Aula 1 Doenças Ocupacionais e Patologias do Trabalho

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1 Aula 1 Doenças Ocupacionais e Patologias do Trabalho (Parte I) SUMÁRIO INTRODUÇÃO O QUE É PATOLOGIA? AGENTES CAUSADORES DE DOENÇAS CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS CLASSIFICAÇÃO PREVIDENCIÁRIA CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING CLASSIFICAÇÃO DE RENÉ MENDES DOENÇAS OCUPACIONAIS EM ESPÉCIE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CAUSADAS POR POEIRAS INORGÂNICAS Pneumoconioses Pneumoconiose dos Mineiros Asbestose Silicose Beriliose Siderose Estanhose Outras Pneumoconioses por Poeiras Inorgânicas Doenças Respiratórias Causadas por Poeiras Orgânicas Bissinose Pulmão do Granjeiro Bagaçose Pulmão dos Criadores de Pássaros Outras Pneumonites por Poeiras Orgânicas RINITE ALÉRGICA E RINITE CRÔNICA ASMA E BRONQUITE OCUPACIONAL ULCERAÇÃO E PERFURAÇÃO DO SEPTO NASAL EDEMA PULMONAR, DERRAME E PLACAS PLEURAIS SÍNDROME DE CAPLAN NEOPLASIAS DOS BRÔNQUIOS E DO PULMÃO Câncer de Pulmão Mesotelioma de Pleura SÍNDROME DO EDIFÍCIO DOENTE QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA BATERIA DE QUESTÕES QUESTÕES COMENTADAS RESUMO (MEMOREX) Página 1

2 INTRODUÇÃO É com imensa satisfação que disponibilizo* mais um Curso visando ao próximo concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho, o Curso de SST - Saúde Ocupacional, em Teoria e Questões. O assunto relacionado à Segurança e Saúde no Trabalho foi cobrado pelo CESPE no último concurso para AFT em duas disciplinas. Uma delas a banca chamou de Segurança e Saúde no Trabalho e a outra de Legislação do Trabalho. As Normas Regulamentadoras (NR) foram incluídas na disciplina que a banca denominou Legislação do Trabalho e seu conteúdo faz parte do Curso Avançado de SST para AFT - Normas Regulamentadoras (NR). Já a disciplina que a banca chamou de Segurança e Saúde no Trabalho abrangeu assuntos mais relacionados à saúde ocupacional. É este o conteúdo deste Curso, mais voltado para o processo saúde/doença dos trabalhadores. *previsão de lançamento: junho de 2018 Vejamos o conteúdo programático dessas disciplinas constantes do EDITAL Nº 1 MTE, DE 28 DE JUNHO DE 2013: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: 1 Segurança e saúde no trabalho nos diplomas legais vigentes no país: Constituição da República Federativa do Brasil de Normas Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 2.1 Convenção nº 81 Inspeção do Trabalho (Decreto nº /1987). 2.2 Convenção nº 139 Prevenção e controle de riscos profissionais causados por substâncias ou agentes cancerígenos (Decreto nº 157/1991). 2.3 Convenção nº 148 Proteção dos Trabalhadores contra os riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído, às vibrações no local de trabalho (Decreto nº /1986). 2.4 Convenção nº 155 Segurança de Saúde dos Trabalhadores (Decreto nº 1.254/1994). 2.5 Convenção nº 161 Serviços de Saúde do Trabalho (Decreto nº 127/1991). 3 Doenças ocupacionais, acidente do trabalho e conduta médico-pericial. 3.1 Conceito e epidemiologia. 3.2 Impacto do trabalho sobre a saúde e segurança dos trabalhadores. 3.3 Indicadores de saúde doença dos trabalhadores. 3.4 Situação atual da saúde dos trabalhadores no Brasil. 3.5 Patologia do trabalho. 3.6 Conduta pericial. 3.7 Normas Técnicas das LER/DORT. 4 Segurança e medicina no trabalho. 4.1 CIPA. 4.2 Atividades insalubres ou perigosas. 5 Proteção ao trabalho do menor. 6 Proteção ao trabalho da mulher. - Página 2

3 LEGISLAÇÃO DO TRABALHO: 1 Consolidação das Leis do Trabalho CLT - Títulos I e II. 2 Normas Regulamentadoras nº 01 a nº 36 NR-01 a NR-36. Este curso abrangerá aqueles conteúdos da disciplina que o CESPE chamou de Segurança e Saúde no Trabalho. Chamaremos de Curso de SST - Saúde Ocupacional o conteúdo marcado em vermelho no excerto do edital CESPE/2013, acima reproduzido, para diferenciarmos do Curso Avançado de SST, em que estudamos as Normas Regulamentadoras (NR). OK? Antes de apresentarmos o Curso e falarmos da metodologia a ser utilizada durante as aulas, deixa eu me apresentar brevemente, caso você ainda não me conheça. Meu nome é Aldair Lazzarotto, sou Auditor-Fiscal do Trabalho, aprovado em 3º lugar no concurso de Estou lotado em Uruguaiana/RS. Sou professor de Segurança e Saúde do Trabalho em cursos preparatórios para concursos. Também oriento candidatos para as provas discursivas do concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho. Sou autor do livro 1001 Questões Comentadas de Segurança e Saúde do Trabalho (Normas Regulamentadoras) CESPE, publicado pela editora Método. Durante quase 10 anos fui concurseiro, até alcançar meu objetivo: ser Auditor- Fiscal do Trabalho. Nesse período prestei 17 concursos e foi aprovado em 14. Antes de ser AFT, trabalhei durante 8 (oito) anos na Justiça do Trabalho (TRT do Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais). Já ocupei os cargos de Auxiliar Judiciário, Técnico Judiciário e Analista Judiciário em TRT. Caso você queira saber um pouco do que foi a minha preparação para concursos, veja meu depoimento: Feita esta breve apresentação, vamos ao que interessa! O Curso Este curso abrange a parte do conteúdo da disciplina de SST mais relacionada à saúde no trabalho, além das Convenções da OIT, por exemplo. Estudaremos - Página 3

4 assuntos como doenças ocupacionais, epidemiologia, acidente de trabalho, impacto do trabalho na saúde dos trabalhadores e outros. A princípio, o curso será dividido em 12 aulas e cada uma delas será composta da seguinte forma: - TEORIA (com questões intercaladas, exemplos, esquemas e tabelas, quando necessário). - Relação das questões já apresentadas na parte teórica com gabarito. - Bateria de questões de concursos (novas questões comentadas). - Resumo dos principais aspectos estudados na aula. As questões comentadas no curso serão, prioritariamente, do CESPE, FCC e CESGRANRIO. A ESAF praticamente não tem questões destes tópicos da disciplina. Na falta de questões dessas bancas, serão incluídas questões de outras bancas tradicionais e, se ainda assim o número de questões for reduzido, serão incluídas questões de bancas menos tradicionais. Em último caso, as questões serão elaboradas por mim, mas apenas na falta de questões em tópicos-chaves da matéria. Durante a aula, intercaladas na parte teórica, as questões serão apresentadas no estilo CESPE (enunciados a serem julgados como CORRETO ou ERRADO). O intuito é cobrir todos os pontos da matéria passíveis de serem cobrados em prova. Na bateria de questões ao final da aula, serão priorizadas questões de múltipla escolha. Essa priorização ocorrerá em sentido ascendente de aula para aula. Confira a programação das aulas: - Página 4

5 Aula Conteúdo Programático 1 Doenças Ocupacionais e Patologias do Trabalho Parte I 2 Patologias do Trabalho Parte II 3 Normas Técnicas sobre LER/DORT 4 Patologias do Trabalho Parte III 5 Acidente de Trabalho Parte I 6 Acidente do Trabalho Parte II Conduta Médico-Pericial, Situação Atual da Saúde no Brasil e Impacto do 7 Trabalho na SST. 8 Epidemiologia e Indicadores de Saúde-Doença dos Trabalhadores 9 Atividades e Operações Insalubres e Perigosas (Toxicologia Ocupacional) Normas Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Convenção nº 81 Inspeção do Trabalho. Convenção nº 139 Prevenção e controle de riscos profissionais causados por substâncias ou agentes 10 cancerígenos. Convenção nº 148 Proteção dos Trabalhadores contra os riscos profissionais devidos à contaminação do ar, ao ruído, às vibrações no local de trabalho. Convenção nº 155 Segurança de Saúde dos Trabalhadores. Convenção nº 161 Serviços de Saúde do Trabalho. Segurança e medicina no trabalho: CIPA e Proteção ao Trabalho do Menor 11 e Mulher Segurança e saúde no trabalho nos diplomas legais vigentes no país: 12 Constituição da República Federativa do Brasil de O Concurso Passamos por um momento conturbado na política e na economia brasileira, em que não há expectativa clara para a autorização do próximo concurso. Todavia, esperamos que a autorização saia em 2018, 2019 ou Ao candidato resta estudar e estar preparado quando a prova chegar. E ela chegará! O quadro abaixo mostra o número de baixa anuais (AFT que se aposentaram ou foram exonerados) desde 2008 e sintetiza a complicada situação em que a carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho se encontra atualmente. - Página 5

6 Fonte: AFT Sílvio Andrade/RJ Veja que, após 2011, data da penúltima nomeação, 889 colegas deixaram a carreira, a maioria aposentados. Uma média de quase 150 vacâncias/ano. 100 ingressaram em 2014 (concurso de 2013) e alguns via judicial com posse no RJ, oriundos do concurso de Em janeiro de 2018, havia cargos vagos na carreira. Por essa razão, mesmo com o cenário econômico/político desfavorável, a realização de um novo concurso é uma medida urgente, sob pena de inviabilização de todas as atividades de fiscalização das relações de trabalho e de segurança e saúde do trabalhador. Ser Auditor-Fiscal do Trabalho é muito gratificante. Há bastante trabalho, mas é um trabalho prazeroso, com relativa autonomia, flexibilidade de horários, atividade predominantemente externa, diversas áreas para atuação (construção civil, saúde, portuária, trabalho rural, FGTS, análise de acidentes do trabalho etc.). Outro atrativo interessante do cargo é o salário. O vencimento inicial do AFT em janeiro de 2018 é de R$ ,53. Soma-se a isso o bônus de eficiência, hoje recebido em valor provisório de R$ 3.000,00. Caso exerça suas atribuições em localidades estratégicas previstas no Decreto 9.225/2017, há ainda o adicional de fronteira, no valor de R$ 91,00/dia (aproximadamente R$ 2.000, se considerarmos uma média de dias úteis no mês). - Página 6

7 A hora para iniciar sua preparação ESPECÍFICA e FOCADA é agora. Uma preparação sólida não pode ser feita em período menor do que um ano, dada a enorme quantidade de disciplinas a serem estudadas. SST é uma das disciplinas essenciais deste concurso e deve ser estudada com antecedência, principalmente porque o edital sempre traz novidades (novas disciplinas). Dessa forma, o período pós-edital deve ser reservado para essas surpresas. Nesta aula demonstrativa, estudaremos as Doenças Ocupacionais (ou doenças relacionadas ao trabalho) e iniciaremos o estudo das Patologias do Trabalho em espécie. Serão abordadas todas as informações que julgamos relevantes para que você possa estar preparado(a) para encarar a prova, sempre levando em conta o que o as bancas examinadoras já cobraram em provas relacionadas a esse tema. Estou à disposição por qualquer meio ( , fórum do curso, facebook, etc.) para qualquer dúvida que possa surgir. Ok? Bons estudos! contato@aldairlazzarotto.com.br Página 7

8 1. O que é Patologia? A palavra Patologia é derivada do grego pathos (que significa doença ou sofrimento) e da palavra lógos (que significa ciência, discurso ou estudo). Assim, Patologia é o estudo das doenças em geral. Abrange o estudo da ciência básica, da prática clínica e das alterações estruturais e funcionais no organismo exposto ou no portador das doenças (efeitos ou sintomas). E a Patologia do Trabalho? É o estudo das doenças relacionadas ao trabalho. Estudaremos em cada doença ocupacional, seu conceito, suas principais classificações, os agentes causadores da doença, os principais efeitos no organismo do trabalhador (sintomas) e as principais atividades econômicas e profissões em que as doenças ocorrem. Patologias Ocupacionais Conceito Agente Causal Classificação Atividades Econômicas Sintomas Na aula de hoje veremos as principais classificações de doenças ocupacionais (classificação previdenciária, classificação de Renê Mendes e classificação de Schilling) e algumas patologias em espécie que afetam o sistema respiratório. Como regra geral, é possível afirmar que as doenças ocupacionais são adquiridas em razão da exposição do trabalhador sem a proteção adequada aos agentes presentes no ambiente de trabalho. - Página 8

9 Patologia É o estudo das doenças em geral Patologia do Trabalho É o estudo das doenças relacionadas ao trabalho 1.1. Agentes Causadores de Doenças As doenças podem ser causadas por fatores exógenos (externos) ou endógenos (internos). Os primeiros estão presentes no ambiente e os últimos no próprio organismo do indivíduo. Daremos especial atenção aos primeiros, especificamente aos agentes presentes no ambiente de trabalho. Fatores Causadores de Doenças Exógenos (externos) Endógenos (internos) Agentes físicos, químicos, biológicos, psicossociais, biomecânicos, etc. Anatomia, fisiologia, estilo de vida, metabolismo, herança genética, etc. Uma das principais causas do surgimento de doenças ocupacionais foi a mudança ocorrida no mundo do trabalho no período pós Revolução Industrial, especificamente nos últimos 100 anos. A substituição de padrões antigos e artesanais de produção por novas tecnologias e a intensificação do uso de produtos químicos são alguns exemplos. Isso, aliado às modernas estratégias gerenciais e ao aumento da força de trabalho inserida no setor informal, gerou novas formas de adoecimento dos trabalhadores. No Brasil, o processo de reestruturação produtiva, iniciado a partir da década de 80, trouxe consequências ainda não totalmente mapeadas sobre a saúde do trabalhador, decorrentes, principalmente, da precarização das relações de trabalho. - Página 9

10 É certo que as inovações tecnológicas também reduzem a exposição a alguns riscos ocupacionais em determinados ramos de atividade econômica, tornando o trabalho menos insalubre e perigoso. Entretanto, paralelamente, outros riscos são gerados. A área química, a indústria nuclear e as empresas de biotecnologia que operam com organismos geneticamente modificados, por exemplo, acrescentaram novos e complexos problemas para o meio ambiente e a saúde do trabalhador. Os riscos para a saúde dos trabalhadores podem ser classificados em cinco grandes grupos, de acordo com o Ministério da Saúde: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos/psicossociais e mecânicos ou de acidentes. Riscos Riscos físicos: são formas de energia a que os trabalhadores são expostos, como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (frio e calor), radiações ionizantes, radiações não ionizantes, infrassom e ultrassom. Riscos químicos são as substâncias, compostos ou produtos que penetram no organismo humano pela via respiratória ou que são absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. São exemplos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores. Podem estar sob a forma líquida, gasosa ou de partículas (aerodispersóides). Riscos biológicos são as bactérias, os fungos, os bacilos, os parasitas, os protozoários, os vírus, as culturas de células, as toxinas, os príons e os demais microrganismos. Esses riscos estão presentes, principalmente, no trabalho em hospitais, laboratórios, na agricultura e pecuária. Riscos Ergonômicos e Psicossociais são aqueles que decorrem da organização e da gestão do trabalho, como da utilização de equipamentos, máquinas e mobiliário inadequados, levando a posturas e posições incorretas; de locais adaptados com más condições de iluminação, ventilação e conforto para os trabalhadores; do trabalho em turnos e noturno; da monotonia ou do ritmo de trabalho excessivo, das exigências de produtividade, das relações de trabalho autoritárias, de falhas no treinamento e na supervisão dos trabalhadores, entre outros. - Página 10

11 Riscos Mecânicos e de Acidentes estão ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros que podem levar a acidentes do trabalho. Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos e Psicossociais Riscos Mecânicos e de Acidentes Formas de energia, como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, infrassom e ultrassom. Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória ou possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, microrganismos geneticamente modificados ou não, culturas de células, parasitas, toxinas e príons, etc. Organização e gestão do trabalho, utilização de equipamentos, máquinas e mobiliário, posturas e posições incorretas; locais adaptados; más condições de iluminação, ventilação e de conforto; trabalho em turnos e noturno; etc. Proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos, etc. 2. Classificação das Doenças Ocupacionais Você sabe o que é uma doença? A palavra doença vem do latim dolentia, que significa dor, padecimento. Dessa forma, podemos conceituar doença como uma manifestação patológica que afeta o corpo físico ou um conjunto de sinais e sintomas que alteram o estado normal de saúde. Mas, o que é saúde? - Página 11

12 A definição mais aceita é aquela presente no preâmbulo da Constituição da OMS (Organização Mundial da Saúde): Saúde é um estado de completo bemestar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Podemos entender a doença como a ausência de saúde, ou seja, um estado provocador de distúrbios das funções físicas e mentais do ser humano. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Já as doenças ocupacionais são aquelas provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho. Essa relação é o fator determinante para a maioria das classificações de doenças ocupacionais. Ou seja, o grau de dependência entre os fatores de risco existentes no ambiente de trabalho e o surgimento da doença Classificação Previdenciária Esta classificação é a mais conhecida de todas e a mais cobrada em concursos. É a classificação utilizada pela Previdência Social para delimitar as espécies de patologias ocupacionais e tem como base principal o grau de influência que a atividade do trabalhador tem no desenvolvimento e no agravamento das doenças. A base legal dessa classificação é o Art. 20 da Lei 8.213/1991. Ao definir a abrangência do conceito de acidente do trabalho, a legislação previdenciária incluiu na definição duas espécies de entidades mórbidas: a doença profissional e a doença do trabalho. Assim, o primeiro ponto a ser destacado é que as doenças profissionais e as doenças do trabalho são consideradas acidente de trabalho para fins previdenciários. Não estudaremos acidente de trabalho nesta aula. Esse assunto será objeto de aula futura. - Página 12

13 1 - (CESPE/Engenharia Civil-TRT 8ª Região) Doença profissional não é considerada acidente do trabalho. A legislação previdenciária considera tanto a doença profissional como a doença do trabalho como acidentes de trabalho (ERRADO). A doença profissional (também chamada de tecnopatia) é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante de relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social. 2 - (CESPE/Auxiliar de Enfermagem do Trabalho-Correios) Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. De acordo com a legislação previdenciária, a doença profissional é aquela identificada com uma determinada ocupação, ou seja, com o exercício de trabalho peculiar (inerente, característico) a determinada atividade. É o caso da pneumoconiose dos mineiros, que atinge somente trabalhadores ocupacionalmente expostos às poeiras de carvão mineral, em atividades como extração ou beneficamente do minério, conforme estudaremos a seguir. (CORRETO) Vemos, portanto, que são dois requisitos a serem observados para a doença ser considerada doença profissional. O primeiro é o fato de a doença ter sido produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. Além disso, deve constar da relação elaborada pelo MPS (Anexo II do Regulamento da Previdência Social (RPS) Decreto 3.048/1999). Doença Profissional Produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade. - Página 13

14 A doença profissional será produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, ou seja, o trabalhador sadio iniciará suas atividades, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal clínico, e a exposição ocupacional ao agente causador será a causa necessária da doença. Em suma, a doença não se manifestaria se não houvesse a exposição ocupacional. A doença profissional é causada por um fator inerente, peculiar, característico à determinada atividade, ou seja, na situação específica analisada, não há possibilidade de alguém desenvolver a doença profissional fora de um ambiente de trabalho. Ok? Vamos ao exemplo: A silicose é um tipo de pneumoconiose causada pela exposição ocupacional à poeira de sílica livre cristalizada, presente, por exemplo, na indústria de vidro, de cerâmicas e de refratários. (Por ora, não se preocupe com a definição e com o agente causador da doença, isso será estudado oportunamente. O importante, agora, é diferenciar as classificações das doenças). Não há possibilidade de alguém desenvolver silicose sem estar exposto à poeira de sílica livre cristalizada. É improvável que haja local em que pessoas não trabalhadoras possam estar expostas a esse agente acima dos limites de tolerância que não seja um ambiente de trabalho. Ficou claro? A exposição ocupacional é a única causa das doenças profissionais. Uma dona de casa, por exemplo, não desenvolveria silicose, pois em uma residência comum ou em ambientes coletivos, em regra, não haverá exposição à poeira de sílica livre em quantidade suficiente para o desenvolvimento de doenças. Ou seja, o fator de risco das doenças profissionais é, essencialmente, exógeno (externo) e, no caso das doenças profissionais, ocupacional. As doenças profissionais caracterizem-se, ainda, por possuírem nexo causal presumido, ou seja, se o trabalhador for diagnosticado com silicose e trabalhar em atividade com exposição ocupacional à sílica livre presume-se que a poeira da sílica foi o agente causador dessa doença profissional. Já as doenças do trabalho não possuem nexo causal presumido, a relação doença-trabalho deverá ser comprovada, ou seja, o nexo é de natureza epidemiológica. Calma! Desenvolveremos esse tema na aula sobre Acidentes do Trabalho. - Página 14

15 Já a doença do trabalho (ou mesopatia) é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele (trabalho) se relacione diretamente, constante da relação elaborada pelo MPS (Anexo II do Regulamento da Previdência Social (RPS) Decreto 3.048/1999). 3 - (CESPE/Engenharia Civil-TRT 8ª Região) Doença profissional é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado. As condições especiais em que o trabalho é realizado pode desencadear a doença do trabalho. A doença profissional é desencadeada pelo exercício de um trabalho peculiar a determinada atividade. (ERRADO). No caso das doenças do trabalho, também serão os agentes ocupacionais os causadores da doença, no caso concreto analisado. Porém, haverá possibilidade de desenvolvimento da doença sem exposição a agentes ocupacionais. Isso pode ocorrer em razão da variabilidade de agentes causadores da doença ou de sua presença em diversos ambientes. Os fatores causadores de doenças do trabalho, em regra, são exógenos (externos), mas podem também ser endógenos (internos). O que é importantíssimo memorizar (para diferenciá-las das doenças profissionais) é o fato das doenças classificadas como do trabalho não serem desenvolvida exclusivamente no ambiente laboral. No caso do trabalhador portador de doença do trabalho, este foi o responsável pelo desenvolvimento ou desencadeamento da doença, mas poderia ter sido outra a causa da doença. A dona de casa, o desempregado e a criança também poderiam ter adquirido a mesma doença, nesses casos, causada por fatores não ocupacionais. Ok? São exemplos de doenças do trabalho a asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR), as doenças musculoesqueléticas e os transtornos mentais. Essa relação é meramente exemplificativa. Perceba que não é somente os trabalhadores que podem desenvolver asma, por exemplo. - Página 15

16 Doença Profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. Doença do Trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente. Outro detalhe importante: não são somente as doenças constantes da relação elaborada pelo MPS que podem ser consideradas doenças do trabalho. Em caso excepcional, ao se constatar que a doença não incluída na relação resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la doença do trabalho. Desenvolveremos esse tema ao estudar o nexo técnico. 4 - (CESPE/Analista em Geociência/Direito-CPRM) A doença do trabalho considerada acidente de trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente, conforme rol constante em norma previdenciária. Em caso excepcional, entretanto, ainda que não prevista em norma, poderá ser considerada doença do trabalho aquela que resultar das condições especiais em que o trabalho seja executado e que com ele se relacione diretamente. O anexo II do Regulamento da Previdência Social (RPS) elenca as entidades mórbidas já reconhecidas como doenças profissionais ou doenças do trabalho. Contudo, o fator que determina o enquadramento da doença como decorrente do trabalho é a relação doençatrabalho, ou seja, o nexo (relação de causalidade) existente entre o trabalho e o desenvolvimento da doença. Dessa forma, qualquer doença comum poderá vir a ser considerada doença do trabalho, desde que ficar comprovado que ela é resultante das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relacione diretamente. (CORRETO) - Página 16

17 Classificação Previdenciária Doença Profissional Doença do Trabalho Trabalho peculiar a determinada atividade Condições especiais em que o trabalho é realizado Segundo disposto na legislação previdenciária, não são consideradas doenças do trabalho as doenças degenerativas, as doenças inerentes a grupo etário, as doenças que não produzam incapacidade laborativa e as doenças endêmicas adquiridas por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. - As doenças degenerativas são aquelas que causam alterações no funcionamento de uma célula, órgão ou tecido. Surgem devido a hábitos alimentares errados, falta de exercícios físicos ou erro genético, e provocam alterações em vasos sanguíneos, ossos, visão ou órgãos internos, por exemplo, levando a degeneração de todo o organismo. São exemplos o diabetes e o Mal de Alzheimer. - As doenças inerentes a grupo etário são aquelas que têm a idade como fator determinante de sua ocorrência. Como exemplo, tem-se a perda da acuidade auditiva iniciada a partir de certa idade, resultante do envelhecimento das células sensoriais. Podem ser degenerativas ou não. - A doença que não produza incapacidade laborativa pode ser qualquer doença, basta que ela não retire a capacidade para o trabalho. Podemos citar, por exemplo, a azia, a gastrite e a gripe, que, em patamares moderados, não impedem o desenvolvimento de atividades laborais. - As doenças endêmicas são aquelas com grande incidência em determinada região, sendo de difícil erradicação. São doenças típicas de determinadas regiões ou países e se disseminam rapidamente num dado segmento da população. - Página 17

18 O aspecto determinante para uma doença ser endêmica é o fato de a causa do grande número de portadores da doença ser de natureza local. A doença endêmica não pode se espalhar para localidades em que as características que a sustentam (os vetores transmissores da doença, principalmente) não estiverem presentes. Um exemplo de doença endêmica no Brasil é a malária, que está presente em diversos estados da região norte do país. Podem ser consideradas endêmicas a dengue, a leishmaniose, a febre amarela, a doença de chagas, a tuberculose, entre outras. Não são doenças do trabalho: Degenerativa Inerente a grupo etário Não produza incapacidade Endêmica Salvo se resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 5 - (CESPE/Engenharia Civil-TRT 8ª Região) Doença degenerativa é considerada doença do trabalho. Doenças degenerativas são aquelas que causam alterações no funcionamento de uma célula, órgão ou tecido e que levam a degeneração do organismo. O exemplo clássico é o Mal de Alzheimer. Doenças degenerativas não são consideradas doenças do trabalho, pois a causa dessas doenças não é o trabalho, mas falhas genéticas, hábitos alimentares errados ou falta de exercícios físicos, por exemplo. (ERRADO) - Página 18

19 6 - (CESPE/Perito/Engenharia Civil-MPU) A doença que não resulte em incapacidade laborativa pode ser considerada uma doença do trabalho. Se a doença não retirar a capacidade do indivíduo para o trabalho não será considerada uma doença do trabalho. (ERRADO) 7 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-FUB) Se a região em que a doença endêmica se desenvolve também for o local de trabalho, ela é considerada doença ocupacional; nesse caso, não há a necessidade de comprovação de que a doença endêmica é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. A dengue, por exemplo, é uma doença endêmica em algumas regiões do país. Em regra, doenças endêmicas não são consideradas doenças do trabalho. Contudo, caso a dengue decorra da exposição ocupacional ao mosquito aedes aegypti, em atividades desenvolvidas em zonas endêmicas, a doença será considerada doença do trabalho. Porém, deverá ser comprovado que a doença é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Poderia ocorrer, por exemplo, com os agentes de combate a endemias. (ERRADO) 8 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) Considera-se doença do trabalho a doença inerente ao grupo etário do segurado. Doenças inerentes a grupo etário são aquelas que têm a idade como fator determinante de sua ocorrência. Não são consideradas doenças do trabalho. (ERRADO) - Página 19

20 Vejamos a diferença entre endemia, epidemia e pandemia. Endemia É uma doença localizada em um espaço limitado. Manifesta-se apenas numa determinada região. A causa é local, não se espalha para outras comunidades. Tem duração contínua. Exemplo: a malária na Amazônia. Ocorre apenas onde há incidência do transmissor da doença (vetor). Epidemia É uma doença infecciosa e transmissível. Pode se espalhar rapidamente para outras regiões. Poderá ocorrer devido à mutação do agente transmissor ou surgimento de agente transmissor desconhecido. Exemplo: a gripe do frango, quando surgiu. Pandemia É uma epidemia de grandes proporções. Pode se espalhar por tudo o mundo, causar inúmeras mortes e até extinguir uma população. Exemplo: peste negra (peste bubônica que varreu a Europa no Séc. XIV) e gripe espanhola (influenza A que se espalhou pelo mundo em 1918). Para finalizar este tópico, é importante ressaltar que a doença endêmica será considerada doença do trabalho quando comprovada que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Como exemplo, podemos citar o caso de um agente de saúde contratado por um município do interior do Amazonas para trabalhar na prevenção e doenças dos povos ribeirinhos. Ademais, conforme já destacado, tanto a doença profissional como a doença do trabalho são equiparadas a acidentes do trabalhado para fins previdenciários. Vamos ver mais algumas questões? 9 - (CESPE/Médico do Trabalho-FHS/SE) Entende-se por tecnopatia a doença profissional típica, desencadeada pelo exercício peculiar a determinada atividade. - Página 20

21 Tecnopatia é a doença profissional. Mesopatia é a doença do trabalho (CORRETO) (CESPE/Analista/Enfermagem-MPU) As doenças relacionadas ao trabalho, ao contrário das doenças profissionais, não têm identificação com determinado tipo de ocupação, mas apresentam, entre outras condições de risco, maior incidência em trabalhadores envolvidos em determinadas atividades. Nesta questão o CESPE utilizou a expressão doenças relacionadas ao trabalho com o significado de doença do trabalho. As doenças profissionais são identificadas com uma determinada ocupação, ou seja, com o exercício de trabalho peculiar (inerente, característico) a determinada atividade. Já a doença do trabalho, em que pese não ter identificação peculiar com nenhuma atividade, pode ocorrer de forma mais significativa em determinados grupos de trabalhadores. É o caso da depressão e da síndrome do pânico, por exemplo, muito observada atualmente entre trabalhadores que operem em sistema de teleatendimento. (CORRETO) 11 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) Não são consideradas como doença do trabalho: a doença degenerativa; a inerente a grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; a endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que esta seja resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Literalidade do 1º do Art. 20 da Lei /91. (CORRETO) 12 - (CESPE/Auxiliar de Enfermagem do Trabalho-Correios) Doença endêmica adquirida por trabalhador segurado habitante de região em que ela se desenvolva, ainda que resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho, não é considerada doença do trabalho. Em regra, a doença endêmica adquirida por habitante de região em que ela se desenvolva não é considerada doença do trabalho. Contudo, em caso de comprovação de que a doença é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho, a doença endêmica será considerada doença do trabalho. (ERRADO). - Página 21

22 2.2. Classificação de Schilling A classificação de Schilling é uma das classificações de doenças relacionadas ao trabalho citadas pelo Ministério da Saúde no Manual de Doenças Relacionadas ao Trabalho e muito cobrada em concursos. Richard Schilling foi professor da London School of Hygiene and Tropical Medicine do Reino Unido e, em 1984, publicou uma obra em que alertava sobre a importância da prevenção das doenças ocupacionais, mediante uma acurada identificação dos riscos e dos efeitos adversos nos trabalhadores. Para isso, segundo Schilling, é necessário conhecer as múltiplas causas das doenças, visto que esta é produto da interação do trabalhador com o meio ambiente e com o seu próprio comportamento. Sua classificação tornou-se clássica e vem sendo utilizada tanto no meio acadêmico quanto pelo Ministério da Saúde. Schilling divide as doenças ocupacionais em três grupos: Grupo I Grupo II Grupo III Doenças em que o trabalho é a causa necessária. Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário. Doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa da doença. No primeiro grupo de Schilling estão as doenças em que o trabalho é, necessariamente, a causa do agravo, ou seja, não haveria doença se o trabalhador não estivesse exposto ao agente no ambiente de trabalho. Fica fácil perceber a estreita relação do grupo I de Schilling com as doenças profissionais. O trabalho é a razão determinante dessas doenças e elas não existiriam sem a exposição ocupacional. Todavia, essa relação é relativa, não significa que toda doença enquadrada no grupo I de Schilling será uma doença - Página 22

23 profissional. Há doenças do trabalho (classificação previdenciária) enquadrada no Grupo I de Schilling. O fator determinante da classificação é a exposição do trabalhador no caso concreto e a existência ou não de outros fatores de risco concomitantes. Veremos isso em detalhes ao estudar as doenças em espécie. Fazem parte desse grupo, em regra, as doenças profissionais a as intoxicações agudas originadas no ambiente laboral. Exemplo: silicose (doença pulmonar causada pela exposição à sílica) e saturnismo (intoxicação por chumbo) (CESPE/Médico do Trabalho-TJ/SE) Um trabalhador de trinta e oito anos de idade atua em uma indústria desde os vinte e dois anos, produzindo utensílios de porcelana para cozinha. Há cerca de um mês vem apresentando dispneia aos esforços e astenia, motivo pelo qual procurou o serviço de saúde ocupacional da fábrica onde trabalha. Foram solicitados exames complementares, que atestaram o diagnóstico de silicose crônica, não associada à tuberculose. Esse caso deve ser considerado como uma doença profissional, classificada no grupo I de Schilling. A silicose é uma doença peculiar às atividades que exponham os trabalhadores à sílica livre cristalizada (quartzo). Dessa forma, é classificada como doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (grupo I de Schilling). (CORRETO) 14 - (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-Prefeitura de São Luís/MA) A silicose e a intoxicação por chumbo são classificadas no grupo I de Schilling. A silicose (pneumoconiose causada pela inalação de poeira de sílica) e a intoxicação por chumbo são exemplos clássicos de doenças profissionais e de doenças em que o trabalho é a causa necessária. Enquadram-se, portanto, no Grupo I de Schilling. (CORRETO) O Grupo II de Schilling abrange as doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco contributivo, mas não necessário. Uma pessoa poderá desenvolver a mesma doença independentemente do trabalho. Contudo, nos casos de exposição ocupacional ao agente de risco, este será um fator que contribuirá para o aparecimento precoce da doença ou para a potencialização de seus efeitos. - Página 23

24 Nesse grupo, incluem-se doenças comuns, mas que são frequentes em determinados grupos ocupacionais e para as quais o nexo é de natureza eminentemente epidemiológica (veremos esse assunto na aula sobre acidente de trabalho). Como exemplo, tem-se a hipertensão arterial e as neoplasias malignas (cânceres). A maioria das doenças enquadradas neste grupo são aquelas multicausais, ou seja, com diversos fatores de risco, alguns ocupacionais e outros não, muitas vezes atuando em conjunto (concausas). Nesses casos, é possível que entre os trabalhadores expostos alguns desenvolvam a doença e outros não. Terão mais chances de desenvolver a doença aqueles que, concomitantemente, foram expostos a outros fatores de risco. Como exemplo, temos o trabalhador fumante que desenvolve algum tipo de câncer ocupacional (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TJ/AL) De acordo com a classificação de Schilling, o câncer de estômago em trabalhadores expostos ao amianto está inserido no grupo I. O câncer de estômago não é uma doença em que o trabalho é a causa necessária. O câncer é uma doença em que o trabalho pode ser um fator de risco contributivo. Portanto, classifica-se no grupo II de Schilling. (ERRADO) 16 - (CESPE/Médico do Trabalho-SERPRO) O quadro de tuberculose diagnosticada em trabalhador de laboratório de biologia pode ser enquadrado no grupo II de Schilling. A tuberculose relacionada ao trabalho, como no caso de trabalhadores em laboratórios de biologia e em atividades que propiciam contato direto com produtos contaminados ou com doentes portadores do bacilo, é classificada no Grupo II da Classificação de Schilling, uma vez que o trabalho pode ser um fator de risco contributivo. (CORRETO) Já o Grupo III de Schilling relaciona-se às doenças em que o trabalho é o provocador de um distúrbio latente (existente, mas oculto) ou agravador de doença já estabelecida. Exemplos: doenças alérgicas de pele, doenças respiratórias e distúrbios mentais em determinados grupos ocupacionais ou profissões. Nesse caso, a doença já existe, de forma expressa ou velada, e o trabalho contribuirá para a manifestação ou o agravamento da doença. - Página 24

25 Perceba que a diferença entre esse grupo e o anterior é a pré-existência da doença ou a pré-disposição do organismo do trabalhador ao desenvolvimento de alguma patologia. Um trabalhador com hipersensibilidade terá muito mais chances de desenvolver dermatite de contato alérgica (doença de pele) do que um trabalhador sem essa hipersensibilidade (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TJ/DF) Varizes de membros inferiores são incluídas no grupo II da classificação de Schilling, que tem o trabalho como provocador de distúrbio latente ou agravante de doença já estabelecida. O grupo II de Schilling elenca as doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco contributivo para o surgimento da doença. Já o grupo III se refere àquelas doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente. As varizes de membros superiores têm o trabalho como fator de risco contributivo, classificando-se no grupo II de Schilling. (ERRADO) No Manual de Doenças Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Saúde, encontramos o quadro abaixo. Atente-se para os exemplos de doenças classificadas em cada grupo, segundo Schilling, pois são as doenças mais cobradas em concursos neste tópico da disciplina. - Página 25

26 Grupo I Trabalho é causa necessária Classificação de Schilling Grupo II Trabalho é fator de risco contributivo Grupo III Trabalho provoca um distúrbio latente ou agrava doença já estabelcida 2.3. Classificação de René Mendes A terceira classificação de doenças relacionadas ao trabalho que vamos conhecer consta no Manual de Doenças Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Saúde. Essa classificação tem origem na obra Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador de René Mendes e Elizabeth Costa Dias. Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com o trabalho. Doenças comuns eventualmente modificadas no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas condições de trabalho. Doenças comuns que têm o conjunto de causas ampliado ou tornado mais complexo pelo trabalho. Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais. Com a leitura atenta do quadro acima, é possível perceber que o primeiro grupo, a princípio, não tem relação alguma com o trabalho, ou seja, são doenças comuns. Já os três últimos grupos são compostos pelas doenças relacionadas ao trabalho, sendo a natureza dessa relação sutilmente distinta em cada grupo. No grupo II (doenças comuns eventualmente modificadas no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu surgimento) incluem-se - Página 26

27 as doenças infecciosas, neoplásicas, traumáticas, etc. de origem ocupacional. Como exemplo, tem-se a hipertensão arterial em motoristas de ônibus urbanos. Tem relação com o grupo III de Schilling. Como exemplos do grupo III (doenças comuns que têm o conjunto de causas ampliado ou tornado mais complexo pelo trabalho), podemos citar a asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR), as doenças musculoesqueléticas e alguns transtornos mentais. Nesse caso, o trabalho tem efeito aditivo ou sinérgico nas condições provocadoras ou desencadeadoras dessas doenças. Tem relação com o grupo II de Schilling. Os grupos II e III, portanto, são formados por doenças causadas por múltiplos fatores de risco. Como são doenças comuns, o trabalho pode ser entendido como um fator de risco, ou seja, há uma exposição ocupacional que aumenta a probabilidade de ocorrência da doença. O grupo IV da classificação de René Mendes & Elizabeth Dias, por sua vez, inclui os agravos específicos, as intoxicações agudas e as doenças profissionais, ou seja, o trabalho ou as condições em que ele é realizado constituem a causa direta da doença. A relação causal é direta e imediata (nexo causal presumido). Tem relação com o grupo I de Schilling. Antes de adentrarmos no estudo das doenças ocupacionais em espécie, vamos ver mais algumas questões de concursos (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-FUB) De acordo com a classificação de Schilling, as doenças do grupo I, em que o trabalho é causa necessária, são tipificadas pelas doenças profissionais e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional. A questão fez a relação entre o grupo I de Schilling (trabalho como causa necessária) e o grupo IV de Mendes & Dias (agravos específicos tipificados pelas doenças profissionais e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional). (CORRETO) 19 - (CESPE/Analista em C & T Jr./Médico do Trabalho-INCA) As doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho são classificadas no grupo I - Página 27

28 de Schilling. As doenças infecciosas e parasitárias são doenças comuns que podem ter aumento na sua frequência, ocorrência ou precocidade alterados em razão da exposição ocupacional. São classificadas, portanto, no grupo II da Schilling. No grupo I classificam-se as doenças em que o trabalho é a causa necessária. (ERRADO) 20 - (CESPE/Perito/Engenharia de Segurança do Trabalho-MPU) A asbestose, por ser doença profissional dose-dependente dos níveis de concentração de fibras de asbesto no ar, é classificada no grupo II da classificação de Schilling. A silicose é uma doença profissional, ou seja, doença em que o trabalho é a causa necessária, sendo classificada no grupo I de Schilling. (ERRADO) 3. Doenças Ocupacionais em Espécie Neste tópico, iniciaremos o estudo das principais doenças ocupacionais que afetam os trabalhadores. Vamos abordar de forma bem objetiva os cinco aspectos que podem ser cobrados em concursos: o conceito da doença, os principais sintomas, a classificação, a causa (agente causador) e as atividades econômicas e profissões em que mais ocorrem as doenças. Conceito: falaremos de forma objetiva e com a linguagem mais acessível possível em que consiste a doença, os órgãos afetados e outras informações relevantes para concursos. Principais sintomas: serão abordadas as principais implicações da doença no organismo dos trabalhadores. O passo a passo percorrido pelo agente no organismo que acarreta o adoecimento pode ser chamado de mecanismo patológico ou fisiopatologia. Classificação: conforme a classificação previdenciária e de Schilling. Não abordaremos a classificação de René Mendes em cada doença, pois não tem sido cobrada em concursos. Causa: o agente causador da doença é chamado de agente etiológico e seu estudo de etiologia. - Página 28

29 Atividades econômicas: vamos destacar quais profissões ou atividades mais adoecem os trabalhadores em cada caso Doenças Respiratórias Causadas por Poeiras Inorgânicas As doenças respiratórias são causadas por gases ou poeiras com propriedades químicas danosas. As pneumoconioses estão entre as doenças relacionadas ao trabalho mais comuns que atingem o sistema respiratório Pneumoconioses Pneumoconioses são doenças pulmonares que ocorrem devido à poluição do ar nos ambientes de trabalho. Normalmente não apresentam nenhum sintoma (são assintomáticas) nas fases iniciais da doença. Dessa forma, o principal meio para a identificação e intervenção precoce é a realização de radiografia de tórax de forma periódica. Consiste em uma reação inflamatória que vai se agravando progressivamente em razão do excesso de poeira depositado nas paredes pulmonares, decorrente do tempo de exposição às poeiras no local de trabalho. POEIRA ORGÂNICA Tem origem em animais (pelo, dejetos secos, etc.) e plantas (cereais, forragens, feno, serragem, madeira, etc.). POEIRA INORGÂNICA Originada no solo e na atividade de mineração, como a poeira de asbesto, sílica, carvão mineral, etc. As pneumoconioses podem ser fibrogênicas ou não fibrogênicas. As pneumoconioses não fibrogênicas são aquelas que não produzem fibrose pulmonar (espécie de cicatriz no tecido pulmonar). Por essa razão, não causam disfunção respiratória. São exemplo a siderose, a estanhose e a beriliose. São consideradas benignas. As pneumoconioses fibrogênicas são aquelas que podem causar a fibrose do parênquima pulmonar (tecido que contém o conjunto de células responsáveis pela função principal do pulmão). Se a exposição ocupacional não for interrompida, a fibrose pode progredir e fazer com - Página 29

30 que o pulmão perca a capacidade de respirar. Isso ocorre, pois o excesso de poeira depositada nas paredes pulmonares reduz a elasticidade do tecido pulmonar (vai cicatrizando e empedrando o tecido) e o processo de respiração torna-se cada dia mais difícil. São exemplos a silicose, a asbestose e a pneumoconiose dos mineiros. São consideradas malignas. Vamos ver rapidamente o que uma pneumoconiose fibrogênica faz com o organismo do trabalhador ( mecanismo patogênico da doença): A fibra de poeira inalada penetra no parênquima pulmonar e desencadeia um edema (inflamação - acúmulo de líquido) nas células alveolares (células localizadas no tecido pulmonar). Após, surge uma alveolite descamativa (doença pulmonar de evolução lenta), dispneia (dificuldade de respirar) e tosse, que evoluem para insuficiência respiratória. Ocorre o espessamento das paredes alveolares, surgem áreas calcificadas (empedradas) e ocorre a diminuição progressiva da capacidade de respirar. A cicatrização do tecido pulmonar ocorre devido à tentativa do organismo de dissolver as fibras da poeira inorgânica (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) O termo pneumoconiose refere-se às doenças causadas pela inalação de aerossóis sólidos e à consequente reação tecidual do parênquima pulmonar. As pneumoconioses são causadas pela inalação de poeiras, ou seja, de aerodispersóides sólidos (ou aerossóis). A doença causa inflamação e fibrose no tecido pulmonar (parênquima tecido que contém o conjunto de células responsáveis pela função principal do órgão). (CORRETO) As principais pneumoconioses que interessam ao nosso estudo são as seguintes: - Página 30

31 PNEUMOCONIOSES Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (Pneumoconiose dos mineiros). Pneumoconiose causada por asbesto (asbestose). Pneumoconiose causada por poeira de sílica (silicose). Outras pneumoconiose, como beriliose, siderose e estanhose. Todas essas pneumoconioses são consideradas doenças profissionais (classificação previdenciária) e doenças em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). As pneumoconioses relacionadas ao trabalho são consideradas doenças profissionais ou doenças em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Doenças Pulmonares Podem ser fibrogênicas ou não fibrogênicas Assintomáticas no início. São doenças profissionais Causadas por poeiras orgânicas ou inorganicas. São doenças do grupo I de Schilling Pneumoconiose dos Mineiros Também chamada de pneumoconiose dos trabalhadores do carvão, doença do pulmão negro ou antracose. É uma doença profissional causada pela inalação de poeiras de carvão mineral. A doença caracteriza-se pela deposição de poeiras de carvão mineral nos alvéolos pulmonares. A principal fonte de exposição ocupacional é a extração de CARVÃO MINERAL (atividade de mineração). Esse detalhe é de suma importância e foi cobrado no último concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho. Há diferença entre - Página 31

32 carvão mineral e carvão vegetal. Este último raramente é associado à pneumoconioses (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho-MTE) A principal causa da pneumoconiose em trabalhadores que lidam com o carvão é a exposição ocupacional ao carvão vegetal proveniente da parte lenhosa de madeiras não resinosas. O agente causador (agente etiológico) da pneumoconiose dos mineiros é o carvão mineral. (ERRADO) CARVÃO MINERAL Formado há milhares de anos por meio da decomposição de matéria orgânica (troncos, raízes, galhos). Com o tempo e a pressão acumulada, a matéria orgânica transformou-se nas atuais jazidas de carvão mineral. É utilizado, por exemplo, como fonte de energia para indústrias siderúrgicas na produção do aço. CARVÃO VEGETAL Formado pela queima (carbonização) da madeira. É utilizado usualmente como combustível para lareiras, churrasqueiras, fogões a lenha e em alguns setores da indústria. Outro fator de risco para a pneumoconiose dos trabalhadores do carvão é a exposição ocupacional a poeiras de sílica-livre cristalizada. A pneumoconiose dos mineiros é uma doença crônica e irreversível que pode se apresentar de duas formas: simples e complicada. A forma simples tem evolução lenta e pouco sintomática. A forma complicada acarreta fibrose progressiva, alterações funcionais respiratórias e pode levar à morte. - Página 32

33 A mineração de carvão é a principal atividade econômica em que ocorre a exposição dos trabalhadores à poeira do carvão mineral. Os fatores que influenciam a forma da doença são a concentração de poeira no ar, a presença de sílica, o tempo de exposição e a suscetibilidade individual de cada trabalhador. O diagnóstico é feito através da história ocupacional e de radiografias de tórax. Não há tratamento específico para a doença, apenas para redução dos sintomas (tratamento paliativo). As principais medidas de prevenção da pneumoconiose dos trabalhadores do carvão são a realização periódica de radiografias de tórax e o controle da exposição à poeira de carvão mineral, como a substituição de perfuração a seco por processos úmidos, a ventilação adequada após detonações, o enclausuramento de processos e o isolamento de setores de trabalho, o monitoramento ambiental, as mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o tempo de exposição, o uso de equipamentos de proteção individual, entre outras (CESPE/Perito/Engenharia de Segurança do Trabalho-MPU) A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão caracteriza-se por neuropatia de evolução rápida e muito sintomática, porém reversível. A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão afeta o pulmão, sendo uma doença profissional causada pela inalação de poeiras de carvão mineral. É uma doença crônica e irreversível. As pneumoconioses normalmente não apresentam nenhum sintoma (são assintomáticas) nas fases iniciais da doença. Neuropatias são doenças que afetam o sistema nervoso e não possuem relação direta com as pneumoconioses. (ERRADO) - Página 33

34 PNEUMOCONIOSE DOS MINEIROS Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional 24 - (CESPE/Analista Judiciário/Engenharia Elétrica TRT 10ª Região) A pneumoconiose, doença pulmonar causada pela inalação de poeira no local de trabalho e que afeta, por exemplo, trabalhadores em minas de carvão, é classificada pelo Ministério do Trabalho e Emprego como doença do trabalho. A pneumoconiose dos mineiros (ou pneumoconiose dos trabalhadores do carvão) é uma doença profissional, pois tem o carvão mineral como único agente causador da doença. Ou seja, a exposição ocupacional é a causa necessária da doença. (ERRADO). A pneumoconiose dos mineiros é considerada doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Pulmão Negro ou Antracose Causada por carvão MINERAL Agravada pela presença de Sílica. Crônica e Irreverssível Doença profissional ou Grupo I de Shilling Pode acarretar fibrose Asbestose A asbestose é uma pneumoconiose causada pela inalação de fibras de asbesto ou amianto. O asbesto (ou amianto) é uma variedade fibrosa de minerais metamórficos. É um material flexível e muito resistente, constituído por feixes de fibras finas, longas e facilmente separáveis. Produz partículas de poeiras muito pequenas que podem ser inaladas e causar graves problemas de saúde. O asbesto (ou amianto) pode ser classificado em dois grandes grupos: serpentinas e anfibólios. O crisótilo é o principal tipo de amianto do grupo das serpentinas. É também chamado de asbesto branco, sendo o principal asbesto usado na indústria brasileira. Já o grupo dos anfibólios possui diversas - Página 34

35 variedades, como a amosita (asbesto marrom), a crocidolita (asbesto azul), a tremolita e a actinolita (asbestos cinza ou verde ). No Brasil, conforme o Anexo 12 da NR 15, é proibida a mineração e a utilização de qualquer tipo de asbesto do grupo anfibólio e dos produtos que contenham estas fibras. Por outro lado, é permitida a utilização de asbesto do grupo das serpentinas (crisótilo asbesto branco). O Brasil é o terceiro maior produtor, o quarto maior consumidor e o segundo maior exportador mundial de amianto. A maior parte da produção é destinada à fabricação de telhas de fibrocimento e caixas d'água (indústria da construção civil) e em embreagens e freios de automóveis (indústria automobilística). O amianto já foi banido em mais de 60 países, notadamente naqueles mais desenvolvidos, como EUA e na União Europeia, sendo substituído por fibras menos nocivas à saúde. A asbestose é uma pneumoconiose de origem exclusivamente ocupacional, que aparece após dez ou mais anos de exposição continuada (doença crônica). Causa fibrose intersticial (do tecido) no interior do parênquima pulmonar (parte do pulmão em que ocorrem as trocas gasosas e em que se localizam os alvéolos, brônquios e bronquíolos). A fibrose é uma espécie de cicatrização do tecido pulmonar que ocorre devido à tentativa fracassada do organismo de dissolver as fibras do amianto. O pulmão, pouco a pouco, vai perdendo a elasticidade (empedrando) e a capacidade respiratória. No início a asbestose é assintomática (não apresenta sintomas), progredindo para dispneia dos esforços (dificuldade de respirar), estertores crepitantes (ruídos na inspiração e na expiração que podem indicar inflamação ou edema pulmonar) e alterações funcionais e opacidades (manchas) no pulmão. As principais atividades econômicas em que ocorre a exposição dos trabalhadores às fibras do asbesto são a mineração, o beneficiamento e a manufatura de produtos têxteis contendo amianto. Além disso, atividades que envolvem contato com lonas de freios e cimento-amianto também estão entre as que mais exponham os trabalhadores ao asbesto. As exposições crônicas são mais comuns na construção civil (encanadores e reforma de telhados) e na manutenção de fornos, caldeiras ou tubulações com materiais refratários. - Página 35

36 O asbesto é um agente químico comprovadamente cancerígeno. Assim, o câncer de pulmão é uma decorrência frequente da asbestose. Não há tratamento específico para a asbestose. A prevenção seria a substituição de substâncias e agentes cancerígenos por outros não cancerígenos ou menos nocivos. Ou seja, extinguir o uso de amianto no Brasil. As principais medidas de proteção são a substituição de substâncias cancerígenas por outras não cancerígenas, a redução do número de trabalhadores expostos, a informação aos trabalhadores e a realização dos exames médicos. Como medidas de controle ambiental podemos citar o enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, a umidificação dos processos, a colocação de sistemas de ventilação exaustora e de ventilação geral, o monitoramento sistemático das concentrações de fibras no ar, a limpeza a úmido ou lavagem com água das superfícies do ambiente, o uso de equipamentos de proteção individual, entre outras. Segundo o disposto na NR 15, é proibido apenas o uso de asbesto do tipo anfibólio. O limite de tolerância para o asbesto do tipo crisótila é de 2,0 fibras/cm³. Asbestos do grupo anfibólio (actinolita, amosita, antofilita, crocidolita, tremolita) são proibidos no Brasil. Asbesto crisótila (branco) limite de tolerância é de 2,0 fibras/cm³. - Página 36

37 ASBESTOSE Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional A asbestose é considerada doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Causada por asbesto ou amianto Fibrogênica Crônica e Irreverssível Doença profissional ou Grupo I de Shilling 25 - (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho-MTE) No Brasil, o uso da maior parte dos asbestos é proibido, exceto o crocidolita, cujo limite de tolerância mostra-se inferior ao proposto pelos organismos internacionais de saúde e segurança do trabalho. O uso da maior parte dos asbestos realmente é proibido no Brasil. É permitido apenas o uso do asbesto branco (tipo crisólita). O limite de tolerância nacional para o asbesto branco está acima dos padrões internacionais. Em mais de sessenta países, inclusive na União Europeia, o asbesto é proibido sob qualquer de suas formas. O limite de tolerância recomendado pelas organizações internacionais, como a Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH) e a Occupational Safety & Health Administration (OSHA) é de 0,1 fibras/cm³ (o limite brasileiro é de 2,0 fibras/cm³). Além disso, o asbesto do tipo crocidolita é uma espécie de asbesto azul e tem seu uso proibido no país. (ERRADO). 26 (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-FHS/SE) A asbestose é uma doença causada pela alta concentração de fibras de amianto nos alvéolos pulmonares. A asbestose é causada pela deposição de fibras de asbesto (ou amianto) nos alvéolos pulmonares. Provoca uma reação inflamatória, seguida de fibrose que reduz a capacidade - Página 37

38 de respiração e gera a incapacidade para o trabalho. (CORRETO) 27 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) Asbestose tem como agente etiológico o amianto. Agente etiológico é o agente causador da doença. É a inalação de fibras de amianto (ou asbesto) o causador da asbestose (CORRETO) Silicose A silicose é uma pneumoconiose causada pela inalação de poeira de sílica livre cristalizada (quartzo). A doença normalmente é assintomática no início, mas com o tempo as lesões vão progredindo, caso não seja interrompida a exposição, podendo levar à insuficiência respiratória. As lesões decorrentes da doença (como a fibrose pulmonar) são irreversíveis. A interrupção da exposição pode cessar a evolução da doença, mas não haverá regressão dos efeitos. O risco de desenvolvimento e de progressão da doença é maior para portadores de outras doenças respiratórias, para trabalhadores com suscetibilidade individual e para os trabalhadores sujeitos à exposição excessiva (concentração e tamanho das partículas de sílica livre respirável x do tempo de exposição). Por isso, diz-se que é uma doença dose-dependente, ou seja, depende de exposição excessiva (quantidade e tempo de exposição). Doença dose-dependente: depende de exposição excessiva (quantidade e tempo de exposição). Ex: pneumoconiose dos mineiros e silicose (é a regra geral). Doença não dose-dependente: não depende de grandes inalações de poeiras para se desenvolver. Basta uma exposição. Ex: mesoteliomas. Os fatores de risco que contribuem para o adoecimento são a concentração total de poeira respirável, a dimensão das partículas (as menores de Página 38

39 micrômetros podem atingir os alvéolos pulmonares), a composição mineralógica da poeira respirável (em % de sílica livre) e o tempo de exposição. A exposição à sílica é comum em atividades como jateamento de areia, o trabalho em pedreiras, a preparação de mistura a seco na produção de cerâmica branca ou porcelana, a extração de minérios, especialmente em minas subterrâneas, fundições de metais que utilizam moldes de areia (principalmente no desmonte dos moldes e lixamento das peças ainda com areia aderida à superfície) e a atividade de construção/reforma de fornos industriais com o corte e lixamento a seco de tijolos refratários. Também são fontes de exposição à silicose a fabricação de material refratário para fornos e chaminés e a instalação de tijolos refratários na indústria do aço. A sílica também é utilizada na fabricação de vidros, porcelanas, cerâmicas, louças, lixas, saponáceos, pós e pastas para desbaste e polimento de metais e pedras preciosas. A perfuração de poços em áreas secas do Nordeste e o jateamento de areia em estaleiros também constituem atividades de alto risco de exposição. A atividade de jateamento de areia está entre aquelas que mais expõem os trabalhadores à silicose. De acordo com o Anexo XII da NR 15, é proibido o processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou úmida como abrasivo. Outro detalhe importante: a silicose é a pneumoconiose com maior número de casos registrados na Brasil. Ou seja, é a pneumoconiose mais frequente. - Página 39

40 A silicose é a pneumoconiose mais frequente no Brasil. A silicose pode apresentar-se de três formas: aguda, subaguda e crônica. A forma aguda é rara e decorre da exposição excessiva à sílica livre, em jateamento de areia ou em moagem de quartzo puro, por exemplo. Aparece dentro dos cinco primeiros anos de exposição e a sobrevida do trabalhador é em torno de um ano. A forma subaguda surge com aparecimento precoce de nódulos de rápida evolução, normalmente após cinco anos de exposição. Os cavadores de poços são os trabalhadores mais sujeitos a essa forma da doença. Já a silicose crônica tem período de latência longa (dez anos após o início da exposição). Os sintomas aparecem nas fases tardias da doença. É a forma mais comum. Doença Aguda: é aquela com período de latência curto, decorrente de um processo saúde-doença súbito, completando seu ciclo em tempo curto ou moderado, seja a cura ou a morte. Doença Crônica: é aquela com período de latência longo, decorrente de um processo saúde-doença insidioso, com caráter progressivo. Os sintomas normalmente aparecem após dez anos, com a doença já estabelecida. Período de latência é a diferença de tempo entre o início do processo de adoecimento e o momento em que os seus sintomas se tornam perceptíveis. Não há tratamento específico para a silicose. O trabalhador deve ser imediatamente afastado da exposição. A prevenção da silicose baseia-se nos procedimentos de vigilância dos ambientes e dos processos de trabalho. Como - Página 40

41 SILICOSE Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional exemplos de medidas de proteção ambiental podemos citar a substituição de perfuração a seco por processos úmidos, a ventilação após detonações e em áreas confinadas, a rotatividade das atividades e a implementação de turnos de trabalho reduzidos, o controle da poeira em níveis abaixo dos permitidos e com monitoramento sistemático e o fornecimento de EPI de forma complementar às medidas de proteção coletiva. A silicose é uma doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Causada por sílica livre cristalizada (quartzo) Mais frequênte no Brasil Fibrogênica Crônica (em regra) e Irreverssível Doença profissional ou Grupo I de Shilling 28 - (CESPE/Médico do Trabalho-TRT 8ª Região) A silicose, apesar da gravidade, é uma doença cujas lesões patológicas são reversíveis. A silicose é uma pneumoconiose decorrente da inalação de poeira contendo sílica livre cristalizada. É uma doença inicialmente assintomática que gera fibrose pulmonar. Os efeitos da silicose são irreversíveis e a evolução da doença somente pode ser controlada com a interrupção da exposição. (ERRADO) 29 - (CESPE/Enfermeiro do Trabalho-EMBASA) A bissinose é uma doença característica de trabalhadores que tiveram contato com jateamento de areia. A bissinose é uma doença causada pela inalação de poeiras orgânicas (estudaremos esse assunto ainda na aula de hoje). A doença característica de trabalhadores que laboram em jateamento de areia é a silicose, em razão da presença de sílica livre cristalizada na areia. (ERRADO) - Página 41

42 30 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-FUB) Devido à grande utilização da fibra do asbesto na construção civil, a asbestose é a pneumoconiose mais frequente no Brasil. A construção civil é uma das atividades em que há exposição ocupacional do trabalhado às fibras do asbesto (amianto) presente em telhas e cimentos. Contudo, as atividades econômicas em que ocorre maior exposição dos trabalhadores às fibras do asbesto são a mineração e o beneficiamento de produtos de amianto. Ademais, segundo dados do Ministério da Saúde, a pneumoconiose mais frequente no Brasil é a silicose. (ERRADO) Beriliose A partir de agora, estudaremos outras pneumoconioses causadas por exposição a poeiras inorgânicas que podem aparecer em provas de concursos. Estas são pneumoconioses não fibrogênicas. A beriliose é uma doença causada pela exposição ao berílio e pode se manifestar na forma aguda ou crônica (de 10 a 15 anos depois de cessada a exposição). O berílio é um agente químico altamente tóxico, que pode ser absorvido pelos pulmões e pela pele e depositado no baço, fígado ou ossos. O berílio é utilizado na indústria de fabricação de ligas e cerâmicas, em aparelhos de raios X e na indústria aeroespacial. Também é um isolante elétrico utilizado na indústria eletrônica como substrato de transistores, chips de computadores, bobinas, condutores, etc. A beriliose pode causar inflamação do tecido pulmonar, tosse, dificuldade para respirar, perda de peso, pedra nos rins e lesões na pele. A beriliose é uma doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). - Página 42

43 BERILIOSE Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional Causada pelo Berílio Não fibrogênica Doença profissional ou Grupo I de Shilling Siderose A siderose é uma doença causada pela exposição a poeiras ou fumos de óxido de ferro. Também pode ser chamada de pulmão do soldador. Caracteriza-se pelo surgimento de alterações radiológicas no pulmão (nódulos pulmonares). É assintomática (não apresenta sintomas), mas predispõe o trabalhador ao desenvolvimento de outras doenças respiratórias. A siderose (pulmão do soldador) afeta principalmente soldadores. Afeta principalmente indivíduos que trabalham com o corte de ferro e com solda elétrica (soldadores) na indústria siderúrgica, em metalurgias de aço e ferro e na extração de minério de ferro. A siderose é uma doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). - Página 43

44 ESTANHOSE SIDEROSE Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional Pulmão do Soldador Causada por óxido de ferro Não fibrogênica Doença profissional ou Grupo I de Shilling Estanhose A estanhose é uma doença causada pela inalação de fumos e poeiras contendo estanho. Não provoca sintomas e não acarreta fibrose pulmonar. O estanho é um metal resistente à corrosão, utilizado na indústria para revestimento e acabamento (galvanoplastia) de peças metálicas (latarias, tubulações, embalagens, etc.). Também é utilizado em soldas e na fabricação de espelhos e fungicidas, por exemplo. A estanhose é uma doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Causada por estanho Não fibrogênica Doença profissional ou Grupo I de Shilling - Página 44

45 31 - (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho-MTE) A siderose, decorrente da exposição a fumos de óxido de ferro, caracteriza-se por alterações radiológicas pulmonares difusas, que são associadas ao desenvolvimento precoce de insuficiência respiratória grave. A siderose realmente é uma doença causada pela exposição a fumos de óxido de ferro. É uma espécie de pneumoconiose não fibrogênica (não causa fibrose pulmonar). A inalação prolongada dos fumos provoca alterações radiológicas em razão da deposição no pulmão. Mas, em sua forma pura (sem associação a outras doenças), não provoca alterações funcionais respiratórias. Dessa forma, não é possível afirmar que a siderose causa insuficiência respiratória grave. (ERRADO) 32 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Rio Branco/SC) A siderose é uma pneumoconiose provocada por fibras de amianto. A inalação de fibras de amianto (asbesto) causa a asbestose. A siderose é uma doença causada pela exposição a fumos de óxido de ferro, principalmente no trabalho com corte de ferro e com solda elétrica. (ERRADO) Outras Pneumoconioses por Poeiras Inorgânicas Vamos apresentar agora mais algumas pneumoconioses causadas por poeiras inorgânicas (minerais) que podem pintar na prova. São elas: pneumoconiose por poeiras mistas, por metais duros ou por rocha fosfática, aluminose e Doença de Shaver. O primeiro ponto importante e que todas elas apresentam características similares. A pneumoconiose por poeiras mistas é aquela causada por poeiras de diversos tipos de minerais. Geralmente possuem sílica livre em sua composição, mas essa regra não é absoluta. É uma pneumoconiose fibrogênica. As principais atividades que causam pneumoconiose por poeiras mistas são as fundições e cerâmicas, por exemplo. Os sintomas são semelhantes às outras pneumoconioses com fibrose nodular, como a dispneia de esforços (falta de ar) e a existência de nódulos. A pneumoconiose por metais duros é aquela causada por tungstênio, cobalto, titânio, tântalo, nióbio, vanádio e cobalto. Também pode causar - Página 45

46 fibrose. A exposição ocorre em atividades de tingimento de vidros, fabricação de cerâmicas, pinturas, manufatura de motores de jato, fabricação de peças para automóveis e ferramentas de corte, entre outras. Outra fonte de exposição importante é o trabalho na produção de ferramentas e próteses dentárias, em razão das poeiras metálicas de ligas compostas por tungstênio e outros metais duros. Os sintomas são dispneia de esforço (falta de ar), tosse seca, dor, constrição torácica (aperto no peito), febre e perda de peso. Ocorrem, ainda, obstrução das vias aéreas, pneumonite por hipersensibilidade, além da fibrose pulmonar. A pneumoconiose por rocha fosfática é aquela causada por inalação de poeiras de rochas fosfática. É uma pneumoconiose benigna que não acarreta fibrose. A exposição ocorre na produção de fertilizantes fosfatados, na mineração e nos depósitos dessa matéria-prima, principalmente nos processos de moagem e secagem. A aluminose é uma pneumoconiose causada por exposição ao alumínio. Os sintomas principais são a diminuição do volume pulmonar e presença de bolhas. Na fase avançada aparece o chamado pulmão em favo de mel. A Doença de Shaver é uma pneumoconiose por exposição a abrasivos de alumina (óxido de alumínio) ou corundum (ou corindo, mineral a base de óxido de alumínio), caracterizada pela diminuição do volume pulmonar e pela presença de bolhas. Na fase avançada aparece o chamado pulmão em favo de mel. Os sintomas são tosse seca, dispneia, dor torácica e pneumotórax (presença de ar ou líquido entre o pulmão e a pleura). Posteriormente pode aparecer febre baixa e opressão torácica. A fibrose pode aparecer após alguns anos. A exposição ocupacional também ocorre pela inalação de fumos de bauxita contendo partículas de alumina e sílica. São fontes de exposição a extração e a indústria do alumínio, a indústria química, a indústria de abrasivos para lixas e esmeril, a purificação de querosene e a fabricação de cimento e produtos refratários. - Página 46

47 A pneumoconiose por poeiras mistas, a pneumoconiose por metais duros, a pneumoconiose por rocha fosfática, a aluminose e a Doença de Shaver são doenças profissionais e podem ser enquadradas no Grupo I de Schilling, em que o trabalho é a causa necessária. 33 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina/TRT 10ª Região) A pneumoconiose por abrasivos causada por alumina apresenta características similares às das pneumoconioses provocadas por poeiras mistas. A pneumoconiose por poeiras mistas, a pneumoconiose por metais duros, a pneumoconiose por rocha fosfática, a aluminose e a Doença de Shaver (pneumoconiose por abrasivos causada por alumina) apresentam características similares. Todas são pneumoconioses causadas por poeiras inorgânicas e, salvo a pneumoconiose por rocha fosfática, as demais são fibrogênicas. (CORRETO) 34 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRT 5ª Região) Pessoas que trabalham na produção de ferramentas e próteses dentárias estão sujeitas a desenvolver pneumoconiose por metais duros, causada pela exposição a poeiras metálicas provenientes de ligas compostas por tungstênio e outros metais duros. O trabalho na produção de ferramentas e próteses dentárias é uma das atividades que podem causar pneumoconiose por metais duros, em razão das poeiras metálicas de ligas compostas por tungstênio. Outras fontes de exposição são as atividades de tingimento de vidros, fabricação de cerâmicas, pinturas, manufatura de motores de jato, fabricação de peças para automóveis e ferramentas de corte. (CORRETO) 35 - (FCC/Analista/Medicina do Trabalho/INFRAERO) A Doença de Shaver é uma pneumoconiose causada pela alumina. A exposição a abrasivos de alumina (óxido de alumínio) ou corundum (ou corindo, mineral a base de óxido de alumínio) é o fator de risco da doença de Shaver. (CORRETO) - Página 47

48 Doenças Respiratórias Causadas por Poeiras Orgânicas As poeiras orgânicas são aquelas que têm origem em animais (pelos, dejetos secos, etc.) e plantas (cereais, forragens, feno, serragem, madeira, etc.). Causam doenças respiratórias não fibrogênicas Bissinose A bissinose é uma doença profissional que afeta as vias aéreas. É causada pela exposição a poeiras orgânicas (originadas em vegetais ou animais), normalmente de algodão, linho, cânhamo ou sisal. Sisal: utilizado na fabricação de cordas e fios Cânhamo: fabricação de fibras têxteis Caracteriza-se pelos seguintes sintomas: dispneia (falta de ar) e uma sensação de opressão torácica que aparece preponderantemente no retorno ao trabalho após um afastamento de final de semana ou férias. Por isso, é conhecida como síndrome das manhãs de segunda-feira. Pode acarretar bronquite, com tosse e escarro. A doença ocorre principalmente entre trabalhadores que fazem a abertura de fardos, separação e preparação das cardas e na fiação do algodão. Cardadeira é a máquina que realiza o processo de cardagem na indústria de fiação e tecelagem de fios. - Página 48

49 BISSINOSE Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional As principais medidas para prevenção da bissinose são o enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, a umidificação dos processos que produzam poeira, o uso de sistemas hermeticamente fechados na indústria, o uso de sistemas de ventilação exaustora, o fornecimento de equipamentos de proteção individual, entre outras. A bissinose é uma doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Síndrome das manhãs de segunda-feira Causada por algodão, cânhamo, linho e sisal. Não fibrogênica Doença profissional ou Grupo I de Shilling Pulmão do Granjeiro O pulmão do granjeiro (pulmão do fazendeiro ou pulmão do agricultor) é uma pneumonite ocupacional que ocorre devido à inalação de poeiras orgânicas presentes em feno, palha e grãos mofados, por exemplo. Também pode ser chamada de doença do feno mofado. Afeta principalmente trabalhadores rurais que trabalham na atividade agrícola e pecuária, sendo causada principalmente pela hipersensibilidade do trabalhador. É uma pneumonite por hipersensibilidade caracterizada por febre e dispneia (dificuldade de respirar). Os esporos presentes em fenos, palhas e grãos se desenvolvem principalmente em silos e celeiros com temperaturas elevadas. O pulmão do granjeiro é uma doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Veja que, mesmo sendo uma pneumonite por hipersensibilidade (distúrbio, em tese, latente), é classificada no grupo I e como doença profissional em razão da exposição - Página 49

50 PULMÃO DO GRANJEIRO Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional ocupacional ser a responsável inclusive pela hipersensibilidade dos trabalhadores. Pulmão do fazendeiro ou do Agricultor ou Doença do feno Causada por feno, palha e grãos mofados Não fibrogênica Doença profissional ou Grupo I de Shilling Bagaçose A bagaçose é uma pneumonite ocupacional ocasionada pela inalação de fungos presentes em poeiras orgânicas da cana mofada ou em resíduos secos de cana-de-açúcar (bagaço). Afeta principalmente os cortadores de cana e trabalhadores de usinas de açúcar e álcool (agroindústria sucroalcooleira). É uma pneumonia de hipersensibilidade caracterizada por inflamações dos brônquios e alvéolos. Os principais sintomas são calafrios, febre, tosse seca e mal-estar. A bagaçose é uma doença profissional e uma doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling), mesmo sendo uma pneumonite por hipersensibilidade, pois a exposição ocupacional é responsável inclusive por causar a hipersensibilidade dos trabalhadores. - Página 50

51 Pulmão dos Criadores de Pássaros BAGAÇOSE Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional Causada por fungos da cana ou bagaço mofado Não fibrogênica Doença do trabalho (pneunomite) ou Grupo III de Shilling Pulmão dos Criadores de Pássaros O pulmão dos criadores de pássaros (ou pulmão dos criadores de aves) é uma pneumonite ocupacional causada devido à inalação de poeiras orgânicas presentes em excrementos e penas de aves. Também pode ser chamada de febre do pato ou pulmão do criador de perus. Afeta principalmente quem trabalha com aves em granjas, zoológicos, etc. Os principais sintomas são tosse seca, dispneia, febre, calafrios e mal-estar. Em regra, os sinais desaparecem alguns dias ou semanas após o fim da exposição. O pulmão dos criadores de pássaros, em trabalhadores expostos, é uma doença profissional e uma doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling), pois a exposição ocupacional é responsável inclusive por causar a hipersensibilidade dos trabalhadores. Febre do pato, pulmão dos criadores de perus Causada por excrementos e penas de aves Não fibrogênica Doença profissional ou Grupo I de Shilling - Página 51

52 36 (CESPE/Enfermeiro do Trabalho-EBC) A asbestose é uma pneumoconiose causada pela inalação de poeiras orgânicas de sisal. A asbestose é uma pneumoconiose causada pela inalação de fibras de asbesto ou amianto (poeira inorgânica). A doença causada pela exposição a poeiras orgânicas (originadas em vegetais ou animais), como o sisal (planta nordestina cujas fibras são utilizadas na fabricação de cordas e tapetes) é a bissinose, que se caracteriza por uma sensação de opressão torácica que aparece no retorno ao trabalho após um afastamento de final de semana ou férias (síndrome das manhãs de segunda-feira). (ERRADO) 37 - (CESPE/Técnico de Enfermagem do Trabalho-FHS/SE) Em usina de cana-deaçúcar, é provável que haja muitos casos de ferimentos, porém baixa ocorrência de bagaçose, por não ser uma doença característica do manuseio da cana-de açúcar. A bagaçose é causada justamente pela inalação de poeiras orgânicas presentes na cana mofada ou sem resíduos secos (bagaço). Atinge tanto cortadores de cana como trabalhadores de usinas que utilizam essa matéria-prima. (ERRADO) Outras Pneumonites por Poeiras Orgânicas Outras pneumonites (ou alveolites) que vamos conhecer é a suberose, o pulmão dos trabalhadores do malte e o pulmão dos trabalhadores com cogumelos. Todas são não fibrogênicas. A suberose é causada por fungos presentes na cortiça, que é a casca da árvore conhecida como sobreiro, utilizada, por exemplo, na fabricação de rolhas de garrafas. O pulmão dos trabalhadores do malte é causado pela exposição a fungos no processo de produção do malte. Este é produzido a partir dos grãos de cevada (trigo, centeio, arroz ou milho) que são umedecidos, germinados, secados e torrados para a produção da cerveja ou outros alimentos. Afeta principalmente trabalhadores das cervejarias. - Página 52

53 O pulmão dos trabalhadores com cogumelos é causado pela exposição a bactérias presentes em cogumelos mofados. Afeta trabalhadores em cultivo e colheita de cogumelos, por exemplo. Os principais sintomas são aqueles típicos das pneumonites: tosse, dispneia, febre, calafrios e mal-estar. Em regra, os sinais desaparecem alguns dias ou semanas após o fim da exposição. Suberose, pulmão dos trabalhadores do malte e pulmão dos trabalhadores com cogumelos, em trabalhadores expostos, são doenças profissionais classificadas no Grupo I da Classificação de Schilling Rinite Alérgica e Rinite Crônica Rinite é uma doença inflamatória das mucosas nasais, cujos sintomas principais são espirros, prurido (coceira) no nariz, congestão nasal, obstrução do fluxo de ar e corrimento nasal. A rinite de natureza ocupacional pode ser alérgica ou crônica. A rinite alérgica tem como principais fatores de risco a exposição ocupacional a cromo, poeiras orgânicas (algodão, linho, cânhamo ou sisal), acrilatos, aminas aromáticas (corantes), níquel e fumos gerados por produtos no aquecimento de plásticos (cloreto de vinila, teflon, etc.) entre diversas outras. Entre as atividades que expõem os trabalhadores podem ser citadas a indústria metalúrgica, a indústria de fiação e tecelagem, a fabricação e utilização de tintas e derivados, a fabricação de borracha, as refinarias de petróleo e a fabricação de artefatos plásticos. A rinite alérgica é uma doença do trabalho, em regra, classificada no Grupo III da Classificação de Schilling, em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente em trabalhadores alérgicos. Todavia, poderá ser enquadrada, mais raramente, no Grupo I, em caso de trabalhadores sem histórico de hipersensibilidade. Já a rinite crônica tem como fatores de risco: arsênio, cloro, cromo, flúor, amônia, cimento, fenol, névoas de ácidos minerais, níquel e selênio. As - Página 53

54 atividades de risco principais são a galvanoplastia (processo de cromagem), a construção civil e a fabricação e carga de baterias, entre outras. A rinite crônica em trabalhadores expostos, excluídas causas não ocupacionais, deve ser enquadrada no Grupo I de Schilling, em que o trabalho é a causa necessária. 38 (CONESUL/Médico do Trabalho Júnior/ECT-BA) Os trabalhadores em granjas, ou em casas especializadas em aves ou pássaros, estão sujeitos à doença respiratória que simula uma pneumonia atípica. Esta doença é denominada suberose. O enunciado traz o conceito da doença infecciosa conhecida como psitacose (ornitose) que tem o trabalho com aves como o principal fator de risco. Essa doença será estudada na próxima aula. A suberose tem a cortiça e o trabalho na extração da matéria-prima e na fabricação de rolhas de garrafa como o principal risco ocupacional. (ERRADO) 39 (ESPP/Médico do Trabalho/BANPARÁ) As doenças podem ser classificadas segundo sua relação com o trabalho. Segundo Schilling, o Grupo III corresponde a doenças nas quais o trabalho é provocador ou desencadeador de um distúrbio latente ou preexistente. Entre elas, se inclui a rinite ocupacional em portadores de rinite alérgica. A rinite alérgica é uma doença do trabalho, sendo classificada no Grupo III da Classificação de Schilling em trabalhadores alérgicos. Todavia, poderá ser enquadrada, mais raramente, no Grupo I, em caso de trabalhadores sem histórico de hipersensibilidade. Dessa forma, se o trabalhador já é portador de rinite alérgica não ocupacional e a exposição laboral desencadear a rinite de natureza ocupacional, o trabalho será o agravador da doença já estabelecida, sendo classificada no grupo III de Schilling. (CORRETO) 40 - (CONSULPLAN/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE- RJ/Adaptada) Entre as doenças que podem ser ocupacionalmente relacionadas ao arsênio está a rinite crônica. A rinite crônica tem como fatores de risco de natureza ocupacional o arsênio, cloro, cromo, flúor, amônia, cimento, fenol, névoas de ácidos minerais, níquel e selênio. As atividades de risco principais estão a galvanoplastia (processo de cromagem), a - Página 54

55 construção civil e a fabricação e carga de baterias, entre outras. (CORRETO) 3.3. Asma e Bronquite Ocupacional Asma e bronquite estão entre as chamadas doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). São doenças respiratórias cujos sintomas principais são limitação do fluxo aéreo, produção de escarro, dispneia (falta de ar) e broncoespasmo (contração da musculatura dos brônquios). A bronquite pode ser crônica (asmática ou obstrutiva) ou aguda. A bronquite crônica apresenta como sintomas a tosse e a produção de escarro matinal, que persiste por pelo menos três meses no ano e durante pelo menos dois anos consecutivos. A principal causa é o tabagismo (80 a 90% dos casos). Os fatores de risco de natureza ocupacional são a exposição a poeiras de carvão mineral e de sílica, cloro, poeiras orgânicas (de algodão, linho, cânhamo ou sisal), amônia, anidrido sulfuroso, névoas e aerossóis de ácidos minerais. A bronquite crônica é uma doença do trabalho classificada no Grupo II de Schilling, em que o trabalho é um fator de risco contributivo, associado a multicausalidade da doença. Já a bronquite aguda (também chamada de bronquite química) pode ser causada pela exposição ao berílio, bromo, cádmio, cloro, flúor, solventes halogenados, iodo, manganês e cianeto de hidrogênio. A bronquite aguda em trabalhadores expostos são doenças do trabalho e devem ser caracterizadas como doenças do Grupo I da Classificação de Schilling. Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas cujos sintomas principais são obstrução do fluxo aéreo, hipersensibilidade, dispneia (falta de ar), aperto no peito e tosse. A exposição ocupacional ocorre a partir da inalação de gases, vapores ou fumos. Os fatores de risco são os mesmos da rinite e da bronquite crônica. - Página 55

56 A asma ocupacional é uma doença do trabalho e, em trabalhadores portadores de asma de natureza não ocupacional ou hipersensíveis, expostos no trabalho a outros alérgenos, deve ser classificada no Grupo III de Schilling, em que o trabalho é agravador de doença já estabelecida. Por outro lado, a asma ocupacional sem história prévia da doença deve ser classificada no Grupo I de Schilling, em que o trabalho e a causa necessária. Bronquite Aguda: Grupo I de Schilling. Bronquite Crônica: Grupo II de Schilling. Asma em portadores: Grupo III de Schilling. Asma sem histórico: Grupo I de Schilling (ESPP/Médico do Trabalho/BANPARÁ) A asma ocupacional não pode ser enquadrada no Grupo I da classificação e Schilling, na qual o trabalho é causa necessária para a ocorrência da doença. Acabamos de ver que a asma ocupacional em trabalhadores sem história prévia da doença deve ser classificada no Grupo I de Schilling, em que o trabalho e a causa necessária. Já no caso de asma ocupacional em trabalhadores portadores de asma de natureza não ocupacional ou hipersensíveis, expostos no trabalho a outros alérgenos, deve ser classificada no Grupo III de Schilling, em que o trabalho é agravador de doença já estabelecida. (ERRADO) 42 - (FCC/Médico do Trabalho/SABESP) Asma agravada pelo trabalho é aquela que se desenvolve em portadores de asma pré-existente, sintomática ou não, desencadeada por fatores presentes no ambiente de trabalho. A asma ocupacional pode afetar trabalhadores sem história prévia da doença ou trabalhadores portadores de asma de natureza não ocupacional ou hipersensíveis, expostos no trabalho a outros alérgenos. (CORRETO) 43 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRT 8ª Região) O termo doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) refere-se ao grupo de doenças respiratórias crônicas caracterizadas por limitação crônica ao fluxo aéreo, podendo apresentar sinais de produção de escarro, dispneia e - Página 56

57 broncoespasmo. O termo DPOC é frequentemente utilizado de uma forma mais flexível para referir-se a pacientes com enfisema e bronquite crônica. O enunciado apresenta corretamente as características e os exemplos principais de DPOC. O enfisema pulmonar é uma doença respiratória grave que afeta os pulmões levando à diminuição da elasticidade e à destruição dos alvéolos pulmonares. (CORRETO) 3.4. Ulceração e Perfuração do Septo Nasal A ulceração do septo nasal também pode ser chamada de necrose do septo nasal. O septo nasal é a estrutura que divide o nariz, formada por ossos e cartilagens. A doença tem como sintomas inflamação, secreção com sangue, ardência e dor. Pode evoluir para a perfuração do septo nasal, em que ocorre dificuldade para pronunciar as palavras, surgindo um som tipo assobio pelo nariz e normalmente é assintomática. A ulceração e a perfuração de septo nasal de origem ocupacional têm como fatores de risco o trabalho com exposição a arsênio cádmio, cromo e névoas de ácido cianídrico. A principal atividade é a galvanoplastia. O tempo de exposição é um dos fatores que pode causar a perfuração, ocorrendo com mais de três anos de exposição, em regra. A ulceração e a perfuração de septo nasal são doenças do trabalho e, excluídas causas não ocupacionais, devem ser enquadradas no Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho constitui causa necessária Edema Pulmonar, Derrame e Placas Pleurais O edema pulmonar de origem ocupacional é o edema agudo (ou químico) causado pela exposição ocupacional a gases, fumos e vapores. Edema pulmonar é o acúmulo de líquido nos pulmões, que dificulta a respiração e impede a oxigenação do sangue. Os principais sintomas são dispneia intensa (falta de ar), sibilos (chiados no peito), taquipneia (respiração acelerada), tosse seca ou com secreção clara ou com sangue, saída de líquido pela boca e nariz e cianose (cor azul-arroxeada da pele). - Página 57

58 Os principais fatores de risco de natureza ocupacional são berílio, bromo, cádmio, cloro, flúor, selênio, iodo e hidrocarbonetos alifáticos, aromáticos e halogenados tóxicos. O edema pulmonar agudo em trabalhadores expostos deve ser caracterizado como doenças do trabalho do Grupo I da Classificação de Schilling. O derrame pleural é o acúmulo de líquido na pleura (membrana de reveste o pulmão). Também chamado de água no pulmão ou água na pleura. As placas pleurais correspondem ao espessamento da pleura. Ambas as doenças podem ocorrer prévia, concomitante ou secundariamente à asbestose ou mesotelioma de pleura, estudados ainda nesta aula. Importante destacar, ainda, que as placas pleurais são as manifestações mais frequentes (as que mais ocorrem) em trabalhadores expostos ao asbesto ou amianto. Tome cuidado! Se a questão disser que a doença mais frequente em trabalhadores expostos ao asbesto é a asbestose está incorreta. Essa posição é das placas pleurais. Os fatores de risco de origem ocupacional são as poeiras de asbesto ou amianto. São expostos os encanadores que instalam caixas d água de cimento amianto (fazem os furos pelos quais passam os canos), carpinteiros da construção civil (furação e colocação de parafusos para fixação das telhas de cimento amianto), mecânicos de veículos (lixamento de lonas e pastilhas de freios), indústria de artefatos de borracha, de cosméticos ou lixamento de massa plástica que podem conter talco contaminado por asbesto. As placas pleurais são as manifestações mais frequentes em trabalhadores expostos ao asbesto ou amianto. - Página 58

59 O derrame pleural e placas pleurais em trabalhadores expostos a poeiras de asbesto devem ser considerados doenças do trabalho, classificadas no Grupo I de Schilling, em que o trabalho é a causa necessária. 44 (UPENET-IAUPE/Enfermeiro do Trabalho/COMPESA) A ulceração ou necrose do septo nasal tem como fatores de risco arsênico, cádmio, cromo, ácido cianídrico e seus compostos. Tanto a ulceração (necrose) como a perfuração de septo nasal de origem ocupacional têm como fatores de risco o trabalho com exposição a arsênio cádmio, cromo e névoas de ácido cianídrico. (CORRETO) 45 - (FCC/Analista/Medicina do Trabalho/TST/Adaptada) Trabalhadores de galvânica têm o risco de adquirir perfuração do septo nasal devido a exposição ao manganês. A principal atividade que expõe os trabalhadores a perfuração do septo nasal é a galvanoplastia. Todavia, os agentes químicos causadores são, principalmente, o cádmio e o cromo. O manganês é mais associado aos transtornos mentais e de comportamento (a serem estudados em aula futura) e a bronquites. (ERRADO) 46 (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRT 23ª Região) A exposição ocupacional aos agentes químicos tolueno, brometo de metila, manganês e mercúrio, de forma isolada ou concomitante, está associada a quadros de edema pulmonar agudo (químico). A questão elenca os agentes causadores de uma doença chamada episódios depressivos, um transtorno mental e de comportamento. O edema pulmonar tem como fatores de risco de natureza ocupacional berílio, bromo, cádmio, cloro, flúor, selênio, iodo e hidrocarbonetos alifáticos, aromáticos e halogenados tóxicos. (ERRADO) 47 (ESPP/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O derrame pleural é uma doença ou manifestação associada à exposição ocupacional ao asbesto ou amianto. Os fatores de risco tanto para o derrame pleural como para as placas pleurais são a exposição ocupacional a poeiras de asbesto ou amianto. São expostos, principalmente, os encanadores que instalam caixas d água de cimento amianto, carpinteiros da construção civil e mecânicos de veículos. (CORRETO) - Página 59

60 48 (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-PR/Adaptada) Um minerador há 32 anos, realiza atividade em mina que continha crisotila, apresenta queixa de dispneia e tosse seca. No Raio X apresenta placas pleurais. A hipótese diagnóstica é asbestose. Derrame pleural e placas pleurais são doenças causadas pela exposição ocupacional ao asbesto ou amianto. Essas doenças são manifestações secundárias ou associadas à asbestose. (CORRETO) 3.6. Síndrome de Caplan A síndrome de Caplan, também denominada pneumoconiose reumatoide, é causada pela exposição ocupacional à poeira de carvão mineral e à sílica. O sintoma mais comum é o aparecimento de vários nódulos grandes (até 5 cm) de desenvolvimento extremamente rápido, às vezes em poucas semanas. Esses nódulos precedem à dor articular similar a da artrite. A síndrome de Caplan difere das pneumoconioses dos trabalhadores de carvão e da silicose em razão das lesões não serem fibrose maciça progressiva, mas similares a nódulos de artrite reumatoide. A síndrome de Caplan em trabalhadores expostos é uma doença profissional, enquadrando-se no Grupo I da Classificação de Schilling. 49 (CESGRANRIO/Enfermeiro(a) do Trabalho Júnior/Petrobras) Em uma empresa de petróleo, o trabalhador que atua com hidrocarbonetos halogenados pode apresentar síndrome de Caplan. O trabalhador que atua com hidrocarbonetos halogenados em uma empresa de petróleo tem risco de desenvolver, entre outras doenças, a conjuntivite. A síndrome de Caplan tem como fatores de risco exposição ocupacional à poeira de carvão mineral e à sílica. (ERRADO) - Página 60

61 3.7. Neoplasias dos Brônquios e do Pulmão Neoplasias (cânceres ou tumores) dos brônquios e do pulmão não são consideradas doenças respiratórias. Todavia, estudaremos os tumores pulmonares nesta aula por motivos didáticos, já que afetam o mesmo órgão (pulmão) que as doenças respiratórias Câncer de Pulmão O tabagismo é a causa mais frequente de câncer de pulmão, sendo responsável por aproximadamente 80 a 90% dos casos. No caso de câncer de pulmão com origem ocupacional, o tabagismo é uma variável que interfere na combinação de efeitos (aditivos ou multiplicativos). Os principais agentes de natureza ocupacional (causas) do câncer de pulmão são arsênio, asbesto ou amianto, berílio, cádmio, cromo, sílica livre, alcatrão ou betume, radiações ionizantes, formaldeído ou formol, entre outros. O agente etiológico mais comum do câncer de pulmão é o asbesto ou amianto. Segundo o Ministério da Saúde, a exposição ocupacional ao asbesto aumenta o risco relativo de desenvolvimento da doença em 90 vezes. Assim, a mineração de amianto e a indústria da construção civil e de materiais refratários são exemplos de atividades de risco. Outros agentes causadores desta doença são o cromo hexavalente, o cloreto de vinila, o níquel, o alumínio e as neblinas de óleos minerais. São atividades de risco aquelas que expõem os trabalhadores a pigmentos de tintas, fumos de solda, atividades de galvanoplastia, indústria siderúrgica, fundições de metais e a indústria (fundição) do alumínio. Alguns sintomas que podem indicar a existência da doença são tosse, rouquidão, hemoptise (expectoração de sangue), anorexia (perda de peso), dispneia, dor torácica e pneumonias que demoram a curar. O período de latência (entre a exposição e a manifestação da doença) é longo, normalmente maior de 15 ou 20 anos. Esse fato dificulta muito o diagnóstico, o tratamento e, consequentemente, a sobrevida do trabalhador. A prevenção do câncer de pulmão relacionado ao trabalho pode ser feita com adoção de medidas como substituir as substâncias e agentes cancerígenos por - Página 61

62 Câncer de Pulmão Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional outros não cancerígenos, reduzir o número de trabalhadores expostos ou a duração da jornada, informar e treinar os trabalhadores sobre os riscos e realizar exames médicos periódicos. Como medidas de proteção para eliminação da exposição e controle dos níveis podem ser citadas: o enclausuramento de processos e setores de trabalho, limpeza a úmido dos ambientes de trabalho, ventilação exaustora, monitoramento das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente, perfuração a úmido, dentre outras. O câncer de pulmão é classificado como doença do trabalho e doença em que o trabalho pode ser um fator de risco contributivo, mas não necessário (Grupo II da Classificação de Schilling). Período de latência longo: 15 a 20 anos Causada principalmente por asbesto e sílica Tabagismo é um risco adicional Doença do trabalho e Grupo II de Shilling Mesotelioma de Pleura O mesotelioma de pleura é um tumor, benigno ou maligno, que surge na pleura (camada de revestimento dos pulmões). O principal agente causador do mesotelioma maligno é o amianto (90% dos casos, segundo o Ministério da Saúde). A exposição pode ocorrer na indústria da construção civil (encanadores que instalam caixas d água de cimento-amianto e carpinteiros na perfuração das telhas de cimento-amianto para fixação) e na indústria automobilística (mecânicos de veículos que lixam as lonas e pastilhas de freios). - Página 62

63 Mesotelioma de Pleura Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional O período de latência (entre a exposição e a manifestação da doença) pode chegar a 35 ou 45 anos. Além disso, o desenvolvimento do tumor não parece ser dose-dependente, ou seja, qualquer número de fibras pode iniciar e promover o tumor, não sendo necessária uma exposição excessiva ou prolongada. O mesotelioma faz com que surjam placas ou nódulos na pleura que evoluem e formam massas mais volumosas, podendo atingir outros órgãos. Os principais sintomas são dispneia (falta de ar) e dor torácica. O mesotelioma de pleura é considerado doença profissional e doença em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I da Classificação de Schilling). Período de latência muito longo: 35 a 45 anos Causada por asbesto Não dose-dependente Doença profissional e Grupo I de Shilling 50 (CESPE/Médico do Trabalho/SESA-ES) Na maioria dos pacientes com mesotelioma pleural não existe evidência de exposição ao asbesto. O principal agente causador do mesotelioma de pleura é o amianto ou asbesto (90% dos casos, segundo o Ministério da Saúde). A exposição ocorre na indústria da construção civil (encanadores que instalam caixas d água de cimento-amianto e carpinteiros na perfuração das telhas de cimento-amianto para fixação) e na indústria automobilística (mecânicos de veículos que lixam as lonas e pastilhas de freios). (ERRADO) 51 - (INAZ/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O câncer de pulmão nunca está relacionado à inalação de asbesto ou amianto. O principal agente etiológico do câncer de pulmão é o asbesto ou amianto. Outro agente - Página 63

64 importante para essa doença é o cromo hexavalente presente, por exemplo, em pigmentos de tintas, em fumos de solda, em atividades de galvanoplastia e na indústria siderúrgica. (ERRADO) 52 - (INAZ/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O tempo de latência para aparecer os primeiros sintomas do câncer de pulmão normalmente é curto e aparece logo que a exposição começa. O período de latência (tempo entre a exposição e a manifestação da doença) do câncer de pulmão, assim como do mesotelioma de pleura, é longo, passando dos 20 anos. (ERRADO) 3.8. Síndrome do Edifício Doente A Síndrome do Edifício Doente (SED) corresponde a uma situação na qual os ocupantes de um prédio específico apresentam sintomas sem origem determinada e sem a possibilidade de constatação de uma determinada etiologia, ou seja, as origens e as causas da doença são diversas e não prédeterminadas. Veja que a SED não é uma doença. Trata-se de um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. Pode ser chamada também de Doença Pulmonar devida a Sistemas de Ar- Condicionado e de Umidificação do Ar ou Doenças Relacionadas a Edificações (DRE). As causas da Síndrome do Edifício Doente são agentes biológicos, agentes químicos e, principalmente, falhas (ausência ou inadequação) no sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado. Também pode ser destacada a liberação de substâncias de materiais de construção e compostos orgânicos voláteis (COV) por compensados, móveis e tintas sintéticas. As principais causas da SED são falhas no sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado. A contaminação pode se dar tanto no início do processo de ocupação de edifícios como em edifícios antigos (velhos). No início do processo de ocupação, a emissão de poluentes ocorre pelos materiais de construção e pelo mobiliário novo. Já o envelhecimento dos equipamentos, o acúmulo de pó nos mobiliários - Página 64

65 e de sujeira nos sistemas de ar condicionado colabora para a emissão de poluentes em edifícios antigos. As principais causas da SED relacionadas aos poluentes biológicos são bactérias, fungos, protozoários, vírus, algas, artrópodes e os animais. Os ocupantes dos edifícios contribuem com a poluição de ambientes pela respiração e pela transpiração, assim como pelo transporte de microrganismos causadores de doenças. Falta de manutenção e limpeza em componentes do sistema de ar condicionado é uma das principais causas da SED. As principais causas da SED relacionadas aos poluentes químicos são o óxido de carbono (pela combustão de cigarros, queimadores de fogões e veículos automotores), o dióxido de carbono (metabolismo humano e combustão), ozônio (impressoras) e formaldeído (mobiliário, cola, produtos de limpeza, etc.). Podem ser citados ainda os materiais particulados (poeiras e fibras), compostos orgânicos voláteis (COV) - cera, mobiliário, produtos usados em limpeza, solventes, materiais de revestimento, tintas, colas, etc. Os principais sintomas da SED são alergias, dores de cabeça, irritação nos olhos e nas mucosas, dores de garganta, tonturas, náuseas e fadiga. Ademais, os microrganismos causam reações alérgicas, espirros, olhos lacrimejantes, tosse, deficiência respiratória, letargia, febre, rinite e asma. Os agentes químicos podem causar dermatites, conjuntivites e sintomas do trato respiratório, coceiras na pele, ardência nos olhos, irritação na garganta e tosse, falta de ar ou chiado no peito, ardor ou irritação nos olhos, dor ou irritação na garganta, irritação nasal, dentre outras doenças. Essas doenças relacionadas a edificações podem favorecer o desenvolvimento de outras doenças respiratórias, como asma, rinite, bronquite e pneumonia por hipersensibilidade. - Página 65

66 As principais medidas preventivas da SED são a manutenção e higienização dos equipamentos utilizados nos sistemas de refrigeração (filtros, difusores, ventiladores, serpentinas, dumpers e outros) e a inspeção periódica do ambiente. A OMS recomenda, ainda, as seguintes medidas de controle na prevenção da SED: remoção ou substituição da fonte (equipamentos ou produtos geradores) por outros menos perigosos, a proibição de fumar em edifícios públicos, a ventilação (diluição do ar interior com a entrada de ar exterior fresco, por meios mecânicos ou naturais, de modo a diminuir a concentração dos poluentes), entre outras. O Regulamento Técnico do Ministério da Saúde sobre Qualidade do Ar de Interiores em Ambientes Climatizados dispõe que os sistemas de climatização devem estar em condições adequadas de limpeza, manutenção, operação e controle, visando à prevenção de riscos à saúde dos ocupantes. As doenças associadas à SED são classificadas como doenças do trabalho e, em caso de trabalhadores com hipersensibilidade, são doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa (Grupo III de Schilling). No caso de trabalhadores sem histórico prévio, podem ser caracterizadas como doenças do Grupo I da Classificação de Schilling. 53 (FUNRIO/Engenheiro de Segurança do Trabalho/IFPA) A Síndrome do Edifício Doente ocorre quando um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar manifesta-se em uma edificação. A Síndrome do Edifício Doente (SED) corresponde a uma situação na qual os ocupantes de um prédio apresentam sintomas sem origem e causa pré-determinada. Trata-se de um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. (CORRETO) 54 (FCC/Médico do Trabalho/Caixa) As patologias mais comumente identificadas como Doenças Relacionadas a Edificações (DRE) são asma, rinite e pneumonia por hipersensibilidade. - Página 66

67 As Doenças Relacionadas a Edificações (DRE), Síndrome do Edifício Doente (SED) ou Doença Pulmonar devida a Sistemas de Ar-Condicionado e de Umidificação do Ar compreendem um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. Os sintomas principais são alergias, dores de cabeça, irritação nos olhos e nas mucosas, dores de garganta, tonturas, náuseas e fadiga. Podem desencadear outras doenças respiratórias como asma, rinite, bronquite e pneumonia por hipersensibilidade. (CORRETO) 4. QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA 1 - (CESPE/Engenharia Civil-TRT 8ª Região) Doença profissional não é considerada acidente do trabalho. 2 - (CESPE/Auxiliar de Enfermagem do Trabalho-Correios) Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. 3 - (CESPE/Engenharia Civil-TRT 8ª Região) Doença profissional é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado. 4 - (CESPE/Analista em Geociência/Direito-CPRM) A doença do trabalho considerada acidente de trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente, conforme rol constante em norma previdenciária. Em caso excepcional, entretanto, ainda que não prevista em norma, poderá ser considerada doença do trabalho aquela que resultar das condições especiais em que o trabalho seja executado e que com ele se relacione diretamente. 5 - (CESPE/Engenharia Civil-TRT 8ª Região) Doença degenerativa é considerada doença do trabalho. 6 - (CESPE/Perito/Engenharia Civil-MPU) A doença que não resulte em incapacidade laborativa pode ser considerada uma doença do trabalho. 7 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-FUB) Se a região em que a doença endêmica se desenvolve também for o local de trabalho, ela é considerada doença ocupacional; nesse caso, não há a necessidade de - Página 67

68 comprovação de que a doença endêmica é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 8 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) Considera-se doença do trabalho a doença inerente ao grupo etário do segurado. 9 - (CESPE/Médico do Trabalho-FHS/SE) Entende-se por tecnopatia a doença profissional típica, desencadeada pelo exercício peculiar a determinada atividade (CESPE/Analista/Enfermagem-MPU) As doenças relacionadas ao trabalho, ao contrário das doenças profissionais, não têm identificação com determinado tipo de ocupação, mas apresentam, entre outras condições de risco, maior incidência em trabalhadores envolvidos em determinadas atividades (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) Não são consideradas como doença do trabalho: a doença degenerativa; a inerente a grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; a endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que esta seja resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho (CESPE/Auxiliar de Enfermagem do Trabalho-Correios) Doença endêmica adquirida por trabalhador segurado habitante de região em que ela se desenvolva, ainda que resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho, não é considerada doença do trabalho (CESPE/Médico do Trabalho-TJ/SE) Um trabalhador de trinta e oito anos de idade atua em uma indústria desde os vinte e dois anos, produzindo utensílios de porcelana para cozinha. Há cerca de um mês vem apresentando dispneia aos esforços e astenia, motivo pelo qual procurou o serviço de saúde ocupacional da fábrica onde trabalha. Foram solicitados exames complementares, que atestaram o diagnóstico de silicose crônica, não associada à tuberculose. Esse caso deve ser considerado como uma doença profissional, classificada no grupo I de Schilling (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-Prefeitura de São Luís/MA) A silicose e a intoxicação por chumbo são classificadas no grupo I de Schilling. - Página 68

69 15 - (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TJ/AL) De acordo com a classificação de Schilling, o câncer de estômago em trabalhadores expostos ao amianto está inserido no grupo I (CESPE/Médico do Trabalho-SERPRO) O quadro de tuberculose diagnosticada em trabalhador de laboratório de biologia pode ser enquadrado no grupo II de Schilling (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TJ/DF) Varizes de membros inferiores são incluídas no grupo II da classificação de Schilling, que tem o trabalho como provocador de distúrbio latente ou agravante de doença já estabelecida (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-FUB) De acordo com a classificação de Schilling, as doenças do grupo I, em que o trabalho é causa necessária, são tipificadas pelas doenças profissionais e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional (CESPE/Analista em C & T Jr./Médico do Trabalho-INCA) As doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho são classificadas no grupo I de Schilling (CESPE/Perito/Engenharia de Segurança do Trabalho-MPU) A asbestose, por ser doença profissional dose-dependente dos níveis de concentração de fibras de asbesto no ar, é classificada no grupo II da classificação de Schilling (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) O termo pneumoconiose refere-se às doenças causadas pela inalação de aerossóis sólidos e à consequente reação tecidual do parênquima pulmonar (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho-MTE) A principal causa da pneumoconiose em trabalhadores que lidam com o carvão é a exposição ocupacional ao carvão vegetal proveniente da parte lenhosa de madeiras não resinosas (CESPE/Perito/Engenharia de Segurança do Trabalho-MPU) A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão caracteriza-se por neuropatia de evolução rápida e muito sintomática, porém reversível. - Página 69

70 24 - (CESPE/Analista Judiciário/Engenharia Elétrica TRT 10ª Região) A pneumoconiose, doença pulmonar causada pela inalação de poeira no local de trabalho e que afeta, por exemplo, trabalhadores em minas de carvão, é classificada pelo Ministério do Trabalho e Emprego como doença do trabalho (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho-MTE) No Brasil, o uso da maior parte dos asbestos é proibido, exceto o crocidolita, cujo limite de tolerância mostra-se inferior ao proposto pelos organismos internacionais de saúde e segurança do trabalho. 26 (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-FHS/SE) A asbestose é uma doença causada pela alta concentração de fibras de amianto nos alvéolos pulmonares (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) Asbestose tem como agente etiológico o amianto (CESPE/Médico do Trabalho-TRT 8ª Região) A silicose, apesar da gravidade, é uma doença cujas lesões patológicas são reversíveis (CESPE/Enfermeiro do Trabalho-EMBASA) A bissinose é uma doença característica de trabalhadores que tiveram contato com jateamento de areia (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-FUB) Devido à grande utilização da fibra do asbesto na construção civil, a asbestose é a pneumoconiose mais frequente no Brasil (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho-MTE) A siderose, decorrente da exposição a fumos de óxido de ferro, caracteriza-se por alterações radiológicas pulmonares difusas, que são associadas ao desenvolvimento precoce de insuficiência respiratória grave (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Rio Branco/SC) A siderose é uma pneumoconiose provocada por fibras de amianto. 33 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina/TRT 10ª Região) A pneumoconiose por abrasivos causada por alumina apresenta características similares às das pneumoconioses provocadas por poeiras mistas. - Página 70

71 34 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRT 5ª Região) Pessoas que trabalham na produção de ferramentas e próteses dentárias estão sujeitas a desenvolver pneumoconiose por metais duros, causada pela exposição a poeiras metálicas provenientes de ligas compostas por tungstênio e outros metais duros (FCC/Analista/Medicina do Trabalho/INFRAERO) A Doença de Shaver é uma pneumoconiose causada pela alumina. 36 (CESPE/Enfermeiro do Trabalho-EBC) A asbestose é uma pneumoconiose causada pela inalação de poeiras orgânicas de sisal (CESPE/Técnico de Enfermagem do Trabalho-FHS/SE) Em usina de canade-açúcar, é provável que haja muitos casos de ferimentos, porém baixa ocorrência de bagaçose, por não ser uma doença característica do manuseio da cana-de açúcar. 38 (CONESUL/Médico do Trabalho Júnior/ECT-BA) Os trabalhadores em granjas, ou em casas especializadas em aves ou pássaros, estão sujeitos à doença respiratória que simula uma pneumonia atípica. Esta doença é denominada suberose. 39 (ESPP/Médico do Trabalho/BANPARÁ) As doenças podem ser classificadas segundo sua relação com o trabalho. Segundo Schilling, o Grupo III corresponde a doenças nas quais o trabalho é provocador ou desencadeador de um distúrbio latente ou preexistente. Entre elas, se inclui a rinite ocupacional em portadores de rinite alérgica (CONSULPLAN/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-RJ/Adaptada) Entre as doenças que podem ser ocupacionalmente relacionadas ao arsênio está a rinite crônica (ESPP/Médico do Trabalho/BANPARÁ) A asma ocupacional não pode ser enquadrada no Grupo I da classificação e Schilling, na qual o trabalho é causa necessária para a ocorrência da doença (FCC/Médico do Trabalho/SABESP) Asma agravada pelo trabalho é aquela que se desenvolve em portadores de asma pré-existente, sintomática ou não, desencadeada por fatores presentes no ambiente de trabalho. - Página 71

72 43 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRT 8ª Região) O termo doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) refere-se ao grupo de doenças respiratórias crônicas caracterizadas por limitação crônica ao fluxo aéreo, podendo apresentar sinais de produção de escarro, dispneia e broncoespasmo. O termo DPOC é frequentemente utilizado de uma forma mais flexível para referir-se a pacientes com enfisema e bronquite crônica. 44 (UPENET-IAUPE/Enfermeiro do Trabalho/COMPESA) A ulceração ou necrose do septo nasal tem como fatores de risco arsênico, cádmio, cromo, ácido cianídrico e seus compostos (FCC/Analista/Medicina do Trabalho/TST/Adaptada) Trabalhadores de galvânica têm o risco de adquirir perfuração do septo nasal devido a exposição ao manganês. 46 (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRT 23ª Região) A exposição ocupacional aos agentes químicos tolueno, brometo de metila, manganês e mercúrio, de forma isolada ou concomitante, está associada a quadros de edema pulmonar agudo (químico). 47 (ESPP/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O derrame pleural é uma doença ou manifestação associada à exposição ocupacional ao asbesto ou amianto. 48 (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-PR/Adaptada) Um minerador há 32 anos, realiza atividade em mina que continha crisotila, apresenta queixa de dispneia e tosse seca. No Raio X apresenta placas pleurais. A hipótese diagnóstica é asbestose. 49 (CESGRANRIO/Enfermeiro(a) do Trabalho Júnior/Petrobras) Em uma empresa de petróleo, o trabalhador que atua com hidrocarbonetos halogenados pode apresentar síndrome de Caplan. 50 (CESPE/Médico do Trabalho/SESA-ES) Na maioria dos pacientes com mesotelioma pleural não existe evidência de exposição ao asbesto (INAZ/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O câncer de pulmão nunca está relacionado à inalação de asbesto ou amianto. - Página 72

73 52 - (INAZ/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O tempo de latência para aparecer os primeiros sintomas do câncer de pulmão normalmente é curto e aparece logo que a exposição começa. 53 (FUNRIO/Engenheiro de Segurança do Trabalho/IFPA) A Síndrome do Edifício Doente ocorre quando um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar manifesta-se em uma edificação. 54 (FCC/Médico do Trabalho/Caixa) As patologias mais comumente identificadas como Doenças Relacionadas a Edificações (DRE) são asma, rinite e pneumonia por hipersensibilidade. MARQUE SEU GABARITO! Página 73

74 1 E 6 E 11 C 16 C 21 C 26 C 31 E 36 E 41 E 46 E 51 E 2 C 7 E 12 E 17 E 22 E 27 C 32 E 37 E 42 C 47 C 52 E 3 E 8 E 13 C 18 C 23 C 28 E 33 C 38 E 43 C 48 C 53 C 4 C 9 C 14 C 19 E 24 C 29 E 34 C 39 C 44 C 49 E 54 C 5 E 10 C 15 E 20 E 25 E 30 E 35 C 40 C 45 E 50 E 5. BATERIA DE QUESTÕES 1 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-IBRAM/DF) Considera-se doença do trabalho a doença produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar, ao passo que doença profissional é aquela adquirida ou desencadeada em decorrência das condições especiais em que o trabalho é realizado e a ele está relacionada diretamente. 2 - (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-SERPRO) Se um empregado vistoriador de estoques em depósito de produtos inflamáveis for acometido de doença respiratória, para efeito de acidente de trabalho, a doença será classificada como doença profissional. 3 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-UNIPAMPA) Trabalhador cuja saúde tenha sido prejudicada devido a exposição a agente químico no ambiente de trabalho está sujeito a doença profissional, ou seja, a doença desencadeada em função do exercício de sua atividade profissional. 4 - (CESPE/Auxiliar de Enfermagem do Trabalho-Correios) Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. 5 - (CESPE/Engenheiro Civil-TRT 8ª Região) Doença do trabalho é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. - Página 74

75 6 - (CESPE/Analista/Medicina do Trabalho-SERPRO) A hipertensão arterial sistêmica secundária não pode ser classificada como doença do trabalho, mesmo havendo evidências epidemiológicas de excesso de prevalência em determinados grupos ocupacionais. 7 - (CESPE/Analista de Controle Externo/Medicina do Trabalho-TCU) Será considerada doença do trabalho aquela adquirida ou desencadeada em consequência das condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente, excluindo-se as doenças degenerativas e as inerentes ao grupo etário. 8 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Rio Branco/SC) É considerada doença do trabalho a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, sem a necessidade da comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 9 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) Considera-se doença do trabalho a doença relacionada ao trabalho e não geradora de incapacidade laborativa (CESPE/Defensor Público-DPE/AC) A doença degenerativa e a inerente a grupo etário, desde que produzam incapacidade laborativa, são consideradas doenças do trabalho (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-SERPRO) A tecnopatia referese a toda entidade mórbida desencadeada pelo exercício do trabalho em condições especiais, abrangendo, inclusive, a entidade mórbida adquirida em um período anterior ao ingresso do trabalhador em sua atividade profissional (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES/Adaptada) A febre amarela voltou a ser notícia. Houve 60 notificações de casos suspeitos de febre amarela, dos quais 35 foram confirmados e 19 evoluíram para óbito. O aumento do número de casos não pode ser considerado como epidemia, porque acometeu apenas quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-EMBASA) A exposição ocupacional ao mosquito aedes aegypt, principalmente em atividades em zonas endêmicas, pode levar o trabalhador a contrair a dengue. - Página 75

76 14 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) Determinada empresa, com cem empregados, apresentou quinze novos casos de alergia respiratória, após iniciar o uso de novo produto químico para a limpeza do ambiente de trabalho. Desses, doze já referiam história de asma brônquica e quadros alérgicos prévios. Todos os pacientes afirmaram haver relação entre seus quadros clínicos e a utilização do novo produto de limpeza. Os pacientes que já tinham história prévia de asma brônquica e apresentaram alergia respiratória podem ser enquadrados no grupo III de Schilling (CESPE/Perito/Engenharia de Segurança do Trabalho-MPU) A silicose é classificada como doença profissional típica do grupo I de Schilling (CESPE/Pesquisador/Engenheiro de Segurança do Trabalho-INMETRO) As doenças classificadas como doenças profissionais incluem a silicose em mineradores (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) A pneumoconiose de ocorrência mais frequente no Brasil é a asbestose (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) A prevenção das pneumoconioses é realizada por meio da ventilação forçada do ambiente, não sendo indicada, no entanto, a umidificação ambiental (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) Pneumoconioses como a silicose e a asbestose podem ser consideradas doenças transmissíveis (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 5ª Região) Pessoas que trabalham na produção de ferramentas e próteses dentárias estão sujeitas a desenvolver pneumoconiose por metais duros, causada pela exposição a poeiras metálicas provenientes de ligas compostas por tungstênio e outros metais duros. 21- (CESPE/Médico do Trabalho-Polícia Civil/PA) No Brasil, a silicose decorrente da extração de carvão mineral é a principal pneumoconiose (CESPE/Médico do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) A bissinose, causada pela poeira do algodão, manifesta-se principalmente por dispneia e opressão torácica. - Página 76

77 23 - (CESPE/Médico do Trabalho-FUB) O desenvolvimento e a evolução da silicose dependem da suscetibilidade individual do trabalhador, bem como da concentração de sílica livre respirável, do tempo de exposição e do tamanho das partículas a que o indivíduo é exposto (CESPE/Analista/Engenharia de Segurança do Trabalho-EBC) Um operário que trabalhe em seção de acabamento em telhas e caixas de amianto sem os devidos EPIs estará suscetível a contrair asbestose (ESAF/Médico do Trabalho-MTE) Na determinação do risco potencial de pneumoconiose, em ambientes de trabalho contendo poeiras silicosas, não é fator importante neste processo de avaliação a (o) a) idade do trabalhador b) tempo de exposição c) concentração ambiental d) teor de sílica livre cristalizada na poeira em suspensão e) tamanho da partícula 26 - (FCC/Médico do Trabalho-Banco do Brasil) Segundo a classificação das doenças e sua relação com o trabalho, proposta por Schilling, quando o trabalho é apenas o provocador de um distúrbio latente, a doença é considerada não relacionada ao trabalho (FCC/Médico do Trabalho-Banco do Brasil) Segundo a classificação das doenças e sua relação com o trabalho, proposta por Schilling, quando o trabalho é apenas o provocador de um distúrbio latente, a doença é considerada grupo IV (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 5ª Região) Conforme a Classificação adaptada de Schilling, das doenças segundo sua relação com o trabalho, classifica-se como Categoria I: a) Câncer de pulmão. b) Intoxicação pelo chumbo. c) Asma ocupacional. d) Dermatite de contato. e) Varizes de membros inferiores. - Página 77

78 29 - (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 2ª Região) Segundo a classificação proposta por Schilling (1984), as doenças relacionadas ao trabalho são divididas em três grupos, de acordo com a natureza da relação entre o trabalho e a doença. A correlação correta entre grupo e doença ocorre em: a) Grupo I: câncer de laringe, Grupo II: asbestose e Grupo III: conjuntivite alérgica. b) Grupo I: conjuntivite alérgica, Grupo II: asbestose e Grupo III: câncer de laringe. c) Grupo I: asbestose, Grupo II: conjuntivite alérgica e Grupo III: câncer de laringe. d) Grupo I: câncer de laringe, Grupo II: conjuntivite alérgica e Grupo III: asbestose. e) Grupo I: asbestose, Grupo II: câncer de laringe e Grupo III: conjuntivite alérgica (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 5ª Região) Trabalhadores de mineração, fundições, cerâmicas, marmorarias, cavadores de poços e lapidadores de pedras preciosas têm como risco comum o de adquirirem pneumoconiose por A) poeira mista B) asbestose C) silicose D) metal duro E) abrasivos 31 - (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de amianto e de sílica cristalina são pneumoconioses fibrogênicas (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de sílica cristalina e de rocha fosfática são pneumoconioses não fibrogênicas. - Página 78

79 33 - (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de amianto e de ferro são pneumoconioses não fibrogênicas (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de ferro e de rocha fosfática são pneumoconioses fibrogênicas (INAZ/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O risco de câncer de pulmão atribuível à ocupação varia de 4 a 40%, de acordo com o agente analisado. Os agentes etiológicos e fatores de risco de natureza ocupacional mais conhecidos são, exceto: (A) Antraquinona (B) Alcatrão (C) Níquel e seus compostos. (D) Cádmio ou seus compostos (E) Cloreto de vinila (UNIFEI/Técnico Administrativo em Educação/Médico Perito) De acordo com o Decreto nº 3048, LISTA A Agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional relacionados com a etiologia de doenças profissionais e de outras doenças relacionadas com o trabalho o asbesto ou amianto encontra-se relacionado causalmente com as seguintes neoplasias, exceto: A. Neoplasia maligna do estômago. B. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão. C. Mesotelioma de pleura, pericárdio e peritônio. D. Melanoma. 37 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-PE) A doença do interstício pulmonar provocada pela exposição repetida a pó e bolor da cortiça (alveolite alérgica extrínseca) é denominada: a) asbestose. b) suberose. c) siderose. d) estanhose. - Página 79

80 e) síndrome de Caplan. Curso de SST para AFT - Saúde Ocupacional 38 (IBADE/Analista em Previdência/Médico Perito/IPEROM) Trabalhador comparece à avaliação pericial com quadro clínico compatível com pneumoconiose. O trabalhador informa que laborou por 20 anos em uma fábrica de produção de cortiças. A pneumoconiose da qual está acometido, e que está na categoria de pneumonite de hipersensibilidade, é: a) silicose. b) siderose. c) beriliose. d) bagaçose. e) suberose. 39 (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-PE) A classificação das doenças relacionadas ao trabalho, proposta por Schilling em 1984 e largamente utilizada, propõe a divisão dessas doenças em 3 grupos ou categorias, de acordo com a contribuição dos fatores de risco ocupacionais para o desenvolvimento ou agravamento da doença. De acordo com tal classificação, é correto afirmar que a) Silicose está incluída no grupo I. b) Doença coronariana está incluída no grupo I. c) Bronquite crônica está incluída no grupo II. d) Doença coronariana está incluída no grupo III. e) Câncer está incluído no grupo III (FCC/Agente Técnico Legislativo Especializado/Medicina do Trabalho/AL- SP) De acordo com a classificação proposta por Schilling (1984), as doenças ocupacionais são classificadas em três grupos: Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3. Assinale a alternativa que faz a correta relação entre as doenças ocupacionais listadas e a classificação proposta por Schilling. I. Intoxicação por chumbo II. Varizes de membros inferiores III. Silicose IV. Bronquite crônica V. Câncer VI. Doenças mentais - Página 80

81 a) Grupo 1 - IV / Grupo 2 - I, III / Grupo 3 - II, V, VI. b) Grupo 1 - I, III / Grupo 2 - II, V / Grupo 3 - IV, VI. c) Grupo 1 - I, III / Grupo 2 - IV, V, VI / Grupo 3 - II. d) Grupo 1 - III / Grupo 2 - I, VI / Grupo 3 - II, IV, V. e) Grupo 1 - I, III, VI / Grupo 2 - II, IV / Grupo 3 - V. 41 (CESGRANRIO/Médico do Trabalho Júnior/Transpetro) No exame periódico anual da empresa, um trabalhador lotado no setor de cartonagem apresentou imagem radiológica compatível com neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão D, além de derrame pleural à D e placas pleurais. A hipótese diagnóstica mais provável é que se trata de doença secundária à a) silicose b) asbestose c) bissinose d) aluminose e) siderose 42 (CESPE/Médico do Trabalho/FUB) As placas pleurais são as alterações patológicas mais prevalentes relacionadas ao asbesto. 43 (FUNRIO/Engenheiro de Segurança do Trabalho/IFPA) Síndrome do Edifício Doente é: a) Quando a estrutura do edifício está comprometida em sua fundação podendo apresentar risco físico de desabamento a seus trabalhadores. b) Quando a estrutura de paredes do prédio apresenta vários focos de infiltração. c) Quando a estrutura de pisos e paredes da edificação apresenta várias pequenas rachaduras em diversos andares e pontos diferentes. d) Quando um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar manifestam-se em uma edificação. e) Quando, após vistoriado, um prédio apresenta índices residuais de contaminação expressivos por algum agente químico. 44 (CESPE/Analista de Medicina do Trabalho/Perito/MPU) A exposição a poeiras minerais com baixo conteúdo de sílica cristalina causa pneumoconiose por poeiras mistas. - Página 81

82 45 (CETRO/Médico do Trabalho/AMAZUL/Adaptada) Nas doenças por exposição a metais duros como titânio, tântalo, nióbio, vanádio, associados a cobalto na propriedade ligante, o quadro clínico inclui tosse produtiva, constrição torácica e ganho de peso. 46 (CESGRANRIO/Médico do Trabalho Júnior/Petrobras) As pneumoconioses são doenças pulmonares relacionadas etiologicamente à inalação de poeiras em ambientes de trabalho. Podem ter, no seu mecanismo fisiopatogênico, o aparecimento ou não de fibrose. Entre as pneumoconioses que cursam sem fibrose, têm-se as seguintes: a) Asbestose, aluminose e pneumoconiose por poeira mista. b) Silicose, pneumoconiose por metais duros e beriliose. c) Baritose, pneumoconiose por carvão vegetal e estanhose. d) Pneumonite por hipersensibilidade, pneumoconiose por rocha fosfática e siderose. e) Talcose, pneumoconiose por carvão mineral e pneumoconiose por abrasivos. 47 (UNIVERSA/Médico do Trabalho/CEB) A doença de Shaver é caracterizada por dispneia e tosse seca, evoluindo gradativamente para fibrose pulmonar e resulta da exposição a: a) cromo. b) sílica. c) arsina. d) estanho. e) alumínio. MARQUE SEU GABARITO! Página 82

83 5.1. QUESTÕES COMENTADAS 1 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-IBRAM/DF) Considerase doença do trabalho a doença produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar, ao passo que doença profissional é aquela adquirida ou desencadeada em decorrência das condições especiais em que o trabalho é realizado e a ele está relacionada diretamente. Os conceitos foram trocados. Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar. Já a doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em decorrência das condições especiais em que o trabalho é realizado e que está relacionada diretamente ao trabalho. (ERRADO) 2 - (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-SERPRO) Se um empregado vistoriador de estoques em depósito de produtos inflamáveis for acometido de doença respiratória, para efeito de acidente de trabalho, a doença será classificada como doença profissional. A atividade de vistoriador de estoques, a princípio, não acarreta nenhuma doença profissional (peculiar ou inerente a essa atividade). Se for comprovado que a doença respiratória foi adquirida ou desencadeada em decorrência do trabalho, o agravo será considerado doença do trabalho para efeitos previdenciários. (ERRADO) 3 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-UNIPAMPA) Trabalhador cuja saúde tenha sido prejudicada devido à exposição a agente químico no ambiente de trabalho está sujeito à doença profissional, ou seja, a doença desencadeada em função do exercício de sua atividade profissional. Os dados do enunciado não esclarecem qual a atividade do trabalhador e qual o agente químico relacionado à atividade. Descarta-se, portanto, a hipótese de doença profissional. Como o enunciado diz apenas que o trabalhador teve sua saúde prejudicada, também não dá para concluir que é caso de doença do trabalho, pois a exposição pode não ter gerado incapacidade para o trabalho. (ERRADO) - Página 83

84 4 - (CESPE/Auxiliar de Enfermagem do Trabalho-Correios) Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Conceito literal de doença do trabalho, conforme Art. 20 da Lei 8.213/91. Para caracterização da doença do trabalho, deve ficar comprovada a relação entre o trabalho e o surgimento da entidade mórbida. (CORRETO) 5 - (CESPE/Engenheiro Civil-TRT 8ª Região) Doença do trabalho é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. Esse é o conceito de doença profissional. Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com que ele se relacione diretamente. (ERRADO) 6 - (CESPE/Analista/Medicina do Trabalho-SERPRO) A hipertensão arterial sistêmica secundária não pode ser classificada como doença do trabalho, mesmo havendo evidências epidemiológicas de excesso de prevalência em determinados grupos ocupacionais. Não se preocupe com as expressões evidências epidemiológicas e excesso de prevalência por ora. Esses conceitos serão estudados na aula sobre epidemiologia. A questão afirma que ocorrem muitos casos de hipertensão arterial sistêmica (vulgarmente conhecida como pressão alta) em alguns segmentos de trabalhadores. Doenças do trabalho são doenças comuns adquiridas ou desencadeadas em função do trabalho. É o caso da hipertensão arterial sistêmica, doença que não afeta apenas trabalhadores, mas que poderá ser enquadrada como doença do trabalho caso decorra da exposição ocupacional a ruído ou chumbo, por exemplo, (principais agentes causadores da hipertensão arterial relacionada ao trabalho). Em suma, qualquer doença comum que gere incapacidade para o trabalho e que, comprovadamente, resultar das condições em que o trabalho é realizado poderá ser considerada doença do trabalho. (ERRADO) - Página 84

85 7 - (CESPE/Analista de Controle Externo/Medicina do Trabalho-TCU) Será considerada doença do trabalho aquela adquirida ou desencadeada em consequência das condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente, excluindose as doenças degenerativas e as inerentes ao grupo etário. O conceito de doença do trabalho está correto, conforme Art. 20 da Lei 8.213/91. Além das doenças degenerativas e das doenças inerentes a grupo etário, também não são consideradas doenças do trabalho aquelas que não geram incapacidade para o trabalho e, em regra, as doenças endêmicas. (CORRETO) 8 - (CESPE/Engenheiro de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Rio Branco/SC) É considerada doença do trabalho a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, sem a necessidade da comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. A doença endêmica será considerada doença do trabalho apenas quando comprovado que foi adquirida pelo trabalhador em razão de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. (ERRADO) 9 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) Considera-se doença do trabalho a doença relacionada ao trabalho e não geradora de incapacidade laborativa. Somente será considerada doença do trabalho aquela que gerar incapacidade para o trabalho normalmente desenvolvido pelo trabalhador. (ERRADO) 10 - (CESPE/Defensor Público-DPE/AC) A doença degenerativa e a inerente a grupo etário, desde que produzam incapacidade laborativa, são consideradas doenças do trabalho. De acordo com o Art. 20, 1º, da Lei /91, não são consideradas doenças do trabalho: a doença degenerativa. a inerente a grupo etário. - Página 85

86 a que não produza incapacidade laborativa. a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. A doença degenerativa e a doença inerente a grupo etário não são consideradas doenças do trabalho mesmo que produzam incapacidade laborativa. Isso ocorre, pois o agente etiológico (causador) dessas doenças não pode ser de natureza ocupacional. No primeiro caso, normalmente é de natureza genética; no segundo caso, é a idade o fator causal da doença. (ERRADO) 11 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-SERPRO) A tecnopatia refere-se a toda entidade mórbida desencadeada pelo exercício do trabalho em condições especiais, abrangendo, inclusive, a entidade mórbida adquirida em um período anterior ao ingresso do trabalhador em sua atividade profissional. Tecnopatias são as doenças profissionais, causadas pelo trabalho peculiar a determinada atividade. A doença desencadeada pelo exercício do trabalho em condições especiais é a doença do trabalho (ou mesopatia). Ademais, segundo disposto na legislação previdenciária, a doença que o trabalhador já era portador ao filiar-se à Previdência não será considerada doença do trabalho e, em consequência, não lhe conferirá direito aos benefícios previdenciários, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença. (ERRADO) 12 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES/Adaptada) A febre amarela voltou a ser notícia. Houve 60 notificações de casos suspeitos de febre amarela, dos quais 35 foram confirmados e 19 evoluíram para óbito. O aumento do número de casos não pode ser considerado como epidemia, porque acometeu apenas quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. A epidemia ocorre quando uma doença infecciosa e transmissível se espalha rapidamente para outras regiões. Se isso acontecer, mesmo que em apenas uma região, já será considerada epidemia. Uma epidemia de grandes proporções, que poderá se espalhar por tudo o mundo, será chamada de pandemia. (ERRADO) - Página 86

87 13 - (CESPE/Técnico em Segurança do Trabalho-EMBASA) A exposição ocupacional ao mosquito aedes aegypt, principalmente em atividades em zonas endêmicas, pode levar o trabalhador a contrair a dengue. Trouxe essa questão apenas para exemplificar um caso em que a doença endêmica será considerada doença do trabalho. Nesse caso, a doença será resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. (CORRETO) 14 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) Determinada empresa, com cem empregados, apresentou quinze novos casos de alergia respiratória, após iniciar o uso de novo produto químico para a limpeza do ambiente de trabalho. Desses, doze já referiam história de asma brônquica e quadros alérgicos prévios. Todos os pacientes afirmaram haver relação entre seus quadros clínicos e a utilização do novo produto de limpeza. Os pacientes que já tinham história prévia de asma brônquica e apresentaram alergia respiratória podem ser enquadrados no grupo III de Schilling. O grupo III de Schilling engloba as doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa da doença. Se os pacientes já tinham história prévia de asma brônquica e apresentaram alergia respiratória em razão da utilização do novo produto de limpeza, a doença realmente será enquadrada no grupo III de Schilling. (CORRETO) 15 - (CESPE/Perito/Engenharia de Segurança do Trabalho-MPU) A silicose é classificada como doença profissional típica do grupo I de Schilling. A silicose é uma pneumoconiose ocupacional causada pela inalação de poeira de sílica livre (quartzo ou cristalizada). É uma doença profissional, ou seja, que tem o trabalho como causa necessária. Enquadra-se no grupo I de Schilling. (CORRETO) 16 - (CESPE/Pesquisador/Engenheiro de Segurança do Trabalho- INMETRO) As doenças classificadas como doenças profissionais incluem a silicose em mineradores. - Página 87

88 A silicose é uma pneumoconiose ocupacional causada pela inalação de poeira de sílica livre cristalizada (quartzo). É uma doença profissional que tem o trabalho como causa necessária. (CORRETO) 17 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) A pneumoconiose de ocorrência mais frequente no Brasil é a asbestose. Estudamos que a pneumoconiose com maior número de casos registrados no Brasil, ou seja, a pneumoconiose mais frequente é a silicose (causada pela inalação de poeira contendo sílica livre cristalizada). (ERRADO) 18 - (CESPE/Médico do Trabalho-SESA/ES) A prevenção das pneumoconioses é realizada por meio da ventilação forçada do ambiente, não sendo indicada, no entanto, a umidificação ambiental. Para prevenção das pneumoconioses, devem ser adotadas medidas que reduzam ou eliminem a quantidade de poeiras presentes nos ambientes de trabalho. Ventilação forçada é aquela não natural (artificial). A medida coletiva mais adequada é a exaustão das poeiras. A umidificação também poderá ser adotada, por exemplo, para eliminar a varrição seca dos locais de trabalho. (ERRADO) 19 - (CESPE/Técnico de Segurança do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) Pneumoconioses como a silicose e a asbestose podem ser consideradas doenças transmissíveis. Pneumoconioses são doenças pulmonares que ocorrem devido à poluição do ar nos ambientes de trabalho. É causada por gases ou poeiras (agentes químicos) com propriedades danosas. Não são doenças transmissíveis. Estas, em geral, são causadas por agentes biológicos. (ERRADO) 20 - (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 5ª Região) Pessoas que trabalham na produção de ferramentas e próteses dentárias estão sujeitas a desenvolver pneumoconiose por metais duros, causada pela exposição a poeiras metálicas provenientes de ligas compostas por tungstênio e outros metais duros. - Página 88

89 A exposição ocupacional a metais duros como tungstênio, cobalto, titânio e vanádio, pode causar uma pneumoconiose fibrogênica, em atividades como tingimento de vidros, cerâmicas e pinturas, na produção de ferramentas e próteses dentárias, por exemplo. (CORRETO) 21 - (CESPE/Médico do Trabalho-Polícia Civil/PA) No Brasil, a silicose decorrente da extração de carvão mineral é a principal pneumoconiose. A pneumoconiose mais frequente no Brasil é a silicose, causada pela inalação de sílica livre cristalizada. (ERRADO) 22 - (CESPE/Médico do Trabalho-Prefeitura de Vitória/ES) A bissinose, causada pela poeira do algodão, manifesta-se principalmente por dispneia e opressão torácica. A bissinose é uma doença causada pela exposição a poeiras orgânicas de algodão, linho, cânhamo ou sisal. Caracteriza-se por dispneia (falta de ar) e por uma sensação de opressão torácica que aparece no retorno ao trabalho após um afastamento de final de semana ou férias. Por isso, é conhecida como síndrome das manhãs de segunda-feira. (CORRETO) 23 - (CESPE/Médico do Trabalho-FUB) O desenvolvimento e a evolução da silicose dependem da suscetibilidade individual do trabalhador, bem como da concentração de sílica livre respirável, do tempo de exposição e do tamanho das partículas a que o indivíduo é exposto. Tanto o risco de desenvolvimento como de progressão da silicose é maior para os trabalhadores sujeitos à exposição excessiva, para portadores de outras doenças respiratórias ou para trabalhadores com suscetibilidade individual. (CORRETO) 24 - (CESPE/Analista/Engenharia de Segurança do Trabalho-EBC) Um operário que trabalhe em seção de acabamento em telhas e caixas de amianto sem os devidos EPI estará suscetível a contrair asbestose. A asbestose é uma pneumoconiose causada pela inalação de fibras de asbesto (ou amianto). As principais atividades em que há exposição dos trabalhadores ao amianto é a fabricação de produtos que contenham amianto, principalmente nas tarefas de lixamento (acabamento). (CORRETO) - Página 89

90 25 - (ESAF/Médico do Trabalho-MTE) Na determinação do risco potencial de pneumoconiose, em ambientes de trabalho contendo poeiras silicosas, não é fator importante neste processo de avaliação a (o) a) idade do trabalhador b) tempo de exposição c) concentração ambiental d) teor de sílica livre cristalizada na poeira em suspensão e) tamanho da partícula O risco de desenvolvimento e de progressão da silicose é maior para os trabalhadores sujeitos à exposição excessiva (concentração e tamanho das partículas de sílica livre respirável e do tempo de exposição), para portadores de outras doenças respiratórias ou para trabalhadores com suscetibilidade individual. Por outro lado, a idade do trabalhador não interfere no desenvolvimento ou progressão da doença, que não é inerente a nenhum grupo etário. A exposição excessiva é o fator que potencializa o risco. (Alternativa A) 26 - (FCC/Médico do Trabalho-Banco do Brasil) Segundo a classificação das doenças e sua relação com o trabalho, proposta por Schilling, quando o trabalho é apenas o provocador de um distúrbio latente, a doença é considerada não relacionada ao trabalho. Schilling divide as doenças ocupacionais em três grupos: Grupo I Grupo II Grupo III Doenças em que o trabalho é causa necessária. Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário. Doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa da doença. Todos os grupos da classificação de Schilling classificam apenas doenças relacionadas ao trabalho. A questão se refere ao grupo III (doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente). Se o trabalho é o provocador de - Página 90

91 um distúrbio latente, logicamente a doença é relacionada ao trabalho. São exemplos desse grupo as doenças alérgicas de pele e os distúrbios mentais que afetam determinados grupos ocupacionais. (ERRADO) 27 - (FCC/Médico do Trabalho-Banco do Brasil) Segundo a classificação das doenças e sua relação com o trabalho, proposta por Schilling, quando o trabalho é apenas o provocador de um distúrbio latente, a doença é considerada grupo IV. Acabamos de ver que o grupo III de Schilling elenca as doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, o trabalho é a concausa da doença. Não há grupo IV na classificação de Schilling. (ERRADO) 28 - (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 5ª Região) Conforme a Classificação adaptada de Schilling, das doenças segundo sua relação com o trabalho, classifica-se como Categoria I: A - Câncer de pulmão. B - Intoxicação pelo chumbo. C - Asma ocupacional. D - Dermatite de contato. E - Varizes de membros inferiores. Vamos revisar os três grupos de Schilling: Grupo I Grupo II Grupo III Doenças em que o trabalho é causa necessária. Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário. Doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa da doença. A única doença da relação que tem o trabalho como causa necessária é a intoxicação pelo chumbo (saturnismo). Somente o meio ambiente de trabalho pode expor o trabalhador a concentrações de chumbo suficientes para causar doenças. O saturnismo é uma doença profissional, classificada no grupo I de - Página 91

92 Schilling. As demais são doenças do trabalho. O câncer e as varizes de membros inferiores são doenças que tem o trabalho como fator contributivo (grupo II); já a asma e a dermatite de contato são doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente. (Alternativa B) 29 - (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 2ª Região) Segundo a classificação proposta por Schilling (1984), as doenças relacionadas ao trabalho são divididas em três grupos, de acordo com a natureza da relação entre o trabalho e a doença. A correlação correta entre grupo e doença ocorre em: a) Grupo I: câncer de laringe, Grupo II: asbestose e Grupo III: conjuntivite alérgica. b) Grupo I: conjuntivite alérgica, Grupo II: asbestose e Grupo III: câncer de laringe. c) Grupo I: asbestose, Grupo II: conjuntivite alérgica e Grupo III: câncer de laringe. d) Grupo I: câncer de laringe, Grupo II: conjuntivite alérgica e Grupo III: asbestose. e) Grupo I: asbestose, Grupo II: câncer de laringe e Grupo III: conjuntivite alérgica. - Página 92

93 A asbestose é uma pneumoconiose causada pela inalação de fibras de asbesto ou amianto. É uma doença profissional em que o trabalho é a causa necessária da doença. Classifica-se, portanto, no Grupo I de Schilling. O câncer de laringe, assim como os demais cânceres ocupacionais, é uma doença em que o trabalho é um fator de risco contributivo, classificando-se no grupo II de Schilling. Já a conjuntivite alérgica, assim como todas as doenças alérgicas, é uma doença em que o trabalho pode ser provocador de um distúrbio latente (a alergia é decorrente da suscetibilidade individual de cada trabalhador), classificado no grupo III de Schilling. Resposta: Alternativa E 30 - (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho-TRT 5ª Região) Trabalhadores de mineração, fundições, cerâmicas, marmorarias, cavadores de poços e lapidadores de pedras preciosas têm como risco comum o de adquirirem pneumoconiose por: A) poeira mista B) asbestose C) silicose D) metal duro E) abrasivos A questão quer saber qual a pneumoconiose mais frequente em trabalhadores que laboram em mineração, fundições, cerâmicas, marmorarias, cavadores de poços e lapidadores de pedras preciosas. Não falamos sobre as pneumoconioses por poeiras mistas na aula. São espécies de pneumoconioses fibrogênicas (causa fibrose pulmonar) e ocorrem devido à inalação de poeiras de diversos tipos de minerais, inclusive sílica, por isso é chamada de poeiras mistas. O sintoma mais comum é a dispneia (desconforto para respirar, falta de ar). A pneumoconiose por poeiras mistas afeta, principalmente, trabalhadores em fundições e cerâmicas. A asbestose decorre principalmente da exposição no trabalho em fábricas de artigos que utilizam amianto, como tecidos à prova de fogo, na mineração, - Página 93

94 beneficiamento, manufatura de produtos têxteis de amianto e de lonas de freios, cimento-amianto e na indústria da construção civil. A silicose, por sua vez, é mais comum em atividades como jateamento de areia, trabalho em pedreiras, preparação de mistura a seco na produção de cerâmica branca ou porcelana, a extração de minérios, especialmente em minas subterrâneas, fundições de metais que utilizam moldes de areia (principalmente no desmonte dos moldes e no lixamento das peças ainda com areia aderida à superfície) e na atividade de construção/reforma de fornos industriais com o corte e lixamento a seco de tijolos refratários. Também são fontes de exposição à silicose os trabalhos em pedreiras, a fabricação de material refratário para fornos e chaminés e a instalação de tijolos refratários na indústria do aço. A sílica também é utilizada na fabricação de vidros, porcelanas, cerâmicas, louças, lixas, rebolos, saponáceos, pós e pastas para desbaste e polimento de metais e pedras preciosas e semipreciosas. A perfuração de poços em áreas secas do Nordeste e o jateamento de areia em estaleiros também constituem atividades de alto risco de exposição. A pneumoconiose por metais duros ocorre na produção de ligas de tungstênio com outros metais duros, na manufatura de motores de jato, no tingimento de vidros, cerâmicas e pinturas. Já a pneumoconiose por abrasivos (doença de shaver) ocorre na fabricação de abrasivos de alumina ou corundum. A produção do corundum ocorre a partir da fusão da bauxita (minério de alumínio contendo certa contaminação de sílica) a altas temperaturas (2.200ºC). Após o resfriamento, sofre processo de britagem e moagem liberando poeira com potencial fibrogênico. Vemos, portanto, que em todas as atividades elencadas na questão há exposição à silicose. Resposta: Alternativa C 31 - (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de amianto e de sílica cristalina são pneumoconioses fibrogênicas. - Página 94

95 Pneumoconioses fibrogênicas são aquelas que causam fibrose pulmonar. São as pneumoconioses mais graves ou malignas. As principais são justamente a asbestose (causada pelo amianto) e a silicose (causada pela sílica). Também são fibrogênicas a pneumoconiose dos trabalhadores do carvão e a pneumoconiose causada por poeiras mistas, por exemplo. (CORRETO) 32 - (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de sílica cristalina e de rocha fosfática são pneumoconioses não fibrogênicas. A silicose (pneumoconiose causada pela inalação de poeiras de sílica) é uma das principais pneumoconioses fibrogênicas. A pneumoconiose causada pela inalação de poeira de rocha fosfática, todavia, é benigna, ou seja, não acarreta fibrose. A exposição à rocha fosfática ocorre basicamente em ocupações relacionadas à produção de fertilizantes fosfatados, na mineração e nos depósitos dessa matéria-prima (material de origem magmática). As rochas fosfáticas são compostas de fosfato de cálcio associado a diversas impurezas (ferro, manganês, titânio e bário). A exposição às poeiras ocorre principalmente nos processos de moagem e secagem. (ERRADO) 33 - (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de amianto e de ferro são pneumoconioses não fibrogênicas. Acabamos de ver que a asbestose (pneumoconiose causada pela inalação de poeiras de amianto) é uma das principais pneumoconioses fibrogênicas. Já a siderose (causada pela inalação de fumos de óxido de ferro) não é fibrogênica. (ERRADO) 34 - (FCC/Médico do Trabalho-FHEMIG) As pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras de ferro e de rocha fosfática são pneumoconioses fibrogênicas. Tanto a siderose (causada pela inalação de fumos de óxido de ferro) como a pneumoconiose causada pela inalação de poeira de rocha fosfática são pneumoconiose não fibrogênicas. (ERRADO) - Página 95

96 35 - (INAZ/Médico do Trabalho/BANPARÁ) O risco de câncer de pulmão atribuível à ocupação varia de 4 a 40%, de acordo com o agente analisado. Os agentes etiológicos e fatores de risco de natureza ocupacional mais conhecidos são, exceto: (A) Antraquinona (B) Alcatrão (C) Níquel e seus compostos. (D) Cádmio ou seus compostos (E) Cloreto de vinila. Os principais agentes etiológicos de natureza ocupacional (causas) do câncer de pulmão são arsênio, asbesto ou amianto, berílio, cádmio, cromo, sílica livre, alcatrão ou betume, radiações ionizantes, cloreto de vinila, níquel, formaldeído ou formol, entre outros. Antraquinona é uma substância química presente, por exemplo, no ipê-roxo, na cáscara-sagrada e na babosa, sendo utilizada na indústria farmacêutica pelas suas propriedades laxantes. Resposta: Alternativa A (UNIFEI/Técnico Administrativo em Educação/Médico Perito) De acordo com o Decreto nº 3048, LISTA A Agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional relacionados com a etiologia de doenças profissionais e de outras doenças relacionadas com o trabalho o asbesto ou amianto encontra-se relacionado causalmente com as seguintes neoplasias, exceto: A. Neoplasia maligna do estômago. B. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão. C. Mesotelioma de pleura, pericárdio e peritônio. D. Melanoma. Conforme previsto no Decreto 3.048/99, o asbesto ou amianto causa as seguintes doenças: neoplasia maligna do estômago, da laringe, dos brônquios e do pulmão; mesotelioma da pleura, do peritônio e do pericárdio; placas epicárdicas ou pericárdicas, asbestose, derrame pleural e placas pleurais. Melanoma é um câncer de pele. Resposta: Alternativa: D - Página 96

97 37 (CESPE/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-PE) A doença do interstício pulmonar provocada pela exposição repetida a pó e bolor da cortiça (alveolite alérgica extrínseca) é denominada: a) asbestose. b) suberose. c) siderose. d) estanhose. e) síndrome de Caplan. A asbestose tem como agente de risco a exposição ao asbesto ou amianto (Incorreta a A). A suberose é causada por fungos presentes na cortiça, que é a casca da árvore conhecida como sobreiro, utilizada, por exemplo, na fabricação de rolhas de garrafas. (Correta a B, gabarito da questão). A siderose é causada pela exposição a fumos de óxido de ferro. (Incorreta a C). A estanhose é causada pelo estanho. (Incorreta a D). Por fim, a síndrome de Caplan é causada pela exposição a poeiras de carvão mineral e de sílica livre. Gabarito: B 38 (IBADE/Analista em Previdência/Médico Perito/IPEROM) Trabalhador comparece à avaliação pericial com quadro clínico compatível com pneumoconiose. O trabalhador informa que laborou por 20 anos em uma fábrica de produção de cortiças. A pneumoconiose da qual está acometido, e que está na categoria de pneumonite de hipersensibilidade, é: a) silicose. b) siderose. c) beriliose. d) bagaçose. e) suberose. A pneumonite de hipersensibilidade que acomete trabalhadores em fábricas de produção de cortiças é a suberose. A silicose é causada pela sílica livre; a siderose por fumos de óxido de ferro; a beriliose pelo berílio; e a bagaçose por cana mofada. Gabarito: E - Página 97

98 39 (FCC/Analista Judiciário/Medicina do Trabalho/TRE-PE) A classificação das doenças relacionadas ao trabalho, proposta por Schilling em 1984 e largamente utilizada, propõe a divisão dessas doenças em 3 grupos ou categorias, de acordo com a contribuição dos fatores de risco ocupacionais para o desenvolvimento ou agravamento da doença. De acordo com tal classificação, é correto afirmar que a) Silicose está incluída no grupo I. b) Doença coronariana está incluída no grupo I. c) Bronquite crônica está incluída no grupo II. d) Doença coronariana está incluída no grupo III. e) Câncer está incluído no grupo III. Essa questão cobra o conhecimento do quadro apresentado no Manual de Doenças Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Saúde que trouxemos na aula. O grupo I de Schilling inclui as doenças em que o trabalho é a causa necessária, como a silicose. O grupo II de Schilling inclui as doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário, como a doença coronariana e o câncer. O grupo III de Schilling inclui as doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa da doença, como a bronquite. - Página 98

99 Gabarito: A 40 - (FCC/Agente Técnico Legislativo Especializado/Medicina do Trabalho/AL-SP) De acordo com a classificação proposta por Schilling (1984), as doenças ocupacionais são classificadas em três grupos: Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3. Assinale a alternativa que faz a correta relação entre as doenças ocupacionais listadas e a classificação proposta por Schilling. I. Intoxicação por chumbo II. Varizes de membros inferiores III. Silicose IV. Bronquite crônica V. Câncer VI. Doenças mentais a) Grupo 1 - IV / Grupo 2 - I, III / Grupo 3 - II, V, VI. b) Grupo 1 - I, III / Grupo 2 - II, V / Grupo 3 - IV, VI. c) Grupo 1 - I, III / Grupo 2 - IV, V, VI / Grupo 3 - II. d) Grupo 1 - III / Grupo 2 - I, VI / Grupo 3 - II, IV, V. e) Grupo 1 - I, III, VI / Grupo 2 - II, IV / Grupo 3 - V. Novamente vemos a cobrança do quadro abaixo: A intoxicação por chumbo e a silicose são exemplos de doenças em que o trabalho é a causa necessária (Grupo I de Schilling). A associação correta é Grupo 1 - I, III. As varizes de membros inferiores e o câncer são exemplo de doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário, como a doença coronariana e o câncer. A associação correta é Grupo 2 - II, V. - Página 99

100 A bronquite crônica e as doenças mentais são exemplos de doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa da doença, como a bronquite. A associação correta é Grupo 3 - IV, VI. Gabarito: B 41 (CESGRANRIO/Médico do Trabalho Júnior/Transpetro) No exame periódico anual da empresa, um trabalhador lotado no setor de cartonagem apresentou imagem radiológica compatível com neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão D, além de derrame pleural à D e placas pleurais. A hipótese diagnóstica mais provável é que se trata de doença secundária à a) silicose b) asbestose c) bissinose d) aluminose e) siderose O derrame pleural é o acúmulo de líquido na pleura (membrana de reveste o pulmão). Também chamado de água no pulmão ou água na pleura. As placas pleurais correspondem ao espessamento da pleura. Ambas as doenças podem ocorrer prévia, concomitante ou secundariamente à asbestose ou mesotelioma de pleura. Gabarito: B 42 (CESPE/Médico do Trabalho/FUB) As placas pleurais são as alterações patológicas mais prevalentes relacionadas ao asbesto. As placas pleurais são as manifestações mais frequentes ou prevalentes (as que mais ocorrem) em trabalhadores expostos ao asbesto ou amianto. Perceba que a exposição ao asbesto causa mais placas pleurais do que asbestose (a doença mais conhecida causada pelo asbesto). (CORRETO) 43 (FUNRIO/Engenheiro de Segurança do Trabalho/IFPA) Síndrome do Edifício Doente é: - Página 100

101 a) Quando a estrutura do edifício está comprometida em sua fundação podendo apresentar risco físico de desabamento a seus trabalhadores. b) Quando a estrutura de paredes do prédio apresenta vários focos de infiltração. c) Quando a estrutura de pisos e paredes da edificação apresenta várias pequenas rachaduras em diversos andares e pontos diferentes. d) Quando um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar manifestam-se em uma edificação. e) Quando, após vistoriado, um prédio apresenta índices residuais de contaminação expressivos por algum agente químico. A Síndrome do Edifício Doente é uma patologia que afeta o trabalhador e não a estrutura da edificação. A única alternativa que traz características de uma doença ocupacional e a resposta correta é a D. A SED é um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar manifestam-se em uma edificação. Gabarito: D 44 (CESPE/Analista de Medicina do Trabalho/Perito/MPU) A exposição a poeiras minerais com baixo conteúdo de sílica cristalina causa pneumoconiose por poeiras mistas. A pneumoconiose por poeiras mistas é aquela causada por poeiras de diversos tipos de minerais. Esse é o fator que a caracteriza, ou seja, poeiras de diversos tipos. Geralmente esse misto de poeiras pode conter sílica livre. Todavia, a doença pode se desenvolver mesmo que não haja sílica livre na composição das poeiras mistas. (CORRETO) 45 (CETRO/Médico do Trabalho/AMAZUL/Adaptada) Nas doenças por exposição a metais duros como titânio, tântalo, nióbio, vanádio, associados a cobalto na propriedade ligante, o quadro clínico inclui tosse produtiva, constrição torácica e ganho de peso. A pneumoconiose por metais duros é aquela causada por tungstênio, cobalto, titânio, tântalo, nióbio, vanádio e cobalto. Os sintomas principais são dispneia de esforço (falta de ar), tosse seca, dor, constrição torácica (aperto no peito), febre e perda de peso. (ERRADO) - Página 101

102 46 (CESGRANRIO/Médico do Trabalho Júnior/Petrobras) As pneumoconioses são doenças pulmonares relacionadas etiologicamente à inalação de poeiras em ambientes de trabalho. Podem ter, no seu mecanismo fisiopatogênico, o aparecimento ou não de fibrose. Entre as pneumoconioses que cursam sem fibrose, têm-se as seguintes: a) Asbestose, aluminose e pneumoconiose por poeira mista. b) Silicose, pneumoconiose por metais duros e beriliose. c) Baritose, pneumoconiose por carvão vegetal e estanhose. d) Pneumonite por hipersensibilidade, pneumoconiose por rocha fosfática e siderose. e) Talcose, pneumoconiose por carvão mineral e pneumoconiose por abrasivos. A questão quer saber quais das pneumoconioses são não fibrogênicas. Dentre as opções de resposta, são fibrogênicas as seguintes: asbestose, aluminose, pneumoconiose por poeira mista, silicose, pneumoconiose por metais duros, pneumoconiose por rocha fosfática, pneumoconiose por carvão mineral e pneumoconiose por abrasivos (doença de Shaver). Por outro lado, são pneumoconioses não fibrogênicas: beriliose, baritose, pneumoconiose por carvão vegetal, estanhose, pneumonite por hipersensibilidade, siderose e talcose. Talcose é uma pneumoconiose não fibrogênica causada pela inalação de talco (silicato de magnésio). A exposição se dá em indústrias como cerâmica, papel, plásticos, borracha, pintura, construção e cosmética, entre outras. Os sintomas mais comuns são tosse e dispneia crônica (falta de ar). Baritose é uma pneumoconiose não fibrogênica causada por inalação de poeira de bário ou sulfato de bário. A exposição ocorre, por exemplo, nas atividades de mineração da barita e na fabricação de tintas, borrachas e vidros. Gabarito: C - Página 102

103 47 (UNIVERSA/Médico do Trabalho/CEB) A doença de Shaver é caracterizada por dispneia e tosse seca, evoluindo gradativamente para fibrose pulmonar e resulta da exposição a: a) cromo. b) sílica. c) arsina. d) estanho. e) alumínio. A Doença de Shaver é uma pneumoconiose por exposição a abrasivos de alumina (óxido de alumínio) ou corundum (ou corindo, mineral a base de óxido de alumínio). Os sintomas são tosse seca, dispneia, dor torácica e pneumotórax (presença de ar ou líquido entre o pulmão e a pleura). Gabarito: E 1 E 6 E 11 E 16 C 21 E 26 E 31 C 36 D 41 B 46 C 2 E 7 C 12 E 17 E 22 C 27 E 32 E 37 B 42 C 47 E 3 E 8 E 13 C 18 E 23 C 28 B 33 E 38 E 43 D 4 C 9 E 14 C 19 E 24 C 29 E 34 E 39 A 44 C 5 E 10 E 15 C 20 C 25 A 30 C 35 A 40 B 45 E - Página 103

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