OBJETIVOS: Promover o debate sobre o Serviço Social na Educação; Subsidiar as discussões para o Seminário Nacional de Serviço Social na Educação, a ser realizado em junho de 2012 em Maceió-Alagoas; Contribuir para a qualificação e o fortalecimento do exercício profissional no campo da educação. PÚBLICO-ALVO Assistentes sociais que trabalham na área da educação e estudantes do curso de Serviço Social. RELATO: A exposição teve início com Ângela Lopes, que fez uma análise conjuntural, abordando o atual cenário de crise do capital e os rebatimentos para as políticas públicas, em particular para a política de educação. Enfatizou a educação como uma dimensão da vida social e o status de direito adquirido a partir de lutas sociais, destacando a sua capacidade emancipadora. Contextualizou a política educacional brasileira, apontando a escola como um dos equipamentos sociais no qual se concretizam problemas sociais, sendo o assistente social desafiado a construir uma intervenção qualificada. Ângela Lopes retratou ainda a realidade maranhense, com seus elevados índices de exclusão social, que se expressam na educação através de um grande contingente de crianças e adolescentes fora da escola, ou em condições adversas que dificultam o seu acesso e
permanência, destacando a situação excludente de negros e indígenas no sistema educacional de nosso Estado. Em seguida foi realizada a exposição de Ana Maria Machado, que apresentou o trabalho realizado junto à Secretaria de Estado de Educação do Maranhão, relatando a experiência do Serviço Social no âmbito da Educação Especial. Apontou os limites e as possibilidades para a implementação das ações propostas pela equipe que compõe o Centro de Ensino de Educação Especial Pe. João Mohana, das quais se destacam dentre outras: Orientação quanto ao acesso aos direitos, serviços, programas; Fomentar discussões na perspectiva de promover articulações entre a políticas sociais que colaborem para inclusão; Fortalecimento da participação da população atendida na vida escolar/ organização política; Encaminhamentos aos serviços sociais e assistenciais contribuindo para a efetivação do seu direito à educação; Pouca valorização dos profissionais da área; Precarização dos recursos da Educação; Falta de uma Política estadual de educação Especial na perspectiva da Educ. Inclusiva. com o Projeto Ético-Político Profissional - Subgrupo 1 Questão: Qual a concepção de educação que orienta o trabalho do/a assistente social? Educação que compreenda o usuário (aluno) como um todo, que tenha uma visão totalizadora do sujeito, que contemple as dimensões: social, cultural, cidadã, ética e a formação para o trabalho. Uma educação que valorize a pluralidade de ideias, a dimensão espiritual, enfim, a diversidade e que abra espaço para o respeito ao espaço alheio, ao diferente. Uma educação que oportunize o exercício da cidadania, da coletividade. Como princípio, essa educação tem: Democracia; Igualdade; Amplitude; Cidadania; Equidade.
com o Projeto Ético-Político Profissional Subgrupo 2 Questão: Qual a concepção de Serviço Social que orienta o seu trabalho na política de educação? Uma profissão que busca a emancipação do ser humano enquanto sujeito de direitos, sob uma ótica macro, de acordo com o Projeto Ético-Político Profissional, para responder às questões sociais, buscando a equidade. Articulação com outras políticas; Orientação sócio-familiar; Democratização das informações; Produção de conhecimento na área. com o Projeto Ético-Político Profissional - Subgrupo 3 Questão: Quais as possibilidades e entraves para a materialização do Projeto Ético-Político Profissional nas experiências de Serviço Social na política de educação? Entraves Número reduzido de profissionais Dificuldades de trabalhar a diversidade e as propostas de inclusão; Não há propostas de capacitação pelas instituições empregadoras; Pouca produção bibliográfica na área do Serviço Social na educação. Possibilidades: Infraestrutura material disponível Legislação para públicos específicos (ações afirmativas). a intervenção profissional contemplando:- Subgrupo 4 Questão: A garantia de acesso da população à educação formal e não formal. Acompanhamento nas ações de seleção para ingresso de alunos; Isenção de taxa de inscrição nos processos seletivos; Facilitar o acesso à população vulnerável; Identificação do público-alvo na Politica de Assistência Estudantil; Orientação aos familiares quanto à busca dos direitos negados; Sensibilização dos gestores em virtude do acesso;
Acesso sem seletivo para os cursos técnicos integrado ao médio, utilização apenas entrevista e questionário sócio econômico; Atuação por meio do Núcleo de Assistência ao Educando para selecionar alunos Orientação às famílias quanto à obrigação de matrícula do aluno com deficiência na escola; Orientação à família para buscar na promotoria; Formação de grupos de discussão das famílias para garantia de acesso das crianças nas escolas. a intervenção profissional contemplando: - Subgrupo 5: A garantia da permanência da população nas instituições educacionais e naquelas vinculadas à educação não formal. Elaboração e implementação da Política de Assistência Estudantil; Concessão de bolsa permanência, auxílio transporte, auxílio alimentação, auxílio moradia, apoio às ações de saúde física, mental e bucal; Gestão dos recursos destinados à política de assistência estudantil; Visitas domiciliares às famílias de estudantes infrequentes ou evadidos; Palestras nas escolas para evitar evasão por conta do trabalho infantil e sustento familiar; Articulação com outras políticas públicas; Informação e apoio técnico aos professores; Garantia da execução de ações diferenciadas, porém não desiguais; Suporte técnico aos profissionais, famílias: formação e sensibilização do professores e de toda a comunidade escolar; Reuniões com gestores e supervisores técnicos para atender às necessidades específicas do aluno; Subsidiar a prática dos demais profissionais. a intervenção profissional contemplando: - Subgrupo 6: A garantia da qualidade dos serviços prestados pelo sistema educacional. Este grupo iniciou a discussão levantando as principais problemáticas encontradas para a efetivação da garantia da qualidade dos serviços prestados pelo sistema educacional, dentre os entraves enumerados foram destacados:
Número reduzido de profissionais nas escolas; A ausência de articulação entre as políticas públicas de forma geral para que o primeiro contato realizado no atendimento possa conduzir ao acompanhamento, de fato; Quantitativo de demandas superior, se comparado ao número de profissionais inseridos nesses espaços. Diante dessas constatações o grupo fez algumas proposições, consideradas necessárias para a garantia da qualidade desses serviços, tais como: O conhecimento prévio da educação e das atribuições e competências profissionais concepção de educação e concepção de Serviço Social; A clareza do saber e do fazer profissional do assistente social no sistema educacional. Este saber, consequentemente, implica na recusa do desvio de função, ou seja, temos que ter clareza para não assumir papel que não nos compete; A qualidade dos serviços prestados passa pelo trabalho interdisciplinar; Mapeamento dos alunos que não possuem benefícios; Realização do trabalho de orientação e acompanhamento a família, contemplando-a como importante aliada para a garantia do acesso, permanência e qualidade dos serviços prestados; Realização de encaminhamentos e visitas domiciliares, de acordo com a situação dos alunos e famílias; Sistematização da prática profissional; a intervenção profissional contemplando: - Subgrupo 7 Caracterize a inserção do Serviço Social na Educação contemplando a garantia da gestão democrática e participativa da população no campo educacional. Para este grupo, a gestão democrática e participativa no âmbito educacional é fundamental, possibilitando: A participação da comunidade escolar nas instâncias de participação coletiva: conselhos escolares, grêmio estudantil, de modo a promover fóruns de discussão de forma democrática; Incentivo às famílias e comunidade para integrarem os colegiados; Projeto político-pedagógico precisa contemplar o trabalho com as famílias, estimulando a participação.