UTILIZAR OS CONHECIMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO, POIS, A PRÁTICA CLÍNICA É INDIVIDUAL
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2 UTILIZAR OS CONHECIMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO, POIS, A PRÁTICA CLÍNICA É INDIVIDUAL
3 ESTUDO EM POPULAÇÕES HUMANAS da distribuição e dos determinantes dos fenômenos ou estados relacionados à saúde em populações específicas, e a aplicação dos resultados para controlar problemas de saúde (John M.Last, Dicionário de Epidemiologia). da ocorrência de doenças (Cole, 1960) da distribuição e dos determinantes da doença (MacMahon, 1970) das relações causais entre exposições e fenômenos do processo saúde/doença (Miettinen, 1985)
4 Oferecer subsídios: à formulação de políticas, programas e regulamentações ao diagnóstico à prevenção de doenças avaliar a efetividade e o impacto de ações / intervenções / tecnologias investigar os mecanismos causais de agravos à saúde em populações.
5 CONSTITUIÇÃO CIENTÍFICA - EIXOS PRINCIPAIS Clínica Estatística Medicina Social CONCEITOS FUNDAMENTAIS Risco Fator de risco Fator de proteção Fatores de prognóstico Almeida Jr. e Rouquaryol, 2006
6 Almeida Jr. e Rouquaryol, 2006 Risco: correspondente epidemiológico de probabilidade Risco: algo positivo (cura) ou negativo (adoecimento) Definição: probabilidade de ocorrência de um evento Ocorrência de casos / base populacional / referência temporal Fator de risco: atributo que se relaciona com maior incidência de um agravo Fator de proteção: atributo relacionado com menor incidência
7 FATOR DE RISCO Pop. exposta Pop. não exposta PRESENÇA DA DOENÇA D E D NE AUSÊNCIA DA DOENÇA ND E ND NE Risco na população exposta = D E / D E + ND E Risco na população não exposta = D NE / D NE + ND NE = RR
8 FORÇA DA ASSOCIAÇÃO FATOR DE RISCO E DOENÇA FUNDAMENTAL À PREVENÇÃO PRIMÁRIA Sequência temporal exposição precede a doença Intensidade (ou força) da associação (RR) Significância estatística associação não é fruto do acaso Efeito dose-resposta aplicável a algumas associações Consistência da associação repetição por outras pesquisas Especificidade Coerência científica / plausibilidade biológica.
9 DESCRITIVOS: majoritariamente estimam magnitude do problema (indicadores) comparam as distribuições entre categorias (pessoas, lugar, tempo) em S & T - exploram possíveis efeitos de exposições. ANALÍTICOS OU ETIOLÓGICOS: testam hipóteses possibilitam identificar evidências de causas de danos à saúde.
10 INCIDÊNCIA = Nº de casos novos da doença na população W no período Y População W no período Y TX. DE FREQUÊNCIA = Nº de AT típicos na população W em 2009 Nº de homens-horas trabalhadas p/ pop. W em 2009 Nº trabalhadores X nº de horas de trabalho (no ano de 2009) TAXA DE FREQÜÊNCIA DE AT TÍPICOS T NA POPULAÇÃO W EM 2009
11 PREVALÊNCIA = Nº de casos de uma doença na população W em 2009 População W em 2009 TAXA DE GRAVIDADE = Nº dias perdidos por AT típicos população W em 2009 Nº de homens-horas trabalhadas na população W em 2009 X 10 6 Dias perdidos = nº de dias perdidos por AT ou doença Quando há incapacidade permanente parcial - até dias. Quando há incapacidade permanente total ou morte acrescentam-se dias (dias debitados).
12 IARC press release 108 (05/12/2007): Trabalho em turnos que interfere com o ritmo circadiano, provavelmente é carcinogênico para humanos (Grupo 2A). (Trabalho noturno) A Dinamarca tornou-se o primeiro país a pagar compensação a mulheres com câncer de mama que trabalharam longo tempo em turno noturno, reconhecendo nexo em 38 de 75 casos da doença analisados pelo Comitê de Doenças Ocupacionais. A decisão foi baseada em evidências epidemiológicas a partir de revisão da literatura realizada em 2007 pelo referido comitê. consultado em 04/07/2011
13 Interferência com relógio biológico do organismo Interferência na produção de melatonina Trabalhadores noturnos apresentam níveis baixos anormais de melatonina Melatonina é fator de proteção para câncer diminui níveis de estrógeno aumenta a atividade de genes que previnem o câncer reforça o sistema imune bloqueia o crescimento de células cancerosas.
14 Burnout é um estado mental relacionado ao trabalho em indivíduos normais, persistente e negativo, caracterizado principalmente por exaustão, que é acompanhada de distresse, uma sensação de redução da eficácia, diminuição da motivação e desenvolvimento de atitudes e comportamentos disfuncionais no trabalho. Esta condição psicológica desenvolve-se gradualmente e pode permanecer desapercebida pelo indivíduo afetado por longo período de tempo. Trata-se do resultado da inadequação entre as expectativas e a realidade no trabalho. Muitas vezes o burnout se perpetua devido a estratégias inadequadas de coping que estão associadas à síndrome. (Schaufeli e Enzemann, 1998)
15 Santana, a identificação, em um indivíduo em particular, de manifestações e evidências que caracterizem a enfermidade como tendo sido causada por certas situações originadas no processo de trabalho, ou seja, caracterizando-a como ocupacional ou relacionada ao trabalho.
16 Não é possível provar nexo no nível individual Atividade econômica Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) Registros de afastamentos por doença (CID-10) Doenças relacionadas ao trabalho Doenças comuns NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO: TM NÃO APARECIAM COMO DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
17 Inversão do ônus da prova Antes bancário / seu médico precisavam provar que o TM estava relacionado ao trabalho Depois banco precisa provar que a doença não apresenta relação com o trabalho Vale para trabalhadores regidos pela CLT Com o tempo, por analogia extensão a trabalhadores com outros tipos de vínculov
18 Listas de doenças orientar a análise de casos individuais Noções de causalidade probabilísticas e coletivas Listas mínimas de morbidade: transformam-se em listas máximas limitam / impedem a inclusão de casos individuais transformam-se em instrumentos de exclusão.
19 Utiliza conceito de grupo homogêneo de risco (modelo operário It.) Considera a validação consensual Adota noções de causalidade da ciência moderna probabilística Utiliza instrumental da Epidemiologia para estabelecer FAP: ocorrência de doenças segundo a CID-10 ramo de atividade econômica (CNAE) número de trabalhadores por ramo de atividade
20 Qual é a conduta de vocês diante de profissionais da educação que apresenta transtorno mental, considerando que o serviço público não adota o NTEP? Qual a tendência dos peritos diante dos aspectos epidemiológicos? Até que ponto as características da relação médico-paciente no caso de perícias influencia a forma do médico perito ver o periciando?
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