CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM

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1 CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM P/ CONCURSO AULA N 24 HEPATITES VIRAIS, HIV/DST. Equipe Professor Rômulo Passos 2015 NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 1

2 Olá, Amigo (a)! Daremos início a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem para Concurso/2015. Nesta aula, exploraremos as questões cobradas em concursos anteriores referentes ao tema Hepatites Virais, HIV/DST. Lembrando que as nossas aulas são elaboradas com materiais atualizados e de fácil entendimento, nos atentamos em está abordando a teoria relacionada com a maneira como os assuntos são abordados pelos concursos de Enfermagem. Não deixe sua APROVAÇÃO escapar por detalhes, resolva as questões do site veja os comentários de nossos professores e deixe os seus comentários também. Vamos interagir! Desejamos uma ótima aula e muita disciplina. Profº. Rômulo Passos Profª. Raiane Bezerra NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 2

3 Hepatites Virais As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Possuem distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e magnitude destas em todo mundo, variando, de acordo com o agente etiológico. Tem grande importância para a saúde publica em virtude do número de indivíduos acometidos e das complicações resultantes das formas agudas e crônicas da infecção. Do ponto de vista clinico e epidemiológico os agentes etiológicos mais relevantes são os vírus A, B, C, D e E. As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. De outro modo, as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue (via parenteral e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual), sendo esta última incomum para hepatite C. Assim, a transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, instrumentos para uso de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) e pipadas (crack), acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança. A transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados é rara em face da triagem sorológica obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a hepatite B e 1993 para a hepatite C). Geralmente, a transmissão vertical ocorre no momento do parto e dentre as hepatites virais o risco é maior para hepatite B, ocorrendo em 70% a 90% dos casos cujas gestantes apresentam replicação viral. Ressalta-se que os recém-nascidos de mães HBsAg reagentes (com Hepatite B) devem receber a primeira dose da vacina contra hepatite B e a Imunoglobulina Humana Anti Hepatite B (IGHAHB) no momento do parto. A infecção via transplacentária é incomum. Na hepatite C, esse mecanismo de transmissão é menos frequente, podendo ocorrer em cerca de 6% dos casos, chegando a 17% nas gestantes coinfectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Apesar da possibilidade de transmissão pelo aleitamento materno, não há evidências NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 3

4 conclusivas de aumento do risco a infecção, exceto na ocorrência de fissuras ou sangramento nos mamilos. Vejamos abaixo as principais características dos vírus que causam a Hepatite: Manifestações Clínicas: Após entrar em contato com o vírus, o indivíduo pode desenvolver hepatite aguda oligo/assintomática ou sintomática. Esse quadro agudo pode ocorrer na infecção por qualquer um dos vírus e tem seus aspectos clínicos e virológicos limitados aos primeiros 6 meses. No caso das hepatites B, C e D a persistência do vírus após esse período caracteriza a cronificação, que também pode cursar de forma oligo/assintomática ou sintomática. Vale ressaltar que as hepatites A e E não evoluem para formas crônicas. A Hepatite aguda pode apresentar as seguintes fases: período prodrômico ou pré-ictérico, fase ictérica e fase de convalescença. Período prodrômico ou pré-ictérico - ocorre após o período de incubação do agente etiológico e anteriormente ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos, como: anorexia, náuseas, vômitos, diarreia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaleia, mal-estar, astenia e fadiga, aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no hipocôndrio direito, urticaria, artralgia ou artrite e exantema papular ou maculo-papular. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 4

5 Fase ictérica - com o aparecimento da icterícia, em geral, ha diminuição dos sintomas prodrômicos. Observa-se hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia. Ocorre hiperbilirrubinemia intensa e progressiva. A fosfatase alcalina e a gama-glutamil-transferase (GGT) permanecem normais ou discretamente elevadas. Há alteração das aminotransferases (enzimas hepáticas - TGO e TGP), podendo variar de 10 a 100 vezes o limite superior da normalidade. Esse nível retorna ao normal no prazo de algumas semanas, porém se persistirem alterados, por um período superior a seis meses, deve-se considerar a possibilidade de cronificação da infecção no caso das hepatites B, C e D. Fase de convalescença - segue-se ao desaparecimento da icterícia e a recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por vários meses. Hepatite crônica - os vírus B, C e D são aqueles que têm a possibilidade de causar doença crônica. Nesses casos os indivíduos apresentam sinais histológicos de lesão hepática (inflamação, com ou sem deposição de fibrose) e marcadores sorológicos ou virológicos de replicação viral. Os sintomas dependem do grau de dano hepático estabelecido. Eventualmente, o diagnóstico e realizado quando aparecem sinais e sintomas em face das complicações da doença como cirrose e/ou hepatocarcinoma. Indivíduos com infecção crônica que não apresentam manifestações clínicas, com replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de alterações graves à histologia hepática, são considerados portadores assintomáticos. Nessas situações, a evolução tende a ser benigna. Contudo, eles são capazes de transmitir hepatite e tem importância epidemiológica na perpetuação da endemia. Hepatite fulminante - este termo é utilizado para designar a insuficiência hepática aguda, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em um intervalo de ate 8 semanas. Trata-se de uma condição rara e potencialmente fatal, cuja letalidade é elevada (de 40 a 80% dos casos). Basicamente, a fisiopatologia está relacionada à degeneração e necrose maciça dos hepatócitos. Os primeiros sinais e sintomas são brandos e inespecíficos. Icterícia e indisposição progressivas, urina escurecida, e coagulação anormal são sinais que devem chamar atenção para o desenvolvimento de insuficiência hepática. A deterioração neurológica progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 5

6 Não existe tratamento específico para as formas agudas das hepatites virais. Se necessário, apenas tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos e de uso popular, porém seu maior benefício e ser mais agradável ao paladar do paciente anorético. Uma parcela dos casos de hepatite crônica necessitará de tratamento, cuja indicação baseia-se no grau de acometimento hepático observado por exame anatomopatológico do tecido hepático obtido por biopsia. Pacientes com aminotransferases normais merecem ser avaliados com exames de biologia molecular, pois pode haver lesão hepática, mesmo sem alteração daquelas enzimas. As formas crônicas da hepatite B, C e D tem diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados (média ou alta complexidade do SUS). Vamos descrever resumidamente o prognóstico dos principais tipos de hepatite viral. Geralmente após 3 meses, o paciente já esta recuperado da hepatite A. A hepatite aguda B normalmente tem um bom prognóstico: o individuo resolve a infecção e fica livre dos vírus em cerca de 90 a 95% dos casos. As exceções ocorrem nos casos de hepatite fulminante (<1% dos casos) e hepatite B, na criança (90% de chance de cronificação em crianças menores de 1 ano e 20 a 50% para aquelas que se infectaram entre 1 e 5 anos de idade) e em pacientes com algum tipo de imunodeficiência. A cronificação da hepatite C ocorre em 60 a 90% dos casos, sendo que, em média, de um quarto a um terço deles evolui para formas histológicas graves, num período de 20 anos. Esse quadro crônico pode ter evolução para cirrose e hepatocarcinoma, fazendo com que o HCV seja, hoje em dia, responsável pela maioria dos transplantes hepáticos no Ocidente. As hepatites virais são doenças de notificação compulsória e, portanto, todos os casos suspeitos devem ser notificados utilizando a ficha de notificação e investigação padronizada no (Sinan) e encaminhados ao nível hierarquicamente superior ou ao órgão responsável pela vigilância epidemiológica: municipal, regional, estadual ou federal. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 6

7 A disponibilidade de água potável, em quantidade suficiente nos domicílios, é a medida mais eficaz para o controle das doenças de veiculação hídrica, como as hepatites por vírus tipo A e E. As principais medidas de controle das hepatites virais de transmissão sanguínea e sexual constituem-se na adoção de medidas de prevenção. Os indivíduos devem ser orientados quanto aos mecanismos de transmissão dessas doenças e ao não compartilhamento de objetos de uso pessoal como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, materiais de manicure e pedicure e o uso de preservativos em todas as práticas sexuais e sobre a disponibilidade da vacina contra hepatite B para populações específicas. Passemos para a resolução de algumas questões: 1. (EBSERH HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes e importantes particularidades. Sobre as Hepatites, assinale a alternativa INCORRETA. a) A principal via de contágio do vírus da hepatite A (HBA) é a fecal-oral; por contato inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. b) Na hepatite A, a doença é autolimitada e de caráter benigno. c) A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via sexual, sendo considerada doença sexualmente transmissível. A transmissão vertical (materno-infantil) também é causa frequente de disseminação do vírus. d) O vírus da hepatite C é o principal agente etiológico da hepatite crônica. Sua transmissão ocorre principalmente por via oral-fecal. Em percentual significativo de casos, não é possível identificar a via de infecção. A transmissão sexual é pouco frequente. e) O vírus da hepatite E (HEV) é de transmissão fecal-oral. Essa via de transmissão favorece a disseminação da infecção nos países em desenvolvimento onde a contaminação dos reservatórios de água perpetua a doença. COMENTÁRIOS: O vírus da hepatite C é o principal agente etiológico da hepatite crônica. Sua NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 7

8 transmissão ocorre principalmente por via sanguínea, e não oral-fecal. Por isso, a alternativa incorreta é a letra D. 2. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Para Hepatite C, a janela imunológica compreende o período entre o indivíduo se expor a uma fonte de infecção e apresentar o marcador sorológico anti-hcv, que pode variar de: a) 49 a 70 dias. b) 7 a 15 dias. c) 90 a 180 dias. d) 15 a 30 dias. e) 26 a 59 dias. COMENTÁRIOS: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Possuem distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e magnitude destas em todo mundo, variando, de acordo com o agente etiológico. Tem grande importância para a saúde publica em virtude do numero de indivíduos acometidos e das complicações resultantes das formas agudas e crônicas da infecção. Do ponto de vista clinico e epidemiológico os agentes etiológicos mais relevantes são os vírus A, B, C, D e E. O conceito de janela imunológica é o período compreendido entre a exposição a uma fonte de infecção e o aparecimento de um marcador sorológico. Vejamos na tabela abaixo a janela imunológica das hepatites B e C. Tipos Hepatite Janela imunológica (testes sorológicos) Janela imunológica (testes de biologia molecular) HBV 30 a 60 dias 25 dias HCV 33 a 129 dias (ELISA 2ª geração) 49 a 70 dias (ELISA 3ª geração) 22 dias Fonte: Hepatites Virais: o Brasil está atendo (Ministério da Saúde, 2008) 1. Com base nos dados apresentados na tabela acima, verificamos que o tempo da janela imunológica do vírus da hepatite C pode variar, dependendo do teste realizado. 1 Os dados apresentados podem variar, a depender da fonte consultada. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 8

9 Para o ELISA 2ª geração, é de 33 a 129 dias, enquanto que para o ELISA 3ª geração, é de 49 a 70 dias. A AOCP apontou a letra A como gabarito da questão adotando o parâmetro ELISA 3ª geração. Todavia, a questão deveria ter sido anulada, pois existem diversos parâmetros de tempo da janela, e não apenas o indicado na letra A. 3. (MPE-RS/MPE-RS/2014) A hepatite B é transmitida pelo vírus HBV. Os sinais e sintomas da hepatite B podem ser insidiosos e variáveis. Considera-se fator de risco para infecção pelo vírus da hepatite B a) o uso de drogas orais. b) a história recente de DST. c) o alimento contaminado. d) a péssima condição de saneamento. e) a carência de vitamina B. COMENTÁRIOS: Essa questão é tranquila, pois sendo a hepatite B transmitida pelo sangue (via parenteral e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual), a única alternativa que apresenta um fator de risco para infecção pelo vírus da hepatite B é a letra B. 4. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) Analise as afirmativas abaixo com relação à Hepatite B. 1. Os portadores e doentes devem ser orientados a usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue, não compartilhar seringas e agulhas descartáveis. 2. O esquema básico de vacinação é de duas doses, sendo que o intervalo entre a primeira e a segunda é de 1 mês. 3. Todos os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados e investigados. 4. Não existe tratamento específico para a forma aguda, mas o paciente deve ser submetido a uma dieta rígida com baixo teor de gordura. 5. A ingestão de álcool deve ser suspensa por no mínimo 6 meses, preferencialmente por um ano. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. b) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 9

10 c) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5. e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5. COMENTÁRIOS: Vamos analisar os itens incorretos: Item 2: O esquema básico de vacinação é de três doses, sendo que o intervalo entre a primeira e a segunda é de 1 mês, e a terceira dose 6 meses após a primeira (0,1,6), segundo o antigo calendário de vacina contra a hepatite B. De acordo com o novo calendário, a vacina contra hepatite B está incluída na pentavalente e passa a ser aplicada sozinha apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical. Segue o novo calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses). Item 4: Não existe tratamento específico para a forma aguda, dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por seis meses no mínimo e, preferencialmente, por um ano. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra B (1,3 e 5). 5. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) A transmissão fecal-oral é o modo de transmissão das seguintes hepatites: a) A e B. b) A e E. c) B e C. d) C e D. e) D e E. COMENTÁRIOS: Essa questão é tranquila. As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 10

11 qualidade da água e dos alimentos. Portanto, gabarito letra B. 6. (Prefeitura de Fruta de Leite-MG/ UNIMONTES-COTEC/2014) A hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial até a doença fulminante e fatal. Sobre os vários tipos de hepatite, marque a alternativa INCORRETA. a) A hepatite tipo A se transmite por via fecal-oral, ou seja, fezes de pacientes contaminam a água de consumo e os alimentos quando há condições sanitárias insatisfatórias. b) A hepatite tipo E se transmite por via fecal-oral, igual à hepatite A. É mais descrita em locais subdesenvolvidos, após temporadas de enchentes. c) A hepatite tipo E é um vírus que só causa a doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do vírus A. d) A hepatite tipo C se transmite por transfusão de sangue e derivados, injeção de drogas ilícitas, contato desprotegido com sangue ou secreções contaminadas. COMENTÁRIOS: A alternativa incorreta é a letra C, pois a hepatite tipo D é um vírus que só causa a doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do vírus da hepatite B. Para melhor aprofundarmos o conteúdo, vejamos o que diz o Caderno de Atenção Básica nº 18. HIV/AIDS, hepatites e outras DST (2006): A hepatite D é causada pelo vírus da hepatite delta (HDV), e à semelhança das outras hepatites virais pode apresentar-se como infecção assintomática, sintomática ou até com formas graves. O HDV é um vírus defectivo, satélite do HBV, que precisa do HBsAg para realizar sua replicação. A infecção delta crônica é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens em áreas endêmicas da Itália, Inglaterra e Brasil (região amazônica). Em razão da sua dependência funcional do vírus da hepatite B, o vírus delta tem mecanismos de transmissão idênticos aos do HBV. Dessa forma, pode ser transmitida através de relações sexuais desprotegidas, via parenteral (compartilhamento de agulhas e seringas, tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, etc.). A transmissão vertical pode ocorrer e depende da NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 11

12 replicação do HBV. Outros líquidos orgânicos (sêmen, secreção vaginal, leite materno, etc.), também podem conter o vírus e podem constituir-se como fonte de infecção. Os portadores crônicos constituem-se importante reservatório para a disseminação do vírus da hepatite delta em áreas de alta endemicidade de infecção pelo HBV. Gabarito, portanto, letra C. HIV/DST No Brasil, a aids foi identificada pela primeira vez em 1982, quando do diagnóstico em pacientes homo ou bissexuais. Um caso foi reconhecido retrospectivamente, no Estado de São Paulo, como tendo ocorrido em Importantes mudanças em seu perfil epidemiológico vêm ocorrendo: Em sua primeira fase, de 1980 a 1986, caracterizava-se pela transmissão homo/bissexual masculino, de escolaridade elevada; Em seguida, de 1987 a 1991, caracterizava-se pela transmissão sanguínea e pela participação de usuários de drogas injetáveis UDI, dando início nessa fase a um processo mais ou menos simultâneo de pauperização e interiorização da epidemia; Nos últimos anos, de 1992 até os dias atuais, um grande aumento de casos por exposição heterossexual vem sendo observado, assumindo cada vez maior importância o número de casos em mulheres (feminização da epidemia); Hoje, a principal via de transmissão em crescimento é a heterossexual. O HIV (agente etiológico) é um retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae e subfamília Lentivirinae. O HIV utiliza para multiplicar-se uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcro RNA viral para uma cópia DNA, integrando-se ao genoma do hospedeiro. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1, o HIV-1, cursa com um amplo espectro de apresentações clínicas, desde a fase aguda até a fase avançada da doença. Em indivíduos não tratados, estima-se que o tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença esteja em torno de dez anos. Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 12

13 1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar muitos anos, com a média de 6 anos). 3. Fase sintomática inicial ou precoce. 4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado adequadamente). Infecção Aguda A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti-hiv (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. Nessa fase, bilhões de partículas virais são produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o individuo torna-se altamente infectante. Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome Retroviral Aguda SRA) incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, regiões palmares e plantares. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de outras infecções virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo HIV comumente deixa de ser diagnosticada. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 13

14 A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela imunológica), mas o diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos moleculares para a detecção de RNA do HIV. Atenção! A janela imunológica, também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-hiv torne-se positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente 2 meses. O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase aguda, é de 5 a 30 dias. Latência clínica e fase sintomática Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 células/mm 3, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose, incluindo a forma pulmonar cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser observadas. À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes-zoster. Nesse período, já é possível encontrar diminuição na contagem de linfócitos T (LT-CD4+), NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 14

15 situada entre 200 e 300 células/mm 3. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a unidades. A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovírus. As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT- CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das vezes. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-1. Analisando-se a escolaridade como variável indicadora de condição socioeconômica dos casos de aids, observa-se que a epidemia de aids no Brasil se iniciou na população de maior condição socioeconômica, em indivíduos de mais de oito anos de escolaridade, mas hoje, como o maior número de casos se encontra em indivíduos com menor escolaridade, tem sido denominada de pauperização 2. A pauperização é o crescimento da epidemia da aids entre pessoas de menor escolaridade e renda. Por outro lado, a juvenização é o crescimento da AIDS entre os jovens e adolescentes. As principais formas de transmissão do HIV são: sexual, sanguínea e vertical. Além dessas três formas, mais frequentes, pode ocorrer também a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho, em profissionais de saúde. 2 Compreensão da Pandemia da AIDS nos últimos 25 anos. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 15

16 A transmissão sexual é a principal forma de transmissão do HIV no Brasil e no Mundo, sendo a transmissão heterossexual considerada pela OMS, como a mais frequente do ponto de vista global. Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV numa relação heterossexual são: Alta viremia (durante a fase da infecção primária e na imunodeficiência avançada). Relação anal receptiva; Relação sexual durante a menstruação; Presença de outra DST, principalmente as ulcerativas. Os preservativos, masculinos ou femininos, são as únicas barreiras comprovadamente efetivas contra o HIV e outras DST, quando usados de forma correta. Os estudos demonstram que o uso do preservativo masculino pode reduzir o risco de transmissão do HIV e de outras DST em até 95%. A transmissão, por meio da transfusão de sangue e derivados, tem apresentado importância decrescente nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controle de qualidade do sangue utilizado, como é o caso do Brasil. O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV. Esse tipo de transmissão vem crescendo em várias partes do mundo, como Ásia, América Latina e Caribe. No Brasil, essa transmissão vem aumentando nas áreas da rota do tráfico de drogas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde se ferem acidentalmente com instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue de acidentes portadores do HIV. Estima-se que o risco médio de contrair o HIV, após uma exposição percutânea ao sangue contaminado, seja de aproximadamente 0,03%, aumentando esse risco para aproximadamente 0,1% no caso de exposição de mucosas. O profissional de saúde acidentado com risco de infecção pelo HIV, deverá ser encaminhado nas primeiras horas (idealmente dentro de 1 a 2 horas), após o acidente, para a quimioprofilaxia com anti-retrovirais. A duração da quimioprofilaxia é de 4 NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 16

17 semanas. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz quando iniciada de 24 a 36 horas após o acidente. O produto espermicida à base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% é o mais amplamente utilizado no Brasil e no mundo. Entretanto, o uso de alguns métodos contraceptivos contendo N-9 podem aumentar o risco de transmissão sexual do HIV e outras DST. Isso foi demonstrado em um ensaio clinico que observou risco acrescido entre usuárias/os desse produto. A razão desse risco acrescido reside no fato de o N-9 provocar lesões (fissuras/microfissuras) na mucosa vaginal e retal, dependendo da frequência de uso e do volume aplicado. A recepção de órgãos ou sêmen de doadores testados não são fatores de risco associados aos mecanismos de transmissão do HIV, pois foram feitos os testes necessários para garantir que os doadores não estivessem infectados com o HIV. Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor, entretanto, os indivíduos com infecção muito recente ( infecção aguda ) ou imunossupressão avançada tem maior concentração do HIV no sangue (carga viral) e nas secreções sexuais, transmitindo com maior facilidade o vírus. Em pacientes portadores de HIV, a tuberculose (TB) deve ser pesquisada em todas as consultas, mediante o questionamento sobre a presença dos seguintes sintomas: tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e deve ser investigada. A prova tuberculínica (PT) é importante para o diagnóstico da infecção latente da tuberculose (ILTB) e constitui um marcador de risco para o desenvolvimento de tuberculose ativa, devendo ser realizada em todas as pessoas vivendo com HIV e que sejam assintomáticas para tuberculose. Caso a PT seja menor que 5 mm, recomenda-se que seja repetida anualmente. Uma das medidas que deve ser sistematicamente realizada na atenção da pessoa vivendo com HIV destaca-se o aconselhamento do paciente a reduzir as situações de risco relacionadas a exposições sexuais desprotegidos, inclusive práticas orais. Adultos e adolescentes que vivem com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante. À NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 17

18 medida que aumenta a imunodepressão, eleva-se também o risco relacionado à administração de vacinas de agentes vivos, bem como se reduz a possibilidade de resposta imunológica consistente. Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ < 200 células/mm 3 ), até que um grau satisfatório de reconstituição imune seja obtido com o uso de terapia antirretroviral, o que proporciona melhora na resposta vacinal e redução do risco de complicações pós-vacinais. A administração de vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, varicela, rubéola, febre amarela, sarampo e caxumba) em pacientes com imunodeficiência deve ser condicionada a análise individual de risco-benefício e não deve ser realizada em casos de imunodepressão grave. Parâmetros imunológicos para imunizações com vacinas de bactérias ou vírus vivos em pacientes infectados pelo HIV com mais de 13 anos de idade Contagem de LT-CD4+ Recomendação para uso de vacinas com agentes (percentual) vivos atenuados > 350 células/mm 3 (> 20%) Indicar o uso células/mm 3 Avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico para (15-19%) a tomada de decisão < 200 células/mm 3 (< 15%) Não vacinar Fonte: Brasil, 2013, p. 22, disponível em: Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, basicamente, em quatro grupos: a) testes de detecção de anticorpos; b) testes de detecção de antígenos; c) testes de amplificação do genoma do vírus; e d) técnicas de cultura viral. As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são as baseadas na detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-hiv. Essas técnicas apresentam excelentes resultados. Além de serem menos dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Detectam a resposta do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus. As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são utilizadas em situações específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos indeterminados, acompanhamento laboratorial de pacientes e mensuração da carga viral para controle de tratamento. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 18

19 Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de indivíduos infectados, numa média de 6 a 12 semanas após a infecção. Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada na triagem de anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo relativamente baixo e elevada sensibilidade e especificidade. Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação sorológica. Western-blot: esse teste é considerado padrão ouro para confirmação do resultado reagente na etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, mas, comparado aos demais testes sorológicos, tem um elevado custo. Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez mais utilizado, inclusive nas unidades básicas de saúde (UBS). Os testes rápidos apresentam resultados em um tempo inferior a 30 minutos e podem ser realizados no momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do dedo). A utilização desses testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o aconselhamento pré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do resultado do mesmo. Trata-se de uma estratégia de grande efetividade principalmente em locais de difícil acesso e em situações em que é necessário o conhecimento imediato do estado sorológico. É importante enfatizar que, além do cuidado na coleta e execução dos testes, é fundamental que o processo de aconselhamento antes e depois do teste seja feito de forma cuidadosa, para que o resultado seja corretamente interpretado, tanto pelo profissional de saúde como pelo paciente, gerando atitudes que visem a promoção da saúde nos indivíduos testados. A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a morbidade e mortalidade das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), melhorando a qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a infecção pelo HIV. Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou outros sintomas relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos assintomáticos com contagem de linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 celulas/mm 3. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 19

20 Além do impacto clínico favorável, o início mais precoce da TARV vem sendo demonstrado como ferramenta importante na redução da transmissão do HIV. Todavia, deve-se considerar a importância da adesão e o risco de efeitos adversos no longo prazo. No dia 01/12/2013, o Ministério da Saúde anunciou que estenderá a terapia antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, mesmo os portadores de HIV que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença 3. A oferta com antirretrovirais é uma medida inovadora, com impacto na saúde individual porque garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas pelo HIV e reduz a transmissão do vírus. Isso porque a pessoa em tratamento com antirretrovirais, ao diminuir a carga viral, reduz a propagação do HIV. Assim, evidências de benefícios clínicos e de prevenção da transmissão do HIV providas por estudos intervencionistas e observacionais, somadas a disponibilidade de opções terapêuticas progressivamente mais cômodas e bem toleradas, justificam o estabelecimento de novos critérios para o início do tratamento antirretroviral, que incluem a recomendação de início mais precoce. Nesse sentido, o Ministério da Saúde publicou no dia 02/12/2013 o protocolo de TAV (disponível em: a seguir: 3 Ministério da Saúde estende tratamento para todos com HIV, disponível em: NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 20

21 Além das recomendações descritas no quadro acima, o Ministério da Saúde atualmente estimula o início imediato de TARV para todas as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da PVHA. Atenção! Recomenda-se estimular início imediato da terapia antirretroviral (TARV) para todas as (PVHA), independentemente da contagem de LT-CD4+, na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da pessoa vivendo com aids (PVHA). Em indivíduos assintomáticos, independentemente da contagem de LT-CD4+, a TARV poderá ser iniciada desde que a pessoa que vive com HIV seja esclarecida sobre benefícios e riscos, além de fortemente motivada e preparada para o tratamento, respeitando-se a autonomia do indivíduo. Deve-se enfatizar que a TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida. Em nenhuma situação deverá haver qualquer tipo de coerção para início da TARV. A utilização de terapia antirretroviral não elimina a possibilidade de transmissão sexual do HIV. Além disso, há fatores que podem aumentar a possibilidade de transmissão, como a presença de doenças sexualmente transmissíveis. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 21

22 Devido à sua potência de inibição da replicação viral, menor risco de resistência viral a curto prazo e maior segurança dos antirretrovirais, a terapia antirretroviral (TARV), que é o tratamento do HIV/aids, deve ser administrada a todas as gestantes infectadas pelo HIV, com associação de três antirretrovirais, independentemente da situação virológica, clínica ou imunológica. A indicação de TARV na gestação pode ter dois objetivos: profilaxia da transmissão vertical (prevenir a transmissão da doença para o filho) ou tratamento da infecção pelo HIV (tratamento da gestante devido agravamento da doença ou indicação clínica). Profilaxia da transmissão vertical do HIV: Tem como objetivo apenas a prevenção da transmissão vertical e está recomendada para gestantes que não possuem indicação de tratar a infecção pelo HIV, já que são assintomáticas e o dano imunológico é pequeno ou ausente (LT-CD céls./mm3), havendo baixo risco de progressão para aids. Essas mulheres não seriam candidatas a receber algum esquema antirretroviral, caso não estivessem na gestação. O início do esquema deve ser precoce, após o primeiro trimestre, entre a 14ª e a 28ª semana de gravidez. A profilaxia antirretroviral está indicada para gestantes assintomáticas com contagem de LT-CD células/mm3 e deve ser iniciada entre a 14ª e a 28ª semana de gestação. A profilaxia deve ser suspensa após o parto. Tratamento da infecção pelo HIV na gestação Mulheres que apresentam repercussão clínica e/ou imunológica grave da infecção do HIV têm indicação de tratamento, independentemente da gravidez e em qualquer idade gestacional. Portanto, gestantes sintomáticas ou assintomáticas com contagem de LT-CD céls./mm3 apresentam critérios de início de tratamento, conforme recomendado para adultos que vivem com HIV, devendo iniciá-lo com o objetivo de tratar a doença ou reduzir o risco de progressão. Atenção! O protocolo de tratamento do HIV foi alterado, no dia 01/12/2013. O Ministério da Saúde anunciou que estenderá a terapia antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, mesmo os portadores de HIV que não apresentem NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 22

23 comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) observou redução de 33% no número total de novas infecções ao HIV desde 2001 e 52% de redução de novas infecções em crianças desde 2001 a nível global. Apesar desses avanços, houve aumento no índice de novas infecções na Europa oriental e Ásia central de 13% desde 2006, enquanto que no Oriente Médio e o norte da África o mesmo índice duplicou. Em muitos casos, a estagnação do progresso se deve à falta de acesso a serviços essenciais relacionados com o HIV. Com frequência, populações-chave, como homens que fazem sexo com homens (HSH), usuários de drogas, transgêneros e profissionais do sexo, não podem acessar serviços vitais. A aids na África ainda é um problema alarmante. Passemos para a resolução de algumas questões sobre HIV: 7. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Em relação à fase aguda da infecção causada pelo HIV, assinale a alternativa correta. a) Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, linfomas não-hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. b) Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas. c) Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. d) As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à mononucleose. e) A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto por resposta imune suprimida. COMENTÁRIOS: Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar muitos anos, em média de 6 anos). NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 23

24 3. Fase sintomática inicial ou precoce. 4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado adequadamente). Infecção Aguda A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti-hiv (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. Nessa fase, bilhões de partículas virais são produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o indivíduo torna-se altamente infectante. Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome Retroviral Aguda SRA) incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, regiões palmares e plantares. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de outras infecções virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo HIV comumente deixa de ser diagnosticada. A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela imunológica), mas o diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos moleculares para a detecção de RNA do HIV. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 24

25 Atenção! A janela imunológica, também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-hiv torne-se positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente 2 meses. O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase aguda, é de 5 a 30 dias. Latência clínica e fase sintomática Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 células/mm 3, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose, incluindo a forma pulmonar cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser observadas. À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes-zoster. Nesse período, já é possível encontrar diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 200 e 300 células/mm 3. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a unidades. A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 25

26 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida O aparecimento de infecções oportunistas é neoplasias e definidor da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovirus. As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT- CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das vezes. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-1. Após exposição inicial do conteúdo, vamos analisar cada item da questão: Item A. Incorreto. Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, linfomas não-hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. Essa alternativa se refere à fase da Síndrome da imunodeficiência humana AIDS. Item B. Incorreto. Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas. Fase da Síndrome da imunodeficiência humana AIDS. Item C. Incorreto. Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. Fase de latência. Item D. Correto. As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à mononucleose. Fase aguda. Item E. Incorreto. A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto por resposta imune suprimida. Fase sintomática. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. 8. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) O diagnóstico do HIV ainda suscita nas pessoas muitas questões e desafios de natureza psicológica, social, cultural e econômica. Assinale a alternativa que representa um fator dificultador na adesão ao tratamento das pessoas vivendo com HIV/AIDS. a) O suporte familiar, social, afetivo, bem como a percepção por parte da pessoa de que NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso Página 26

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