Definições. Classificação. Atendimento educacional especializado - Educação Especial. Escolas especializadas Escolas da rede regular de ensino



Documentos relacionados
Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro Padre Alberto Neto CÓDIGO Sub-departamento de Educação Especial

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão

Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial

Atividade Física e Esporte Adaptado. Profª. Carolina Ventura Fernandes Pasetto

Classificação de deficiência mental - Evolução do conceito na história

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO. Secretaria de Educação Especial/ MEC

Instituto Educacional Santa Catarina. Faculdade Jangada. Atenas Cursos

e (Transtornos Específicos da Aprendizagem (TEA)) Dulcelene Bruzarosco Psicóloga/Terapeuta de Família e Casal.

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro.

SÍNDROME DE DOWN Introdução

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra

RESOLUÇÃO. Bragança Paulista, 30 de maio de Prof. Milton Mayer Presidente

Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO

EDUCAÇÃO ESPECIAL: Dúvidas, Mitos e Verdades.

Educação Especial. 5. O que é a Sala de Recursos Multifuncionais?

Secretaria de Meio Ambiente - Deficiência Mental - Profa Maria Cecília Toledo

O USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS: E as suas contribuições no processo de ensino e aprendizagem de uma aluna com Síndrome de Down

Estado do Rio Grande do Sul Conselho Municipal de Educação - CME Venâncio Aires

A ACTIVIDADE FÍSICA F PREVENÇÃO DA IMOBILIDADE NO IDOSO EDNA FERNANDES

ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR

SÍNDROME DE DOWN E A INCLUSÃO SOCIAL NA ESCOLA

ENSINO COLABORATIVO: POSSIBILIDADES PARA INCLUSÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

RESOLUÇÃO Nº 07/2015. O Conselho Municipal de Educação - CME, no uso de suas competências e considerando:

Autorizada reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

Transtornos Globais do Desenvolvimento e Dificuldades de. Curso de Formação Pedagógica Andréa Poletto Sonza Março/2010

Orientações gerais: Aditamento dos Convênios

CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

Atendimento Educacional Especializado

Elaboração do programa das disciplinas

VALÊNCIAS FÍSICAS. 2. VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Tempo que é requerido para ir de um ponto a outro o mais rapidamente possível.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR

II Encontro MPSP/MEC/UNDIME-SP. Material das Palestras

RETIFICAÇÃO DO EDITAL DE ABERTURA DAS INSCRIÇÕES

A importância da TIC no processo da Inclusão Escolar Agnes Junqueira

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO ÁREA TEMÁTICA: INTRODUÇÃO

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

Rita Bersch 2014 Assistiva Tecnologia e Educação

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

Data: 21 de março de Assunto: Orientação aos Sistemas de Ensino para a implementação da Lei nº /2012

Plano Municipal de Ações Articuladas para as pessoas com deficiência da Cidade de São Paulo

RESOLUÇÃO N. 010 /CME/2011 (*) APROVADA EM O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MANAUS, no uso de suas atribuições legais e;

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO EDUCACIONAL

Nº , DE 6 DE JULHO DE 2015.

Quem somos. Organização filantrópica, sem fins lucrativos, fundada há 67 anos pela professora Dorina de Gouvea Nowill.

Valores de Referência nacional de honorários dos Psicólogos em (R$), por hora de trabalho, atualizados pelo INPC (1,4382) de novembro/02 a junho/07

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Diretoria de Políticas de Educação Especial

INCLUSÃO. Isabel Felgueiras, CONNECT versão Portuguesa

CICLO VIRTUOSO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

O USO DE SOFTWARE EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇA COM SEQUELAS DECORRENTES DE PARALISIA CEREBRAL

PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO

PARECER DOS RECURSOS

Comunicação para Todos Em Busca da Inclusão Social e Escolar. Centro Universitário Feevale, Novo Hamburgo, RS. Resumo

A intervenção Terapêutica Ocupacional no Transtorno do Espectro Autista

Neurociência e Saúde Mental

Portadores de necessidades especiais: trabalhando com saúde. Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela

Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Organização do Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais

IX CONGRESSO CATARINENSE DE MUNICÍPIOS

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SUPERINTENDÊNCIA DE MODALIDADES E TEMÁTICAS

Desenvolvimento motor do deficiente auditivo. A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada a outras deficiências, como

III FÓRUM DISTRITAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGCA INCLUSIVA IFB 25 a 28 de agosto de 2014

A Escola na Perspectiva da Educação Inclusiva A Construção do Projeto Político Pedagógico. Três Corações - MG Julho de 2011

GLOSSÁRIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LETIVO 2012/2013 Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico IM-DE-057.

Índice. 1. Definição de Deficiência Motora...3

Evolução da Educação Especial no Brasil

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE FLORIANÓPOLIS

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

TERMO DE REFERÊNCIA. Consultoria Produto Brasília DF

Território e Coesão Social

ANEXO III DESCRIÇÕES DE CARGOS MAGISTÉRIO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI

FOLHA DE DADOS DEFICIÊNCIA VISUAL CORTICAL O QUE É A DEFICIÊNCIA VISUAL CORTICAL?

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO -AEE E O ALUNO COM SURDOCEGUEIRA E OU COM

Portaria 002/2012. O Secretário Municipal de Educação, no uso de suas atribuições, e considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial:

Projeto de Acessibilidade Virtual RENAPI/NAPNE. Julho de 2010

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS

LEI N.º de 17 de dezembro de 2010.

NOME DO CURSO: Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva Nível: Especialização Modalidade: A distância

Secretaria Municipal de Educação Claudia Costin Subsecretária Helena Bomeny Instituto Municipal Helena Antipoff Kátia Nunes

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Os Benefícios do Taekwon-do na Infância e na Adolescência

Projeto. Supervisão. Escolar. Adriana Bührer Taques Strassacapa Margarete Zornita

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL Nº

Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva (2008)

Construção de redes sociais e humanas: um novo desafio. Sonia Aparecida Cabestré Regina Celia Baptista Belluzzo

ALUNOS ESPECIAS NA CONTEMPORANEIDADE: APRENDIZAGENS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

UNIVERSIDADE DO CONTESTADO UnC Curso de Educação Física

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

- BOAS PRÁTICAS E RECOMENDAÇÕES - 13 junho Luanda

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO JACARÉ ESTADO DO PARANÁ

A Influência da instrução verbal e da demonstração no processo da aprendizagem da habilidade parada de mãos da ginástica artística.

Desenvolvimento da criança e o Desporto

Programa de Ginástica Laboral

O ENSINO DE QUÍMICA PARA DEFICIENTES VISUAIS: ELABORANDO MATERIAIS INCLUSIVOS EM TERMOQUÍMICA

Transcrição:

Conteúdos abordados Prof. Ivan Lima Schonmann CREF 082406-G/SP Deficiência intelectual e motora Definição Classificação Características Estratégias de trabalho Deficiência Intelectual (DI) IBGE 2010 Censo 2010-190.755.799 pessoas Está presente em 1,37% Menor prevalência Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva -2008 Censo -2006 700.824 alunos na educação especial 47% apresentavam DI Resultados preliminares 16/11/2011

Atendimento educacional especializado - Educação Especial Escolas especializadas Escolas da rede regular de ensino Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva 2008 (Orientação para o sistema de ensino) Identificar Elaborar Organizar Historicamente Segregação Integração Inclusão Recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas Definições Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento - AAIDD Limitação significativa: Funcionamento intelectual Comportamentos adaptativos Originando-se antes dos 18 anos Classificação (QI) Quociente Intelectual - 1905 Leve / Educável: 50 entre 69 Moderado / Treinável: 35 entre 49 Severo: 20 entre 34 Profundo / Dependente: Abaixo de 19 Classificação da DI de acordo com a CID-10 AAIDD (2008)

Leve / Educável Pequeno atraso neuropsicomotor Aprendizagem lenta Dificuldade de concentração Dificuldade de abstração Necessitam de aprendizado prévio e treino para atividades do dia a dia. Déficits do funcionamento intelectual Dominam as habilidades acadêmicas básicas Moderado / Treinável Atraso significativo na aprendizagem Distúrbios motores mais visíveis Se adaptam melhor a programas sistematizados (Repetição) Desenvolvem independência muitos hábitos de rotina como higiene Severo Acentuado prejuízo na comunicação e mobilidade Necessitam de estimulação intensa para desenvolverem alguma independência Necessitam de ajuda e supervisão constantes Profundo / Dependente Limitação acentuada na aprendizagem Grande prejuízo na área sensório-motora e na comunicação Dependência completa

Áreas do comportamento adaptativo (Habilidades cotidianas) Saúde Trabalho Segurança Desempenho escolar Desempenho no lazer TEIXEIRA, 2008 Comunicação Cuidados pessoais Desempenho familiar Habilidades sociais Independência na locomoção TEIXEIRA, 2008 Diagnostico Equipe multiprofissional + Família (Medico, psicólogos, assistente social) Causas 1º Detectado déficit de raciocínio, aprendizagem ou resolução de problemas 2º Alteração do comportamento adaptativa 3º Após uma avaliação completa da equipe: Levando em consideração nível sócio cultural, fatores emocionas, e familiares Tabela adaptada: AAMR, 2006

Causas Causas Tabela adaptada: AAMR, 2006 Tabela adaptada: AAMR, 2006 Características Gerais Dificuldade com raciocínio lógico e abstrato Instabilidade emocional e insegurança (rejeição ou superproteção familiar) Características motoras Dependendo do tipo e do grau de deficiência, podem haver problemas estruturais. Problemas no controle postural. Falta de atenção e dispersão Geralmente as capacidades mais afetadas são as coordenativas e não as condicionais.

Características motoras O que devemos estimular Atraso no desenvolvimento motor Hipotonia muscular Hipertonia muscular Obesidade Tempo de reação Tempo de reação de escolha Coordenação motora global e fina Ritmo O que devemos estimular Agilidade Estratégias de Trabalho Estimular precocemente Controle de força Equilíbrio estático e dinâmico Noção espacial Coordenação visomotora Estimular escolhas autônomas Manter sempre uma postura consistente Utilizar diferentes via sensoriais: visão, tato

Estratégias de Trabalho Utilizar exemplos concretos para exemplificar as atividades Repetir informações Estimular outras formas de comunicação não verbal Passar segurança para o aluno Complexidade Quantidade de elementos trabalhados Velocidade Aumento gradativo conforme o desenvolvimento do aluno Síndrome de Down Trissomia do cromossomo 21 Deficiência múltipla Alterações físicas, orgânicas, intelectuais Possível ligação com a idade da mãe Características físicas comuns: mãos grossas, nariz achatado, baixa estatura, pescoço curto. Características Distúrbios visuais, táteis e proprioceptivos Distúrbios de equilíbrio Distúrbios de hipotonia muscular Distúrbios respiratórios e circulatórios Hipermobilidade articular Instabilidade entre C1 e C2 (Atlanto-axial). Risco de danos neurológicos e morte súbita.

Paulo Roberto do Amaral, de 28 anos, escolheu ser atleta - e de sucesso. Já acumulou 113 medalhas na natação em vários estados do país, para os quais viajou sozinho com a equipe. "Já disputei os campeonatos Paulista e Brasileiro e a Copa América de Natação, dentro da categoria Down. (Site: <ooutroladodamoeda.com> retirado em 09/05/12)