Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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1 Acórdãos STA Processo: 0234/08 Data do Acordão: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO ANTÓNIO CALHAU MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA AVALIAÇÃO MATÉRIA COLECTÁVEL RENDIMENTO I - Há lugar, nos termos do n.º 1 do artigo 89.º-A da LGT, a avaliação indirecta da matéria colectável quando falte a declaração de rendimentos e o contribuinte evidencie as manifestações de fortuna constantes da tabela prevista no n.º 4 do mesmo preceito ou quando declare rendimentos que mostrem uma desproporção superior a 50%, para menos, em relação ao rendimento padrão resultante da referida tabela. II - Verificadas tais situações cabe ao sujeito passivo a prova de que correspondem à realidade os rendimentos declarados e de que é outra a fonte das manifestações de fortuna evidenciadas, nomeadamente herança ou doação, rendimentos que não esteja obrigado a declarar, utilização do seu capital ou recurso ao crédito (n.º 3 do artigo 89.º-A da LGT). III - Quando o sujeito passivo não faça essa prova, e não existam indícios fundados que permitam à AF fixar rendimento superior, considera-se como rendimento tributável em sede de IRS, a enquadrar na categoria G, o rendimento padrão apurado nos termos da tabela constante do n.º 4 do citado artigo 89.º-A da LGT, que, no caso em apreço, tratando-se de imóveis, é de 20% do valor de aquisição. IV - O valor justificado por outras fontes de rendimento ou património releva apenas para a tentativa de demonstração de que, apesar da verificação em abstracto dos pressupostos legais da avaliação indirecta, esta não deve ocorrer porque as manifestações de fortuna evidenciadas, no caso concreto, foram adquiridas com aquele valor (eventualmente com o rendimento declarado). V - Ao considerar que, no caso em apreço, por via da justificação parcial efectuada pela recorrente no âmbito do presente recurso, já não existiria desproporção entre os

2 rendimentos declarados e o rendimento padrão 20% do valor de aquisição, subtraído do valor justificado de modo a legitimar a aplicação do método indirecto de avaliação da matéria colectável, fez o Mmo. Juiz a quo errada interpretação e aplicação do artigo 89.º-A da LGT. Nº Convencional: JSTA Nº do Documento: SA Recorrente: DIRECTOR DAS FINANÇAS DE LISBOA Recorrido 1: A... Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral Texto Integral: Acordam, em conferência, na Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: I Não se conformando com a decisão do Mmo. Juiz do Tribunal Tributário de Lisboa que julgou procedente o recurso interposto por A..., com os sinais dos autos, e, em consequência, anulou o seu despacho que fixara à recorrente o rendimento tributável, a enquadrar na categoria G do IRS, referente ao ano de 2004, no valor de ,65, dela vem o Director de Finanças de Lisboa recorrer para este Tribunal, formulando as seguintes conclusões: I A douta sentença ao decidir conceder provimento ao recurso fez, salvo o devido respeito, uma incorrecta interpretação e aplicação da lei aos factos e violou os n.ºs 1, 3 e 4 do art.º 89.º-A da LGT. II Entendeu a sentença recorrida que, pelo facto de a então recorrente em sede de recurso judicial ter justificado uma parte da proveniência do valor da aquisição, não se encontravam verificados os pressupostos legais para aplicação do método indirecto. III O artigo 89.º-A da LGT foi aditado à LGT pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro, onde ficou determinado que, em certas circunstâncias, designadas como manifestações de fortuna, fosse possível não aceitar como correctas as correspondentes declarações de rendimento feitas pelos contribuintes, titulares daquelas situações (se as mesmas exprimissem rendimento manifestamente insuficiente para o acesso às mesmas),

3 fixando-se os critérios de avaliação e decisão das situações. IV Invertido o ónus da prova, teria o contribuinte de demonstrar que os rendimentos por si declarados correspondem à verdade, o que passa por demonstrar que os recursos financeiros utilizados na identificada manifestação de fortuna evidenciada tiveram uma fonte diversa de rendimentos tributados em IRS (n.º 3 do artigo 89.º-A da LGT). V No caso vertente, a recorrente não provou factos susceptíveis de infirmar o juízo permitido pelo artigo 89.º- A da LGT na fixação de rendimento padrão apurado nos termos do n.º 4 do mesmo artigo. VI Ora o n.º 4 do artigo 89.º-A da LGT determina que o rendimento padrão se obtém calculando 20% do valor de aquisição. E, assim, o valor dos fundos recebidos pelo contribuinte provenientes de rendimentos que não estejam obrigados a ser declarados não devem ser subtraídos ao valor da aquisição no cálculo do rendimento padrão. VII A questão de direito que se coloca é a de saber se o valor de aquisição para efeitos do disposto na tabela do n.º 4 do artigo 89.º-A da LGT deve ser entendido como o preço efectivamente pago pelo imóvel ou se a esse valor deve ser subtraído o montante cuja origem a recorrente justificou. VIII A jurisprudência citada, nomeadamente o Acórdão do STA de 06/06/2007, Rec. 390/07, segue o entendimento de que se se verificar uma desproporção superior a 50% entre esses valores, o contribuinte terá de explicar à Administração Fiscal onde obteve o dinheiro necessário para tais investimentos e não apenas parte. Cf. Acórdão Tribunal Central Administrativo Sul de , recurso 1090/06: «o valor de aquisição das manifestações de fortuna deve obter justificação cabal e total e não apenas parcial». IX Assim como se retira do Ac. do TCA Sul no Rec /07, de 20/03/2007, que se deve considerar como valor de aquisição o que tiver servido para efeitos de liquidação da sisa. X Na verdade, a contribuinte tem o ónus de comprovar a totalidade da proveniência do capital dispendido. Pelo que, não se aceita a possibilidade de comprovação parcial do valor de aquisição das fracções em causa a fim de ser tomado como referência para o cálculo do rendimento padrão.

4 XI A douta sentença violou o disposto no artigo 89.º-A da LGT ao reconhecer a possibilidade de justificar parcialmente a proveniência do capital dispendido. XII Por tudo o supra exposto, ao não o ter assim considerado, a sentença recorrida fez, salvo o devido respeito, uma errada interpretação e aplicação do artigo 89.º-A da LGT, motivo pelo qual não deve ser mantida. Não foram apresentadas contra-alegações. O Exmo. Magistrado do MP junto deste Tribunal emite parecer no sentido de que o recurso merece provimento. Com dispensa de vistos, vêm os autos à conferência. II Com interesse para a decisão, mostram-se provados os seguintes factos: A) Em 30/05/2001 foi celebrado entre a ora recorrente e a sociedade B..., SA o contrato-promessa cuja cópia consta de fls. 10 e 11 dos autos e que aqui se dá por integralmente reproduzida através do qual a referida sociedade prometeu vender e a aqui recorrente prometeu comprar a fracção autónoma designada provisoriamente pelo n.º 6, correspondente a um armazém a construir num terreno sito no lugar de Vilar do Senhor, freguesia de Vila Nova da Telha, concelho da Maia, descrito na Conservatória do Registo Predial da Maia sob o n.º 01635/ e inscrito na matriz daquela freguesia sob o art.º 114, pelo preço de $00, a pagar da seguinte forma: a) Na data da celebração do contrato, a título de sinal, a quantia de $00; b) Até 30/11/2001, a título de reforço de sinal, a quantia de $00; c) Na data da celebração da escritura de compra e venda, a quantia de $00. B) Em 30/05/2001 foi celebrado entre a ora recorrente e a sociedade B..., SA o contrato-promessa cuja cópia consta de fls. 12 e 13 dos autos e que aqui se dá por integralmente reproduzida através do qual a referida sociedade prometeu vender e a aqui recorrente prometeu comprar a fracção autónoma designada provisoriamente pelo n.º 7, correspondente a um armazém a construir num terreno sito no lugar de Vilar do Senhor, freguesia de Vila Nova da Telha, concelho da Maia, descrito na Conservatória do Registo Predial da Maia sob o n.º 01635/ e inscrito na matriz daquela freguesia sob o art.º 114, pelo preço de $00, a pagar da seguinte forma:

5 a) Na data da celebração do contrato, a título de sinal, a quantia de $00; b) Até 30/11/2001, a título de reforço de sinal, a quantia de $00; c) Na data da celebração da escritura de compra e venda, a quantia de $00. C) Em 30/05/2001 foi celebrado entre a ora recorrente e a sociedade B..., SA o contrato-promessa cuja cópia consta de fls. 14 e 15 dos autos e que aqui se dá por integralmente reproduzida através do qual a referida sociedade prometeu vender e a aqui recorrente prometeu comprar a fracção autónoma designada provisoriamente pelo n.º 8, correspondente a um armazém a construir num terreno sito no lugar de Vilar do Senhor, freguesia de Vila Nova da Telha, concelho da Maia, descrito na Conservatória do Registo Predial da Maia sob o n.º 01635/ e inscrito na matriz daquela freguesia sob o art.º 114, pelo preço de $00, a pagar da seguinte forma: a) Na data da celebração do contrato, a título de sinal, a quantia de $00; b) Até 30/11/2001, a título de reforço de sinal, a quantia de $00; c) Na data da celebração da escritura de compra e venda, a quantia de $00. D) Para pagamento do reforço de sinal correspondente aos contratos-promessa referidos em A), B) e C), pelo pai da ora recorrente, C..., foi emitido, em 14/01/2002, o cheque cuja cópia consta de fls. 80 dos autos e que aqui se dá por integralmente reproduzida, sacado sobre o Banco Espírito Santo, balcão do..., no montante de ,95, à ordem da sociedade promitente vendedora. E) Em 10/04/2003, foi celebrado entre a ora recorrente e a Caixa Económica Montepio Geral, avalizado por seus pais, C... e D..., o contrato de abertura de crédito em conta corrente, no valor de ,00, cuja cópia faz parte do Anexo IV, junto ao relatório da inspecção tributária que consta do processo administrativo apenso, e que aqui se dá por integralmente reproduzida. F) No dia 21 de Julho de 2004, por escritura pública outorgada na Secretaria Notarial de Matosinhos, a aqui recorrente comprou à sociedade B..., SA, pelo preço global de ,24, as seguintes fracções autónomas: - Fracção autónoma designada pela letra F, correspondente a um armazém designado pelo número

6 seis, com entrada pelo n.º 31; - Fracção autónoma designada pela letra G, correspondente a um armazém designado pelo número sete, com entrada pelo n.º 45; - Fracção autónoma designada pela letra H, correspondente a um armazém designado pelo número oito, com entrada pelo n.º 51; As ditas fracções autónomas fazem parte do prédio urbano, afecto ao regime da propriedade horizontal, sito na Rua de nome a designar, n.ºs 20 a 52, freguesia de Vila Nova da Telha, concelho da Maia, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial da Maia sob o n.º 1635, daquela freguesia, e inscrito na respectiva matriz sob o artigo provisório P 2774 Anexo I, junto ao relatório da inspecção tributária que consta do processo administrativo apenso. G) Assinado pelo pai da ora recorrente, C..., foi emitido, em 21/07/2004, o cheque cuja cópia consta de fls. 75 dos autos e que aqui se dá por integralmente reproduzida, sacado sobre o Montepio Geral, balcão de... Lisboa, sendo a ora recorrente a primeira titular da conta, no montante de ,33, à ordem da sociedade vendedora, referida em F). H) A aqui recorrente, em sede de IRS, declarou, com referência ao ano de 2004, um rendimento global de ,12 Anexo II, junto ao relatório da inspecção tributária que consta do processo administrativo apenso. I) Em cumprimento da ordem de serviço interna n.º OI , foi aberto um procedimento de inspecção, com vista à comprovação da capacidade aquisitiva da ora recorrente, compatível com o rendimento declarado, referido em H), ao abrigo do disposto no art.º 89.º-A da LGT. J) No âmbito do procedimento de inspecção, referido em I), a ora recorrente foi notificada para exercer o direito de audição, nos termos que constam do ofício junto como Anexo III ao relatório da inspecção tributária que consta do processo administrativo apenso e que aqui se dá por integralmente reproduzido. K) Na sequência da notificação, referida em J), a ora recorrente exerceu o direito de audição por escrito e juntou documentos, conforme Anexo IV junto ao relatório da inspecção tributária que consta do processo administrativo apenso, que aqui se dá por integralmente reproduzido. L) Na sequência do exercício do direito de audição,

7 referido em K), foram solicitados à ora recorrente esclarecimentos, nos termos que constam do ofício cuja cópia foi junta como Anexo V ao relatório da inspecção tributária, que consta do processo administrativo apenso, e que aqui se dá por integralmente reproduzida. M) Em 16/07/2007, foi proferido, pelo Sr. Director de Finanças de Lisboa, despacho de concordância com a informação e parecer exarados no relatório de inspecção, que consta do processo administrativo apenso e que aqui se dá por integralmente reproduzido, que fixou à recorrente o rendimento tributável de ,65, a enquadrar na categoria G) do IRS e referente ao ano de N) O requerimento inicial do presente recurso deu entrada em juízo em 03/09/2007. III Vem o presente recurso interposto da decisão proferida pelo Mmo. Juiz do TT de Lisboa que anulou o despacho do Director de Finanças de Lisboa que fixou à ora recorrida a matéria colectável pelo método indirecto, ao abrigo do disposto no artigo 89.º-A da LGT, referente ao ano de 2004, a enquadrar na categoria G do IRS. Desse despacho recorrera para aquele tribunal a contribuinte, alegando, em síntese, a falta de instauração de um procedimento inspectivo externo de acordo com o RCPIT, a falta de competência do chefe de divisão para praticar os actos do procedimento administrativo, a falta de fundamentação, a inexistência de indícios de outros rendimentos da recorrente e a ilegalidade traduzida em se ter considerado como rendimento da categoria G a totalidade do rendimento padrão. Considerou-se, então, na decisão recorrida que, embora à data da prolação daquele despacho, em face dos elementos de que a Administração Tributária dispunha, estivessem preenchidos os pressupostos legais para a aplicação do método indirecto de avaliação da matéria colectável, face à justificação parcial dos rendimentos obtidos efectuada pela contribuinte no âmbito do presente recurso, já não existia desproporção superior a 50%, para menos, entre o rendimento declarado e o rendimento padrão resultante da tabela prevista no n.º 4 do artigo 89.º-A da LGT, pelo que já não se justificaria a fixação da matéria colectável pelo método indirecto. E, assim sendo, concluiu-se pela procedência do recurso apresentado pela contribuinte, ficando prejudicada a apreciação das demais questões por ela suscitadas, e

8 anulou-se o despacho recorrido do DF de Lisboa que fixara àquela o rendimento colectável para efeitos de IRS referente ao ano de 2004 pelo método indirecto. É desta decisão que vem, pois, o DF de Lisboa recorrer para este STA, alegando ter o Mmo. Juiz a quo feito uma errada interpretação e aplicação do artigo 89.º-A da LGT. Vejamos. Há lugar, nos termos do n.º 1 do artigo 89.º-A da LGT, a avaliação indirecta da matéria colectável quando falte a declaração de rendimentos e o contribuinte evidencie as manifestações de fortuna constantes da tabela prevista no n.º 4 do mesmo preceito ou quando declare rendimentos que mostrem uma desproporção superior a 50%, para menos, em relação ao rendimento padrão resultante da referida tabela. Entre as manifestações de fortuna constantes da referida tabela está a aquisição de imóveis de valor de aquisição igual ou superior a contos no ano em causa ou nos três anos anteriores, adquiridos pelo sujeito passivo ou qualquer elemento do respectivo agregado familiar, ou a sua fruição, se adquiridos, nesse ano ou nos três anos anteriores, por sociedade na qual detenham, directa ou indirectamente, participação maioritária, ou por entidade sediada em território de fiscalidade privilegiada ou cujo regime não permita identificar o titular respectivo. Verificadas tais situações cabe ao sujeito passivo a prova de que correspondem à realidade os rendimentos declarados e de que é outra a fonte das manifestações de fortuna evidenciadas, nomeadamente herança ou doação, rendimentos que não esteja obrigado a declarar, utilização do seu capital ou recurso ao crédito (n.º 3 do artigo 89.º-A da LGT). Quando o sujeito passivo não faça essa prova, e não existam indícios fundados que permitam à AF fixar rendimento superior, considera-se como rendimento tributável em sede de IRS, a enquadrar na categoria G, o rendimento padrão apurado nos termos da tabela constante do n.º 4 do citado artigo 89.º-A da LGT, que, no caso em apreço, tratando-se de imóveis, é de 20% do valor de aquisição. Assim, no caso em apreço, para que se procedesse à avaliação indirecta da matéria colectável, de acordo com as disposições legais aqui aplicáveis e supra mencionadas, seria necessário que a contribuinte tivesse declarado um rendimento inferior a 50% do rendimento padrão

9 resultante da tabela constante do n.º 4 do artigo 89.º-A da LGT. Ou seja, estando evidenciada manifestação de fortuna, nos termos da referida tabela (aquisição de imóveis de valor superior a ,00 ), pois a contribuinte adquiriu fracções autónomas no valor global de ,24, e sendo o rendimento padrão aí previsto de 20% do valor de aquisição dos imóveis em causa ( ,65 ), é evidente que o rendimento declarado de ,12 é inferior a 50 % do rendimento padrão (65.841,33 ), pelo que se impunha a avaliação indirecta da matéria colectável. E, verificados os pressupostos legais para a avaliação indirecta da matéria colectável, cabia ao sujeito passivo a prova de que correspondiam à realidade os rendimentos declarados e de que era outra a fonte da manifestação de fortuna evidenciada. Sendo certo que, não fazendo o sujeito passivo tal prova, se deve considerar como rendimento tributável em sede de IRS, pelo menos, o rendimento padrão, ou seja, neste caso, 20% do valor de aquisição dos imóveis ,65, exactamente o valor fixado no despacho de que a contribuinte recorreu para o TT de Lisboa. Entendeu o Mmo. Juiz a quo que, pelo facto de a contribuinte ter em sede de recurso judicial justificado uma parte da proveniência do valor de aquisição dos imóveis, se não justificava já o recurso à avaliação indirecta da matéria colectável, pois já não existia desproporção entre os rendimentos declarados e o rendimento padrão, entendido este como 20% do valor de aquisição, subtraído do valor justificado. Tal interpretação não tem, porém, qualquer correspondência com a norma aplicável, pois em nenhuma situação a lei manda subtrair ao valor de aquisição o valor justificado por outras fontes para calcular o rendimento padrão. Este apura-se determinando 20% do valor de aquisição e serve, numa primeira fase, para verificar se o rendimento declarado é desproporcionado em pelo menos 50% desse valor. Se essa situação ocorrer, estão verificados os pressupostos legais para o recurso à avaliação indirecta da matéria colectável, cabendo, então, ao sujeito passivo o ónus da prova de que os rendimentos declarados correspondem à realidade. E de que é outra a fonte das manifestações de fortuna

10 evidenciadas. Em suma, como refere o Exmo. PGA no seu parecer, o valor justificado por outras fontes de rendimento ou património releva apenas para a tentativa de demonstração de que, apesar da verificação em abstracto dos pressupostos legais da avaliação indirecta, esta não deve ocorrer porque as manifestações de fortuna evidenciadas, no caso concreto, foram adquiridas com aquele valor (eventualmente com o rendimento declarado). Ao considerar que, no caso em apreço, por via da justificação parcial efectuada pela recorrente no âmbito do presente recurso, já não existiria desproporção entre os rendimentos declarados e o rendimento padrão 20% do valor de aquisição, subtraído do valor justificado de modo a legitimar a aplicação do método indirecto de avaliação da matéria colectável, fez o Mmo. Juiz a quo errada interpretação e aplicação do artigo 89.º-A da LGT. Razão por que a decisão recorrida se não pode, assim, manter. IV Termos em que, face ao exposto, acordam os Juízes da Secção de Contencioso Tributário do STA em conceder provimento ao recurso, revogando a decisão recorrida, e ordenar a baixa dos autos ao tribunal a quo para que aí se conheça das questões suscitadas pela recorrente e que ficaram prejudicadas por aquela decisão. Sem custas. Lisboa, 16 de Abril de António Calhau (relator) Jorge de Sousa Jorge Lino.

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