A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

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Transcrição:

A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Dayana Transmontano de Macedo 1 Jocenir Brittez 2 Jorge Artur Gutierrez Vargas 3 José Maria Zuchelli Batista 4 RESUMO O presente artigo está estruturado, inicialmente nas principais definições da Contabilidade de Custo. Em seguida, explicam os significados das principais palavras, termos e expressões utilizados na contabilidade de custo, como, gasto, investimento, despesa, perdas e custos. Prosseguindo, as principais classificações dos custos, custos direto, custo indireto, custos fixos e custos variáveis. São citados os métodos de custeio de maior destaque e também as principais definições e características, são apresentados os custeio por absorção, o custeio variável ou direto e o custeio ABC (custeio baseado em atividades). A parte final traz os fatores para formação do preço de venda, como o Mark-up, a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. Resultando assim, a importância de formar preço de venda e objetivando sempre alcançar o principal na empresa, o lucro. Palavra-Chave: Custos, Métodos de Custeio e Preço de Venda. 1 Aluna de Graduação em ciências contábeis da UNIVERSO Universidade Salgado de Oliveira Campus São Gonçalo 2 Contador, professor do curso de ciências contábeis da UNIVERSO. 3 Contador, professor do curso de ciências contábeis da UNIVERSO. 4 Professor do curso de ciências contábeis da UNIVERSO.

1. Introdução No mundo globalizado em que a competitividade é cada vez maior, é de extrema necessidade a busca continua para aprimorar a qualidade em todos os segmentos buscando a aceitação e a permanência de um produto ou serviço no mercado. A facilidade de encontrar o produto desejado é cada vez maior, sendo assim as empresas necessitam de fatores que tornem o produto mais atraente, e o conhecimento dos elementos de formação do preço de venda e serviço constitui numa vantagem competitiva para as organizações. Pois, os preços de venda são sugeridos pelo mercado, porem só sugere e não determinar. Atualmente a Contabilidade de Custo é vista sob dois aspectos: o auxilio ao controle e a ajuda na tomada de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante função é fornecer dados, orçamentos e outra formas de previsão e em seguida acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com valores anteriormente definidos, já a tomada de decisões o papel da contabilidade de custos consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, opção de compra e fixação de preços de venda. Com isso, o objetivo principal desse artigo é demonstrar alguns métodos de fixação de preço de venda e demonstrar também a importância da contabilidade de custos na formação do preço de venda de um produto ou serviço, seja um produto fabricado ou um serviço prestado. Assim, permitindo melhor gerenciamento das empresas. 2. Contabilidade de Custos Derberck e Nagy (2001) relatam que a contabilidade de custo fornece as informações que permitem a gerenciar alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis da operação.

Silva (2008) descreve que a contabilidade de custos é um ramo da ciência contábil utilizada para identificar, mensurar, registrar e informar os custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos, aplicando os princípios contábeis da mesma forma que a contabilidade geral, com a finalidade de se apurar resultados e valorizar os estoques, alertando os administradores para quaisquer resultados que exijam correção. A contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira, quando houve a exigência de se controlar e avaliar estoques nas indústrias, nascentes à época da Revolução Industrial. Segundo Martins (1998), a contabilidade de custos tinha função inicial o abastecimento de elementos que visavam avaliação dos estoques, finais ou intermediários e, também a avaliação dos resultados e não o fornecimento de dados à administração, porém, nessas últimas décadas a contabilidade de custos tornou-se uma importante arma de controle e decisão gerenciais. Leone (1997), a contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinações de desempenho e planejamento. 3. Custos preços. É necessário conhecer alguns conceitos básicos, para gerenciar custos e Gastos: desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços independentes da destinação que esse bens e serviços. Investimentos: gastos com a aquisição dos bens de uso e dos bens que serão inicialmente mantidos em estoque para que futuramente sejam negociados. Despesa: gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativas, comercial e financeira. Perdas: ocorrências fortuitas, ocasionais, indesejadas ou involuntária no ambiente das operações de uma empresa. Desembolso: entrega de numerários antes, no momento ou depois da ocorrência do gasto.

Custos: são os gastos efetuados para fabrica produto ou prestar serviços. O conhecimento dos custos é essencial para saber se determinado produto é rentável ou não, e se é possível diminuir ou minimizar seus custos. De acordo com Wernke (2004) custo é gasto efetuado no processo de bens ou de prestação de serviços. No caso industrial, são os fatores utilizados na produção como matéria prima, e das ferramentas utilizadas no processo produtivo. Os custos representam na verdade uma transição de um investimento que tem como destino final o valor de estoques. A conversão de matéria em produto em elaboração e a conversão dos produtos em elaboração em produtos acabados representam custos. 3.1. Classificação dos Custos De acordo com Leone (1981), existem vários tipos de custos, alguns tipos de custos são conhecidos e sua determinação pela Contabilidade é uma atividade repetitiva, corrente. Outros tipos somente são levantados ou estabelecidos à medida que a Administração necessita deles. Abaixo serão abordados alguns dos principais tipos de custos. 3.1.1. Custo Direto De acordo com Neves e Viceconti (2012), custos diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, por que há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Wernke (2010) relata que, os custos diretos são os gastos fácil ou diretamente atribuíveis a casa produto fabricado no período. São aqueles custos que podem identificados com facilidade como apropriáveis a este ou aquele item produzido.

3.1.2. Custo Indireto Para Wenke (2010) englobam os itens de custos em que há dificuldade de identificá-los às unidades de produtos fabricados no período. A atribuição dos custos indiretos aos objetos consiste a divisão do montante de determinado tipo de custo entre produtos ou serviços utilizando um critério qualquer, como volume por produto ou o tempo de fabricação consumido. Já Neves e Viceconti (2012), reafirma que os custos indiretos dependem de cálculos ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, ou seja, são custos apropriados indiretamente aos produtos. 3.1.3. Custo Fixo Os custos fixos são aqueles que permanecem estáveis independentemente de alterações no volume da produção. Wernke (2010) relata que custos fixos são aqueles cujos valores totais tendem a permanecer constantes mesmo havendo alterações no nível de atividade operacionais do produto. Eis alguns exemplos: seguro da fábrica, aluguel da fábrica, energia elétrica (utilizada para iluminação da fábrica), água (utilizada para consumo dos funcionários e da limpeza da fábrica). 3.1.4. Custo Variável Os custos variáveis são aqueles que variam em decorrência do volume da produção. Assim, quanto mais produtos forem fabricados em um período, maiores serão os custos variáveis. Wernke (2010) afirma que custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a produção. Os exemplos mais comuns de custos variáveis são as matérias-primas, os materiais diretos e a mão de obra direta.

4. Métodos de Custeio Wernke (2010), custeio significa atribuir valor de custo a um produto, mercadoria ou serviço. Martins (1998), diz que custeio significa método de apropriação de custos. Existem vários métodos de custeio, mas os que são utilizados atualmente são o Custeio por Absorção, Custeio Variável ou Direto e o Custeio Baseado em Atividade (ABC). 4.1. Custeio por Absorção Para Silva (2008) o sistema de custeio por absorção classifica os custos em diretos e indiretos, de acordo com a sua possibilidade de serem apropriados aos produtos. Considera que todos os custos de produção são alocados ao produto, e não considera os gastos ocorridos fora da produção, que são custos do período: venda administração entre outros. Exemplo prático de Custeio por Absorção: Considere as seguintes informações do controle interno de uma empresa industrial, relativo a um determinado mês: Fabricação de 200 unidades do produto C; Matéria prima, mão de obra, e outros custos diretos em $ 30.000,00; Os custos indiretos de fabricação são de $ 7.000,00; As despesas incorridas no período são de $ 9.000,00. Veja como fica, custo e o resultado: Custo de Fabricação Custos Diretos...$ 30.000 + Custos Indiretos...$ 7.000 = Custo Total...$ 37.000 Resultado Despesas...$ 9.000 = Prejuízos...$ 9.000

Este método é mais adequado para finalidades contábeis, pois avalia o estoque e determinar valor total de custos dos produtos vendidos. 4.2. Custeio Variável ou Direto Para Silva (2008) no sistema de custeio variável, os custos são variáveis ou fixos de acordo com o nível de atividade, volume ou quantidade produzida. O autor relata ainda que esse tipo de custeio é indicado para controles gerenciais. De acordo com Martins e Silva (2008) custeio variável ou direto é o processo segundo o qual apenas os custos variáveis de materiais, mão de obra e custos indiretos de fabricação, usados na produção do produto ou no desempenho de um serviço ou atividade, são atribuídos a estes, enquanto que os custos fixos são considerados como custos do período. O mesmo exemplo citado acima, mas no calculo do custo Variável ou Direto. Custo de Fabricação Custos Diretos...$ 30.000 = Custo de Fabricação do período...$ 30.000 Resultado Custos Indiretos...$ 7.000 + Despesas...$ 9.000 = Prejuízos do período...$ 16.000 4.3. Custeio Baseado em Atividade (ABC) Silva (2008) o sistema de custeio ABC é um método de análise que busca rastrear os gastos de uma empresa para analisar e monitorar as diversas toras de consumo de recursos diretamente identificáveis com suas atividades relevantes. O Custeio Baseado em Atividade (ABC) é o método que obtém melhor coerência com os custos indiretos, pois ajusta resultados mais próximos da realidade. São distribuídas as atividades por meio de um direcionador, depois para os departamentos e finalmente para os produtos. Na verdade, é uma forma de destinar os custos indiretos de fabricação aos produtos.

Para Bertó e Beulke (2005) a característica básica do custeio por atividade é a apropriação aos produtos, às mercadorias e aos serviços de todos os custos e despesas diretas possíveis, sejam eles fixos ou variáveis. Neste método de custeio, a empresa tem o objetivo de busca quais as atividades que estão consumindo de forma mais significativa seus recursos. Os custos são direcionados para essas atividades e destas para os bens fabricados. 5. Preço de Venda Estabelecer o preço de venda é um dos mais importantes momentos nas decisões a serem implantadas na empresa. A resposta a simples questão Por quanto devem ser vendidos às mercadorias/produto/serviços? Para alcançar uma rentabilidade (lucratividade). É grande por parte dos gestores da empresa a ânsia de conhecer os resultados financeiros por mercadoria, produtos e serviços, para avaliar quais os mais rentáveis. De nada adianta, por exemplo, o gerente de uma indústria ou loja fixar o valor de $ 2.000 para o preço de venda à vista de uma mercadoria, se a concorrência oferta o mesmo produto por $ 1.900 e conceder o prazo de 30/60 dias no pagamento. As empresas devem conhecer seu ponto de equilíbrio e a margem de contribuição de seus produtos isoladamente e avaliar esses produtos pelo seu peso respectivo no faturamento total, identificando a média geral. È importante às empresas conhecerem a rentabilidade de cada produto ou serviço, pois assim, saberá quais produtos ou serviços dão mais ou menos lucros e quais aqueles que dão prejuízos. Vários são os fatores que influenciam a determinação do preço de venda, tais são como, mercado, custos, concorrências entre outros. De acordo com Bruni (2006) a formação de preços representa uma das mais importantes e nobres atividades empresariais. A definição equivocada do preço pode arruinar um negócio.

Bertó e Beulke (2005) relatam que a formação do preço de venda dos produtos e ou serviços, elemento essencial da gestão econômico-financeira e mercadológica das empresas, envolve inúmeros fatores em sua composição, entre eles se destacam: estrutura de custos; demanda (mercado); ação da concorrência; governo e objetivos pretendidos com o produto ou serviço. Nos dias atuais, o mercado dita os preços, é ele que diz o que esta disposta a pagar, em função da sua renda. Cabe às empresas verificar quais os produtos são viáveis economicamente para elas e adequar os investimentos e recursos aplicados, com eficiência, para que aumente a produtividade, com a diminuição de custos e o aumento da rentabilidade dos produtos/serviços. A seguir temos os modelos de decisões de preço orientados pelos custos: 5.1. Mark-Up Caracteriza-se por multiplicar ao custo unitário do produto uma margem fixa para obter o preço de venda. Esta margem tem a responsabilidade de cobrir outros custos, as despesas e ainda proporcionar a empresa lucro. De acordo com Silva (2008) o Mark-up é um índice - multiplicador ou divisor que aplicado ao custo do produto fornecer o preço de venda. Preço de Venda Orientativo = Custo Unitário x MarK-up Preço de Venda Orientativo = $ 2.000 x 2,25314 Preço de Venda Orientado = $ 4.506,28 5.2. Margem de Contribuição A margem de contribuição revela o quanto o produto da empresa contribui para que consiga dar cobertura aos seus custos fixos, demonstrando capacidade que cada produto possui de cobrir os custos e a manutenção da produtiva empresa. A margem de contribuição é o quanto resta do preço, ou seja, do valor da venda de um produto são deduzidos os custos e despesas por ele gerados. Representa a parcela excedente dos custos e despesas que os produtos provocam. A empresa só começa a gerar lucro quando a margem de contribuição dos produtos vendidos superar os custos e despesas fixos e também ao lucro.

Sendo assim, margem de contribuição é: Onde, MC = PV (CV + DV) MC _ Margem de Contribuição PV _ Preço de Venda CV _ Custos Variáveis DV _ Despesa Variáveis 5.3. Ponto de Equilíbrio Ponto de Equilíbrio é o ponto da atividade operacional da empresa em que não há lucro nem prejuízo: a receita total é igual ao custo total. Sendo assim, se a empresa operar acima do ponto de equilíbrio terá lucro e se operar abaixo terá prejuízo. É aquele em que a margem de contribuição é capaz de cobrir todos os custos e despesas fixos de um período. Para Silva (2008) o ponto de equilíbrio é determinado mediante procedimento gráfico ou aritmético, e nasce da conjugação dos custos e despesas totais com as receitas totais. A atividade está no ponto de equilíbrio quando não tem lucro e nem prejuízo. Assim, este parâmetro determina o ponto em que a empresa equilibra custos com receitas. Sendo assim, ponto de equilíbrio é: PE = CDF MC Onde, PE _ Ponto Equilíbrio CDF _ Custos e Despesas Fixos MC _ Margem de Contribuição

CONCLUSÃO Atualmente a globalização proporciona aos clientes um forte referencial quanto ao preço de mercado, fazendo com que os mesmos tenham facilidade em adquirir produtos similares, maior é a preocupação da empresa em ser tornar competitiva para continuar atuando no mercado. Um dos fatores decisivos para conseguir vantagem é a formação do preço de venda. Este artigo teve como objetivo maior demonstrar uma das varias aplicações da Contabilidade de Custo como forma de auxilio na tomada de decisões em um ponto que é importante para bom desempenho de qualquer empreendimento, que é a formação do preço. A contabilidade de custo é fundamental na formação de preço, pois através de um sistema de custos bem elaborado é possível ter um maior controle e produzir informações uteis necessário para a formação de preço de venda. O conhecimento dos custos dentro da empresa é fator essencial para sua sobrevivência, pois, nenhuma empresa sobrevive por muito tempo se preço de venda for abaixo de seus custos. É tão importante quanto saber determinar os custos dos produtos ou dos serviços prestados é saber aperfeiçoar esses custos, estudando técnicas que proporcione a redução dos custos sem reduzir a qualidade. Assim, permitindo melhor gerenciamento das empresas e melhor agilidade no processo de tomada de decisões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTÓ, Dalvio José e BEULKE, Rolando. Gestão de Custos. São Paulo: Saraiva, 2005. BRUNI, Adriano Leal. A Administração de Custos, Preços e Lucros. São Paulo: Atlas, 2006. DERBECK, Edward J. Van, Charles F. Contabilidade de Custos. 11. Ed. São Paulo: Thomson, 2001. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. São Paulo: Atlas, 1981. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 6º Ed. São Paulo: Atlas, 1998. RIBEIRO, Osni Moura.Contabilidade de Custos Fácil.7º Ed. São Paulo: Saraiva, 2009 RODRIGUES, Luis Carlos e OLIVEIRA, José Vilmar de. Disponível em: http://www.admpg.com.br/2009/pt/selecionados.php. Cópia acessada em: 01/12/2014 as 17:42min. SILVA, Benedito Albuquerque da. Custos e Estratégias de Gestão. Apostilado de pós-graduação, 2008. VICECONTI, Paulo Eduardo e NEVES, Silvério das.10º Ed. São Paulo:Saraiva,2012. WERNKE, Rodney. Análise de Custos e Preço de Venda.1º Ed.São Paulo: Saraiva,2005.