A Regulação das Infraestruturas de Transportes Terrestres Rodoviários. Ciclo de Palestras Regulação Setorial: os modelos regulatórios brasileiros
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- Lucas Gabriel Alencastre Gameiro
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1 A Regulação das Infraestruturas de Transportes Terrestres Rodoviários Ciclo de Palestras Regulação Setorial: os modelos regulatórios brasileiros Fernando Barbelli Feitosa Brasília
2 Sumário I. Marco Legal dos Transportes Terrestres II. Configuração Física dos Terminais III. Remuneração dos Terminais IV. Modelos de Concessão V. A Exploração Sustentável dos Terminais VI. Principais referências bibliográficas utilizadas 2
3 I. Marco Legal Marco Legal: conjunto de normas que regulamenta determinado serviço público prestado por agentes privados Identificação da legislação pertinente CRFB, Leis, Decretos, Normas infra-legais (Resoluções) Atribuir responsabilidades pelo desenvolvimento e fomento do serviço público Terminais de Transporte Terrestre: multiplicidade normativa 3
4 I. Marco Legal Marco Legal do Transporte Rodoviário e dos Terminais art. 21, XII, e da CRFB - o serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros (União) art. 30, V da CRFB - os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo (Município) art. 25, 1º da CRFB competência residual (Estados) Terminais de Transporte Terrestre: competência residual Estados: relevância regional (Rodoviária das Capitais) Municípios: interesse local 4
5 I. Marco Legal Marco Legal do Transporte Terrestre Lei nº /2001 e Decreto nº 2.521/ transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros Terminais de Transporte Terrestre: cada localidade tem a sua norma. P. ex. DF: LODF, Lei DF nº 4.143/2008 e Decreto nº /2013 5
6 I. Marco Legal Marco Legal da Outorga Terminais Art. 175 da CRFB incumbe ao Poder Público a prestação do serviço público Concessão ou Permissão Lei nº 8.987/1995 lei de outorgas A rigor (arts. 2º, III e 4º): concessão Art. 37, XXI da CRFB e Lei nº 8.666/93 - licitação Terminais Rodoviários a rigor: concessão *Serviço Público: prestados diretamente ou por delegados da Administração para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade (Meirelles) 6
7 I. Marco Legal Marco Legal do Transporte e Sistema Nacional de Viação art. 22, IX e XI da CRFB compete à União legislar sobre: diretrizes da política nacional de transportes; e o trânsito e o transporte Lei nº / Sistema Nacional de Viação (SNV) construção e ampliação estratégica da malha viária nacional; e Integração física dos sistemas e facilitação do transporte Terminais de Transporte Terrestre: não incluídos! 7
8 II. Configuração Física dos Terminais Sistemas de Transportes: elementos as linhas (que indicam os fluxos). nós (centros ligados pelas linhas). hinterlândias (zonas de tributação) hierarquias (categorização dos nós) processo de transporte 8
9 II. Configuração Física dos Terminais No núcleo dos nós figuram os terminais rodoviários Mudança das linhas afeta a importância do nó - importância conforme acessibilidade ao sistema (força atrativa) Nó deve abranger estrutura logística suficientes para o processamento de passageiros e cargas Orientação da Infraestrutura de transporte terrestre pode alavancar a economia de toda a região 9
10 II. Configuração Física dos Terminais 10
11 II. Configuração Física dos Terminais Fluxo do terminal de transporte terrestre (área embarcada e desembarcada) 11
12 III. Remuneração dos Terminais Regulação econômica - formas Taxa interna de retorno* (custo fixo) Preço-teto (price-cap)* Regulação por incentivos Yardstick competition ou Benchmarking * O Terminal de transportes compõe, a rigor, um monopólio natural, que geralmente são regulados por preço-teto de tarifa e pagamento de outorga. 12
13 III. Remuneração dos Terminais Regulação econômica de Terminais Terrestres Tipos de receitas: de operações, do varejo ou de projetos Receitas tarifárias X Receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados (modicidade tarifária art. 11 da Lei nº 8.987/95) Abordagem single till e dual till subsídio cruzado interno Hibrid single till uma tendência 13
14 III. Remuneração dos Terminais Receitas Tarifárias Tarifa de Embarque - passageiro Tarifa de Utilização ou acostamento transportadora Tarifa de gerenciamento de encomendas transportadora * Na maioria dos terminais de transportes terrestres vige uma tarifa única, cobrada dos passageiros. ** Reajuste dessa tarifa: Índice de correção, Fator X (produtividade) e Fator Q (qualidade) 14
15 III. Remuneração dos Terminais Múltiplas possibilidades Receitas não tarifárias 1.Atividades acessórias 2. Atividades auxiliares 3. Atividades 4. Projetos associados complementares 1.1 estacionamento de longa duração 2.1 estadia 3.1 gerenciamento de bagagens 4.1 compartilhamento de infraestruturas 1.2 comércio para 2.2 armazenagem 3.2 gerenciamento de 4.2 rede de integração alimentação encomendas logística 1.3 comércio de varejo 2.3 capatazia 3.3 oficina mecânica 4.3 serviços públicos 1.4 comércio de 2.4 carregamento de 3.4 ponto de táxi 4.4 correios entretenimento bagagens 1.5 serviços para os 2.5 acostamento 3.5 abastecimento com 4.5 centro de usuários combustível convenções 1.6 agenciamento de 2.6 limpeza de veículos 3.6 buffet 4.6 aluguel de salas de viagens escritórios e reuniões 1.7 locação de 2.7 locação de armazéns 3.7 locação de estandes 4.7 mídia automóveis 1.8 hotelaria 4.8 telefonia 1.9 transporte local 4.9 teatro, cinema, espetáculos 1.10 guarda-volumes outros 15
16 IV. Privatização - modelos Vantagens o aumento da eficiência operacional; o desenvolvimento de receitas adicionais de operação; a melhoria das facilidades disponibilizadas aos clientes; o maior uso de critérios econômico-financeiros na administração da infraestrutura, em detrimento dos políticos; e o pagamento de valor de outorga. 16
17 IV. Privatização - modelos A CRFB prevê a concessão ou permissão para a outorga do serviço público (art. 175) e, ainda, autorização para atividades econômicas (art. 21, XII) A delegação de serviço público precedido da execução de obra pública se dá por concessão (art. 2º, III da Lei nº 8.987/1995) Terminais não voltados a serviço público podem ser privatizados por outras formas. 17
18 IV. Privatização - modelos Autorização terminais voltados para uso próprio ou transporte não regular Contrato de Administração notório operador Venda do Terminal Arrendamento das atividades de varejo (parcial) * existência de parâmetros seguros para a exploração da infraestrutura é essencial para o sucesso do serviço. 18
19 V. A Exploração Sustentável dos Terminais Os terminais de transportes terrestres são pontos gravitacionais de atração de pessoas e negócios Considerando o público obrigatório, o terminal pode ser utilizado como: centro de fornecimento de produtos e de prestação de serviços; e ponta logística, para oferta de bens e serviços ligados ao transporte Gestão empresarial das outorgas e equilíbrio das receitas devem ser previamente delineados (orientação pública) * 15 milhões de passageiros partiram dos três terminais rodoviários de São Paulo, somente no primeiro semestre de
20 V. A Exploração Sustentável dos Terminais Conceito de terminal-shopping (Goiânia) Serviços pessoais e rápidos ou contínuos Ponta logística de baixo custo bagageiros dos ônibus (conectividade) Possibilidade de organização industrial associada (crossdocking) * Vantagens ao Estado: Serviços públicos menos onerosos e de maior qualidade, além da redução do custo regulatório. 20
21 V. A Exploração Sustentável dos Terminais Foco que irradia desenvolvimento regional Fluxo contínuo de pessoas trazendo riqueza à região Indução da Integração de Agentes Geração de interações internas e relações com agentes exteriores 21
22 V. A Exploração Sustentável dos Terminais Desenvolvimento racional: Técnicas Aproveitamento Energético placas fotovoltaicas Reciclagem de água (cinza) e captação de água azul Coleta seletiva de lixo para reciclagem 22
23 VI. Principais referências bibliográficas KASARDA, John D. e LINDSAY, Greg. Aerotropole o modo como viveremos no futuro. São Paulo: DVS, MCKINSEY. Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil: Relatório Consolidado. Rio de Janeiro: McKinsey & Company, ORTIZ, Gaspar Ariño. Princípios de Derecho Público Económico: modelo de Estado, Gestión Pública, Regulación Económica. Bogotá: Universidad Externado de Colombia, GONÇALVES, Odair; BALBINOTO NETO, Giácomo. A Regulação de Estação Rodoviária: Teorias e Evidências Para O Caso Gaúcho No Período UFRGS, In 23
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