ANÁLISE ECONÓMICA DA ESTRUTURA FINANCEIRA e BANCOS
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- Cássio Campos Amaral
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1 Cap.6 Aula Pratica ANÁLISE ECONÓMICA DA Crises Financeiras (M, c.9; C, c.14) Definição Forte perturbação no(s) mercado(s) financeiro(s), provocando forte diminuição do preço dos activos e a falência de numerosas empresas financeiras e não financeiras Tipos de crises: sistémicas e não sistémicas bancárias, cambiais, gémeas. Margarida Abreu EMF - ISEG 2 MA 1
2 Crises bancárias no mundo Margarida Abreu EMF - ISEG 4 Custo das crises bancárias S:M.,c.8 Margarida Abreu EMF - ISEG 5 MA 2
3 Custo das crises bancárias S:C.,c.14 Margarida Abreu EMF - ISEG 6 Factores que podem desencadear uma crise financeira 1. Diminuição do preço de activos Queda dos preços nos Mercados de Títulos Redução do valor dos activos nos balanços (asset write-downs). Reduz riqueza líquida das empresas (mutuários) Descida não antecipada do nível geral de preços Responsabilidades aumentam em termos reais Reduz riqueza líquida das empresas Depreciação não antecipada da moeda nacional Aumenta dívida denominada em divisas e Reduz riqueza líquida das empresas. MA 3
4 Factores que podem desencadear uma crise financeira 2. Deterioração dos balanços das Instituições Financeiras Redução do crédito concedido. 3. Crise Bancária Perda de informação e desintermediação 4. Aumento da incerteza Redução do crédito concedido. Factores que podem desencadear uma crise financeira 5. Aumento das taxas de juro Aumenta problemas de selecção adversa Deterioração fluxos tesouraria (cash-flows) Aumenta necessidade de financiamento externo aumento problemas de selecção adversa e risco moral. 6. Desequilíbrios orçamentais Aumenta risco de não cumprimento da divida publica. Investidores externos podem retirar os fundos do país. MA 4
5 Margarida Abreu EMF - ISEG 10 Dinâmica da crise financeira 2007/2008 1ª fase: Início da crise financeira Má gestão processo liberalização/inovação financeira Boom em mercados financeiros Aumento das taxas de juro Aumento da incerteza 2ª fase: Crise bancária 3ªfase: Deflação da dívida MA 5
6 Dinâmica da crise financeira 2007/2008 Inovação financeira com base no mercado hipotecário subprime: titularização (securitization) Mortgage-backed securities Collateralized debt obligations (CDOs; CDOs2; CDOs3 ) Formação da bolha especulativa no mercado imobiliário Aumento da liquidez resultante de entrada de capitais nos EUA com origem na India e China Desenvolvimento do mercado hipotecário de baixa qualidade (subprime) aumento da procura de casas e subida dos preços Dinâmica da crise financeira 2007/2008 Surgimento de problemas de agência Investidor (principal) versus IF mortgage broker (agente). Mutuários não tem incentivo para disponibilizar informação sobre a sua capacidade de pagar Bancos e agencias de rating tem pouco incentivo para avaliar a qualidade dos activo Problemas de informação assimétrica tornamse evidentes Bolha do mercado imbiliário rebenta MA 6
7 Regulamentação do sistema financeiro (C.,c.14) Existem 3 razões que justificam a intervenção do governo no sistema financeiro: 1. Proteger os investidores 2. Proteger os clientes dos bancos contra uma exploração monopolista 3. Assegurar a estabilidade do sistema financeiro Regulamentação bancária (C. c.14) 1. Garantia Publica de Protecção (Government Safety Net): Financiamento publico (Lender of last resort) e Garantia governamental de depósitos Evita a falência de bancos devida a informação assimétrica: os depositantes não conseguem diferenciar os bons dos maus bancos Risco moral: Cria incentivos aos bancos para aceitarem muito risco Selecção adversa: actividade bancária torna-se mais atractiva para empresários menos honestos ou mais amantes do risco Too-Big-to-Fail aumenta os incentivos de risco moral para os grandes bancos Margarida Abreu EMF - ISEG 15 MA 7
8 Regulamentação bancária (C. c.14) 2. Restrições sobre a detenção de activos Reduz o risco moral de se investir com excesso de risco Margarida Abreu EMF - ISEG 16 Regulamentação bancária 3. Regulamentação sobre capitais próprios Rácio de Alavancagem (Leverage ratio) RA = Capitais Próprios / Total do Activo Reduz risco moral: bancos têm mais a perder quando têm elevados cap. próprios Mais cap. Próprios significa mais colateral para o fundo de garantia depósitos 4. Supervisão bancária Reduz selecção adversa decorrente dos empresários corruptos ou amantes do risco Reduz risco moral evitando actividades de risco Margarida Abreu EMF - ISEG 17 MA 8
9 Regulamentação bancária 5. Novas tendências: Avaliação da gestão e do risco Sistema CAMELS (CAMELS Rating System) Um sistema internacional de classificação de bancos através do qual as IFM são avaliadas de acordo com 6 critérios: C - Capital adequacy A - Asset quality M - Management quality E - Earnings L - Liquidity S - Sensitivity to Market Risk Margarida Abreu EMF - ISEG 18 Regulamentação bancária 6. Exigências de prestação de informação Melhor informação reduz problemas de informação assimétrica 7. Protecção ao consumidor Taxas de juro standard (TAEG) Evitar a discriminação 8. Restrições á competitividade para reduzir o risco Restrições a sectores de actividade Separação dos bancos dos mercados títulos negociáveis nos EUA (Glass-Steagall ) Regulação bancária internacional: Basileia II Margarida Abreu EMF - ISEG 19 MA 9
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