Os acréscimos patrimoniais injus0ficados como metodologia de combate à evasão fiscal;
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- Ruth Palmeira Canela
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1 como metodologia de combate à evasão fiscal; NOTAS SOBRE OS ASPETOS PARTICULARES DO RESPECTIVO REGIME JURIDICO 1
2 Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. 2
3 Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Endividamento Externo. > O recurso crescente à poupança do exterior traduziu- se num aumento das responsabilidades externas líquidas totais da economia portuguesa - isto é, um endividamento externo que, em 2009 e 2010, já é superior à riqueza gerada anualmente no país. 3
4 Os Principais PEDRO Problemas MARINHO FALCÃO do Sistema Fiscal Português OBJECTIVOS A ALCANÇAR PELO SISTEMA FISCAL PORTUGUÊS EQUIDADE EFICIÊNCIA COMPETITIVIDADE 4
5 IRC NA UNIÃO EUROPEIA 5 5
6 Um sistema que não cumpra os pressupostos enunciados potencia a fraude e evasão fiscal De acordo com dados estaasbcos Portugal: Perde todos os anos mais de 12 mil milhões de euros em receita fiscal A perda de receita corresponde ao triplo da necessidade no corte na despesa publica E o sébmo pior pais no ranking dos países da zona euro Na EU a perda de receita fiscal ascende a 864 mil milhões de euros por ano 6 6
7 O ponto de parbda será a verificação pela ATA de uma capacidade aquisibva não consentânea com os rendimentos declarados pelo contribuinte. Este modelo de tributação foi decalcado da legislação francesa e corresponde aquilo a que o legislador francês chamou de train de vie, permibndo- se o controlo entre os rendimentos declarados e os rendimentos presumidos em função do seu património. Obbda pela administração fiscal a nobcia da obtenção de rendimentos [presumivelmente] não declarados pelo agente, é possível desencadear os mecanismos de liquidação e cobrança do imposto. O objebvo e reintegrar rendimentos que escaparam a tributação, tomando como referencial genérico o nível de vida do contribuinte. 7 7
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9 De acordo com o arbgo 89º- A da LGT há lugar a avaliação indirecta quando o rendimento líquido declarado pelo contribuinte para efeitos de IRS evidencie uma desproporção superior a 30% relabvamente ao rendimento padrão. TRATA- SE UMA NORMA: De natureza anbfraude, incidência e lançamento; Que pressupõe a fruição dos bens considerados como manifestações de fortuna, dispensando a prova do direito de propriedade; Que face à origem presumivelmente ilícita dos rendimentos determina a inversão do ónus da prova. 9 9
10 Imóveis de valor superior a ,00. Automóveis de passageiros de valor superior a ,00. Motociclos de valor superior a ,
11 Barcos de valor superior a ,00 e aeronaves de turismo. Suprimentos ou emprésbmos de valor superior a ,00. Montantes transferidos de e para contas sediadas em praças off- shore 11 11
12 COMO SE CALCULA O RENDIMENTO PADRÃO: Imóveis 20% valor aquisição Automóveis, motociclos 50% valor no ano de matrícula Barcos de recreio 100% valor no ano de registo Aeronaves 100% valor no ano de registo Suprimentos/ Emprésbmos 50% valor mutuado Transferências internacionais 100% do valor transferido 12 12
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15 A Os TRIBUTAÇÃO acréscimos patrimoniais DAS MANIFESTAÇÕES injus0ficados DE FORTUNA 15 15
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17 OS ACRÉSCIMOS PATRIMONIAIS PREVISTOS NESTA NORMA: (i) Têm natureza generalista (ii) São enquadrados da categoria G do IRS pela totalidade do seu valor (iii) Tributado por aplicação das taxas gerais, salvo se o valor do acréscimo for superior a , caso em que a taxa é de 60% (iv) em caso de verificação simultânea dos pressupostos de aplicação da alínea d) e f) do nº 1 do arbgo 87º a avaliação deverá seguir as regras previstas para a tributação indirecta estabelecida na alínea f) 17 17
18 ELEMENTOS COMUNS AOS DOIS REGIMES: o Competência para Tributar é sempre do Director de Finanças, sem delegação. o Da decisão cabe recurso autónomo para o TAF com efeito suspensivo o A decisão de fixação deve ser comunicada ao Ministério publico o o Tratando- se de btular de cargo publico deve ser comunicada também ao órgão de tutela O procedimento de avaliação implica o recurso ao levantamento do sigilo bancário 18 18
19 PROBLEMAS SUSCITADOS NA APLICAÇÃO DESTE REGIME: 1- a consideração dos fluxos monetários; os pagamentos em numerário A questão esta em saber como faz o contribuinte prova de que os bens foram adquiridos com valores de que dispunha e que foram ublizados para a operação em causa. A jurisprudência tem entendido que a melhor interpretação do nº 3 do ar0go 89º- A exige que o contribuinte prove a relação directa de afectação de certo rendimento (não sujeito a tributação) a determinada manifestação de fortuna evidenciada acórdão de do TCAN, processo 212/10.9 BEPNF. Este dever de prova é de di~cil cumprimento nos casos em que a operação aquisibva provem de um aforro consbtuído exclusivamente por valores em numerário
20 PROBLEMAS SUSCITADOS NA APLICAÇÃO DESTE REGIME: Como faz o contribuinte prova de que o invesbmento em causa resulta de forma directa daqueles concretos valores em numerário que foram obbdos em ano económico anterior? Prova dificultada com o entendimento do STA de que só assim se pode considerar que o contribuinte para evidenciar determinada manifestação de fortuna, não despendeu rendimentos sujeitos a declaração, Dado que a não ser assim ( ) poderia usar os mesmos meios financeiros para jus0ficar diferentes manifestações de fortuna ou pelo menos manifestações de fortuna evidenciadas em anos diferentes. Acórdão do STA de , pc 050/
21 PROBLEMAS SUSCITADOS NA APLICAÇÃO DESTE REGIME: 2- A imputação temporal dos acréscimos patrimoniais De acordo com a regra do numero 4 do art 89º A da LGT no caso de Imoveis Automóveis, motociclos, barcos e aeronaves Transferências internacionais Estabelece a lei que o rendimento [padrão] apurado será considerado no ano em causa e nos três anos seguintes
22 Concretamente dispõe o nº 4 do arbgo 89.º- A da LGT que: 4 - Quando o sujeito passivo não faça a prova referida no número anterior relabvamente às situações previstas no n.º 1 deste arbgo, considera- se como rendimento tributável em sede de IRS, a enquadrar na categoria G, no ano em causa, e no caso das alíneas a) e b) do n.º 2, nos três anos seguintes, quando não existam indícios fundados, de acordo com os critérios previstos no arbgo 90.º, que permitam à administração tributária fixar rendimento superior, o rendimento padrão apurado nos termos da tabela seguinte ( ). A questão esta em saber o senbdo a atribuir a esta norma. Para a ATA este disposibvo permite imputar ao contribuinte o acréscimo patrimonial no ano em que ocorre a operação de aquisição e nos três anos subsequentes
23 Apurado um rendimento padrão de euros no ano de 2012, por aplicação da tabela prevista no numero 4 a ATA imputaria: em em em em 2015 Entendimento da jurisprudência: acórdão do TCAN de 28 de Fevereiro de 2013, 00519/12.0BEPNF: Apesar da referência no n.º 4 do ar0go 89.º- A da LGT aos «três anos seguintes», a administração tributária não pode determinar o rendimento tributável operando a presunção do ar0go 89.º da LGT mais do que uma vez com base na mesma manifestação de fortuna
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26 NO QUE RESPEITA AOS BENS IMÓVEIS A DECISÃO DO LEGISLADOR FOI CLARA: a) só são relevantes para efeitos de rendimento padrão os imóveis cujo valor de aquisição for superior a ,00; b) o rendimento padrão é de [apenas] 20% do valor de aquisição do bem que legibma a aplicação da regra
27 Fim da apresentação. Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados - Sociedade de Advogados RL pmfalcao@sociedadeadvogados.eu 27 27
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