LETRAMENTO DIGITAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA MODALIDADE A DISTÂNCIA Resumo PEREIRA, Josiane de Nazaré Ferreira 1 - SEDUC/UEPA SILVEIRA, Andréa Pereira 2 - UFPA Grupo de Trabalho Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: não contou com financiamento O presente artigo traz para o debate a importância das novas tecnologias de informação e dos ambientes virtuais de aprendizagem na formação de professores para o desenvolvimento do Letramento Digital nos cursos oferecidos na modalidade de Educação a Distância (EAD). Esta discussão é pertinente, pois com o avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC s) e o crescimento do acesso às redes virtuais de informação, os professores se veem perante a demanda da EAD e do Letramento Digital, os quais se configuram como novos desafios de ensinar e aprender. Isto posto, a oferta e o acesso à EAD nas Universidades vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Nesse contexto, percebe-se o aumento do quantitativo de ingressos nos cursos de EAD, devido às transformações tecnológicas da era da informação. Esclarecemos que o Letramento Digital surge como um novo conceito de aprender e compreender os novos ambientes virtuais de aprendizagem, que agora utilizam de forma crescente os computadores, a internet, os textos digitais e diversas formas de interagir pelas redes. Tomamos como base teórica Belloni (2006), Carneiro (2011), Coscarelli; Ribeiro (2011), Xavier (2002), dentre outros. A presente pesquisa, em andamento, tem como objetivo geral analisar como as TIC s são utilizadas pelos professores para promover o desenvolvimento do Letramento Digital na modalidade a Distância. O estudo em questão compreende uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa. Definimos como lócus de investigação a Universidade do Estado do Pará (UEPA) e como sujeitos os docentes e os discentes do curso de Pedagogia, na modalidade de EAD, ofertado nesta instituição. Elencamos como procedimentos metodológicos para a produção de dados a observação e a entrevista semiestruturada. Pretende-se com a presente pesquisa contribuir para a reflexão sobre as metodologias utilizadas na EAD que favoreçam o desenvolvimento do Letramento Digital. 1 Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Especializanda em Educação a Distância pela Universidade Estadual do Pará (UEPA). Coordenadora Pedagógica da Escola Estadual Ministro Alcides Carneiro. Efetiva no cargo de Especialista em Educação na Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC/PA). E-mail: josieducar@yahoo.com.br. 2 Mestre em Educação pela UEPA. Professora Assistente do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). E-mail: andreasilveira@ufpa.br.
4239 Palavras-chave: Formação de Professores. Letramento Digital. Educação a Distância. Introdução A palavra letramento surgiu pela necessidade de ampliar o conceito de alfabetização, a qual significa codificar e decodificar o código linguístico. Já o letramento corresponde ao uso social das práticas de leitura (interpretar um texto, fazer a leitura de imagens). Assim, afirma Tfouni (2010, p. 22) Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza o aspecto sócio históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. Com o avanço das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC), surge o conceito de Letramento Digital como uma nova forma de conceber as práticas de leitura e escrita a partir do uso de ferramentas tecnológicas como o computador, a internet, os chats, as salas virtuais. Em vista disso, o educando não apenas precisa dominar a leitura e a escrita, mas também saber utilizar essas novas tecnologias, entender e fazer uso dessa linguagem. Conforme Coscarelli; Ribeiro (2011, p. 17) precisamos dominar a tecnologia da informação, estou me referindo a computadores, softwares, Internet, correio eletrônico, serviços, etc., que vão muito além de aprender a digitar. Neste prisma, são inúmeras as vantagens de aprendizagem que estes ambientes virtuais oferecem, haja vista que compreende um mundo de possibilidades de interação e conectividade. Contudo, nem sempre é proporcionado aos alunos da Educação Básica a oportunidade de apropriar-se das novas tecnologias de aprendizagem, porque em muitos casos os professores não conhecem, não sabem utilizar ou não dispõe das mesmas. A utilização de tecnologias de informação e comunicação pelos docentes na Educação a Distância passa por novas aprendizagens e reconhecimento de sua importância e praticidade ao desenvolvimento dos cursos online. É possível verificar professores com resistências a mudanças metodológicas, haja vista que se utilizam metodologias do ensino presencial na Educação a Distância. Dessa forma, desenvolver o letramento digital é um desafio para a nossa realidade, pois vai além de aprender a digitar um texto simples, ou fazer uma pequena pesquisa na internet. Corroborando com isso, Silva et al (2005, p.33) afirma que: O letramento, contudo, é a competência em compreender, assimilar, reelaborar e chegar a um conhecimento que permita uma ação consciente, o que encontra correspondente no letramento digital: saber utilizar as TICs, saber acessar informações por meio delas, compreendê-las, utilizá-las e com isso mudar o estoque cognitivo e a consciência critica e agir de forma positiva na vida pessoal e coletiva.
4240 Diante do exposto, ter acesso às novas tecnologias de informação e comunicação é condição para o desenvolvimento do letramento digital, que significa saber fazer uso socialmente dessas práticas de leitura e escrita em termos digitais. Assim, objetivamos de modo geral analisar como as TIC s são utilizadas pelos professores para promover o desenvolvimento do Letramento Digital na modalidade a Distância. E de modo específico: (a) identificar que tecnologias da informação e comunicação são utilizadas por professores como ferramenta pedagógica para o desenvolvimento do Letramento Digital nos cursos na modalidade de EAD; (b) verificar se a internet é uma realidade acessível aos professores e discentes envolvidos no curso a distância; (c) identificar as especificidades pedagógicas da prática do Letramento Digital. Como procedimento metodológico esta pesquisa utilizar-se-á o enfoque qualitativo e trilhará pelo eixo compreensivo-descritivo, que tem um ambiente natural como fonte direta dos dados, constituindo na interpretação dos resultados expressos em narrativas, documentos pessoais, fragmentos de entrevistas, etc. Conforme afirma Chizzotti (2010, p. 83), na pesquisa qualitativa, todas as pessoas que participam da pesquisa são reconhecidos como sujeitos que elaboram conhecimentos e produzem práticas adequadas para intervir nos problemas que identificam. Desse modo, a pesquisa não se limitará somente a dados comprobatórios, e sim buscará analisar o sujeito como centro do processo, valorizando sua percepção, sua história de vida, o seu objeto de investigação e entenderá as verdadeiras ações do sujeito, verificando suas vivências, de como eles se relacionam com seu meio social e abstraem o conhecimento que há no mundo. Nessa via, a pesquisa em questão terá como foco essencial o desejo de conhecer a comunidade, seus traços característicos e seus problemas na formação dos professores para o desenvolvimento do letramento digital, aprofundando-se no que diz respeito a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, analisando a história de vida do mesmo e seus aspectos econômicos, sociais e familiares que interferem de modo significativo no processo de aprendizagem. Elencamos como lócus de investigação a Universidade do Estado do Pará (UEPA), especificamente o curso de licenciatura plena em Pedagogia na modalidade a distância. E os sujeitos deste estudo serão os docentes e discentes do referido.
4241 Os procedimentos para a produção de dados serão a observação e a entrevista. Esclarecemos que a coleta de dados se efetivará com a observação do trabalho dos professores, pois conforme Chizzotti (2010, p. 90): A observação direta ou participante é obtida por meio do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado. (...) A atitude participante pode estar caracterizada por uma partilha completa, duradoura e intensiva da vida e da atividade dos participantes, identificando-se com eles, (...) vivenciando todos os aspectos possíveis da sua vida, das ações e dos seus significados. A observação permitirá a coleta dados no ambiente natural e análise dos sujeitos da pesquisa em seus aspectos pessoais e particulares, atitudes e comportamentos diante da realidade, e possibilitará uma interação constante nas situações espontâneas e formais. Por meio da observação, teremos informações sobre o cotidiano da pesquisa, as reflexões de campo e as situações vividas. Além da observação, utilizaremos a entrevista semiestruturada, que permitirá a captação imediata e corrente da informação desejada, sejam os professores, sejam os alunos. Minayo (2010, p. 64) afirma que a entrevista semiestruturada é organizada mediante a combinação de perguntas fechadas e abertas. Somando-se a isso, como cuidado ético, adotaremos o uso de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), documento que o sujeito (participante) assina declarando ter esclarecimento sobre a pesquisa e estar de acordo em participar da produção de dados do estudo desenvolvido (TEIXEIRA, 2009). Problematizamos, por meio desta investigação, a importância das novas tecnologias de informação e dos ambientes virtuais de aprendizagem na formação de professores para o desenvolvimento do letramento digital. Este último provocando diferentes maneiras de conceber a leitura, a escrita e suas práticas sociais e como consequência disso, suscita uma demanda ao professor de busca permanente de formação, não sendo considerado mero transmissor de conhecimento, mas um dinamizador e orientador do processo educativo. No presente artigo, apresentamos um recorte desta pesquisa em andamento, trazendo para o debate os conceitos de Educação a Distância, Letramento Digital e Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, a fim de situar-nos neste campo de discussão. Educação a Distância A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que vem crescendo consideravelmente no Brasil. Conforme Carneiro (2011, p. 531) o aumento de Instituições
4242 credenciadas em 2000, apenas 7 IES ofereciam cursos à distância. Em 2007, já eram 82. É interessante ressaltar que a maioria dos ingressos a EAD são adultos que já estão inseridos no mercado de trabalho, ou seja, muitos alunos já possuem uma profissão e estão em busca de formação continuada. O artigo 80 da LDB (9394/96) regulamenta a Educação a Distância em todos os níveis e modalidades de ensino e educação continuada: Este artigo esta regulamentado pelo Decreto 5.622/05. Consoante este texto normativo, caracteriza-se a educação à distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologia de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos. (CARNEIRO, 2011, p. 527). Observa-se que o grande desafio da Educação a Distância esta em desenvolver metodologias diferenciadas das que predominam na educação presencial por meio de recursos tecnológicos. É um processo no qual o professor mediador a partir das comunicações virtuais vai orientar e construir conhecimentos juntos com seus alunos utilizando diversas tecnologias como os fóruns, chats, e-mails, vídeos, web conferências, que tenha como foco dinamizar o ensino-aprendizagem. O aluno da modalidade a distância precisa de um apoio diferenciado do aluno presencial. Como afirma Belloni (2006, p 54): Na EaD, a interação com o professor é indireta e tem de ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, o que torna esta modalidade de educação bem mais dependente da mediatização que a educação convencional, de onde decorre a grande importância dos meios tecnológicos. O suporte tecnológico tem sua grande importância no processo de mediação, seja no desenvolvimento de uma plataforma de ensino que se adeque as necessidades dos alunos, seja pela formação do professor mediador que deve apresentar conhecimentos e domínio dos recursos tecnológicos disponíveis. O acesso aos materiais do curso e conhecimento do conteúdo e tecnologias que serão utilizadas às vezes se torna um grande desafio tanto para mediador e o aluno, visto que saber utilizar e dominar as ferramentas virtuais requer habilidades e competências que muitas vezes não foram adquiridas no ensino presencial. Dessa forma Belloni (2006, p. 55), problematiza que superar estas dificuldades exige uma escolha cuidadosa dos meios técnicos, que considere não apenas as facilidades tecnológicas disponíveis, e as condições de acesso dos
4243 estudantes à tecnologia escolhida, mas, sobretudo a eficiência com relação aos objetivos pedagógicos A Educação a distancia requer metodologias diferenciadas do presencial, primeiro porque estão em espaços diferentes. Necessitando de tutores com conhecimentos específicos de tecnologias, mídias, e formação adequada para exercer o papel de tutor. Esta modalidade possui suas características e deve garantir a acessibilidade dos educandos definindo as metodologias mais adequadas a serem utilizadas. Letramento Digital As transformações que ocorrem em nossa sociedade requerem novos questionamentos, principalmente em torno das tecnologias de informação no atual sistema educacional. Diante disso, problematizamos como as interfaces entre a educação e as novas tecnologias vêm desenvolvendo as práticas de leitura e escrita? Xavier (2013, p. 2), aponta que O letramento digital implica realizar práticas de leitura e escrita diferentemente das formas tradicionais de letramento e alfabetização. Assim, o letramento digital surgiu como um novo conceito para conceber as práticas de leitura e escrita no âmbito das novas tecnologias de comunicação. Silva et al (2005, p.33) afirma que: O letramento, contudo, é a competência em compreender, assimilar, reelaborar e chegar a um conhecimento que permita uma ação consciente, o que encontra correspondente no letramento digital: saber utilizar as TICs, saber acessar informações por meio delas, compreendê-las, utilizá-las e com isso mudar o estoque cognitivo e a consciência critica e agir de forma positiva na vida pessoal e coletiva. Nessa perspectiva verifica-se que o letramento digital pode contribuir de forma significativa, na construção de conhecimentos por meio dessas novas ferramentas. Contudo a discussão sobre o referido tema ainda é pequena diante da necessidade, há ainda dificuldades de acessibilidade e inclusão digital que alcance maior número de educandos. Para Xavier (2013, p.2) ser letrado digital pressupõe assumir mudanças nos modos de ler e escrever os códigos e sinais verbais e não-verbais, como imagens e desenhos [...] até porque o suporte sobre o qual estão os textos digitais é a tela digital. Sendo assim, essas mudanças são significativas para o processo de letramento, a partir do momento que esse indivíduo passa a ter acesso às redes de comunicação e a escola disponibiliza espaços adequados e interativos. É relevante ressaltar as diferenças entre e letramento digital e o letramento na perspectiva de superar a alfabetização em termos conceituais, pois o primeiro refere-se às
4244 práticas de leitura e escrita que se configuram por meio de textos digitais, enquanto o segundo se refere às práticas sociais da escrita e leitura. Kleiman (1995, p. 19) define letramento como um conjunto de práticas que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos. Os novos discursos e práticas de letramentos e tecnologias estão sempre se remodelando e assumindo novos sentidos. Isto posto, o letramento digital surge diante da necessidade de nossos alunos desenvolverem habilidades e modos diferentes de apreender a leitura e escrita de textos via internet e utilizar os ambientes virtuais de aprendizagem no processo educativo. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC s) vem transformando o modo de vida das pessoas no atual contexto social. A dependência das tecnologias já se tornou tão essencial que já não conseguimos viver sem essas ferramentas no nosso dia-a-dia. E consequentemente no trabalho, na escola, na universidade e diversos ambientes sociais. O acesso à internet cresceu consideravelmente na nossa sociedade. A possiblidade de Comunicação em tempo real, independentes do local e a distância viabiliza uma maior interação entre as pessoas. Dessa forma por meio da internet os indivíduos podem obter informações de diferentes ambientes, promovendo intercâmbio com diversos povos no mundo globalizado. Coscarelli; Ribeiro (2011, p. 38) problematizam que: Os alunos podem ter acesso a muitos jornais, revistas, museus, galerias, parques, zoológicos, podem conhecer muitas cidades do mundo inteiro, podem entrar em contato com autores, visitar fabricas, ouvir musicas, ter acesso a livros, pesquisas, e mais um monte de outras coisas que não vou listar, por serem infinitas as possibilidades. Os ambientes virtuais possibilitam a interação com o mundo e um infinito banco de dados que pode contribuir para ampliar o contato com diversas culturas e formas de aprender. Porém, ainda temos um acesso restrito, pois não alcança a maioria dos nossos alunos, falta investimento em estruturas adequadas nas instituições de ensino e formação na área de tecnologias para os docentes. Esse se torna o maior desafio dos professores para lidar com essas ferramentas tecnológicas.
4245 Assim como os professores enfrentam o desafio de lidar com as NTIC, a exclusão digital ainda é um problema na nossa sociedade e dificulta o desenvolvimento do letramento digital por parte de alunos e professores. Outrosssim, os docentes não foram preparados, para lidar com a interatividade. A interatividade compreende a relação do indivíduo com as máquinas e suas diversas possibilidades de conexão com o mundo virtual e as tecnologias diversas. Neste prisma, Coscarelli; Ribeiro (2011, p. 89) traz para a discussão a relevância da interatividade no campo da superação da exclusão digital: em todas as mídias, o importante é o elemento interatividade; sem ele não há alfabetização, uma das causas da exclusão digital. Nesse contexto é relevante repensar o processo educacional em muitos aspectos que precisam de reformulações, pois este deve estar conectado as mudanças que ocorrem tão rapidamente para que acompanhe as novas gerações de aprendizes, haja vista que as informações e os conhecimentos estão em transformação constante. Apontamos que as novas tecnologias permitem uma maior interação com os discentes possibilitando a troca de experiências nos ambientes virtuais, como por exemplo, os chats, as redes sociais, dentre outros. Dessa forma, evita-se que o ensino seja uma mera transmissão de conhecimento por meio da valorização da interação. Acredita-se que a as NTIC s propiciam a autoaprendizagem do educando, e que esta pode ser desenvolvida por meio da EAD. Porém, destacamos que cabe maiores investimentos em tecnologias com mais qualidade, e que sejam acessíveis, viabilizando assim a disseminação e o acesso ao conhecimento. Considerações Finais As discussões a respeito da educação e ensino são temas presente no nosso dia-a-dia e o processo de letramento diante das novas tecnologias de informação esta inserido na Educação a Distância. Sabemos que a dificuldade de leitura e escrita na perspectiva do letramento começa muitas vezes nas nossas escolas que por não ter acesso aos ambientes de diferentes letramentos e ferramentas tecnológicas não oportuniza o educando a interagir com espaços de aprendizagem digitais. A Educação a Distância é uma modalidade cada vez mais presente nas Universidades e cursos diversos. O professor que almeja trabalhar com esta modalidade precisa ter conhecimentos sobre as TIC s e compreender seu processo.
4246 Neste sentido, problematizamos o fato de professores-tutores que atuam na EAD e ainda utilizarem metodologias do ensino presencial e, dessa forma, distanciarem o aluno do processo educativo proposto. Isto posto, para darmos sentido a construção do letramento digital, é preciso debatermos a questão do acesso a essa nova realidade, que abrange as novas tecnologias de informação, pois muitas vezes nossos alunos já vivenciam práticas de letramento digitais e, nesse contexto, os educadores precisam estar preparados e conhecer os diversos ambientes virtuais de aprendizagem. Reconhecemos que desenvolver o letramento digital é um desafio para a participação na sociedade em que vivemos. As NTIC são ferramentas para a compreensão e realização da comunicação do homem na sociedade contemporânea e a chave para a apropriação dos saberes construídos pela humanidade. Assim, por meio das novas tecnologias o homem pode se tornar um ser global, social, um cidadão inserido na civilização moderna, com o domínio dos símbolos da comunicação humana. REFERÊNCIAS BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 4ª ed. Campinas SP: Autores Associados, 2006. CARNEIRO, Moacir Alves. LDB fácil: Leitura Crítico-Compreensiva Artigo a Artigo. 18 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2010. COSCARELLI, Carla; RIBEIRO, Ana Elisa. Letramento Digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 3. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. KLEIMAN, Ângela B.(org). Os significados do letramento. Campinas. Mercado de Letras, 1995. MINAYO, Marília Cecília de Souza. Trabalho de campo: contexto de observação, interação e descoberta. DESLANDES, Suely Ferreira de; GOMES, Romeu; MINAYO, Marília Cecília de Souza (Org). In: Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. p.61-77. SILVA, H. et al. Inclusão digital e educação para competência informacional : uma questão de ética e cidadania. Ciência da Informação, Brasília, DF, v.34, n.1, p.28-36, jan./abr.2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n1/a04v34n1.pdf> (Acesso em 02 de Maio de 2013).
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