A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DO HÁBITO DE LER



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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DO HÁBITO DE LER Luana Pereira Silveira, estudante bolsista PIBID, UESB Ana Carolyne N. da Silva Santos 1, estudante bolsista PIBID,UESB Bruna de Oliveira de Freitas 2, estudante bolsista do PIBID, UESB RESUMO: Oportunizar uma criança o conhecimento sobre o fantástico mundo dos livros é um dos papeis primordiais da escola, esta pode ocorrer através dos clássicos infantis, contos, lendas, anedotas, quadrinhos, dentre vários outros, para isso, é fundamental que os professores sejam os elementos de ligação entre os alunos e os livros, ao mundo do faz-de-conta, pois estes estimulam a imaginação da criança, tornando-a mais criativa. Atitudes como gostar de ler e interessar-se pela leitura e pelos livros são construídas, para algumas pessoas, no espaço familiar e em outras esferas de convivência em que a criança circula. Mas, para outros, é, sobretudo na escola que este gosto pode ser incentivado, para isso é importante que a criança perceba a leitura como um ato prazeroso e necessário. Despertar o hábito pela leitura nos alunos que se encontram em processo de alfabetização. Palavras chaves: Ler. Leitura. Hábito.

INTRODUÇÃO Oportunizar uma criança o conhecimento sobre o fantástico mundo dos livros é um dos papeis primordiais da escola, esta pode ocorrer através dos clássicos infantis, contos, lendas, anedotas, quadrinhos, dentre vários outros, para isso, é fundamental que os professores sejam os elementos de ligação entre os alunos e os livros, ao mundo do faz-de-conta, pois estes estimulam a imaginação da criança, tornando-a mais criativa. Atitudes como gostar de ler e interessar-se pela leitura e pelos livros são construídas, para algumas pessoas, no espaço familiar e em outras esferas de convivência em que a criança circula. Mas, para outros, é, sobretudo na escola que este gosto pode ser incentivado, para isso é importante que a criança perceba a leitura como um ato prazeroso e necessário. Despertar o hábito pela leitura nos alunos que se encontram em processo de alfabetização, como alguns têm em se interessar pela leitura e como essa aprendizagem possibilitará a inserção maior do aluno na sociedade. Na fala de Castanheira (2009) que diz que as discussões em torno da alfabetização e do letramento não se configuram num modismo passageiro, e sim em importantes temáticas a serem debatidas e articuladas, de modo como o professor conduz o seu trabalho é crucial para que a criança construa o conhecimento sobre o objeto escrito e adquira certas habilidades que lhes permitirão o uso efetivo do ler e escrever em diferentes situações sociais. Utilizamos a leitura em vários locais e com diversas finalidades em nossas vidas: no trabalho, na escola, no lazer ou em casa. A formação do leitor geralmente inicia-se desde cedo, e ampliar-se no âmbito escolar. Entretanto, o ato de ler não pode ser delegado somente à escola, deve ser uma parceria entre escola e família. Quando a família participa da educação das crianças, elas podem sair-se muito melhor na escola e na vida, a família é capaz de despertar o interesse e a curiosidade delas e incentivar a sua aprendizagem. Por esse motivo, o seu compromisso é indispensável, os familiares devem ser os primeiros mediadores de leitura, pois são os primeiros elos da criança com o mundo, entretanto os pais têm que compreender a dimensão da influência que podem exercer sobre seus filhos, no sentido de motivá-las à leitura. Em decorrência disso, o professor é encarregado de aproximar o educando da leitura, o educador tem importante papel na formação de alunos leitores. Para tanto, se faz necessário adotar práticas que despertem o interesse, a imaginação e o gosto pela leitura. Conforme Martins (2006, p.32), a leitura pode ser conceituada como sendo um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas que se dá a conhecer através de várias linguagens, portanto, a leitura não se limita apenas à decifração e

decodificação de sinais gráficos, é muito mais do que isso: exige do indivíduo uma participação efetiva, levando-o à construção do conhecimento. Assim sendo, aprender a ler passa a ser não só um processo cognitivo, mas também uma atividade social e cultural essencial para criação de vínculos entre cultura e conhecimento. Cagliari (2004) lembra em sua obra que ler é uma atividade muito complicada e que a leitura é a realização da finalidade da escrita. O autor fala ainda que, apesar da complexidade, a leitura tem grande importância na vida do indivíduo, visto que a maioria dos problemas enfrentados pelos alunos desde criança até o nível superior está relacionado às dificuldades de leitura. Naspolini (2010) reforça dizendo que a leitura é condição básica do ser humano no sentido de compreensão do mundo. A leitura não se limita apenas à decodificação de símbolos, mas envolve uma série de táticas que permitem o sujeito compreender o que lê. Nesse segmento, os PCN s (2001, p.54) relatam: Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade. Portanto, observa-se que a capacidade para aprender está ligada ao contexto pessoal do sujeito. Desta maneira, Lajolo (2002) afirma que cada leitor, por exemplo, entrelaça o significado pessoal de suas leituras de mundo, com os vários significados que ele encontrou ao longo da história de um livro. De acordo com Martins (2006) a escola é detentora do dever de formar o desenvolvimento, do habito de ler e seu papel se amplia a depender dos condicionantes familiares e socioeconômicos, o que é confirmado na fala de Bagno (2007) que diz que a criança aprende desde cedo em seu meio familiar, por isso jamais a família deverá se descuidar da educação de seus filhos, transmitindo somente para escola a tarefa de educá-los, de ampliar seus desejos de conhecimentos e também os estímulos pela leitura. Cagliari (2004) diz que ninguém lê sem um motivo; a criança principalmente precisa de motivação para o exercício desses atos, nem todos veem sentido para a leitura, pois essa pretensão depende também do contexto socioeconômico e cultural no qual o aluno está inserido. É imprescindível que a família através de literaturas infantis lidas para seus filhos quando estes ainda estão caminhando para serem alfabetizado, pois o interesse pela leitura é algo que se vai adquirindo com o tempo, junto ao esforço paterno a

criança passa a descobrir as preciosidades que existem em um livro e o prazer que a leitura pode lhe proporcionar, é favorável que ele faça parte de seus brinquedos e de suas atividades rotineiras, pois a criança sempre deve ter um livro sempre a seu alcance (BANBERGER, 2008). Segundo Solé (1998), o processo que envolve o desenvolvimento da leitura envolve a linguagem em sua totalidade, como o falar, o ouvir, o sentir, o escutar, o escrever, pois a criança vivencia em seu cotidiano todas essas linguagens que elencarão seu aprendizado convencional da leitura. Solé (1998) diz também que à criança que participa de atividades conjuntas com a família e na escola (elaborar a lista de compras, ler bula de remédio, ler receita de bolo, contar história, ler comunicado da escola, cantar no chuveiro, ler outdoor, placas de ruas etc.), é propiciada a formação de leitor. Assim, as situações de desenvolvimento da leitura acontecem concomitantemente em casa, na escola e em todo o seu contexto social, mas vale ressaltar que é na escola que tem que acontecer a sistematização dos saberes que o aluno traz. Além de, priorizar o entendimento e a compreensão do que está sendo lido, é fundamental que o professor faça esta mediação, mostrando o texto como algo prazeroso e não como instrumento de avaliação e tarefa. Se o professor não for crítico, sensível, consciente e um bom leitor, não poderá passar o prazer do texto aos seus alunos. A leitura pode exercer diferentes funções na escola, como informar, educar, entreter, persuadir ou expressar uma opinião ou ideia, o leitor crítico é aquele que cria seu próprio texto com base no que foi lido, concordando ou discordando da ideia principal. Aprender a ler e se tornar um leitor crítico, que além de realizar leitura compreende o texto, exige empenho, tanto por parte do aluno quanto por parte de quem propõe o trabalho com a leitura, é preciso que ambos entendam que não se lê só para aprender a ler, mas sim para responder as suas necessidades pessoais, tornando-se sujeito capaz de interagir com o mundo e nele atuar como cidadão. Na formação do leitor crítico, é pertinente considerar que formar um leitor com esta característica é também desenvolver uma prática de leitura que desperte e cultive o desejo de ler, ou seja, uma prática pedagógica eficiente que dê suporte ao aluno para realizar o esforço intelectual de ler, não só textos simples, mas que proporcione a progressividade das leituras, visando capacitar o leitor para textos cada vez mais complexos. Partindo desse pressuposto, é de suma importância que a escola ofereça condições para que se realize a leitura no seu contexto, dispondo de biblioteca ou sala especializada para tal atividade, um ambiente propício para desenvolver a leitura na escola, e favorecer as atividades pedagógicas. Contudo, posso dizer que a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado, ler é essencial, os livros partilham sentimentos e pensamentos, colocam-

nos em outros tempos, outros lugares, outras culturas, ajudam-nos a sonhar, fazem-nos pensar, nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura. A atividade fundamental para a formação dos alunos é a leitura; ler é tão importante quanto escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para a leitura. Por exemplo: se um aluno não se sair muito bem em algumas atividades, mas for um bom leitor, certamente a escola cumpriu em grande parte sua tarefa. Mas, se outro aluno tiver notas excelentes em tudo, e não se tornar um bom leitor, sua formação será profundamente defeituosa e ele terá menos chances no futuro do que aquele que, apesar das reprovações, se tornou um bom leitor. A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola. Sabe-se que o ato de ler é o fator primordial par o desenvolvimento mental do ser humano, é através deste que se ampliam suas capacidades e testam-se os próprios valores e experiências com as dos outros. A leitura deve ser tratada como meio de libertação, deve ser feita não pelo simples ato de ler, mas sim como forma de expressar seu entendimento, de aperfeiçoar seu aprendizado e de demonstrar uma visão de mundo ampliada, e cabe ao professor e a família incentivar e ensinar o verdadeiro sentido da leitura. A necessidade de ler, de se informar, de estar atento aos grandes e pequenos temas, de abandonar a passividade e opinar sobre tudo que nos cerca. A leitura nos dá a segurança na construção da linguagem clara dizendo o que queremos dizer. A informação nos garante um nível satisfatório de argumentos (FERREIRO, 2004, p.27). Todo leitor tem a sua abordagem individual, mas o melhor método, sem dúvida, de extrair o máximo de um livro é lê-lo várias vezes. A leitura é importante em todos os níveis educacionais. Pois, deve ser iniciada no período de alfabetização e continuar-nos diferentes graus de ensino, ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento. Sendo uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento, está intimamente ligada ao sucesso do ser que aprende. Permite ao homem situar-se com os outros, possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências. É também um recurso para combater a massificação executada principalmente pela televisão. Para o educando, o livro é ainda um importante veículo para a criação, transmissão e transformação da cultura. Através do hábito da leitura, o homem pode tomar consciência das suas necessidades, promovendo a sua transformação e a do mundo. Sobre a importância da leitura Silva (1995, p.12) nos afirma que o ato de ler é, fundamentalmente, um ato de conhecimento. E conhecer significa perceber mais contundentemente as forças e as relações existentes no mundo da natureza e no mundo

dos homens. Explica os objetivos dos leitores com relação a um texto, podem ser variados e haverá tantos objetivos, como leitores, em diferentes situações e momentos. A família é o lugar privilegiado para a criança despertar o interesse pela leitura. Nos primeiros anos de vida da criança, o livro deve fazer parte do seu mundo, como mais um brinquedo ou como mais um jogo. Como afirma González Alvarez (2000), a família deve ser um modelo para as crianças, uma vez que é na família que se constroem os modelos básicos de conduta das pessoas. Assim, é importante que as crianças vejam e sintam a presença e o uso do livro (das revistas e dos jornais) em casa e percebam que esses materiais de leitura são mexidos e lidos. Por tanto, é de fato, a interiorização da ideia de que ler é uma atividade cotidiana e o crescimento da criança numa família que valoriza o livro, são aspetos que concorrem para que possa ter uma maior tendência e uma maior motivação para a leitura. METODOLOGIA Este estudo baseou-se em uma de pesquisa de caráter exploratório bibliográfico, no intuito de demonstrar e abordar, que quando iniciamos o hábito da leitura na escola, através de algumas ações motivadoras sobre a sua importância. Enfim, sabemos que do hábito da leitura dependem de outros elos no processo da educação; sem ler o aluno não sabe pesquisar, resumir, resgatar a ideia principal do texto, analisar, criticar, julgar, posicionar-se. Daí a certeza que com o apoio de todos os professores, independente da disciplina que lecionam, pois a equipe docente tem plena consciência de que o aluno deve ter o domínio sobre a língua oral, tendo em vista sua autonomia e participação social, e que a família deve colaborar ativamente e assiduamente com o educador nas atividades promovidas, para estimular o gosto pela leitura, cooperando num trabalho em conjunto. RESULTADOS Ler significa não só ver as letras do alfabeto e juntá-las em palavras, mas também estudar a escrita, decifrar e interpretar o sentido, reconhecer e perceber. A aprendizagem da leitura sempre se apresenta intencionalmente, enquanto processo da descoberta de um universo desconhecido e maravilhoso. A leitura é importante em todos os níveis educacionais, deve ser iniciada no período de alfabetização e continuar nos diferentes graus de ensino, ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento. Por tanto, a leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento,

está intimamente ligada ao sucesso do ser que aprende. Permite ao homem situar-se com os outros, possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências. Através do hábito da leitura, o homem pode tomar consciência das suas necessidades (auto educar -se), promovendo a sua transformação e a do mundo. O aumento de leitores significa acesso às informações mais objetivas, com isto passam a serem críticos da realidade, além de tentar transformar essa realidade a partir do que foi conhecido e construído durante as leituras. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao finalizar esse estudo que buscou resgatar alguns autores que diziam sobre a leitura, as ações educativas, não se pretende apresentar uma conclusão ou fechamento, mas trazer para a reflexão algumas questões suscitadas pelo conhecimento que o contanto com os livros possibilitou. O processo de alfabetização inclui muitos fatores, e, primordialmente, a alfabetização é a aprendizagem da escrita e leitura, nota-se que ler e escrever são atos linguísticos, no entanto, só recentemente tem havido a participação significativa de linguistas em projetos educacionais. Portanto, as não podemos separar os processos em que o aluno primeiro tem contato com o ensino das técnicas da leitura e da escrita a alfabetização -, e desenvolvendo as habilidades que envolvem o uso da leitura e da escrita, ele adquire o letramento. REFERÊNCIAS CAGLIARI, Carlos Luiz. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2004. CASTANHEIRA, Maria Lúcia; MACIEL, Francisca Isabel Pereira; MARTINS, Raquel Márcia Fontes. (Org.). Alfabetização e Letramento na sala de aula. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora: Ceale, 2009. FERREIRO, Emília. Relações de (in) dependência entre oralidade e escrita. Porto Alegre: Artmed, 2004 p.27. SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. 5. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995 p.12 GONZÁLEZ ALVAREZ, Cristóbal. 2000. Estrategias y procedimientos para fomentar la lectura en la familia y en la escuela. Lenguaje y textos. 15. Universidade da Coruña, 71-80.

SOUSA, Maria Elisa & GOMES, José António. 1994. Ler é preciso? A escola e a leitura. Centro de Formação dos Professores de Pombal, Secção Portuguesa do IBBY. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.