Valor Econômico SP 18/03/2009 A25

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3 Canal Energia Online SP 18/03/2009 Plantão Canal Energia Online Nivalde de Castro, do Gesel-UFRJ: evento marca os cinco anos do modelo (Fábio Couto) Após meia década de vigência do atual marco regulatório, coordenador do grupo de estudo avalia que retomada do planejamento foi ponto decisivo para consolidação. A estabilidade regulatória e a modicidade tarifária, além da volta do planejamento do setor foram o legado da implantação do marco regulatório do setor, que completou cinco anos de vigência no último domingo, 15 de março. Na avaliação do professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o modelo setorial já pode ser considerado como consolidado e esse estágio teve como ponto decisivo a retomada do planejamento, com a criação da Empresa de Pesquisa Energética. Além disso, a modicidade tarifária foi garantida com a realização dos leilões anuais para o ambiente regulado. No entanto, o professor avalia que o sistema de certames ainda precisa de ajustes, como forma de evitar o que classifica como "armadilha térmica", resultado de maior oferta de energia de empreendimentos termelétricos em função da falta de oferta de hidrelétricas. O Gesel realiza nos dias 23 e 24 de março seminário "Cinco Anos do Novo Modelo: Realidade e Perspectivas para o setor de Energia Elétrica", no Rio de Janeiro (detalhes no site do NUCA), que abordará diversos temas, como planejamento setorial, operação e manutenção, gás natural, fontes alternativas e crise financeira, entre outros. Em entrevista à Agência CanalEnergia, Castro comenta a necessidade de aprimoramentos nos processos de licenciamento ambiental e a contribuição do modelo para a financiabilidade dos projetos do setor, bem como a implantação de medidas pósmodelo, como a criação dos níveis-meta, proposta pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Agência CanalEnergia - O modelo setorial chega agora aos cinco anos. Que balanço é possível fazer deste período e dos resultados trazidos pelo modelo setorial implantado a partir de 2004? Nivalde de Castro - O balanço é nitidamente positivo, pois o setor elétrico brasileiro conseguiu se estabilizar e se consolidar nas suas variáveis estratégicas: expansão da capacidade instalada, modicidade das tarifas, planejamento e financiamento da expansão e operação nos três segmentos - geração, transmissão e distribuição. Agência CanalEnergia - Alguma medida em especial merece destaque ao longo da implantação do Novo Modelo? Nivalde de Castro - Sim, já em 2003 o Ministério de Minas e Energia suspendeu o processo de privatização da Eletrobrás e das estaduais. Esta decisão deu ao governo, e conseqüentemente ao novo modelo, um instrumento de política energética que teve um papel decisivo para que o objetivo central - de expansão com modicidade - fosse atingido em tão pouco tempo. O Sistema Eletrobrás passou assim a ser utilizado como um

4 instrumento de política setorial. Este movimento mostrou-se tão acertado que hoje a Eletrobrás inicia uma nova etapa da sua longa história, que é a internacionalização da empresa, contribuindo assim para o processo de integração energética na América Latina, garantindo mais segurança energética, abrindo espaço para que as empresas do complexo industrial do Setor Elétrico Brasileiro ganhem novos mercados e marcando o avanço do Brasil como potência econômica e política regional. Agência CanalEnergia - Este período já é suficiente para dizer que o modelo está consolidado? Nivalde de Castro - Nas bases e fundamentos do setor elétrico pode-se se afirmar que o modelo consolidou a estabilidade. Hoje pode-se afirmar que a crise de oferta é uma preocupação praticamente inexistente. Um bom exemplo: todos os leilões realizados fecharam contratos. Agência CanalEnergia - O modelo, na visão até de muitos agentes, é bom, mas ainda é preciso fazer aperfeiçoamentos. Para o senhor, o que é possível mudar para aperfeiçoar o modelo? Nivalde de Castro - Nenhum modelo é perfeito, pois estamos numa sociedade em processo de desenvolvimento. Situações e variáveis externas afetam o equilíbrio do modelo, mas os ajustes podem ser feitos, sem atingir as bases e fundamentos do modelo. Agência CanalEnergia - A volta do planejamento é vista como um dos pilares do modelo. Como o senhor avalia esta variável do modelo? Avançamos neste item? Nivalde de Castro - Realmente a volta do planejamento, através da EPE foi decisiva para a consolidação do modelo, dado que os planos servem de base e de parâmetros para a tomada de decisões por parte de todos os agentes, em decisões de curto, médio e principalmente longo prazo. Por exemplo: para as empresas construtoras e produtoras de equipamentos, saber que leilões serão realizados a cada ano, permite dimensionar investmentos futuros. Um ajuste importante a ser feito é evitar a "armadilha" das usinas térmicas nos leilões de energia nova de A-3 e A-5, como os últimos realizados. Foi um choque constatar que mais de 7 mil MW de usnias térmicas a óleo vão entrar na matriz. Leilões específicos, como de biomassa e eólica, bem como a superação dos problemas ambientais, devem evitar esta armadilha. Agência CanalEnergia - Outro ponto foi a modicidade tarifária. A sociedade realmente ganhou com isso? Os leilões produziram os efeitos esperados? Nivalde de Castro - Os leilões são o grande e eficiente instrumento que o modelo do Setor Elétrico Brasileiro tem. Ele tem garantido a modicidade tarifária onde é possível. O exemplo das usinas de Jirau e Santo Antônio mostram o quanto este instrumento é importante e garantidor da modicidade. As tarifas só não são mais baratas por conta dos impostos, em especial do ICMS, que é determinado pelos governos estaduais sem uma preocupação com o setor. Agência CanalEnergia - O modelo trouxe também, para agilizar o licenciamento ambiental, a obrigatoriedade de só leiloar usinas com licença prévia. Mas o problema ambiental continuou. O que faltou para equacionar este item que é um gargalho para a

5 geração, sobretudo a hidrelétrica? Nivalde de Castro - O problema ambiental é de uma instância de poder fora dos marcos do setor elétrico. A nova Constituição e a legislação ambiental daí derivada ainda não estão plenamente consolidadas, o que gera muitas incertezas, riscos e custos extras. Mas a medida que novas usinas vão sendo construídas, a legislação vai se consolidando. É uma questão de tempo. Agência CanalEnergia - Do ponto de vista da financiabilidade dos projetos da áreas, o modelo contribuiu para uma maior solidez das empresas? Nivalde de Castro - Sim, basta ver os resultados nos balanços nos estudos que o Gesel elabora anualmente e que são publicados no livro anuário Séries das Empresas do SEB. Como o modelo mitigou a instabilidade, garantindo fluxo de caixa previsível, via contratos derivados dos leilões, o financiamento pode se consolidar e firmar o que se denomina em economia das finanças por "Padrão de Financiamento": trata-se do setor de infra-estrutura onde os custos de financiamento são os menores e os prazos, os maiores. Esta nova situação, totalmente distinta do que ocorria no modelo de privatização, deve-se exclusivamente ao novo modelo. Aqui, vale assinalar o papel estratégico e impar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. No modelo anterior, o BNDES financiava a compra de empresas privatizadas. No novo modelo que agora completa cinco anos, o BNDES desde o início implementou alterações nas linhas de financiamento e nas exigências em termos de garantias, execução de obras, project finance que foram decisivas para dar a segurança para todo o setor, dimiunindo o risco de se investir na ampliação da capacidade instalada de geraçào e transmissão. Agência CanalEnergia - A estabilidade trazida pelo novo modelo para as companhias permite o setor enfrentar melhor a crise econômica internacional? O que faz o senhor achar que o setor está blindado contra esta turbulência? Nivalde de Castro - Sem dúvida, o setor e as empresas serão, na média, as menos atingidas e afetadas pela crise. Obviamente que empresas ou grupos que estavam muito endividados, que estavam expostos ao mercado livre com energia disponivel para vender esperando um cenário de estresse entre oferta e demanda serão afetadas. Mas na média o cenário é estável e promissor. Agência CanalEnergia - Na parte de operação, foi criada a figura do CMSE. Como o senhor avalia as medidas e mecanismos adotados, como o nível-meta, para aumentar a segurança do sistema? Nivalde de Castro - Este é um fato que demonstra como o Modelo tem capacidade de fazer ajustes, de buscar aperfeiçoar-se continuamente frente às mudanças e à dinâmica do setor. A idéia e metodologia formulada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico de nível-meta foi muito eficiente, mitigando os risco de um sistema elétrico de bases hidroelétricas. Vale assinalar que o Brasil detém um dos melhores sistemas elétricos do mundo - limpo, renovável - mas como nada é completamente perfeito temos que pagar um custo por esta perfeição. No caso, o custo é acender velas para São Pedro. Com o nível-meta para os reservatórios, podemos acender menos velas!

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