EDUCAÇÃO PARA USO RACIONAL DA ÁGUA EM HORTAS COMUNITÁRIAS DE PENÁPOLIS

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Transcrição:

EDUCAÇÃO PARA USO RACIONAL DA ÁGUA EM HORTAS COMUNITÁRIAS DE PENÁPOLIS Silvia Mayumi Shinkai de Oliveira (1) Graduada em Administração Pública pela UNESP Araraquara (SP) e pós graduada (latu sensu) em Qualidade Total e Reengenharia (Faculdades Toledo Araçatuba), Diretora presidente do DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e servidora do quadro desde 1996. Fernanda Marin Campachi Bosso Pedagoga do DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e servidora do quadro desde 2012. Endereço (1) : Avenida Adelino Peters, 217 Jardim: São Vicente - Penápolis-SP - CEP: 16.300-000 - Brasil - Tel: +55 (18) 3654-6100 - e-mail: presidencia@daep.com.br/cea@daep.com.br. RESUMO O projeto Hortas Comunitárias é desenvolvido em terrenos doados pela prefeitura que beneficia famílias com canteiros para serem plantadas hortaliças. É indispensável o planejamento e o uso de técnicas adequadas nas atividades de hortas comunitárias mesmo sem fins lucrativos, bem como preservar a saúde humana e o meio ambiente, visando que a utilização da água seja feita de forma racional. Por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e Meio Ambiente e o Serviço de Vigilância Epidemiológica foi desenvolvido o projeto em 50 hortas através de preenchimento de questionários, rodas de conversa e momentos para ouvir sugestões e alternativas. Os munícipes circuvizinhos também participaram, especialmente no diagnóstico, apontado se na horta em questão havia algum tipo de desperdício de água. O resultado é muito positivo pois consegue-se a conscientização sobre a importância do uso racional da água, o desenvolvimento de outros mecanismos voltados à redução do consumo de água, inibe-se a uso para outros fins particulares que não seja a própria horta, os tanques de armazenamento da água, são melhores cuidados, evitando-se o problema com a dengue, incentiva-se o uso de resíduos orgânicos domésticos para produção de adubo, entre outras vantagens resultantes do projeto. ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 1

Palavras-chave: Água, Horta Comunitária, Sustentabilidade, Uso Racional, Centro de Educação Ambiental INTRODUÇÃO/OBJETIVOS O projeto Hortas Comunitárias é desenvolvido em terrenos doados pela prefeitura que beneficia famílias com canteiros para serem plantadas hortaliças. Todas as sementes, adubos e os valores gastos com a água são de responsabilidade da prefeitura. No ano de 2014 havia aproximadamente 50 hortas comunitárias cadastradas no município de Penápolis. Estas tem como foco a melhoria das condições alimentares do público atendido, proporcionando também lazer e fortalecimento dos vínculos entre os cidadãos, podendo ser praticada por pessoas de qualquer classe social. É indispensável o planejamento e o uso de técnicas adequadas nas atividades de hortas comunitárias mesmo sem fins lucrativos, bem como preservar a saúde humana e o meio ambiente, visando que a utilização da água seja feita de forma racional. Em 2013 foi observado que não havia um controle do volume de água utilizado pelas hortas comunitárias, diante disso surgiu a proposta do projeto aqui apresentado. No inicio de 2014 foi iniciado o projeto de conscientização dos usuários de hortas comunitárias. Objetivos específicos - Conscientizar sobre a importância do uso racional da água; - Incentivar o desenvolvimento de outros mecanismos voltados à redução do consumo de água, - Destacar que a água deve ser utilizada somente para uso da horta e não para outros fins particulares, - Abordar os cuidados com os tanques de armazenamento da água, enfocando a questão da dengue, - Incentivar a agricultura natural, a utilização do composto orgânico, através do consumo de verduras e legumes frescos e sem agrotóxicos, - Utilizar os resíduos orgânicos domésticos, os quais podem ser utilizados na produção de composto para canteiros das hortas, - Sugerir a utilização de garrafas pet na estruturação dos espaços de produção ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 2

METODOLOGIA - Foi firmada parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e meio ambiente e Serviço de Vigilância Epidemiológica para realização do trabalho nas hortas; - Foram entregues convites aos coordenadores de cada horta; - A Equipe do Centro de Educação Ambiental - CEA e da Vigilância Sanitária estiveram presentes nas 50 hortas agendadas para uma conversa com as pessoas que possuem canteiros nas hortas comunitárias, abordando a temática do uso racional da água; - Houve a aplicação de um questionário, durante o bate-papo com o grupo para montar um diagnóstico de cada horta para ser encaminhado ao setor responsável, - Através da conversa e também da observação junto aos munícipes foi apontado se na horta em questão havia algum tipo de desperdício de água, - Foram promovidos momentos para ouvir sugestões e alternativas que possam colaborar para redução do consumo de água nas hortas, evitando assim o desperdício, - Foi distribuído folheto especifico com dicas para economizar água. Modelo do convite entregue. Figura 01: Modelo do convite ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 3

Figura 02: Reunião na horta do bairro PEVI Figura 03: Reunião da horta do bairro Planalto Figura 04: Reunião na horta do bairro Dell Rey Figura 05: Reunião da horta do bairro Pererinha Figura 06: Reunião da horta do bairro Tropical Questionário Para levantamento de dados: 1. Nome do Coordenador da horta? 2. Endereço da horta? 3. Horário de funcionamento da horta? 4. Quantas pessoas trabalham nessa horta? 5. Há quanto tempo existe horta no bairro? 6. O que é cultivado? 7. Método de rega dos canteiros? 8. Quantas vezes ao dia são regados os canteiros? ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 4

9. Quanto é gasto de água por mês (volume e valor)? 10. Usa água para lavar as verduras após colheita? 11. Onde lava? (Tanque, mangueira, direto na torneira) 12. Qual o destino dessa água? 13. Observações: Modelo do folheto entregue aos donos dos canteiros. Figura 07: Panfleto distribuído nas reuniões RESULTADOS Foram realizadas visitas em 50 hortas Comunitárias do Município. Todas as visitas contaram com a equipe do Centro de Educação Ambiental e do Serviço Municipal de Vigilância Epidemiológica e em alguns casos, onde já havia problemas, a equipe da Secretaria Municipal de agricultura Abastecimento e Meio Ambiente se fez presente fortalecendo cada vez mais o projeto. De todas as visitas foram realizados relatórios que foram encaminhados pela Equipe do CEA à Diretoria do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis - DAEP e Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e Meio Ambiente para providências; Em ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 5

todos os casos a Vigilância Epidemiológica também fez suas anotações para encaminhamentos. Foi observado locais onde não havia mais um trabalho organizado de cultivo na horta, ocorrendo apenas desperdício, sendo feito o pedido de desligamento do hidrômetro. Foi verificado que em algumas hortas as famílias faziam uso indevido da água para fins particulares como utilizar em suas residências, encher piscinas, lavar carros, sendo assim, foi solicitado o desligamento dessas hortas. Para não prejudicar as famílias que realmente desenvolviam as atividades na horta corretamente, foi feito o remanejamento destas para a horta mais próxima. Participação da equipe do projeto na inauguração de duas hortas comunitárias, realizando a sensibilização dos novos donos de canteiros e comunidade em geral quanto à importância do uso racional da água. Uma meta de consumo será estabelecida e avaliada pelo Centro de Educação Ambiental juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e meio ambiente, para que possa haver um padrão nas ações das hortas. A meta será estabelecida de forma a não prejudicar os donos de canteiros, mas sim para orientar essa comunidade sobre o consumo consciente desse bem precioso que é a água. DISCUSSÃO O projeto de educação ambiental visando o uso racional de água é muito positivo pois, além do baixo custo para seu desenvolvimento, as vantagens agregadas são muito relevantes. Ao iniciar os trabalhos, por meio especialmente das conversas, é possível diagnosticar as dificuldades e os erros que precisam ser superados e corrigidos e também os pontos positivos que devem ser fortalecidos. Na busca de soluções, há o incentivo ao desenvolvimento de ideias propostas pelos próprios agricultores e a valorização do trabalho ali desenvolvido. Toda a comunidade ganha com a conscientização e os cuidados necessários tomados com o meio ambiente e a utilização correta de cada coisa, inclusive a água, evitando seu uso desnecessário e também as doenças causadas pela falta de limpeza, organização e descarte corretos. A agricultura orgânica, sem o uso de inseticidas e agrotóxicos e o relacionamento interfamiliar são fortalecidos, criando uma comunidade com maior qualidade de vida. ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 6

CONCLUSÃO A ação foi muito importante para que os donos de canteiros das hortas comunitarias, a comunidade em geral e a própria Secretaria de Meio Ambiente percebessem a preocupação do DAEP, por meio do seu Centro de Educação Ambiental, referente ao uso consciente da água. Inclusive que estejam atentos e acompanhem o consumo para que o Projeto das Hortas Comunitárias possa crescer cada vez mais. A parceria com o Serviço de Vigilância Epidemiológica foi de grande importância para destacar a questão da Dengue e Leishmaniose relacionadas com o manejo da horta, quanto aos cuidados com o lixo e com a água. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei federal nº. 9.795, de 27 de Abril de 1999 Institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1999. Disponível em: http//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 05/12/13 BUARQUE, S. Construindo o desenvolvimento local sustentável: metodologia de planejamento. Rio de Janeiro: Garamond, 2002. MERICO. L. F. K. Políticas públicas para a sustentabilidade. In: Viana, Gilney (et al). O desafio da sustentabilidade: um debate socioambiental no Brasil. São Paulo: Perseu Abramo, 2001. p.251-262. PINHEIRO, Sebastião. Retornando ao futuro. In: PINHEIRO, Sebastião et al. Agropecuária sem veneno. Porto alegre: L&PM, 1985. p. 9-44. SÃO PAULO (Estado). Lei Estadual nº 12.780, de 30 de novembro de 2007 Institui a Política Estadual de Educação Ambiental. São Paulo 2007 disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/leis/lei-n%c2%b0-12-780/. Acesso em:05/12/13 SILVA, E. R. A. da. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF: uma avaliação das ações realizadas no período 1995/1998. Brasília: 1999, 48 p. (texto para discussão, n. 664). ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 7