SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO PROGRAMA:. PRÉ-REQUISITO: Hematologia e Hemoterapia. GABARITO QUESTÃO A B C D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Comissão de Residência Médica - COREME Avenida Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto - SP - 14048-900 (16)3602-2164 (16)3633-4594 coreme@hcrp.usp.br
1. Mulher de 45 anos, com diagnóstico de linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B, estádio clínico III B, em remissão completa após tratamento inicial com 6 ciclos de RCHOP. Apresentou recaída quimiossensivel e foi submetido a um transplante de células-tronco hematopoiéticas autólogo. Enxertia neutrofílica no D +14. No dia +15 evoluiu com febre, diarreia, eritema maculo-papular, infiltrado pulmonar bilateral sem foco infeccioso, infiltrado pulmonar bilateral e ganho de peso superior a 5% do basal. Culturas negativas. Qual a conduta terapêutica? a) Ampliar o espectro da antibioticoterapia sistêmica. b) Metilprednisolona. c) Anfotericina lipossomal. d) Ganciclovir. 2. Paciente com 55 anos, diagnóstico de LMC em fase crônica, com resposta hematológica completa e cariótipo com 10% das metáfases Ph+ aos 12 meses de tratamento com imatinibe. Possui doador HLA compatível. Apresentou aumento de transaminases grau 3, recorrente com imatinibe, com melhora com redução de dose para 300 mg/dia. Comorbidades: dislipidemia e diabetes de difícil controle. Qual seria a opção terapêutica mais indicada nesse caso? a) Aumento de dose de imatinibe. b) Substituir por dasatinibe. c) Substituir por nilotinibe. d) Indicar transplante de células tronco hematopoiéticas alogênico.
3. Quanto às indicações ao TMO, podem ser consideradas indicações clássicas todas, exceto: a) LLA Ph+ em primeira remissão. b) LMA de alto risco em primeira remissão. c) Crianças com LLA em primeira remissão. d) LMC com mutação T315I. 4. Quais dos sintomas abaixo NÃO fazem parte da síndrome da obstrução sinusoidal (SOS, ou anteriormente chamada de VOD)? a) Ganho de peso. b) Hepatomegalia dolorosa e ascite. c) Refratariedade plaquetária. d) Diarréia. 5. Quanto à anemia ao TMO em anemia falciforme podemos afirmar, exceto: a) Hoje há no mundo mais de 1000 casos transplantados com sobrevida global de mais de 90% com irmão HLA idêntico foram realizados. b) A hidroxiurea é efetiva no sentido de elevar os níveis de Hb fetal e reduzir as crises vasoclusivas. c) A hidroxiurea tem se mostrado efetiva no sentido de evitar progressão de lesão neurológica. d) As indicações de TMO em anemia falciforme incluem AVC, priapismo recorrente e doppler transcraniano alterado em duas ocasiões.
6. Paciente de 28 anos procura médico com diagnóstico de adenomegalia e febre há 2 meses. Refere perda de 6 kg no último mês além de sudorese noturna. Hemograma revela anemia 9 g/dl, microcítica hipocrômica. Radiografia de tórax revela massa mediastinal de 9 cm. Biópsia de gânglio cervical revela tratar-se de linfoma de Hodgkin. Como você investigaria e trataria a anemia neste caso? a) A anemia é secundária ao quadro neoplásico e como o paciente vai iniciar quimioterapia deve ser transfundido profilaticamente. b) A anemia é secundária a possível infiltração neoplásica e assim necessita ser realizada biópsia de MO e a transfusão deverá ser feita baseada nos sintomas do paciente. c) A anemia é secundária ao aumento da produção de IL6 e consequentemente aumento de hepcidina. Assim deve ser iniciado apenas a quimioterapia. d) A anemia é secundária à redução na produção da hepcidina e assim deve ser iniciado a quimioterapia apenas. 7. Quanto ao transplante de medula óssea em pacientes com doenças autoimunes é correto afirmarmos: a) O tipo de TMO mais indicado é o TMO alo. b) Os resultados de auto TMO em diabetes melitus tipo I são suficientes para considerar o TMO como tratamento de rotina. c) Não se usa rotineiramente ATG no condicionamento de doenças autoimunes. d) As indicações principais são esclerose múltipla e esclerose sistêmica.
8. Qual a fonte de células tronco-hematopoéticas mais indicadas no caso de transplante alogênico para hemoglobinopatias? a) MO ou cordão umbilical. b) Medula óssea + sangue de cordão umbilical. c) Medula óssea e sangue periférico dão resultado semelhante. d) Sangue de cordão umbilical. 9. Um paciente masculino, com 40 anos de idade, diagnosticado com anemia refratária sem displasia de múltiplas linhagens, citogenética normal, contagem de plaquetas de 130.000/mm 3, contagem de neutrófilos de 1.200/mm3 e necessidades transfusionais de duas unidades a cada 4 semanas. Qual é a melhor estratégia de tratamento? a) TCTH alogênico imediato se possuir um doador alo aparentado compatível. b) Terapêutica de suporte com transfusão e quelação de ferro. c) Tratamento com lenalidomida. d) TCTH autólogo imediato.
10. Quanto ao tratamento de pacientes com linfoma de Hodgkin é correto afirmarmos: a) O transplante autólogo de medula óssea deve ser indicado em primeira remissão em casos de alto risco ao diagnóstico em pacientes jovens. b) O transplante alogênico de medula óssea não tem papel no linfoma de Hodgkin por nunca ter se comprovado o efeito enxerto versus linfoma. c) O uso de transplante autólogo de MO tem melhores resultados em pacientes com recidiva quimiossensível. d) Pacientes em recidiva localizada do linfoma de Hodgkin devem ser levados o mais breve possível para auto TMO sem necessidade de quimioterapia prévia.