Educação, Desigualdade Salarial e Desenvolvimento

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1 Educação, Desigualdade Salarial e Desenvolvimento Aula 4 Valéria Pero Desenvolvimento socioeconômico: teoria e aplicações

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3 Retornos à educação Dois tipos de retornos são geralmente estimados: 1. taxa de retorno privado, que compara os custos e benefícios do investimento em educação financiados e realizados por cada aluno que realiza o investimento; 2. taxa de retorno social, que compara os custos e benefícios do país como um todo ou ponto de vista da sociedade. Taxas de retorno privado são utilizados para explicar o comportamento dos indivíduos na busca de diferentes níveis e modalidades de ensino, Taxas sociais são usadas para formular políticas educacionais em relação à expansão ou contração, de diferentes níveis e modalidades de ensino.

4 Investimento em capital humano Perspectiva do Becker educação só pode ser fonte de renda futura se salários refletirem produtividade Não é evidente que aumento da produtividade dos assalariados leva sistematicamente a um aumento no seu salário, mesmo em perfeita mobilidade dos trabalhadores

5 Exemplo: Escolha do nível de escolaridade

6 Exemplo: Escolha do nível de escolaridade Taxa de retorno privado de um investimento no ensino superior estimada pela taxa de desconto (r) que iguala o fluxo de ganhos ao longo do ciclo produtivo e de custo do investimento no período (5 anos de universidade u comparado com ensino médio s custo direto C e de oportunidade/indireto W). Realiza I: Taxa de retorno salarial com nível superior > r

7 Equação Minceriana Função de log-salários (LNW), utilizando anos de escolaridade (S), anos de experiência no mercado de trabalho (EX e EX ao quadrado). Nesta especificação semi-log do coeficiente de anos de escolaridade pode ser interpretada como a taxa média de retorno de um ano adicional de escolaridade, independentemente do nível de escolaridade.

8 Correção do viés de seleção Método de variáveis instrumentais (MVI) para tratar do problema da endogeneidade da variável educação, além de tratar o erro de medida da variável educação e a omissão de variáveis relevantes no modelo. Escolhe-se um instrumento que não tenha correlação com o termo de erro e que seja altamente correlacionada com a variável que está sendo instrumentalizada. No caso da equação de rendimentos, aplica-se esse método para tratar da endogeneidade da variável educação: escolaridade dos pais e o grupo de ocupação dos mesmos como instrumento para educação; a renda de aluguel.

9 Equação Minceriana Especificação alternativa: Dummies para distinguir os diferentes níveis de escolaridade Taxas de retorno privado por nível de escolaridade

10 Críticas Habilidade Estimativa explica 30% do retorno Experimento com gêmeos separados não confirma Simultaneidade VI para corrigir viés negativo da estimativa via OLS, por exemplo, com a lei que aumenta idade obrigatória para ficar na escola Porém, VI gera outros problemas de identificação... Background familiar Efeito intergeracional sobre capital humano Estimativas mostram que quando se controla pela escolaridade dos pais, diminuiu retorno, porém pouco Dificuldade de observar efeito direto sobre produtividade Qualidade da educação

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12 Sinalização Mercado de trabalho tem um problema de assimetria de informação Educação aumenta a produtividade dos trabalhadores x Educação revela ou sinaliza a produtividade inerente aos trabalhadores Coloca em questão o fato de que educação permite acumular diretamente conhecimento produtivo

13 Sinalização Spence (1973) coloca ideia de que educação serve para selecionar indivíduos (screening), sem realmente influenciar na eficiência produtiva que terão na vida profissional Eficiência produtiva está ligada a qualidade/habilidade intrínseca, que depende mais de fatores como ambiente familiar, história pessoal, habilidades inatas, talento etc, em que educação influencia pouco

14 Sinalização A premissa da teoria da sinalização é que as pessoas com desempenho mais eficiente na vida produtiva são aquelas que tem melhor desempenho nos estudos Se produtividade dos trabalhadores não é observada pelos empregadores, o sucesso como estudante serve como sinal para existência dessas características produtivas

15 Sinalização Com educação, pessoas buscam dar esse sinal e não necessariamente aumentar sua capacidade produtiva da teoria do capital humano Conclusões também diferentes: K humano: decisões individuais sobre educação é socialmente eficiente Sinalização: tendência à sobre-educação em relação à eficiência social, se educação serve para sinalizar sua capacidade produtiva aos empregadores

16 Como distinguir modelos? Ambos: Empresas de maximização do lucro competem por trabalhadores maximizadores de utilidade Ganho esperado ao longo do ciclo de vida descontado para um trabalhador com determinados atributos observados é igual a produtividade esperada descontada ao longo do ciclo produtivo de um trabalhador com esses atributos selecionados aleatoriamente Indivíduos escolhem a quantidade de educação que equipara os retornos marginais e custos com escolaridade. Diferença: modelos de sinalização permitem que atributos não observáveis estejam correlacionados com a escolaridade

17 Como distinguir modelos? A possibilidade de que a educação era essencialmente uma forma de sinalizar ao invés de aumentar a produtividade levou a pesquisas empíricas para averiguar a sua verdadeira natureza. Problema: como a diferenciar explicação entre capital humano e sinalização, as quais sugeriam que os ganhos aumentam com a educação?

18 Como distinguir modelos? Efeitos diferenciados entre quem tem ou não certificados/diplomas Entender a diferença entre tempo gasto estudando e a obtenção de diploma sheepskeen effect Importante atingir determinado nível de escolaridade ou se qualificar? Custos externos associados com a educação se os indivíduos ignoram o efeito da sua decisão de investimento no equilíbrio do mercado. Ex: educação adicional para dada habilidade irá aumentar o nível de escolaridade exigido para os mais habilidosos sinalizarem seu talento superior. Política pública no sentido de aumentar o custo do ensino privado Mudança na pergunta da pesquisa CPS foi em direção a qualificar, na linha da sinalização

19 Como distinguir modelos? Teoria de credenciais/sinalização é uma hipótese empírica de que precisa ser testada Prevê, por exemplo, que trabalhadores com diploma (credencial) terão um salário mais elevado do que os indivíduos com o mesmo número de anos de estudo, mas nenhum grau completo. Se não têm dados disponíveis sobre a conclusão do grau, pode identificar via descontinuidades nas curvas de ganhos. Teoria prevê que os salários aumentam mais rápido com anos extras de educação quando o ano extra tem um certificado. (sheepskeen effect ou "efeito diploma )

20 Como distinguir modelos? Exemplo: se o ith e jth ano do ensino são assumidas como sinônimo com o recebimento de um diploma para níveis de ensino médio e superior, respectivamente, pode-se estimar a seguinte equação: B positivo efeito da credencial Outros testes na literatura diploma/escolaridade por ocupação, experimento natural (legislação e gêmeos)

21 Capital humano x sinalização Parece que não é uma ou outra Questão: pesquisa acadêmica enfatiza anos de estudo e processo de seleção de empresas o diploma, certificado Sinalização pode ser Pareto ineficiente Podem adquirir mais educação do que um emprego exige como uma forma de sinalizar atributos potencialmente atraentes, como tenacidade e auto-disciplina Ou as empresas podem exigir mais educação do que é exigido para um determinado trabalho, como forma de desencorajar potenciais absenters. Nestes casos, a taxa de retorno privado para a educação irá exceder a taxa de retorno social.

22 Qualidade da educação e desenvolvimento Eric Hanushek e Ludger Woessmann The role of congnitive skilss in economic development (JEL 2008) Desenvolvimento socioeconômico: teoria e aplicações

23 Motivação 1. Países desenvolvidos e em desenvolvimento diferem de várias outras formas além da escolaridade 2. Vários países aumentaram escolaridade sem ter um forte catch-up com países desenvolvidos em termos de bem-estar 3. Países que não funcionam bem em geral também não são tão efetivos em programas educacionais 4. Mesmo quando educação é ponto focal, várias abordagens realizadas parecem pouco efetivas e não levam a resultados esperados dos estudantes.

24 Objetivo Revisão da literatura sobre o papel da educação na promoção do bem-estar econômico Particular atenção à robustez da relação entre educação e resultado econômico a partir de testes de hipóteses e especificações de modelos alternativos sobre os determinantes subjacentes Plano de estudo: a) documentar importância das qualificações cognitivas na determinação das rendas individuais e, por conseguinte, na distribuição de renda; b) relação entre educação e crescimento econômico, mostrando análise viesada quando se considera somente nível de escolaridade.

25 Arcabouço conceitual Modelo simples em que a renda (y) é função das qualificações no mercado de trabalho, geralmente denominada capital humano (H) (1) y= γ H + ε onde ε representa diferenças idiossincráticas da renda e é ortogonal a H Pesquisa avançou tratando do comportamento dos indivíduos em termos do investimento nessas qualificações. Antes porém...

26 Arcabouço conceitual Definição de variáveis que afetam H: recursos da família (F), quantidade e qualidade dos recursos da escola, que é uma função da escolaridade (Q(S)), habilidade individual (A), e outros fatores relevantes (X), como experiência no mercado de trabalho (2) H = λf + ФQ(S) +δa + αx + ν onde termo estocástico ν é não correlacionado com os outros determinantes

27 Arcabouço conceitual (2) H = λf + ФQ(S) +δa + αx + ν Em geral considera escolaridade como proxy... Argumento alternativo com qualificações cognitivas: proficiência em matemática, ciências e leitura (C) (3) C= H + μ Esperado que estimativa de γ esteja viesada em direção a zero e, se S e C são positivamente correlacionados, o coeficiente S está viesado para cima Coeficiente do C seria um limite inferior do efeito do capital humano na renda

28 Arcabouço conceitual Caminho da literatura foi outro. Equação minceriana, ou seja, ter um estimador não viesado de γ controlando por outros fatores que influenciam renda e qualificações (4) y=b 0 + b 1 S +b 2 Z + b 3 Z 2 + b 4 W + е onde Z é experiência e W outros fatores que influenciam a renda b 1 = viesado por F, A e outros elementos omitidos de X; Vários artigos chamam viés da habilidade e utilizam medida de proficiência para controlar diferenças de habilidade

29 Arcabouço conceitual Dois problemas: Escolaridade é somente um fator que influencia qualificação cognitiva e formação de capital humano; Assume qualidade da escola como constante ou capturada por medidas diretas na equação 4 como tal b 1 é forma reduzida do coeficiente que dá uma estimativa viesada do potencial impacto de uma política destinada somente a aumentar escolaridade

30 Arcabouço conceitual Outro ponto: questões relacionadas à qualidade da educação Q(S) Uma fórmula simples seria: (5) Q(S)= qs Onde S= anos de estudo e q= indicador de qualidade Especificação (5) trata qualidade adicionando medidas diretas, de tal forma que o coeficiente em S pode ser interpretado como retorno para um ano da qualidade média da escola Utiliza medidas relacionadas a insumos, como gasto por aluno ou aluno por professor

31 Arcabouço conceitual Complicações adicionais: capital humano inclui importantes elementos das qualificações não cognitivas (capacidade de comunicação, liderança, aceitação das normas sociais etc) (6) H = C + N + μ Mudar equação (4), forma reduzida que combina influencia de fatores cognitivos e não-cognitivos através dos canais C e S

32 Arcabouço conceitual (7) y=β 0 + β 1 S + β 2 Z + β 3 Z 2 + β 4 W + β 5 C + е β 1 reflete efeito do capital humano não captado em C β 1 = 0 não significa que escolaridade não importa, mas que o impacto da educação ocorre inteiramente através do efeito das qualificações cognitivas Assim, escolaridade que não aumenta qualificações cognitivas não é produtiva Em geral, impacto da escolaridade: (8) dy/ds= β 1 + β 5 (dc/ds)

33 Arcabouço conceitual Abordagem completa deveria incluir medidas de qualificações não cognitivas Como não estão disponíveis, estimativa de β 5 são formas reduzidas do efeito das qualificações cognitivas e correlacionadas com qualificações não cognitivas

34 Arcabouço conceitual Vantagens de enfatizar medidas de qualificações cognitivas: 1. Captura variações no conhecimento e habilidade que a escola luta em produzir 2. Resultado total da educação (família, escola, habilidade...) 3. Permitindo diferentes qualidades educacionais para mesmo nível de escolaridade, abre pesquisa sobre desenho de políticas que afetam aspectos da qualidade da escola 4. Recente atenção nas políticas para a responsabilidade das escolas (com acordo dos pais sobre importância do resultado na escola sobre qualificações cognitivas) reforçam maior atenção aos testes de proficiência como medida de qualificações cognitivas

35 Arcabouço conceitual Toda essa discussão sobre resultado econômico individual tem relevância para modelo de crescimento das nações Ressalta qualificação da força de trabalho ou do capital humano da população para crescimento econômico Diferenças nos resultados educacionais são centrais porque a análise assume que x anos de escolaridade representam a mesma coisa em termos de qualificação, independentemente do país Testes internacionais de proficiência oferecem medida consistente das diferenças agregadas nas qualificações cognitivas entre países

36 Análise Evidências empíricas sobre como os resultados educacionais estão relacionados aos resultados econômicos

37 Impactos da escolaridade no rendimento individual Maior escolaridade é associada a rendimentos maiores Taxa de retorno à escolaridade entre países é em torno de 10% com variações que depende muito da escassez: maior retorno nos países de baixa renda para mais baixa escolaridade e para mulheres Relação causal? Parace que sim, que existe forte impacto da escolaridade sobre rendimentos

38 Impactos da escolaridade no rendimento individual Externalidades: retornos sociais podem ser diferentes dos retornos privados Retorno social maior que privado: efeitos positivos da educação no crime, na saúde, fecundidade, participação política/cidadania, no crescimento e na produtividade da economia como um todo Cálculos padrão não incluem externalidades positivas, mas levam em conta o fato do custo social de subsidiar educação exceder o custo privado (diminuindo a taxa de retorno social sobre a privada)

39 Impactos da escolaridade no rendimento individual Custo social pode ser menor que privado se escolaridade for mais um dispositivo para selecionar pessoas do que uma maneira de gerar conhecimento e qualificação dos indivíduos Difícil saber por que resultados no mercado de trabalho de modelo de seleção/screening e de produtividade/capital humano são similares Apesar disso, não há razão para acreditar que retornos sociais são menores que retornos privados... pelo contrário

40 Impactos da qualificação cognitiva no rendimento individual países desenvolvidos Como os investimentos na qualidade da educação são transformados em qualificações e como essas qualificações estão relacionadas com resultados econômicos? Dificuldade de ter dados sobre testes de proficiência junto com rendimentos do trabalho e outros determinantes do rendimento Estudos longitudinais recentes mostram que maior qualidade medida pela proficiência está relacionada com maior produtividade e rendimentos

41 Impactos da qualificação cognitiva no rendimento individual países desenvolvidos Pesquisa nos EUA: aumento de um DP na performance em matemática no final do ensino médio aumenta em 12% os rendimentos anuais Impacto no início de carreira (entre 20 e 30 anos) gráfico a seguir Além disso, influencia na continuidade dos estudos e na escolaridade (alta correlação positiva entre elevada proficiência e escolaridade) Realização da universidade relacionada a alta proficiência no ensino médio

42 Impactos da qualificação cognitiva no rendimento individual países desenvolvidos Consistência das estimativas de impactos por diferentes especificações dos modelos, diferentes períodos e amostras sustentam a importância das qualificações cognitivas Ao mesmo tempo, a estimativa dos modelo de renda individual com qualificações cognitivas quase sempre mostra um impacto independente do nível de escolaridade

43 Impactos da qualificação cognitiva no rendimento países em desenvolvimento Tabela 1 mostra impacto maior nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos Consistente com resultados sobre retornos à escolaridade (retornos marginais decrescentes) Brasil: estudo mostra relação positiva entre repetência e habilidades cognitivas no ensino fundamental Assim como nos países desenvolvidos, o impacto econômico total da maior qualidade da educação vem em parte através do aumento da escolaridade

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