Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal C.R.L.

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RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Transcrição:

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal C.R.L. ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA Em cumprimento do disposto nos art.º(s) 22.º e 23.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L., pessoa colectiva e matrícula N.º 500 978 930, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Fundão, a reunir em sessão ordinária, no próximo dia 25 de Março de 2010, pelas 17 horas, na sede desta Instituição, na Rua dos Três Lagares, na cidade do Fundão e com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1 - Apreciação e votação do Balanço, Relatório e Contas do Conselho de Administração, Parecer do Conselho Fiscal, relativos ao exercício de 2009. 2 - Proposta de Aplicação de Resultados relativos ao exercício de 2009. 3 - Tratar de qualquer outro assunto de interesse para a Caixa. Os documentos relativos ao ponto 1 podem ser consultados na sede da Instituição. Se à hora marcada não houver número legal de associados para a Assembleia poder funcionar, dar-se-à início à mesma, uma hora depois, com qualquer número de associados. Fundão, 24 de Fevereiro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Prof. Doutor Manuel José Santos Silva

Relatório e Contas do Exercício de 2009

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Para cumprimento do previsto nos estatutos e restante legislação em vigor o Conselho de Administração propõe aos Exmos. associados o relatório e contas relativos ao exercício de 2009. 1.ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO E MERCADO BANCÁRIO 1.1 Enquadramento Macroeconómico O ano de 2009 foi marcado por um ambiente fortemente recessivo a nível Mundial, com a generalidade das economias dos países desenvolvidos, a reduzirem a sua actividade o que provocou uma queda da economia de 0,8%. Como foi amplamente divulgado, esta situação foi consequência da crise financeira internacional que se desencadeou ao longo do ano de 2008, inicialmente nos Estados Unidos e que posteriormente se propagou aos restantes países, nomeadamente aos mais desenvolvidos. A generalidade dos países emergentes continuou a crescer, ainda que, a taxas muito mais reduzidas. Esta retracção no crescimento económico a nível Mundial, contrasta com o forte crescimento que se verificou na última década. O ano de 2008, foi ainda de crescimento com a economia mundial a crescer a uma taxa de 3%, e para o ano de 2010 prevê-se que seja atingida uma taxa de 3,9%. Fonte: FMI, World Economic Outlook (várias edições) No conjunto dos países desenvolvidos, a actividade económica regrediu 3,2% em 2009, contra um crescimento de 0,5% em 2008, com a economia dos EUA a retrair-se 3,2% em 2009 e a crescer o,4% em 2008. A economia japonesa caiu mais de 5%, acentuando a quebra já observada em 2008 (-1,2%) e a Zona Euro, viu o produto a contrair-se em 3,9%, seguindo-se a um modesto crescimento de 0,6% em 2008, sendo a queda mais acentuada na Alemanha cuja economia, sofrendo o impacto directo da queda do comércio mundial, apresentou em 2009 uma contracção de 4,8% - e na Itália que igualmente registou uma quebra de 4,8%, após uma descida de 1% em 2008. A vizinha Espanha, por sua vez, que em 2008 ainda crescera 0,9%, registou uma queda no produto de 3,6%, para o que muito contribuiu a profunda retracção no sector imobiliário, que foi ao longo de vários anos, um dos princi- 5 Relatório e Contas do Exercício de 2009

pais motores da economia. Fora da Zona Euro, mas ainda na UE, assinale-se a queda do produto, em 4,8%, evidenciada pela economia britânica - onde igualmente se formara uma bolha imobiliária -, após uma quase estagnação em 2008 (+0,5%). A retracção do nível de actividade económica seria ainda significativamente mais acentuado na maior parte dos países, se não tivessem sido tomadas medidas extraordinárias de emergência no domínio da política monetária e orçamental, na maior parte dos países, que para além de terem assegurado a sustentação do sector financeiro, contribuíram para atenuar as principais consequências da crise sobre a actividade económica e o emprego. No campo monetário, as medidas envolveram a redução das taxas directoras para níveis mínimos extremos, levando a taxa nos EUA e no Reino Unido, para um nível próximo do 0%, e na Zona Euro de 1% complementada com cedência massiva de liquidez aos bancos. Em resultado destas medidas, o nível das taxas de juro do mercado interbancário no caso da Zona Euro as taxas euribor desceu continuamente ao longo de 2009, passando, no caso da taxa a 3 meses, de 3,29% em Dezembro de 2008 para 0,71% em Dezembro findo (médias mensais). Os vestígios de retoma que, com oscilações e incertezas, se começam a fazer notar a nível internacional, através da evolução mais favorável dos principais indicadores de actividade na parte final de 2009, é em grande parte impulsionado pelas medidas extraordinárias que foram tomadas. Prevê-se para 2010 uma recuperação económica já significativa nos principais pólos económicos, embora mais forte nos EUA e no Japão e mais modesta na Zona Euro. No caso da Espanha, a economia deverá ainda voltar a recuar em 2010. A contracção económica levou, em muitos países, a um aumento da taxa de desemprego, que se situa acima dos 10% nos EUA, na Zona Euro e até na própria China apesar do seu forte ritmo de crescimento - e já atinge quase 20% na Espanha, país que regressou, assim, aos elevados níveis de desemprego que apresentava no início dos anos 90, e que se tinham reduzido significativamente com o surto de crescimento que conseguira. Em contrapartida, porém, as tensões inflacionistas que tinham começado a manifestar-se com alguma intensidade em 2008 em resultado da subida do preço do petróleo que atingiu níveis máximos de 148 USD por barril, em Agosto de 2008 - esbateram-se consideravelmente perante a menor procura que a queda da actividade económica induziu, conduzindo a uma inflação praticamente nula, em termos de média anual (+0,1%) nos países desenvolvidos contra 3,4% em 2008 - e a um significativo abrandamento da taxa de inflação nos países emergentes (subida nos preços ao consumidor de 5,2% em 2009 contra 9,2% em 2008). Relatório e Contas do Exercício de 2009 6

O impacto adverso da crise nas receitas dos Estados, e o aumento da despesa, quer na componente automática onde sobressai o subsídio de desemprego - quer na componente discricionária - em que se inserem as medidas de apoio aos bancos nos casos que implicaram efectivo dispêndio de fundos e as de estímulo fiscal à economia - está a pressionar enormemente as finanças públicas da generalidade dos países. O défice das contas públicas em 2009 ultrapassou os 10% do PIB num conjunto alargado de países, em que se incluem os EUA, o Reino Unido, a Irlanda e o Japão e, no seio da Zona Euro, a Grécia. É no entanto de referir que outros países se aproximam de níveis comparáveis de défice público e que praticamente em todos se verifica um agravamento nas contas do Estado em relação à situação de 2008, ano em que já se notava deterioração significativa face a 2007. Neste contexto de crise internacional, a economia portuguesa, que mesmo anteriormente à crise já vinha registando níveis de crescimento muito modestos, sofreu em 2009 uma queda pronunciada, que se traduziu num decréscimo do PIB, em relação a 2008, de 2,7%, decréscimo que só encontra paralelo em 1975. Neste quadro, o desemprego tem vindo a aumentar consideravelmente, atingindo no final de 2009 já cerca de 525 mil pessoas, colocando a taxa de desemprego em 9,3%, nesta altura uma das mais elevadas da Zona Euro, embora significativamente inferior à que se observa em Espanha. Note-se que, até há alguns anos atrás, a taxa de desemprego em Portugal era uma das mais baixas da Zona Euro. Em contrapartida, à semelhança do ocorrido noutros países, e na Zona Euro em geral, a inflação contraiu-se consideravelmente, vindo a ser mesmo negativa no conjunto do ano (-0,9%), face ao nível de 2,7% observado em 2008. Perspectiva-se para 2010 o regresso a uma situação de inflação positiva, que de acordo com as previsões actuais rondará os 0,7%. Também como noutros países, as contas públicas foram pressionadas pela queda das receitas provocada pela diminuição da actividade, que por outro lado fez subir as despesas da segurança social em especial o subsídio de desemprego. Assim, apesar de os gastos do Estado expressamente dirigidos ao combate à crise terem tido menor expressão do que noutros países, o défice público em 2009 acabou por atingir 9,3% do PIB. Ainda no terceiro trimestre, a estimativa do Governo apontava para um défice de 5,9%, mas a generalidade dos analistas já antevia um défice mais expressivo para o conjunto do ano. Finalmente note-se que o défice da economia portuguesa face ao exterior se atenuou, embora mantendo-se elevado (8,2% do PIB), pois apesar da redução das exportações, as importações também caíram, devido ao menor nível de actividade, e além disso Portugal beneficiou da baixa do preço do petróleo. Prevê-se para a economia portuguesa uma ligeira recuperação em 2010, com o PIB a crescer 0,7%, mas esta previsão está naturalmente afectada por um considerável grau de incerteza, estando em especial dependente do comportamento das exportações e do consumo privado, e de uma evolução menos negativa do investimento. 1.2 Mercado Bancário Naturalmente, a situação do mercado bancário não poderia ficar imune à conjuntura económica e financeira global. A descida acentuada das taxas euribor está a penalizar sobremaneira a margem financeira das instituições, em especial nos casos em que os financiamentos concedidos indexados às taxas euribor detêm peso elevado nas carteiras, já que o custo médio dos recursos de clientes, que constitui em todas as instituições a componente de base do seus Recursos, desceu muito menos que a remuneração dos activos. Isto porque, por um lado, as taxas dos depósitos não descem abaixo de determinados níveis mínimos e, por outro, porque a concorrência entre as instituições pela captação de recursos, que se mantém muito viva, esbate, no tocante ao seu custo médio, o efeito da descida das taxas Euribor. Não surpreende pois que a descida da taxa média dos depósitos, embora significativa, não tenha acompanhado em 2009 a baixa das taxas euribor em termos comparáveis ao que tem ocorrido nas taxas médias do crédito, tanto mais que também se verifica uma preferência dos depositantes por depósitos de prazos mais longos, nesta conjuntura de taxas baixas. 7 Relatório e Contas do Exercício de 2009

Assim, entre Dezembro de 2008 e Novembro de 2009, o nível médio das taxas de juro nos depósitos até 2 anos baixou de 3,99% para 1,92% (-2,07 pp), quando a euribor, nesse período (considerando, a título ilustrativo a euribor a 6 meses), se reduziu em 2,38 pp, passando de 3,37% em Dezembro de 2008 para 0,99% em Novembro de 2009. Como se pode ver pelo quadro anexo a variação das taxas de juro nos vários tipos de crédito não foi homogénea entre si e com o custo dos recursos. A desfavorável conjuntura macroeconómica conduz por outro lado a que não existam condições propícias para a expansão do negócio bancário na vertente creditícia, uma vez que o abaixamento no nível de actividade origina uma retracção da procura por parte das empresas, verificando-se também menor procura dos particulares, em virtude dos baixos níveis de confiança. O saldo do crédito a empresas no conjunto do sistema bancário, que ainda em Junho de 2008 apresentava um crescimento de 12,3% sobre o mês homólogo do ano transacto, cresceu apenas 2,6% em Novembro de 2009, o que traduz uma redução muito substancial em termos de crédito novo, que se foi acentuando de modo manifesto ao longo da segunda metade do ano. A desaceleração mais acentuada tem-se, porém, no crédito a particulares, com o crédito à habitação a evidenciar em Novembro de 2009 um crescimento de apenas 2,5% (em termos de saldo) e o crescimento do crédito pessoal, em que se inclui o crédito ao consumo, a ficar em apenas 1,8%. Esta situação contrasta de modo bem marcante com o que se verificava antes do início da crise, em que quer o crédito à habitação, quer o crédito ao consumo, apresentavam taxas de expansão da ordem de 10% em termos homólogos. No que se refere aos depósitos de particulares e de empresas (i.e., sociedades não financeiras), depois de um crescimento significativo, que em termos homólogos atingiu 5,9% no caso das empresas e 9,8% nos particulares, entre Junho de 2008 e Junho de 2009, evidenciaram na parte final do ano uma quase estagnação. Noutro plano, o impacto da crise económica está a manifestar-se, em termos bastante impressivos, na evolução do crédito mal parado, que, no conjunto do sistema bancário, se elevou de 1,7% em Dezembro de 2007 para 4,5% em Novembro último no segmento empresarial, e nos particulares subiu, no mesmo período, de 1,5% para 1,8% no crédito à habitação, e de 3,5% para 6,9% no crédito ao consumo. No segmento de particulares, no período referido, o crescimento do crédito mal parado em valor absoluto atingiu quase 570 milhões de euros no crédito ao consumo, e 663 milhões no crédito à habitação. No segmento empresarial, o aumento do crédito mal parado foi particularmente importante nas actividades ligadas ao imobiliário. O aumento do crédito vencido neste sector, desde Dezembro de 2007, totaliza quase 1.281 milhões de euros, Globalmente, o acréscimo do crédito vencido no segmento empresarial atingiu, em valor absoluto, cerca de 3.825 milhões de euros! 2. O GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS O Crédito Agrícola registou ao longo dos últimos anos uma evolução bastante favorável em todos os aspectos da sua actividade, que se traduziu num considerável reforço da sua solidez financeira e em melhorias visíveis no plano operativo, na modernização da sua imagem e na notoriedade do Grupo. Apesar da actual crise económica e financeira internacional, que se tem feito sentir, o Crédito Agrícola obteve muito bons resultados tanto em 2007 como em 2008, totalizando cerca de 240 milhões de euros, dando continuidade à evolução muito favorável que vinha registando. Entretanto, com o aprofundamento da crise, e sobretudo como consequência da política monetária do BCE, fazendo descer as taxas euribor para níveis mínimos extremos, os resultados sofreram no corrente exercício uma contracção, em consequência do estreitamento da margem financeira, mantendo-se porém amplamente positivos, na ordem de 55 milhões de euros. Note-se que os lucros do Crédito Agrícola, dada a sua natureza de instituição bancária cooperativa, se destinam quase totalmente ao reforço da sua situação líquida, que nesta altura já ultrapassa os 1.000 milhões de euros. Com o reforço da sua situação líquida, o Grupo incrementa a sua robustez, aumentando simultaneamente a capacidade das Caixas para agirem como alavancas financeiras no desenvolvimento socioeconómico de cada região. Relatório e Contas do Exercício de 2009 8

Este contínuo reforço dos capitais próprios, a par com a manutenção de uma postura de prudência na expansão do negócio, traduziu-se na incessante melhoria, ao longo dos últimos anos, do rácio de solvabilidade do Grupo. Assim o Crédito Agrícola é, presentemente, o grupo financeiro com o valor mais elevado neste rácio chave, quer em termos do seu valor global (13%) quer na componente respeitante aos fundos próprios de base (11,9%), estando os respectivos níveis muito acima dos mínimos definidos ou recomendados pelo Banco de Portugal. Entretanto, o activo líquido total do Grupo é já, por sua vez, de 12, 6 mil milhões de euros, com o crédito a perfazer 8,8 mil milhões, para um valor total dos depósitos de 9,8 mil milhões. O rácio crédito/depósitos do Crédito Agrícola, que nos últimos anos raramente atingiu os 90%, espelha a gestão, igualmente muito prudente, do Grupo no tocante à liquidez, que o coloca em situação privilegiada, e praticamente única, no sistema financeiro nacional, ao deter uma posição interbancária líquida credora, perante outros bancos de primeira linha, que hoje se aproxima dos 2.000 milhões de euros (mercado monetário e títulos de dívida emitidos por outras instituições). Comparando a situação do Grupo com a de outros bancos com peso relevante no mercado, constatamos que o Crédito Agrícola tem apresentado posição bastante favorável em termos de rentabilidade, eficiência, solvabilidade e liquidez, sendo também de destacar a sua posição nos índices de reclamações de clientes, de longe os mais baixos da banca portuguesa. Indíces de reclamações: - Depósitos Indíces de reclamações: - Crédito à habitação Indíces de reclamações: - Cheques 15º (o melhor) 14º (2.º melhor) 13º (o melhor) Posicionamento do Crédito Agrícola face ao sector Indicadores de desempenho Rácio de transformação 87% 1º (o melhor) Rentabilidade do activo 1,0% 2º melhor Rentab. dos capitais próprios 12,2% 4º melhor Rácio de eficiência 49,8% 2º melhor Solvabilidade Tier1 12,0% 1º (o melhor) A evolução do negócio do Grupo fez-se acompanhar da expansão gradual e ponderada da sua rede, a qual actualmente totaliza já 681 agências, mantendo-se como uma das maiores redes bancárias a nível nacional. À excepção da Região Autónoma da Madeira, o Crédito Agrícola está presente em todo o território nacional, chegando a sua rede, em alguns distritos, a perfazer mais de 30% da rede bancária total aí implantada. Como é, porém, sabido, o Crédito Agrícola tem ainda reduzida presença nos grandes centros de Lisboa e Porto, o que diminui o seu peso global a nível nacional, tendo porém a Caixa Central, como entidade do Grupo que cobre esses centros, iniciado recentemente a expansão da sua rede, o que prosseguirá quando a melhoria do ambiente económico geral criar condições propícias para o efeito. Para além das Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra ainda um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, da gestão de activos e de consultadoria. Merece destaque, neste contexto, a importância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as duas companhias a CA Vida e a CA Seguros, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao reconhecimento da CA Seguros, em 2009, como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento dimensional, galardão que obteve pelo segundo ano consecutivo. A CA Vida fora igualmente distinguida, noutro ano, com o prémio da melhor seguradora do ramo vida no nosso país em termos absolutos. 9 Relatório e Contas do Exercício de 2009

3. A CAIXA AGRÍCOLA DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL 3.1 - Identificação e objecto A Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal CRL, Instituição de Crédito do sector Cooperativo foi constituída em 14 de Julho de 1932, então denominada Caixa de Crédito Agrícola do Concelho do Fundão, que após processo de fusão, em que absorveu a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alto Côa e Alto Zêzere, no ano de 1997, mudou a sua denominação para a actual, está integrada no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo desde da criação deste, tem a sua sede na Rua dos Três Lagares no Fundão e desenvolve a sua actividade em seis concelhos, três do distrito de Castelo Branco e três no Distrito da Guarda, onde tem instalados dez balcões de atendimento ao público. Está registada na Conservatória do Registo Comercial do Fundão sob o número 500.978.930, tem um Capital Social Variável e ilimitado, de no mínimo um milhão e quinhentos mil euros e em 31/12/2009 atingia o montante de 8.118.260,00. A Caixa tem por objecto o exercício das funções de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, e ainda o exercício de actividades protocoladas em nome de empresas do Grupo Crédito Agrícola, nomeadamente Crédito Agrícola Seguros, Crédito Agrícola Vida e Crédito Agrícola Gest. A missão da Instituição é assim a de proporcionar serviços financeiros de qualidade aos seus associados e clientes, afirmar-se como instrumento de desenvolvimento económico e social sustentado da Região onde está inserida, mas também de assegurar uma melhoria da sua rendibilidade e da solidez patrimonial, através da diversificação de actividades e serviços prestados. 3.2. Evolução da CCAM da Região do Fundão e Sabugal 3.2.1 - Apreciação das contas relativas ao exercício de 2009 O Ano de 2009 foi seguramente um dos anos mais difíceis em termos económico-financeiros das últimas décadas. Esse facto reflectiu-se de forma acentuada na gestão de quase todas as entidades empresariais, mas muito especialmente nas Instituições de Crédito. Foi necessário trabalhar com taxas de juro historicamente baixas, nomeadamente nas operações activas, com fortes reflexos na conta de Resultados, especialmente em Instituições que como a nossa não têm tradição de fazer reflectir, de forma acentuada nas comissões e prestações de serviços a compensação para a falta de rentabilidade provocada pela baixa da taxa de intermediação. Apesar de alguma recuperação nos últimos dois anos, o resultado proveniente das comissões e prestações de serviço não foi além de 17,77% do Produto Bancário. Por essa razão os Resultados obtidos foram os mais baixos dos últimos dez anos, e não foram muito além de 50% do valor orçamentado. Apesar de todos estes factores desfavoráveis o Activo Liquido da Caixa cresceu 3,94%, um pouco abaixo dos 5% do ano anterior, tendo ultrapassando os 162 milhões de Euros no final do ano, cerca de dois milhões acima do previsto no orçamento. Os Recursos Captados de clientes aumentaram cerca de 4,5%, e atingiram 145 milhões de Euros, que se dividem em cerca de 44 milhões de Depósitos à Ordem 30% do total e 101 milhões de Depósitos de Poupança e a Prazo ou seja 70% do total. A Margem Financeira foi das rubricas com comportamento mais negativo durante o ano de 2009, ficando aquém do previsto no orçamento em cerca de 24%, com um desvio de um milhão e duzentos mil euros o qual é explicado pela acentuada queda das taxas Euribor, indexantes que são utilizados para a totalidade dos financiamentos, para níveis historicamente baixos. A variação desta rubrica relativamente ao ano anterior é de -17,55% para 3.888 mil Euros que foi decisiva para a diminuição dos Resultados, isto apesar de o Crédito Concedido ter aumentado quase 10%. Como no ano anterior, também neste exercício o Crédito Concedido cresceu a uma taxa significativamente mais elevada que a dos Recursos, o que elevou o rácio de transformação, mantendo-se este contudo, ainda com margem para crescer. Se considerarmos o Crédito Concedido Bruto Total, o Rácio era no final de 2009 de 66,5%, mais 3,5% que no final de 2008. Relatório e Contas do Exercício de 2009 10

A Caixa continua ainda a ter uma situação bastante confortável em termos de liquidez, com capacidade para apoiar projectos que venham a surgir, desde que se mostrem com boas possibilidades de sucesso, contribuindo também para aumentar a rentabilidade. A taxa de intermediação, considerando o valor médio dos recursos reduziu-se de 3,27% em 2008 para 2,8% em 2009. Se considerarmos todas as aplicações em termos médios essa taxa reduz-se para 2,65%. Quanto à evolução do crédito vencido, mais uma vez a evolução não foi a ideal, mas numa situação de crise como aquela que estamos a atravessar não se poderia esperar uma situação muito diferente, o Credito Vencido aumentou 34,44% para 2.454.866. Apesar disso a taxa de crédito vencido no final de 2009 era de 2,61% e durante o ano, o Crédito Incobrável sofreu uma redução de 260.000, graças a algumas recuperações que se conseguiram concretizar. As provisões para crédito vencido representam 47% do crédito vencido, o que faz com que a taxa de crédito vencido líquido de provisões seja de 1,4% A margem complementar cobrança de comissões líquidas evoluiu durante 2009 de forma bastante favorável com um crescimento de 22.37% relativamente ao ano de 2008, atingindo os 852.367, que como se referiu atrás representa uma taxa de 17,77% do Produto Bancário. Para esta evolução tem contribuído decisivamente não só a alteração ao preçário, de produtos e serviços como também o montante das comissões angariadas na área dos Seguros dos ramos reais e do ramo Vida. A Redução do Produto Bancário em cerca de 15% também deu a sua contribuição para o aumento do peso da Margem Complementar no P.B. que ficou 20,6% abaixo do previsto no orçamento. Relativamente à evolução dos Custos Operacionais de referir que os Custos com Pessoal cresceram 7,19% relativamente ao ano anterior e 6,38% acima do previsto no orçamento, devido à actualização salarial e promoções. Os Gastos Gerais Administrativos cresceram 5,8% relativamente ao ano anterior e ultrapassaram o orçamentado em 21.5%. Este agravamento de custos e a redução do Produto Bancário contribuíram para o agravamento do rácio de eficiência de 60% em 2008 para 75% em 2009, claramente acima do aconselhado. Com a redução verificada no Produto Bancário e era quase impossível não haver agravamento no Rácio de eficiência Os agravamentos na área dos gastos gerais administrativos justificam-se em parte pela mudança do balcão de Belmonte e pela renovação dos balcões do centro da Covilhã e do de Almeida. Muitos materiais e obras que de acordo com as NCA s deixaram de ir para imobilizado e passaram a ir directamente a custos, contribuíram para este agravamento. Mais equipamentos informáticos, onde se inclui mais um balcão 24, e uma ATM deram também uma contribuição significativa para o aumento de custos. Na área dos Seguros de Ramos Reais o volume de prémios comerciais acumulados ultrapassou no final de 2009 o valor de 500.000 o que permitiu à Caixa a obtenção de um volume de comissões de 89.964. Por sua vez o volume de comissões recebidas em 2009 da CA Vida atingiu os 54.088 e resultou de um volume de prémios globais de 4.767.609, sendo 209.319 de prémios de risco e 4.558.290 de prémios de capitalização. A Situação Liquida da Caixa que após aprovação do presente relatório e considerando o resultado do exercício de 771.175.40, deverá situar-se nos 15.155.624,00 teve um aumento em 2009 de cerca de 5,75%. Como o valor do imobilizado líquido, incluindo participações financeiras, totaliza 6.986.867,56 o rácio de imobilizado será de cerca de 46%. Quanto ao Rácio de Solvabilidade aumentou de 18.21% em 2008 para 18,57% em 2009, sendo que o Rácio de Solvabilidade (Tier 1) calculado com base nos fundos próprios de base é de 18,15%. Na sequência dos pedidos de demissão formulados pelos associados, submete-se à Assembleiageral 52 pedidos de demissão e autorização para devolver o respectivo capital Social. Foram durante o ano admitidos 61 novos associados. 3.2.2 Política de Gestão de Riscos Uma boa gestão de Riscos é fundamental para manter o equilibro sustentado de qualquer organização. A gestão desta Instituição tem tido em consideração algumas medidas aconselhadas, com vista à mitigação dos vários tipos de Risco. 11 Relatório e Contas do Exercício de 2009

Têm vindo a ser adoptadas novas medidas no sentido de diminuir o Risco de Crédito, com adopção quase generalizada das propostas de Sccoring, um acompanhamento mais efectivo dos beneficiários de crédito, nomeadamente com a análise das contas das Empresas e o acompanhamento pós concessão. Nesse sentido foi reforçado o Departamento Jurídico com vista a dar um melhor apoio, não só na fase de contratação como também na fase em que surgem os primeiros indícios de dificuldade. Na área do Risco de Mercado tem-se privilegiado a diversificação sectorial das aplicações, nomeadamente do destino do crédito concedido, tem-se mantido uma baixa concentração tanto ao nível das aplicações como da captação de Recursos e dentro do possível fazer com que o prazo residual das operações activas e passivas seja equilibrado. Cerca de 68% das aplicações têm um prazo residual inferior a 5 anos. O Risco de taxa de juro tem sido minimizado, não se recorrendo a operações de taxa fixa de prazos demasiado longos e na maior parte das vezes essas operações são colateralizadas. È o Caso de algumas operações passivas contratadas com clientes com taxas fixas que são cobertas por operações, com as mesmas características constituídas na Caixa Central. As operações activas são por regra contratadas com taxas variáveis indexadas à Euribor. Risco Cambial e risco País não têm significado, para a Instituição pelo facto do valor da moeda estrangeira em stock ser mínima e não haver operações com países estrangeiros directamente. A criação do Departamento de Auditoria Interna, a nomeação de um responsável de Compliance e reforço do Departamento Jurídico vêm no sentido e com o objectivo de minimizar o Risco operacional 3.2.3 - Perspectivas Futuras e Estratégias de desenvolvimento Durante o ano de 2009, decorreram as obras de remodelação e de adequação em vários balcões com vista a adaptá-los à nova imagem do Crédito Agrícola, melhorar as condições de atendimento de clientes e associados, e melhorar as condições de trabalho dos colaboradores. O Balcão de Belmonte era em 2009 o único ainda a funcionar em Instalações arrendadas. De acordo com o referido no anterior relatório foram adquiridas novas instalações, foi feito o projecto e as obras decorreram durante o ano tendo-se transferido o serviço para as novas instalações no início do mês de Dezembro. O Balcão ficou equipado com uma loja automática, com um Balcão 24 e uma maquina Multibanco, de forma a permitir aos clientes um horário mais alargado para efectuar as suas transacções bancárias. Também os balcões do centro da Covilhã e de Almeida foram renovados, passando a ter um aspecto mais atractivo para os clientes e com melhores condições de trabalho e de atendimento. A Caixa continua empenhada em melhorar os serviços às populações da Região pelo que foram instaladas recentemente mais duas ATM s na Coutada e em S. Jorge da Beira no Concelho da Covilhã, freguesias que não possuíam este serviço, nem existia num raio de vários quilómetros. Foi instalada também uma outra ATM no Carvalhal Formoso, concelho de Belmonte, e vai ser instalada uma outra junto de duas freguesias no concelho do Fundão. Tem também sido dada alguma atenção ao desenvolvimento estratégico da actividade da caixa e à criação de condições para que a evolução em termos futuros seja efectuada sem sobressaltos, pelo que se tem estado a investir em áreas tecnologicamente avançadas de forma a suportar o desenvolvimento do negócio. Salientamos nesta área a adopção de uma solução de gestão documental, (ou gestão electrónica de documentos) cujo objectivo é o de reduzir drasticamente a utilização do suporte de papel, sendo este substituído pelo suporte digital. Esta eliminação ou forte redução de utilização e movimentação do suporte de papel, em favor do digital é utilizada tanto na área de recepção e envio de correspondência como nas diversas áreas de serviços. A implementação desta solução está já a produzir bons resultados, continuando ainda em estudo a seu alargamento a todas as áreas de serviço da Caixa. Esta área é uma das fundamentais, que associada a outras que serão adoptadas a curto prazo e nos permitiram caminhar no sentido do aumento da qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes e associados. Estamos ainda a proceder à digitalização dos documentos de arquivo, de forma a libertarmo-nos de quantidades enormes de papel e de facilitar o acesso aos documentos solicitados pelos clientes. Relatório e Contas do Exercício de 2009 12

3.2.4 Proposta de Aplicação de Resultados O resultado do exercício no ano de 2009, não foi além dos 771.175,40, o mais baixo dos últimos 10 anos, o que representa 48% do resultado do ano anterior e cerca de metade do valor orçamentado para este exercício. Esta situação foi uma consequência como já se referiu da forte redução da Margem Financeira induzida pela forte redução das taxas de juro. Este valor está ainda influenciado de forma positiva pela reposição de uma parte das provisões constituídas em anos anteriores relativamente à participação financeira na Caixa Central. Esta reposição foi autorizada pelo Banco de Portugal no seguimento da melhoria de resultados da Caixa Central. De acordo com o estabelecido legalmente, O C. A. propõe em primeiro lugar que sejam cobertos os resultados transitados, resultantes de um ajustamento fiscal e das políticas contabilísticas IAS19 no montante de 316.333.15 Em função da significativa redução de Resultados do presente exercício e ainda da necessidade de fazer face à cobertura dos Resultados Transitados de Exercícios Anteriores, a margem para efectuar distribuição de dividendos não é muito elevada tornando-se o seu valor, em termos individuais, quase insignificante. Assim entende este C. de A. em função das circunstâncias que, apesar de os Resultados terem sido positivos, não fará muito sentido estar a distribuir verbas tão reduzidas que acabam por representar custos administrativos elevados e pouca vantagem trazem aos associados considerando que as participações estão muito disseminadas. Assim esse valor será transferido para Capital Social reforçando assim a Situação Líquida da Instituição. Assim nos termos estatutários o C. A. propõe que a Assembleia-geral aprove a seguinte aplicação para o Resultado do Exercício no valor de 771.175,40 Resultados Transitados 316.333.15 Reserva Legal 154.236,00 (mínimo 20%) Reserva para Mutualismo 5.000,00 Reserva Formação Cooperativa 5.000,00 Reserva para reforço da Situação Líquida 154.236,25 (mínimo 20%) Capital Social 136.370,00 A situação Líquida passa a ter a seguinte constituição: Capital Social 8.254.630,00 Reserva Legal 3.017.619,00 Reserva para Mutualismo 60.000,00 Reserva Formação Cooperativa 78.371,44 Reserva para reforço Situação Líquida 3.745.003,04 Após a distribuição dos Resultados a Situação Líquida passa assim a ter o valor global de 15.155.624,00 No final de mais um ano de actividade o C.A. aproveita para agradecer a todos os que colaboraram com a Instituição contribuindo para obtenção dos resultados obtidos, Colaboradores, Membros dos Órgãos Sociais, Associados, Depositantes e a todas as Instituições Públicas e Privadas. Na convicção de ter feito o melhor possível nas actuais condições do mercado, submete-se à aprovação da Assembleia-geral o Relatório e Contas relativo ao ano de 2009 Fundão, 31 de Dezembro de 2009 O Coordenador Geral Dr. António Trindade de Sena O Conselho de Administração Dr. João Fernandes Chendo Eng. Joaquim Marques Francisco João Alberto Filipe Gomes Eng. Joaquim Manuel Baptista Joaquim Martins Filipe 13 Relatório e Contas do Exercício de 2009

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 NOTAS NOTAS ACTIVO Caixa e disp. Bancos Centais Disponib. em outras Instituições de Crédito Activos financeiros detidos p/ negocição Outros Activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis p/ venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Activos com acordo de recompra Derivados de cobertura Activos não correntes detidos p/ venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, assoc. e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 20 21 5 6 7 8 ACTIVO BRUTO 1.564.198,17 2.508.767,49 10.658,20 405.131,51 53.605.821,08 96.863.796,63 425.082,98 6.808.079,90 387.056,80 1.887.353,12 212.046,93 163.542,90 1.325.866,76 2009 2008 PROVISÕES IMP. E AMORTIZA- ÇÕES 25.000,00 1.164.195,16 165.198,26 1.725.487,17 370.135,09 ACTIVO LÍQUIDO 1.564.198,17 2.508.767,49 10.658,20 380.131,51 53.605.821,08 95.699.601,47 259.884,72 5.082.592,73 16.921,71 1.887.353,12 212.046,93 163.542,90 1.325.866,76 ACTIVO LÍQUIDO 1.458.022,13 2.510.955,79 14.135,80 61.645,17 56.570.215,50 87.256.398,82 478.684,72 4.817.475,93 41.465,85 1.886.094,12 65.062,76 99.364,60 1.291.954,09 Total do Activo 166.167.402,47 3.450.015,68 162.717.386,79 156.551.475,28 passivo e capital Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos p/ negociação Outros passivos financ. ao justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas p/ títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Passivos não corrente detidos para venda Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Instrumentos representativos de capital Outros passivos subordinados Outros passivos Total do passivo Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício Dividendos antecipados Total do capital Total do Passivo e do Capital 22 23 24 25 26 27 28 14 29 30 20 20 31 32 33 35 35 36 36 36 36 2009 2008 10.658,20 14.135,80 1.419,22 145.629.827,45 0,07 139.889.885,88 728.894,43 718.477,44 1.190.963,49 1.197.689,10 147.561.762,79 141.820.188,29 8.118.260,00 7.812.660,00 6.266.188,60 771.175,40 5.309.238,25 1.609.388,74 15.155.624,00 162.717.386,79 14.731.286,99 156.551.475,28 Relatório e Contas do Exercício de 2009 14

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA O EXERCÍCIO DE 2009 Juros e rendimentos similares Unidade: Euros PROVISÕES NOTAS 2009 2008 37 5.910.261,10 8.182.599,13 Juros e encargos similares 38-2.022.189,48-3.467.144,67 Margem financeira 3.888.071,62 4.715.454,46 Rendimentos de instrumentos de capital 39 0,80 Rendimentos de serviços e comissões 40 1.085.357,28 930.634,34 Encargos com serviços e comissões 41-232.989,57-234.106,84 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 (25.000,00) Resultados de reavaliação cambial 44 1.474,49 1.282,60 Resultados de alienação de outros activos 45 2.618,11 3.527,22 Outros resultados de exploração 46 51.136,22 226.084,83 Produto bancário 4.795.668,95 5.617.876,61 Custos com pessoal 47-1.934.059,75-1.804.261,76 Gastos gerais administrativos 48-1.423.877,91-1.341.894,05 Amortizações do exercício 17 e 18-251.854,96-238.125,66 Provisões líquidas de reposições e anulações 30-10.416,99-81.750,95 Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber -216.821,81-237.593,88 de outros devedores (líquidas e reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 Imparidade de outros activos líquida e reversões e recuperações 30-800,00-112.940,00 Resultado antes de impostos 957.837,53 1.801.310,31 Impostos Correntes 20-250.840,43-242.367,17 Impostos Diferidos 20 64.178,30 50.445,60 Resultado após impostos 771.175,40 1.609.388,74 do qual: result. liq. após impostos de operações descontinuadas (203,98) 8.629,00 15 Relatório e Contas do Exercício de 2009

MAPA COMPARATIVO 2009 / 2008 VALORES ABSOLUTOS EM EUROS VALOR DE BALANÇO 31.12.2008 31.12.2009 Activo Depósitos Totais Depósito à Ordem Depósito a Prazo e Poupança Aplic. em Instit. de Crédito Crédito Total Crédito não Vencido Crédito vencido Provisões para C. V. Imobilizado líquido Provisões utilizadas Situação líquida Fundos próprios Crédito Venc. não provis. Valores de exploração Juros e prov. equiparad. Juros e custos equiparad. Margem financeira Custos com pessoal Gastos Gerais Administrativos Provisões liquid. constit. Resultado do exercício Rácios / Indicadores Rácio de solvabilidade Rácio de imobilizado Cust. pessoal / marg. financ. Gastos Gerais Admin. s/ margem financ. 156.551.475.00 139.020.534.70 42.952.425.30 96.068.109.40 56.570.215.50 87.612.377.00 85.737.030.00 1.875.347.00 946.708.00 4.817.476.00 316.509.00 14.731.287.00 13.602.606.00 928.639.00 8.182.599.00 3.467.145.00 4.715.454.00 1.804.262.00 1.341.894.00-81.751.00 1.609.389.00 18.21% 32.70% 38.26% 28.46% 162.717.386.80 145.269.159.16 43.478.597.51 101.790.561.65 53.605.821.08 96.526.799.60 93.941.421.70 2.585.377.90 1.164.195.00 6.986.868.00 0.00 15.155.624.00 14.332.858.00 1.351.127.00 5.910.261.00 2.022.189.50 3.888.071.50 1.934.059.80 1.423.877.90 217.487.00 771.175.40 18.57% 46.00% 49.74% 36.62% ORÇAMENTO 2009 160.643.831.00 141.500.000.00 42.500.000.00 99.000.000.00 35.500.000.00 111.417.700.00 108.417.700.00 3.000.000.00 1.350.000.00 6.975.950,00 0.00 16.041.935.00 14.500.000.00 1.650.000.00 8.581.142.00 3.478.406.00 5.101.736.00 1.818.001.00 1.171.011.00 750.000.00 1.541.935.00 18.50% 46.00% 35.63% 22.95% VALOR DE BALANÇO Activo Depósitos Totais Depósito à Ordem Depósito Poup. e a Prazo Aplic. em Instit. de Crédito Crédito Total Crédito não Vencido Crédito vencido Provisões para C. V. Imobilizado líquido Provisões utilizadas Situação líquida Fundos próprios Crédito Venc. não provis. Valores de exploração Juros e prov. equiparad. Juros e custos equiparad. Margem financeira Custos com pessoal Fornec. e serv. terceir. Provisões liquid. contit. Resultado do exercício Rácios / Indicadores Rácio de solvabilidade Rácio de imobilizado Cust. pessoal / marg. financ. Form. serv. terceir. / marg. finan. VARIAÇÃO RELATIVA DEZ.2009 / DEZ. 2008 3.94% 4.49% 1.23% 5.96% -5.24% 10.17% 9.57% 37.86% 22.97% 45.03% 2.88% 5.37% 45.50% -27.77% -41.68% -17.55% 7.19% 6.11% -366.04% -52.08% 1.98% 40.67% 30.01% 28.68% DESVIOS REAL / ORÇAM. 1.29% 2.66% 2.30% 2.82% 51.00% -13.36% -13.35% -13.82% -13.76% 0.16% -5.52% -1.15-18.11% -31.13% -41.88% -23.79% 6.38% 21.59% -71.00% -49.09% 0.38% 0.00% 39.59% 59.55% Relatório e Contas do Exercício de 2009 16

CONTROLO ORÇAMENTAL RELATIVO AO ANO DE 2009 CON- RÚBRICA TAS 79 66 83-69 70 71 77 65 74-86 68 Juros e proveitos equiparados Juros e custos equiparados Margem financeira Rendimento de instrumento de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Result. de activos finançeiros disp. p/venda Resultados de reavalção cambial Result. de alienação de outros activos Outros Resultados de exploração Outros resultados correntes Produto bancário Custos com o pessoal Outros gastos gerais administrativos Gastos gerais administrativos Cash flow de exploração Amortizações do exercício Provisões liquidas de anulações Correcç. valor assoc. crédito clientes liq. Imp. outros activos finanç. liq. Imp. outros activos liquid. de revers. Resultados antes de impostos Impostos sobre lucros do exercício Impostos diferidos Resultado do exercício Cash flow (1) (2) (3=1-2) (4) (5=3+4) (6) (7) (8=6+7) (9=5-8) (13) (14) (15) (16) (17=12+13-14-15-16) (18) (19) (20=17-18-19) (21=20-13-14-15-16) REAL VALORES ANUAIS VALORES DE DEZEMBRO DESVIOS PROJECCT. DEZ. 2008 ORÇAMENTO ORÇAMENTO REAL Relativo Absoluto ANO 8.182.599-3.467.145 4.715.454 930.634-234.107-25.000 1.283 3.527 226.085 902.422 5.617.876-1.804.261-1.341.894-3.146.155 2.471.721-238.125-81.751-237.594 0-112.940 1.801.311-242.367 50.445 1.609.389 2.166.859 8.581.142-3.479.406 5.101.736 16.980 913.008-178.561 1.500 0 204.069 956.996 6.058.732-1.818.001-1.171.011-2.989.012 3.069.720-257.233-110.068-400.000-200.000-150.000 1.952.419-390.484-20.000 1.541.935 2.509.236 5.910.261-2.022.189 3.888.072 1.085.357-232.990 0 1.474 2.618 51.136 907.596 4.795.668-1.934.060-1.423.878-3.357.938 1.437.731-251.855-10.417-216.822 0-800 957.837-250.840 64.178 771.175 1.250.269 8.581.142-3.479.406 5.101.736 913.008-178.561 0 1.500 0 204.069 904.016 6.041.752-1.818.001-1.171.011-2.989.012 3.052.740-257.233-110.068-400.000-200.000-150.000 1.935.439-390.484-20.000 1.524.955 2.492.256 5.910.261-2.022.189 3.888.072 1.085.357-232.990 1.474 2.618 51.136 907.596 4.795.668-1.934.060-1.423.878-3.357.938 1.437.731-251.855-10.417-216.822-800 957.837-250.840 64.178 771.175 1.250.269-31.13% -41.88% -23.79% 18.88% 30.48% -1.70% -74.94% -3.45% -20.62% 6.38% 21,59% 12.34% -52.90% -2.09% -90.54% -45.79% -100.00% -50.51% -35.76% -420.89% -49.43% -49.83% -2.670.881 1.457.217-1.213.664 172.349-54.429 0-26 2.618-152.933-32.420-1.246.084-116.059-252.867-368.926-1.615.009 5.378 99.651 183.178 200.000-112.940-977.602 139.644 84.178-753.780-1.241.987 17 Relatório e Contas do Exercício de 2009

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 de DEZEMBRO de 2009 E 31 dezembro de 2008 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de juros e comissões Pagamentos de juros e comissões Pagamentos ao pessoal e fornecedores Contribuições para o fundo de pensões (Pagamento) / recebimento de impostos sobre o rendimento Resultados cambiais e outros resultados operacionais Recuperação de crédito incobráveis Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais Unidade: Euros PROVISÕES 2009 2008 6.995.618 (2.255.179) (3.357.938) (53.207) 64.286 1.393.580 8.182.599 (3.701.251) (3.095.003) (51.153) 65.063 236.189 1.636.444 (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Aplicações em instituições de crédito Activos financeiros detidos para negocição Activos financeiros disponíveis para venda Créditos a clientes Derivados de cobertura Activos não corrente detidos para venda Outros activos Aumentos (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Derivados de cobertura Passivos não correntes detidos para venda Outros passivos Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento Impostos pagos Caixa líquida das actividades operacionais FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Dividendos recebidos Aquisição de activos disponíveis para venda Alienação de activos disponíveis para venda Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda Aquisições de activos tangíveis e intangíveis Vendas de activos tangíveis e intangíveis Caixa líquida das actividades de investimento FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Aumento de capital Dividendos pagos Emissão de dívida titulada e subordinada Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros Remuneração paga relativa a passivos subordinados (...) Caixa líquida das actividades de financiamento Aumento (diminução) líquida de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.659.543 3.478 (318.486) (8.914.423) 218.710 (6.351.178) 6.248.625 6.248.625 1.291.027 (390.377) (390.377) 278.400 305.600 1.987.004 (619.390) 1.367.614 3.398.084 (181.108) (11.110.294) (69.000) (7.962.318) (336) 6.026.806 (83.384) 5.943.086 (387.788) 1.135.627 1.135.627 394.905 394.905-1.123.510 504.120 (619.390) Relatório e Contas do Exercício de 2009 18

EVOLUÇÃO DA CCAM DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL Activo 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 117.662.179 122.507.387 127.303.826 135.945.151 141.037.522 147.037.462 156.551.475 162.717.387 Depósito à Ordem 32.691.540 34.632.098 34.868.757 39.124.881 37.933.075 40.467.489 42.952.425 43.478.598 Depósito a Prazo 71.144.168 73.400.047 77.861.210 81.773.295 87.768.781 92.585.382 96.068.109 101.790.562 Depósitos Totais 103.835.708 108.032.145 112.729.967 120.898.176 125.701.856 133.052.871 139.020.535 145.169.160 Crédito Concedido 65.859.330 78.817.101 78.535.228 77.807.649 74.638.234 77.092.813 87.612.377 96.526.800 Crédito Vencido 3.732.490 2.875.723 4.166.524 3.960.886 1.495.877 1.330.138 1.875.347 2.585.378 Provisões 2.542.151 2.068.573 2.696.370 2.977.838 1.011.528 614.302 946.708 1.164.195 Imobilizado Líquido 4.182.773 4.103.030 4.244.480 5.269.769 5.534.631 4.355.849 4.817.476 6.986.868 Fundos Próprios 7.076.307 7.781.687 9.279.936 10.749.102 11.356.709 12.235.180 13.133.103 14.332.858 Situação líquida 6.592.062 8.462.934 9.885.777 10.929.413 12.278.735 13.136.954 14.731.287 15.155.624 Produto Bancário 4.471.164 5.131.255 4.702.968 4.472.754 4.526.674 4.964.467 5.617.877 4.795.669 Custos Operacionais 2.625.565 2.612.809 2.479.769 2.630.222 2.948.834 3.091.658 3.384.280 3.609.793 Resultado do Exercício 1.258.857 1.774.544 1.285.367 1.015.055 1.357.849 1.119.558 1.609.389 771.175 Rácio de Solvabilidade 10,22% 10,27% 12,36% 14,23% 14,84% 15,31% 18,21% 18,57% Rácio cré/depósitos 63,43% 72,96% 69,60% 64,36% 59,38% 57,94% 63,02% 66.5% Rácio de Eficiência 58,72% 50,92% 52,73% 58,81% 65,14% 62,28% 60,24% 75% 19 Relatório e Contas do Exercício de 2009

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM da Região do Fundão e Sabugal CRL) é uma instituição de crédito constituída em 14 de Julho de 1932 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2009, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua dos Três Lagares, em Fundão e através de uma rede de 10 balcões situados nos concelhos de Fundão, Covilhã, Belmonte, Sabugal, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCI- PAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções n.º 23/2004 e n.º 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: I) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; II) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; III) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; IV) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de reavaliação. V) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. Relatório e Contas do Exercício de 2009 22