M422 - SISTEMAS E INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE NAVIOS

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1 ESCOLA SUPEROR NÁUCA NFANE D. HENRQUE DEPARAMENO DE ENGENHARA MARÍMA M4 - SSEMAS E NSALAÇÕES ELÉCRCAS DE NAVOS EM EM CORRENE ALERNADA Eleentos coligidos por: Prof. Luís Filipe Baptista E.N..D.H. 011/01

2 ÍNDCE ÍNDCE NRODUÇÃO (textos adaptados da ref.[1]) CORRENE CONÍNUA VERSUS CORRENE ALERNADA.... CARACERÍSCAS DA CORRENE ALERNADA Valor nstantâneo - u(t)..... Período e Frequência Valor Eficaz - U RESSÊNCA, REACÂNCA NDUVA, REACÂNCA CAPACVA E MPEDÂNCA Circuitos co Resistências Circuitos co ndutâncias (Bobinas) pedância ndutiva (Bobina + Resistência) Circuitos co Capacitâncias (Condensadores) pedância Capacitiva (Condensador + Resistência) CRCUO COM RESSÊNCA, CONDENSADOR E BOBNA...14 BBLOGRAFA...1 ANEXO. DEFNÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCRCAS... A.1. VALOR MÉDO DE UMA GRANDEZA ELÉCRCA... A.. VALOR QUADRÁCO MÉDO (RMS)... A.3. DEERMNAÇÃO DO VALOR MÉDO E EFCAZ PARA SNAS SNUSODAS...3 A.3.1. VALOR MÉDO VALOR EFCAZ...4 ENDH/DEM MEMM 1

3 1. NRODUÇÃO (textos adaptados da ref.[1]) 1.1. CORRENE CONÍNUA VERSUS CORRENE ALERNADA Desde o início da história da electricidade que se iniciou a questão da opção entre corrente contínua (CC) e corrente alternada (CA). A partir de 188, a CA foi adoptada para o transporte e distribuição de energia eléctrica e larga escala, pelas seguintes razões: A elevação e o abaixaento de tensão são ais siples. Para reduzir as perdas energéticas no transporte de energia eléctrica é necessário elevar o valor da tensão. Posteriorente, a distribuição dessa energia eléctrica aos consuidores, é necessário voltar a baixar essa tensão. Para isso, utiliza-se transforadores elevadores e abaixadores de tensão, de construção bastante siples e co u bo rendiento. O processo de reduzir e auentar a tensão e CC é bastante ais coplexo, ebora coece a aparecer, hoje e dia, sisteas de electrónica de potência capazes de executar essa tarefa (ebora co liitações de potência); Os alternadores (geradores de CA) são ais siples e tê elhor rendiento que os dínaos (geradores de CC); Os otores de CA, particularente os otores de indução são ais siples e tê elhor rendiento que os otores de CC; A CA pode transforar-se facilente e CC por interédio de sisteas rectificadores.. CARACERÍSCAS DA CORRENE ALERNADA.1. Valor nstantâneo - u(t) O valor instantâneo de ua grandeza alternada sinusoidal (u) pode representar-se ateaticaente e função do tepo (t): u(t) = U.sin (ωt) (1) e que ω representa a velocidade angular (velocidade de rotação do alternador que gera a energia eléctrica alternada sinusoidal) e representa-se e radianos por segundo (rad/s). A relação entre a velocidade angular ω (rad/s), a frequência f (Hz) e o período (s), é a seguinte: π ω = πf = () Se consideraros u vector U, de copriento U, rodando à velocidade ω, o valor instantâneo u será a projecção vertical desse vector: Figura 1. Valor instantâneo de u coo projecção de vector e rotação. ENDH/DEM MEMM

4 Co efeito, podeos confirar graficaente a relação ateática através da Figura 1: u = U.sin (ω t) (3).. Período e Frequência Dado que a CA se repete periodicaente (ciclicaente), ua das características fundaentais é o valor do intervalo de tepo entre repetições (ou ciclos), ou seja, o período (), cuja unidade é o segundo (s). Figura. Período de ua tensão alternada sinusoidal. É cou utilizar-se ua outra característica da CA, directaente relacionada co o período (a frequência f). Esta grandeza representa o núero de ciclos que ocorre nu segundo e a sua unidade é o Hertz (Hz). A relação entre a frequência e o período é então: 1 f = (4) Note-se que o período e a frequência são características couns a todos os sinais periódicos, isto é, não se utiliza apenas e corrente alternada sinusoidal, as tabé e sinais de outras foras (quadrada, triangular, digital, etc.) Aplitude Máxia - U A aplitude áxia, tabé designada por valor áxio ou valor de pico, é o valor instantâneo ais elevado atingido pela grandeza (tensão, corrente, f.e.., etc.). Para as grandezas tensão e corrente, este valor pode ser representado pelos síbolos U e. Pode considerar-se aplitudes áxias positivas e negativas: ENDH/DEM MEMM 3

5 Figura 3. Aplitude áxia de ua tensão alternada sinusoidal..4. Valor Eficaz - U O valor eficaz de ua grandeza alternada é o valor da grandeza contínua que, para ua dada resistência, produz, nu dado tepo, o eso Efeito de Joule (calorífico) que a grandeza alternada considerada. No caso de grandezas alternadas sinusoidais, o valor eficaz é vezes enor que o valor áxio, independenteente da frequência (Figura 4): U = 0.7 ; U = 0.7 U (5) Note-se que: A prova desta relação pode encontrar-se, por exeplo, e Bessonov, Electricidade Aplicada para Engenheiros; O valor eficaz não é o eso que o valor édio aritético; A relação de entre o valor áxio e o valor eficaz só se verifica para CA. Para outras foras de onda, a relação é diferente; O valor indicado pelos voltíetros e aperíetros, quando se efectua edidas e CA, é o valor eficaz; Quando é referido u dado valor de ua tensão ou corrente alternada, este será sepre u valor eficaz, a não ser que outro seja explicitaente encionado. Figura 4. Valor eficaz de ua tensão alternada sinusoidal. ENDH/DEM MEMM 4

6 Refira-se ainda que, e deterinadas situações, o que interessa considerar é o valor áxio da grandeza e não o valor eficaz. No diensionaento de isolaento eléctrico, por exeplo, deve considerar-se o valor áxio de tensão. O valor áxio adissível por u ultíetro, por exeplo, poderá ser de 1100 V para CC e de 780 V para CA (porque u valor eficaz de 780 V corresponde a u valor de pico de 1100 V, aproxiadaente). 3. RESSÊNCA, REACÂNCA NDUVA, REACÂNCA CAPACVA E MPEDÂNCA 3.1. Circuitos co Resistências Quando u circuito conté apenas resistências puraente óhicas, a corrente é, e qualquer instante e devido à Lei de Oh, proporcional à tensão. Se a tensão aplicada a ua resistência é alternada sinusoidal, a corrente terá tabé u forato sinusoidal, anulando-se nos esos instante da tensão e atingindo o áxio nos esos instantes da tensão (Figura 5). Figura 5. Fase entre a tensão e corrente sinusoidais nua resistência. Diz-se então que a tensão e a corrente nesse circuito estão e fase, isto é, estão sincronizadas ua co a outra. Se tiveros: u = U.sin (ω t) (6) a corrente, e qualquer instante de tepo, será: u U i = = sin( ω t) =.sin( ωt) (7) R R Se representaros estas duas grandezas vectorialente, tereos dois vectores colineares: Figura 6. Vectores tensão e corrente nua resistência. ENDH/DEM MEMM 5

7 3.. Circuitos co ndutâncias (Bobinas) al coo foi introduzido nas aulas teóricas sobre noções de electroagnetiso, nua bobina, quando a corrente varia, é auto-induzida ua f.e.. (pela Lei de Lenz, contrária à causa que lhe deu orige). Esta força (contra) electrootriz (f.c.e..), expressa-se pela seguinte fora: di e = L dt e que L é o coeficiente de auto-indução da bobina. Conclui-se então que, nua bobina, quando a corrente varia, a f.c.e.. tabé varia. Se consideraros que a corrente instantânea se expressa pela seguinte equação: i = sin( ωt) (9) a tensão aos terinais da bobina será: di d( sin( ωt)) u = e = L = L = ωl cos( ωt) = ωlsin( ωt + 90º ) dt dt Verificaos então que existe u desfasaento de 90º entre a corrente que percorre ua bobina e a tensão aos terinais dessa bobina: (8) (10) Figura 7. Vectores tensão e corrente nua bobina. E teros de representação teporal, obtê-se as curvas representadas na Figura 8. Da análise desta figura, podeos observar que quando a corrente se anula (inclinação áxia), a tensão é áxia e que quando a corrente atinge os seus áxios negativos ou positivos (inclinação nula), a tensão anula-se. À razão entre o valor áxio da tensão (U ) e o valor áxio da corrente ( ) nua bobina, igual a ω.l, dá-se o noe de reactância indutiva (X L ): X L = ωl = πfl (11) Figura 8. Fase entre a tensão e corrente sinusoidais nua bobina. ENDH/DEM MEMM 6

8 A reactância indutiva ede-se e ohs (Ω) e representa a aior ou enor oposição (resistência) de ua bobina à passage da corrente alternada. Ao contrário do que acontece nua resistência, esta oposição varia co a frequência do sinal. Quanto aior a frequência, aior será a reactância indutiva, iplicando ua aior oposição à passage da corrente. Para a frequência nula, a reactância indutiva será tabé nula, correspondendo a bobina a u curto-circuito. Para frequência infinita, a reactância indutiva será tabé infinita, correspondendo a bobina a u circuito aberto pedância ndutiva (Bobina + Resistência) Coo nenhua bobina te resistência nula (ne nenhua resistência te indutância nula), podeos representar ua bobina real coo ua bobina ideal (indutância pura -L) e série co ua resistência ideal (puraente resistiva - R). Este circuito está representado na Figura 9. Do que foi expresso anteriorente, podeos dizer que: A tensão U R na resistência R está e fase (0º) co a corrente A tensão U L na bobina L está e quadratura (90º) co a corrente Figura 9. Circuito co ipedância indutiva. Aplicando a Lei de Kirchhoff das alhas (KVL) ao circuito da Figura 9, obté-se: U = U R + U L (1) ENDH/DEM MEMM 7

9 Podeos representar esta relação e teros vectoriais da seguinte fora: Figura 10. Vectores tensão e corrente e circuito co ipedância indutiva. E teros teporais, teos a adição de duas sinusóides desfasadas de 90º: Figura 11. Fase entre a tensão e a corrente sinusoidais nua ipedância indutiva. Obviaente que a aplitude de U, pelo eorea de Pitágoras, é dada por: U = + (13) U R U L Mas, sabeos que U R = R. e U L = X L.. Define-se então ipedância Z coo a divisão da tensão U pela corrente : U Z = (14) Coo a corrente te fase nula, pode desenhar-se u triângulo de vectores para a ipedância Z, reactância indutiva X e resistência R, siilar ao triângulo de tensões: L Figura 1. riângulo de ipedância e circuito co ipedância indutiva Obviaente que o ódulo de Z, será: Z R + = X (15) L ENDH/DEM MEMM 8

10 O ângulo Φ corresponde ao ângulo entre a tensão na resistência (U R ) e a tensão total (U), e pode calcular-se através de, por exeplo: R XL Φ = arcos ou Φ = arctang (16) Z R 3.4. Circuitos co Capacitâncias (Condensadores) al coo foi abordado nas aulas teóricas relativaente ao capo eléctrico, a carga Q nu condensador é dada, e qualquer instante de tepo, por: Q = C.U (17) Dado que a corrente é definida coo a passage de carga eléctrica, por unidade de tepo: dq = (18) dt então, a relação entre a tensão e a corrente, nu condensador de capacidade C, é du = C (19) dt al coo nas bobinas, conclui-se então que, nu condensador, quando a tensão varia, a corrente tabé varia. Se consideraros que a tensão instantânea se expressa pela seguinte equação: ENDH/DEM MEMM 9

11 u = U.sin (ω t) a corrente que atravessa o condensador será: du d( U sin( ωt)) i = C = C = U Cω cos( ωt) = U Cω sin( ωt + 90º ) (0) dt dt Verifica-se assi que tabé existe u desfasaento de 90º entre a corrente que percorre o condensador e a tensão aos terinais desse condensador, só que agora, que vai à frente é a corrente: E teros de representação teporal, tereos: Figura 13. Vectores tensão e corrente nu condensador. Figura 14. Fase entre a tensão e a corrente sinusoidais nu condensador. A figura anterior perite observar que quando a tensão se anula (inclinação áxia), a corrente é áxia e que quando a tensão atinge os seus áxios negativos ou positivos (inclinação nula), a corrente anula-se. À razão entre o valor áxio da tensão (U ) e o valor áxio da corrente ( ) nu condensador, igual a 1/(ω.L), dá-se o noe de reactância capacitiva (X C ): X C 1 1 = = (1) ω C π fc A reactância capacitiva ede-se e ohs e representa a aior ou enor oposição (resistência) de u condensador à passage da corrente alternada. al coo o caso das indutâncias, esta oposição varia co a frequência do sinal. Quanto enor for a frequência, aior será a reactância capacitiva, iplicando ua aior oposição à passage da corrente. Para a frequência nula (CC), a reactância capacitiva será infinita, correspondendo o condensador a u circuito aberto. Para frequência infinita, a reactância capacitiva será nula, coportandose o condensador coo u curto-circuito. ENDH/DEM MEMM 10

12 3.5. pedância Capacitiva (Condensador + Resistência) porta agora verificar o coportaento de u circuito co u condensador (C) e série co ua resistência (R). Este circuito está representado na Figura 15: Do exposto anteriorente, podeos dizer que: Figura 15. Circuito co ipedância capacitiva. A tensão U R na resistência R está e fase (0º) co a corrente A tensão U C no condensador C está e quadratura (90º) co a corrente Aplicando a Lei de Kirchhoff das alhas (KVL) ao circuito da Figura 15, fica: U = U R + U C () Podeos representar esta relação e teros vectoriais da seguinte fora: ENDH/DEM MEMM 11

13 Figura 16. Vectores tensão e corrente nu circuito co ipedância capacitiva. E teros teporais, teos a adição de duas sinusóides desfasadas de 90º: Figura 17. Fase entre a tensão e a corrente sinusoidais nua ipedância capacitiva. al coo para o caso indutivo, pode calcular-se a aplitude de U pelo eorea de Pitágoras: U = + (3) U R U C Mas, sabeos que U R = R. e U C = X C.. Então, a ipedância total do circuito Z, será: U Z = (4) Considerando a tensão U co fase nula, pode desenhar-se u triângulo de vectores para a ipedância Z, reactância capacitiva X C e resistência R, siilar ao triângulo de tensões: Figura 18. riângulo de ipedância e circuito co ipedância capacitiva. O ódulo de Z, será portanto: Z R + = X (5) C O ângulo Φ corresponde ao ângulo entre a tensão na resistência ( U R ) e a tensão total ( U ), e pode calcular-se através de, por exeplo: ENDH/DEM MEMM 1

14 R XC Φ = arcos ou Φ = arctang (6) Z R ENDH/DEM MEMM 13

15 3. CRCUO COM RESSÊNCA, CONDENSADOR E BOBNA O circuito RLC série é coposto por ua resistência, u condensador e ua bobina, associados e série, confore representado na Figura 19: R L(X L ) V R V Lef V ef ~ V Cef C (X C ) Figura 19. Circuito RLC série. Definições: A reactância indutiva X L é a oposição ao fluxo de corrente alternada provocada pela indutância (bobina) presente no circuito. A reactância indutiva é dada por: X L =πfl [Ω] A reactância capacitiva X C é a oposição ao fluxo de corrente alternada provocada pela capacidade (condensador) presente no circuito. A reactância capacitiva é dada por: 1 X L = [Ω] πfc Se for aplicada ua tensão alternada V ef aos terinais de u circuito co ua carga indutiva, a corrente resultante L vai ficar 90º e atraso relativaente à tensão (Ver Figura 0). Circuito RL Figura 0. Sinais de tensão e corrente aos terinais de ua bobina. Este circuito está representado na Figura 1. Deste odo, te-se: Figura 1. Circuito RL. ENDH/DEM MEMM 14

16 Aplicando as leis de Kirchhoff, te-se: v=v +v R L E teros teporais, teos duas sinusóides desfasadas de 90º (Figura ). Circuito RC Figura. Fase entre a tensão e a corrente sinusoidal nu circuito RL. Se for aplicada ua tensão alternada V ef aos terinais de u circuito co ua carga capacitiva, a corrente resultante C vai ficar 90º e avanço relativaente à tensão V C aos terinais do condensador (Ver Figura 3). Figura 3. Fase entre a tensão e a corrente nu condensador. Figura 4. Circuito RC. Aplicando as leis de Kirchhoff, te-se: v=v +v R C ENDH/DEM MEMM 15

17 E teros teporais, teos duas sinusóides desfasadas de 90º (Figura 5). Figura 5. Fase entre a tensão e a corrente sinusoidal nu circuito RC. Na Figura 6 estaos representados os diagraas vectoriais dos circuitos RL e RC. No caso destes circuitos, a resultante do triângulo de tensões (fasor), e o ângulo φ (desfasage), são dados por: V = V +V ; V = V +V ϕ ef Ref Lef ef Ref Cef V V Lef Cef =arctan ; ϕ=arctan - VRef VRef V Lef V ef φ V Ref φ V Ref V Cef a) b) Figura 6. Diagraa vectorial das aplitudes coplexas das tensões para os circuitos RL (a) e RC (b). Análise do circuito RLC série Para efeitos de representação do diagraa vectorial do circuito RLC, utiliza-se a resultante pois os vectores que representa a tensão no condensador V Cef e a tensão na bobina V Lef tê a esa direcção e sentidos opostos, confore indicado na Figura 7. Da análise deste diagraa, verifica-se que o vector V Lef é aior que V Cef. Deste odo, a resultante é o vector (V Lef V Cef ), pelo que o circuito te características indutivas, ou seja, a corrente está atrasada 90º e relação à tensão. No caso e que V Cef é aior que V Lef obté-se u circuito co características capacitivas, ou seja a corrente está adiantada 90º e relação à tensão. Neste últio caso, obté-se o diagraa vectorial representado na Figura 8. ENDH/DEM MEMM 16

18 V ef V Lef -V Cef V ef φ V Cef ef V Ref Figura 7. Diagraa vectorial de u circuito RLC série co características indutivas. V Lef ef V Ref φ V Cef V Lef Figura 8. Diagraa vectorial de u circuito RLC série co características capacitivas. Do diagraa da Figura 8, verifica-se que a soa vectorial de (V Lef V Cef ) co V Ref é igual a V ef. Assi, pode escrever-se: Obté-se Pelo que: ( ) V ef =V Ref + VLef -VCef Dividindo os teros por, obté-se: ef Vef V Ref VLef V Cef = + - ef ef ef ef Considerando V V V V Z= ; R= ; X = ; X = ef Ref Lef Cef L C ef ef ef ef Z=R+(X-X) L C Z= R +(X -X ) L C Vef Deste odo, Z é a ipedância do circuito RLC. O ângulo φ corresponde à desfasage entre a tensão e a corrente no circuito. Este ângulo pode ser deterinado através das relações trigonoétricas do triângulo rectângulo: ENDH/DEM MEMM 17

19 V -V X -X sen ϕ= = Vef Z VRef R cos ϕ= = Vef Z V -V X -X tan ϕ= = V R Lef Cef L C Lef Cef L C Ref Na abela, estão representadas as expressões da ipedância (Z) e desfasage (φ) para os coponentes e circuitos básicos. abela Coo o circuito RLC série pode ter coportaento capacitivo ou indutivo, vaos sobrepor as duas reactâncias. Deste odo, obté-se o gráfico da Figura 9. X X L X L =X C X C f o f Figura 9. Curvas das reactâncias e função da frequência f. Da análise deste gráfico, verifica-se que para frequências inferiores a f o, X C é aior que X L, pelo que o circuito te características capacitivas, confore referido anteriorente. Para frequências superiores a f o, verifica-se que X L é aior que X C, pelo que o circuito te características indutivas. Para a frequência f o, X C é igual a X L ou seja, o efeito capacitivo é ENDH/DEM MEMM 18

20 igual ao efeito indutivo. Coo estes efeitos são iguais e opostos, anula-se, pelo que o circuito irá apresentar características puraente resistivas. Este facto pode ser confirado através da expressão de cálculo da ipedância Z, ou seja: Z= R +(X -X ) se X =X L L C C Z=R Coo neste caso, o circuito possui características puraente resistivas, a tensão e a corrente estão e fase, ou seja o ângulo φ é igual a zero. Coo a frequência f o anula os efeitos reactivos, denoina-se por frequência de ressonância e pode ser calculada igualando as reactâncias indutiva X L e capacitiva X C. f=f X =X 1 o L C πfol= πf o C 1 πfol LC= 1 f o = [Hz] π LC ( ) A partir do estudo efectuado, pode construir-se o gráfico da ipedância e função da frequência para o circuito RLC série. Este gráfico está representado na Figura 30. Da análise do gráfico, verifica-se que a ipedância ínia ocorre na frequência de ressonância, sendo igual ao valor da resistência R. Z R Figura 30. Curva de variação da ipedância de u circuito RLC série e função da frequência. Pode igualente traçar-se a curva da corrente e função da frequência para o eso circuito, confore representado na Figura 31. Da análise do gráfico, observa-se que para a frequência de ressonância f o, a corrente é áxia ( o ), dado que a ipedância é ínia (Z = R). Quando no circuito RLC série, tiveros o valor da resistência igual ao valor da reactância equivalente (X L X C ) podeos afirar que a tensão na resistência (V R ) é igual à tensão na reactância equivalente (V L V C ). f o f ENDH/DEM MEMM 19

21 o Figura 31. Curva de variação da corrente de u circuito RLC série e função da frequência. Co base nesta preissa, pode escrever-se: f o f coo ( ) V =V + V -V ef Ref Lef Cef V Ref =VLef -V Cef V =V V = V ef Ref ef Ref Dividindo esta últia expressão por R, obté-se: Vef VRef = R R De notar que V ef /R representa o valor de o ou seja, a corrente do circuito para a frequência de ressonância e V Ref /R a corrente no circuito na situação de reactância equivalente e igual à resistência. Assi, pode relacionar-se estas grandezas da seguinte fora: =. = o o Este valor de corrente pode ocorrer e duas frequências de valores distintos, que se designa respectivaente por frequência de corte inferior (f ci ) e frequência de corte superior (f cs ). Na Figura 3, está representado o gráfico da corrente e função da frequência, no qual estes dois pontos estão assinalados. o o f ci f o f cs f Figura 3. Característica da corrente de u circuito RLC série e função da frequência. ENDH/DEM MEMM 0

22 A faixa de frequência copreendida entre a frequência de corte inferior e a frequência de corte superior designa-se por Largura de Banda (LB), podendo ser expressa por: LB = f - f cs ci BBLOGRAFA [1]. ABC dos Circuitos Eléctricos e Corrente Alternada, Mário Ferreira Alves, nstituto Superior de Engenharia do Porto, 1999 []. Joseph Edinister, Circuitos Eléctricos, Colecção Schau, Editora MacGraw-Hill, 1983 [3]. Guias de rabalhos de laboratório de Electrotecnia, ENDH/DEM ENDH/DEM MEMM 1

23 ANEXO. DEFNÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCRCAS A.1. VALOR MÉDO DE UMA GRANDEZA ELÉCRCA Significado do valor édio (corrente): É o valor contínuo (DC) da corrente que transfere a esa carga que a de ua corrente co ua fora de onda variante no tepo. O valor édio corresponde à altura de u rectângulo de área igual à de i(t) durante o período. Definição do valor édio (corrente): A expressão ateática que caracteriza o valor édio é a seguinte: + t0 1 s = i( t) dt (A.1) t 0 Deve notar-se que o valor édio não é a coponente contínua (DC) de ua onda, as si o valor que traduz o efeito total da corrente eléctrica independenteente do sinal do seu valor instantâneo. Assi, é necessário calcular o valor édio através do valor absoluto. No caso particular das ondas siétricas, e que as áreas de abos os sei-períodos são iguais (excepto o sinal), pode calcular-se apenas o valor édio de u sei-período (ou de u quarto de período). Note-se que altura a do rectângulo ( s ) irá ser sepre a esa. Fig.A.1. nterpretação gráfica do valor édio de u sinal sinusoidal. A.. VALOR QUADRÁCO MÉDO (RMS) Significado do valor eficaz ou RMS (corrente): É o valor da corrente contínua (DC) que gera u efeito dissipativo (efeito de Joule) igual ao da corrente alternada. Definição do valor eficaz ou RMS (corrente): A expressão ateática que caracteriza o valor édio é dada por: + t0 1 RMS = i ( t) dt (A.) t0 NOA: Os aparelhos de edida que ede directaente o valor eficaz ou RMS (Root Mean Square), são designados pelo síbolo RMS, ou verdadeiro RMS - true RMS. No caso de sere do tipo RMS calibrated, isto significa que ede o valor édio e seguidaente o ultiplica pelo factor 1.11 de odo a obter o valor eficaz. No entanto, este valor só é válido para sinais sinusoidais. ENDH/DEM MEMM

24 Deonstração: 1. A quantidade de energia gerada pela corrente contínua (DC) durante u período, é dada por: W = R (A.3). A potência instantânea da corrente alternada, é dada por: p = Ri (t) (A.4) 3. A quantidade total de calor gerada pela corrente alternada durante u período pode ser deterinada através da soa das potências instantâneas (ver figura A.). Assi, tese: W = 0 Ri ( t) dt (A.5) 4. Por fi, coparando as equações (A.3) co (A.5), obté-se: R 1 = Ri ( t) dt = i ( t) dt (A.6) 0 0 Figura A.. nterpretação gráfica do valor eficaz (RMS). A.3. DEERMNAÇÃO DO VALOR MÉDO E EFCAZ PARA SNAS SNUSODAS A.3.1. VALOR MÉDO O sinal alternado sinusoidal da corrente, é dado por: i( t) = sin( ωt) (A.7) Aplicando a expressão (A.1) a etade do período, te-se: s 1 = / = / 0 sin( ωt) dt = π cos( t) π / 0 = π cos( ωt) ω / 0 ( cos( π ) ( cos(0)) ) (A.8) ENDH/DEM MEMM 3

25 Assi, o valor édio é dado por: s = π (A.9) 3.. VALOR EFCAZ Aplicando a expressão (A.6) ao período, te-se: RMS Coo : 1 0 ( sin( ωt) ) 1- cos(ωt) sin ( ωt) = RMS RMS RMS = = = = 0 ( 1 cos(ωt) ) 1 1 ω 1 1 π [] t [ sin(ωt) ] = ( sin(4π ) sin(0) ) 0 dt dt 0 (A.10) NOA: Estas expressões fora deduzidas para a corrente. Coo é óbvio, as expressões anteriores são igualente válidas para a tensão, ou seja: U U s U = π U = RMS (A.11) ENDH/DEM MEMM 4

2 Podemos representar graficamente o comportamento de (1) para alguns ângulos φ, que são mostrado nas figuras que se seguem.

2 Podemos representar graficamente o comportamento de (1) para alguns ângulos φ, que são mostrado nas figuras que se seguem. POTÊNCIA EM CARGAS GENÉRICAS Prof. Antonio Sergio C. de Menezes. Depto de Engenharia Elétrica Muitas cargas nua instalação elétrica se coporta de fora resistiva ou uito aproxiadaente coo tal. Exeplo: lâpadas

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