57º Fórum Mineiro de Gerenciadores de Transporte e Trânsito 07 e 08 de Março de 2013
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- Giovana Antunes Bayer
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1 Araxá, 08/03/13 57º Fórum Mineiro de Gerenciadores de Transporte e Trânsito 07 e 08 de Março de 2013 O Futuro do Transporte Urbano nas Cidades de Pequeno e Médio Porte
2 Compete à União: XX instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; (CF, art 21) A política urbana brasileira no século XXI O marco regulatório pós Constituição de 88
3 Política Urbana Nacional 1. Estatuto das Cidades: Lei , de 10/07/01 2. Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social: Lei , de 16/06/05 3. Marco Regulatório do Saneamento: Lei ,de 05/01/07 4. Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana: Lei , de 03/01/12
4 Como a Lei de Diretrizes da Mobilidade Urbana desenha o futuro? Estabelecendo objetivos, princípios e diretrizes que não estão presentes na realidade de nossas cidades (visão transformadora) Preconizando um novo modelo institucional e fiscal para o transporte público (embora tenha se omitido na alocação de recursos públicos, ao contrário da habitação de interesse social e do saneamento)
5 O futuro da mobilidade urbana A Lei de Diretrizes da Mobilidade Urbana precisa ser digerida, difundida e implementada em Planos Municipais de Mobilidade Urbana e em planos específicos (de circulação, inclusive de pedestres, de transporte público, etc), de forma abrangente e participativa, contemplando todos os segmentos da sociedade.
6 O futuro da mobilidade urbana Planejar o futuro da mobilidade urbana é tarefa dos planos diretores e dos planos municipais de mobilidade urbana. A lei ampliou a obrigação de elaborar planos de mobilidade para os municípios maiores de 20 mil habitantes. A partir de 12 de abril de 2015, os municípios que não tiverem elaborado seus planos de mobilidade estarão impedidos de receber recursos federais destinados à mobilidade urbana ( 4º do Art. 24 da Lei)
7 Lei de Diretrizes da Mobilidade Urbana A Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano objetivando: a integração entre os diferentes modos de transporte a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município
8 Princípios Art. 5º da Lei I. acessibilidade universal; II. desenvolvimento sustentável das cidades; III. equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV. eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V. gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; VI. segurança nos deslocamentos das pessoas; VII. justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; VIII. equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e, IX. eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana.
9 Diretrizes Art. 6º da Lei I. integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos; II. prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; III. integração entre os modos e serviços de transporte urbano;
10 Diretrizes Art. 6º da Lei IV. mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; V. incentivo ao desenvolvimento científicotecnológico e ao uso de energias renováveis VI. e menos poluentes; priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado
11 Objetivos Art. 7º da Lei I. reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; II. promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais; III. proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade; IV. promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; V. consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.
12 Diretrizes da Política Tarifária do Transporte Público Coletivo Alguns incisos do Art. 8º da Lei IV - contribuição dos beneficiários diretos e indiretos para custeio da operação dos serviços; VI - modicidade da tarifa para o usuário; VII - integração física, tarifária e operacional dos diferentes modos e das redes de transporte público e privado nas cidades; VIII - articulação interinstitucional dos órgãos gestores dos entes federativos por meio de consórcios públicos
13 Diretrizes da Política Tarifária do Transporte Público Coletivo Art. 9º da Lei O regime econômico e financeiro da concessão e o da permissão do serviço de transporte público coletivo serão estabelecidos no respectivo edital de licitação, sendo a tarifa de remuneração da prestação de serviço de transporte público coletivo resultante do processo licitatório da outorga do poder público.
14 Diretrizes da Política Tarifária do Transporte Público Coletivo Art. 9º da Lei 1º A tarifa de remuneração da prestação do serviço de transporte público coletivo deverá ser constituída pelo preço público cobrado do usuário pelos serviços somado à receita oriunda de outras fontes de custeio, de forma a cobrir os reais custos do serviço prestado ao usuário por operador público ou privado, além da remuneração do prestador. 2º O preço público cobrado do usuário pelo uso do transporte público coletivo denomina-se tarifa pública, sendo instituída por ato específico do poder público outorgante.
15 Novo desenho fiscal para o transporte público Tarifa de remuneração das empresas operadoras (públicas ou privadas) = Tarifa pública (paga por usuários) + subsídio fiscal + receitas não operacionais Logo, Tarifa Pública < Remuneração das operadoras
16 Novo desenho fiscal para o transporte público 5 o Caso o poder público opte pela adoção de subsídio tarifário, o deficit originado deverá ser coberto por receitas extratarifárias, receitas alternativas, subsídios orçamentários, subsídios cruzados intrassetoriais e intersetoriais provenientes de outras categorias de beneficiários dos serviços de transporte, dentre outras fontes, instituídos pelo poder público delegante.
17 Concessão patrocinada Altera a lógica de mercado na produção do transporte público Viabiliza a produção de um transporte coletivo de qualidade maior oferta, menor tempo de espera, menor tempo de viagem, maior conforto, regularidade com uma tarifa pública módica
18 A Concessão patrocinada exige: Planejamento e programação do serviço prestado pelo gestor público (com controle social e gestão democrática) O subsídio deve ser cuidadosamente administrado para não remunerar ineficiências ou apropriações indevidas que reduzam as vantagens comparativas do transporte público sobre o transporte individual privado.
19 Consórcio público Municípios com elevada integração de atividades devem/podem se associar em consórcio para a gestão do transporte intra e interurbano, com a participação do Estado, ou sem (delegação). Os Estados poderão delegar aos Municípios a organização e a prestação dos serviços de transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim. (Art. 17, parágrafo único)
20 O futuro da mobilidade urbana A interdependência crescente entre as cidades amplia o conceito de cidade espraiada e a geração de deslocamentos motorizados. A taxa de motorização deverá seguir crescendo mas com redução do número de viagens em veículos privados na matriz de deslocamento. O aumento do índice de mobilidade (nº de viagens pessoa dia) se processa com o aumento da renda, com a universalização do transporte público de qualidade e com a maior taxa de motorização.
21 O futuro da mobilidade urbana O resgate dos espaços urbanos a rua, a praça, as calçadas como espaços de convivência, significa confrontar interesses entre o passar e o estar, entre o coletivo e o individual na construção da Cidade que queremos.
22 INSTITUTO DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL RUAVIVA Ruaviva.blogspot.com
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