elisa. Obesidade infantil: Correlação colesterol e Relação cintura-quadril. In: Pós-graduação Lato-senso em Fisiologia e Avaliação Morfofuncional da Universidade Gama Filho, Juiz de Fora - MG, 2003. COSTA, Allan Jose Silva da. A importância da atividade física e da alimentação no processo de emagrecimento. In: Revista virtual EFArtigos, vol 01 nº 13, Natal-RN, 2003. COSTA, Allan Jose Silva da. Principais atividades físicas que auxiliam na prevenção e no tratamento da obesidade. In: Revista virtual EFArtigos, vol 02 nº 05, Natal-RN, 2005. MACHADO, Paula Aballo Nunes, SICHIERI, Rosely. Relação Cintura-Quadril e fatores de dietas em adultos. In: Rev. Saúde Pública v.36 n.2 São Paulo abr. 2002.

MATSUDO, Sandra Marcela Mahecha. Avaliação do idoso: física e funcional, ed. Midiograf, Paraná, 2002. MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Vitor L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desenvolvimento humano. 4ª ed, editora Guanabara Koogan, 1998. PARIZOTTO, Daniela; MAYER, Bruna Roberta; CAVASSIM; Daiane; ROSSA, Fernanda Liparotti. Obesidade e sua influencia na qualidade de vida. In: Revista pró-saúde, vol 01, nº 11, Curitiba -PR, 2002. PEREIRA, Luciana O., FRANCISCHI, Rachel P. de, LANCHA JR., Antonio H.. Obesidade: Hábitos Nutricionais, sedentarismo e resistência à insulina. In: Arq. Bras. Endocrinol. Metabol, Vol. 47, São Paulo - SP, 2003. PITANGA, Francisco Jose Gondim. Testes, medidas e avaliação em educação física, 3ª ed. São Paulo, Phorte, 2004. PONTES, Luciano Meireles de SOUSA, Maria do Socorro Cirilo de. Interrelação entre níveis de atividade física, hábitos alimentares e marcadores da composição corporal em adultos de ambos os sexos. In: Revista virtual EFArtigos, vol 03 nº 03, Natal-RN. QUEIROGA, Marcos Roberto. Associação entre indicadores antropométricos de distribuição de gordura corporal e variável metabólicas. In: Revista Atividade Física e Saúde, vol. 01, nº 02, Santa Catarina - SC, 2001. SALVE, Profª. Drª Mariângela Gagliard Caro. Obesidade e peso corporal: riscos e conseqüências. In: Movimento e Percepção, Espírito Santo de Pinhal - SP, Vol. 06, nº 08, 2006. SANTOS JR., Manoel Ferreira dos; NUNES, Mneusa Clementina Rosa; TUMELERO, Sergio. Influencia da idade e do sexo sobre os valores de pressão arterial e freqüência cardíaca, em repouso. In: Revista virtual EFArtigos, vol 03 nº 03, Natal-RN. SANTOS, João Francisco Severo, COELHO, Carla Werlang. Atividade física e obesidade em trabalhadores da industria. In: Revista Digital, Año 09, nº 67, Buenos Aires - Argentina, 2003.