A CENTRALIDADE ONTOLÓGICA DO TRABALHO E A DECORRENTE IMPOSSIBILIDADE DO FIM DO TRABALHO VIVO NA SOCIEDADE DE CLASSES.

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica 2008 UFU 30 anos A CENTRALIDADE ONTOLÓGICA DO TRABALHO E A DECORRENTE IMPOSSIBILIDADE DO FIM DO TRABALHO VIVO NA SOCIEDADE DE CLASSES. Vinícius Oliveira Santos 1 Universidade Federal de Uberlândia vinicius.oliv@yahoo.com.br Resumo: Mediante as configurações do capitalismo contemporâneo, alguns autores como André Gorz, não hesitaram em afirmar que a sociedade do trabalho está em crise e que o trabalho perderia, entretanto, o status de conceito sociológico chave. A questão que se coloca é a seguinte: a inserção de tecnologia nos processos de trabalho pode excluir o trabalho vivo? E mais: o trabalho é a atividade central na sociabilidade? É no seio deste debate que se encontra o presente trabalho, que tem como objetivo elucidar e desconstruir a visão de que o trabalho e/ou sua centralidade analítica está em vias de desaparecer ou não têm mais pertinência. Em vez de negar o trabalho, este artigo propõe sua ampliação, uma vez que o trabalho se encontra cada vez mais complexificado e diverso, e em proporção direta, o capitalismo necessita de trabalho precarizado que é uma causa da diversificação da classe-que-vive-do-trabalho. Como delineamento metodológico, parto do pressuposto do marxismo ontológico de que o empírico é apenas o ponto de partida na análise e corresponde a apenas uma parcela do real. Os nexos determinantes, não são tão facilmente perceptíveis, não são imediatos. Por isso, neste trabalho, é feito a tentativa deste esforço analítico para apreender a problemática na sua essência, e não na sua aparência. E em essência, o capital necessita de trabalho assalariado para continuar a se reproduzir. Neste sentido, decorre que há neste trabalho a pretensão de explicitar os limites de certos autores que apregoam o fim da sociedade do trabalho e fim da sua centralidade. Palavras-chave: Trabalho, Trabalho no capitalismo, Capitalismo contemporâneo, Ontologia. 1. INTRODUÇÃO A apreensão da categoria trabalho na perspectiva da dialética materialista sugere, além de abordar como a visão negativa e historicamente corrente supõe etimologicamente do latim tripalium instrumento usado na tortura de condenados - e compreendê-lo também seu sentido ontológico, como sendo a única atividade com um caráter evidentemente transitório, marcando a passagem através de um salto qualitativo do ser orgânico e puramente biológico para o ser social. Nestes termos, o trabalho é o primeiro ato histórico pelo qual o homem se diferencia dos outros animais, é uma categoria intermediária que permite aquele salto, é o ato em que o homem produz seus meios de vida. Contudo, na sociedade dividida em classes o trabalho assume a dimensão de estranhamento, de tripalium, pois, a exploração do trabalho assalariado faz com que a riqueza produzida por ele gere, contraditoriamente no mesmo processo, a pobreza daqueles que vendem sua força de trabalho para ter suas necessidades elementares de sobrevivência supridas Como é evidente, o trabalho assalariado é vital para o capitalismo. 1 Vinícius Oliveira Santos é graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia. Pesquisa a temática Trabalho material e Trabalho imaterial sob a orientação do professor Dr. Edilson José Graciolli. Atualmente é membro do Grupo de Pesquisa Trabalhadores, Sindicalismo e Política (GPTSP) na Universidade Federal de Uberlândia.

2 Para fins introdutórios, já é possível perceber a importância que a análise da categoria trabalho assumiu nos estudos marxistas. O trabalho, por ser a atividade central tanto para a sociabilidade humana, quanto para sua emancipação, ostentou o status de conceito sociológico chave. Posteriormente, o assunto será enfrentado com maior profundidade. Em contrapartida, este status da categoria trabalho tem sido posta em refutação por vários autores. Alguns deles propõem o fim da centralidade do trabalho e outros, mais afoitos, sugerem que a desaparição do trabalho está em vias de se estabelecer. Antes de avançar, é necessário compreender a distinção entre fim do trabalho e fim de sua centralidade. Os primeiros afirmam que o capital não tem mais necessidade de utilização da força de trabalho assalariada devido ao acentuado grau de desenvolvimento do maquinário capitalista. Os segundos dão primazia a outras categorias de análise, no caso de Jürgen Habermas a linguagem assume tal papel, assunto a ser desenvolvido no decorrer do trabalho. O ponto em comum entre estes, é que ambos apontam a crise da sociedade do trabalho. Ao seu modo, cada autor desenvolve sua crítica à valorização analítica e empírica da esfera do trabalho, argumentando, uns mais criticamente que outros, os motivos de tal posição teórico-metodológica. Assim sendo, autores marxistas têm se empenhado a desconstruir a idéia de descentralização do trabalho, bem como a apregoação de seu fim. Tais autores situam suas críticas no âmbito do capitalismo contemporâneo e a conseqüente multiplicidade dos trabalhadores assalariados. Aqui, o pensamento de Ricardo Antunes assumirá papel balizador no movimento de desconstrução da idéia de crise da sociedade do trabalho tomada nas formas de fim do trabalho ou de proclamação gnosiológica de fim da centralidade da categoria. É no seio deste debate que se situa o presente trabalho. Assim, procurei analisar sob qual perspectiva pode-se negar as formulações do fim da sociedade do trabalho e/ou, fim da centralidade em questão. Os esforços ainda se canalizaram em apreender quais caracteres do capitalismo permitem assegurar que o trabalho, ao contrário que dizem determinados teóricos, não perdeu centralidade na sociabilidade humana, mesmo quando analisado à luz da reestruturação produtiva. Considerando também, os aspectos de pluralidade e heterogeneidade da classe-que-vive-dotrabalho. Para tanto, analisarei questões preliminares sustentados por Karl Marx e Georg Lukács acerca do trabalho enquanto atividade primeira do ser social, e depois como produção de valores de uso, e posteriormente avaliar o trabalho no capitalismo, ou seja, com fins de produção de mercadorias e extração de sobre-trabalho sob a forma de mais-valia. A fim de situar o debate, perpassarei sobre questões essenciais dos autores que pregam a crise da sociedade do trabalho. Por fim, farei a critica de Ricardo Antunes a estas teorias. 2. A CENTRALIDADE ONTOLÓGICA DO TRABALHO E A IMPOSSIBILIDADE DE SUA SUPERAÇÃO Karl Marx retrata em O Capital, que o processo de trabalho é, primordialmente, o processo de produção de coisas úteis, de valores-de-uso voltados para suprimento das necessidades humanas, seja necessidades do estomago ou da fantasia. Assim apreendido, o processo de trabalho está sendo considerado à parte de qualquer estrutura social determinada (MARX, 2006, p.211). Destas características, decorre o que István Mészáros (2002) chama de condicionantes de primeira ordem (todo trabalho exige uma forma de apropriação, mesmo que coletiva) em contraposição aos condicionantes de segunda ordem (no capitalismo, a apropriação é privada e restrita ao burguês). Segundo Marx, neste processo participam homem e natureza num intercâmbio material regulado pelo ser humano, onde há um dispêndio de movimento físico e mental para a transformação da natureza visando suprir alguma necessidade, substituindo assim a espontaneidade instintiva pela capacidade reflexiva: tal capacidade é peculiar ao homem. Ao transformar a natureza, o homem transforma a si mesmo desenvolvendo suas potencialidades. O trabalho, segundo Marx, é dotado de uma dimensão teleológica, onde apenas o homem planeja racionalmente a finalidade para onde se direcionará o trabalho, figurando em sua mente o resultado. 2

3 A partir daqui, torna-se evidente, conforme explicita Lukács, que a práxis do ser social possui como elemento específico o agir/ser consciente: o trabalho é a primeira atividade que distingue o homem dos demais animais, e, além disso, é a atividade que efetiva a transição, o salto qualitativo do ser orgânico para o ser social: As formas de objetividade do ser social se desenvolvem, à medida que surge e se explicita a práxis social, a partir do ser natural, para depois se tornarem cada vez mais declaradamente sociais. Esse desenvolvimento, porém, é um processo dialético, que começa com um salto, com a posição teleológica do trabalho, algo que não pode ter analogias com a natureza. (LUKACS, 1981, p. 93). Desde A Ideologia Alemã, Marx e Engels apontam que o ato fundante do ser social, é aquele que reproduz as suas condições materiais de existência: o primeiro ato histórico é, portanto, a produção dos meios que permitam a satisfação destas necessidades. (MARX & ENGELS, 1991, p. 39). Noutras palavras, o trabalho é a protoforma da atividade humana, originária do ser social: primeiramente, por ser o primeiro ato que produz e reproduz as condições materiais de existência; e em segundo lugar, neste primeiro ato está posto o elemento de distinção das atividades humanas: é uma atividade teleológica, ou seja, adequada a um fim planejado, abstraído e previamente estabelecido na consciência. O trabalho, na concepção marxiana, é condição natural, necessária, e eterna da vida humana. E mais que isso, o trabalho é a atividade que tem por função, ser a base ontológica do ser social, e por ele foram se desenvolvendo outras dimensões da vida humana. Georg Lukács tem importância acentuada por esclarecer a centralidade ontológica do trabalho, nestes termos 2. Um desdobramento desta análise, é que a mudança no ser social só pode ser expressiva e decisiva se, e somente se, atingir e alterar o modo de trabalhar. O que pode contribuir para a superação e emancipação, contraditoriamente, pode resignificar o trabalho sob a forma de estranhamento, como tripalium tal qual acontece no modo de produção capitalista. Lukács entende que o ser social é composto, pelo menos, por três características primordiais: sociabilidades, linguagem e trabalho. Dentre estas, cabe ao trabalho o papel fundante das demais dimensões, justamente por ser a categoria que media o salto ontológico das demais formas de ser orgânico para o ser social. É neste sentido que o trabalho humaniza o homem. Ricardo Antunes, ao analisar a obra Lukács, comenta permeando com citações deste autor: Deste modo, quando comparado com as formas precedentes do ser, orgânicas e inorgânicas, tem-se o trabalho, na ontologia do ser social, como uma categoria qualitativamente nova. O ato teleológico é seu elemento constitutivo central, que funda pela primeira vez, a contínua realização das necessidades, da busca da produção e reprodução da vida societal, a consciência do ser social deixa de ser um epifenômeno, como a consciência animal que, [...] permanece no universo da reprodução biológica. [...] O lado ativo e produtivo do ser social torna-se pela primeira vez ele mesmo visível através do pôr teleológico presente no processo de trabalho (e da práxis social). (ANTUNES, 2006, p. 138) Assim, Antunes mostra em poucas palavras a importância da centralidade da teleologia do trabalho, fundante do ser social. Ele avança na análise da obra lukacsiana que remete que, posteriormente, foram se desenvolvendo novas formas de relações entre seres sociais, brotando a práxis social interativa que visa convencer outros seres sociais a executar certos atos teleológicos. Estas são formas teleológicas secundárias que foram se distanciando, em relação ao trabalho, das posições teleológicas primárias que possui um estatuto ontológico fundante. São elas, a política, a 2 Georg Lukács, tem papel central na resignificação do marxismo de sua época. Ele mostrou como as categorias economias, em Marx, aparecem como categorias da produção e reprodução da vida humana, e assim, Marx dá bases para uma ontologia do ser social com bases materialistas, sem, decorrentemente, cair em um economicismo que estava em plena moda, na época. 3

4 religião, a filosofia, etc. Porém, o grau de autonomia das posições teleológicas secundárias em relação às primárias é relativo: elas não podem adquirir completa autonomia mediante sua base originária e encontram seu fundamento a partir da esfera do trabalho, não importando se o fim é a produção é a produção valor-de-uso ou valor-de-troca. Transcorre que para Karl Marx, Georg Lukács, Ricardo Antunes, e inúmeros pensadores que se apóiam na obra marxiana para a análise da esfera do trabalho, o trabalho humano não pode ser removido da sociedade, e sua importância é central para a análise dos processos sociais, uma vez que funda o ser social. Isto posto, convém mencionar a peculiaridade do processo de trabalho nas formações sociais capitalistas, levando em conta as mutabilidades nas formas de trabalho, ou seja, os quadros de reestruturação produtiva e suas implicações, com fins de situar o contexto do debate. 3. O PROCESSO DE TRABALHO NO CAPITALISMO, OU SEJA, DE VALORIZAÇÃO DO CAPITAL Karl Marx apontou que a riqueza das sociedades capitalistas configura-se em imensa acumulação de mercadorias. Estas últimas possuem um duplo caráter: possuem uma utilidade que se realiza com o consumo (valor de uso, que é resultado do trabalho em qualquer formação social) e possuem valor de troca que se realiza na venda. Assim sendo, há um duplo caráter do trabalho materializado na mercadoria: o trabalho concreto enquanto produção de coisas úteis e o trabalho abstrato produtor de valor de troca. O capitalista, dono dos meios de produção, e comprador da força de trabalho do assalariado, não é movido a produzir pela produção de utilidade. Na produção de mercadorias, o burguês pretende gerar valor excedente, ou seja, mais-valia, que é a exploração da força de trabalho. Para tanto, o processo de trabalho no capitalismo deve assumir forma a forma peculiar de, em primeiro lugar, o trabalhador estar sob o controle do capitalista por normas criadas externamente àquele que produz, aquele que trabalha não possui autonomia no processo produtivo. Em segundo lugar, o produto do trabalho não é propriedade de quem produziu, mas pertence ao capital. Estes dois aspectos, com vistas à produção de mais-valia, é o objetivo de todo processo capitalista, em outras palavras, o processo de trabalho no capitalismo é o processo de produzir mais-valia ao capitalista, ou seja, de valorização do capital. Isto acontece de modo que o produto final seja vendido por um preço mais elevado do que foi gasto para produzi-la. Assim há a produção de um excedente que é apropriado pelo capitalista e que volta ao processo de produção a fim de gerar mais excedente. Só se torna possível este feito devido à apropriação capitalista do tempo de trabalho excedente, gerado pelo trabalhador, que é a maior parte da jornada de trabalho dos trabalhadores assalariados. O restante é o tempo de trabalho necessário, que se refere ao tempo que o trabalhador produz o equivalente ao valor de troca da sua força de trabalho, ou seja, sua remuneração. Para maior extração de mais-valia, o capital procura aumentar o tempo de trabalho excedente e diminuir o tempo de trabalho necessário. A primeira tendência histórica do capital é diminuir os gastos com capital variável (força de trabalho), mas, para tanto, ele precisa aumentar os gastos com capital constante (maquinário). Assim, o capital se vale de reestruturações no processo de trabalho para cada vez mais controlar este processo, e tornar mais eficaz a extração de maisvalia. A inserção da robótica, de softwares na produção diminuiu a quantidade de força de trabalho a ser comprada, gerou índices elevadíssimos de desemprego. Funções ditas como essenciais são agora realizadas por máquinas. Por conseguinte, isso levou vários teóricos a apregoarem a crise da sociedade do trabalho e/ou o fim da centralidade do trabalho, à luz das novas configurações que o capitalismo assumira mediante o processo de produção de mercadorias. As reestruturações produtivas do capital geraram em larga medida, segundo esses autores, a necessidade de repensar a posição de Marx e Lukács, assunto a ser tratado no próximo capítulo. 4

5 4. A CHAMADA CRISE DA SOCIEDADE DO TRABALHO E O SUPOSTO FIM DE SUA CENTRALIDADE Conforme apontado anteriormente, a mutabilidade percebida no interior do processo produtivo foi sido interpretada por diversos pensadores (entre eles, André Gorz, Claus Offe, Jürgen Habermas, Dominique Média, Jeremy Rifkin, Robert Kurz, Robert Castel) 3 como prova circunstancial de que o ato de trabalhar perdeu o status de centralidade do trabalho na sociabilidade contemporânea. Tais mutabilidades se assentam nas questões iniciadas no capitulo anterior, onde o capital tende a reduzir o máximo possível os gastos com capital variável, investindo assim, nos gastos com capital constante. Deste modo, o controle sobre o trabalho e sobre o trabalhador incide em grau mais elevado. Situando a questão no contexto da automação flexível, também conhecida como pósfordismo, e colocando o pensamento de acordo com a vertente teórica que está recebendo atenção especial no presente capítulo, algumas mudanças no processo de trabalho merecem ser explicitadas. Primeiramente a aumento sistemático de tecnologia na produção e, conseqüentemente, o aumento da massa de desempregados, ou seja, a diminuição quantitativa dos assalariados. Com outras palavras, com a inserção acentuada de tecnologias nos processos laborais, reduziram de maneira também acentuada os postos de trabalho que resulta no desemprego estrutural, precariedade do trabalho (que muitos chamam de informal), etc. Nesta linha de pensamento, a tecnologia de ponta estaria tornando o homem cada vez mais desnecessário nos processos de trabalho. Deste modo, o trabalho vivo estaria cada vez mais substituído pelo trabalho morto. O que decorre, na análise destes pensadores, é a apreensão de que a sociedade do trabalho estaria em crise, e que a categoria trabalho, não deveria ocupar a posição de conceito sociológico chave. E alguns até propõem o fim do trabalho, como é o exemplo de André Gorz. Habermas, na sua teoria do agir comunicativo, supõe uma superação da apreensão do trabalho tomado em dimensão concreta. Segundo ele, o trabalho pressupõe um processo simbolização que, por sua vez, necessita da linguagem para se efetivar. Desta forma, o trabalho não seria responsável pelo processo de interação mais importante e, conseqüentemente, não ocuparia a centralidade. O autor diz que os processos de trabalho, mesmo individuais, exigem a linguagem para que possa vir a acontecer. Há aqui a submissão do trabalho à linguagem, e que esta ultima, seria a forma mais importante de interação. Este autor faz a divisão entre mundo sistêmico (onde se localizaria a economia e o Estado; esfera do trabalho e da razão instrumental) e mundo da vida (onde se localizaria a esfera intersubjetiva, comunicacional). Segundo ele, as possibilidades emancipatórias estariam no segundo plano, e não no plano do trabalho. Em essência, os diferentes autores apregoam cada um à sua maneira, a crise da sociedade do trabalho, e a decorrente perda de centralidade gnosiológicamente falando, e, conforme visto, alguns chegam a clamar o fim do trabalho vivo, substituído pelo trabalho morto. Estes autores diferem tanto de Marx quanto de Lukács, que vêem o trabalho como uma atividade central, e ainda, teorizam sobre a impossibilidade do capital zerar do processo de produção de mercadorias, o trabalho humano. Portanto, no próximo capítulo, será feita a crítica aos autores precursores da crise da sociedade do trabalho. 5. A ATUALIDADE DA CENTRALIDADE DO TRABALHO FRENTE O CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO Ricardo Antunes, na sua obra O caracol e sua concha, demonstra que o trabalho não perdeu centralidade na contemporaneidade. Esta obra será a base deste capítulo, para a tentativa de 3 Antunes, no livro O caracol e sua concha, faz um breve mapeamento das idéias destes autores, texto que me basearei na exposição da teoria dos mesmos. 5

6 apreender qual perspectiva pode-se negar as formulações do fim da sociedade do trabalho e/ou, fim da centralidade em questão. Antunes tem como pano de fundo o trabalho complexificado e heterogêneo do capitalismo atual. Ele defende a tese de que, mesmo com profundas reestruturações produtivas inserindo tecnologia de ponta no processo trabalho, não é possível excluir o trabalho da sociedade, e que ele ainda assume centralidade na sociabilidade. O autor é contundente ao dizer que partir do pressuposto de que o trabalho social se encontra hoje em dia mais complexificado e heterogêneo, implica necessariamente na discordância analítica com a posição que teoriza a respeito do fim da interação entre trabalho vivo e trabalho morto. Nas configurações atuais, o capital precisa cada vez mais de trabalho precarizado. Decorre que a classe trabalhadora se diversificou em grau muito acentuado: terceirizados, trabalhadores em domicílio, trabalhadores informais, o trabalho do chamado Terceiro Setor, há a qualificação em alguns setores, e a desqualificação em diversos outros, a inserção crescente da mulher no mercado de trabalho, etc. Isto coloca em cheque os discursos acerca do fim da centralidade do trabalho e sugere uma articulação cada vez mais ampla de categorias como: materialidade e imaterialidade, produtividade e improdutividade, atividades fabris e de serviços... dando atualidade às teses da centralidade do trabalho. Diz o autor: Quando concebemos a forma contemporânea do trabalho como expressão do trabalho social, que é mais complexificado, socialmente combinado e ainda mais heterogêneo e intensificado nos seus ritmos e processos, não podemos concordar com as teses que desconsideram o processo de criação de valores de troca. (ANTUNES, p.35) O autor quer ir em direção diversa, e apreender que o capital necessita cada vez menos de trabalho estável e cada vez mais de trabalho parcial, terceirizado. A partir das formas contemporâneas de trabalho e suas configurações, Antunes faz tal crítica aos autores em questão. Conforme dito anteriormente, o capital tende a reduzir o montante de capital variável no processo de trabalho, mas nunca zerá-lo. Se eliminar o trabalho humano deste processo é impossível o capital continuar se reproduzindo. Por isso, a concepção que prega a substituição do homem pela máquina cai por terra. Além de não ser possível excluir o trabalho humano, estas teorias pecam no seu desprezo à questão que a própria ciência avança mediante interação entre trabalho vivo e tecnologia. Esta seria uma restrição estrutural e a ciência não pode ser a principal força produtiva, portanto. As máquinas inteligentes também não podem extinguir o trabalho humano. A inserção delas no processo ocorreu graças à transferência de inteligência do operário para ela. O homem transfere suas capacidades intelectuais para o maquinário. Só assim ele se efetiva concretamente. Compendiando a crítica em linhas gerais, o trabalho não pode ser extinto no capitalismo. Há no mínimo três razões para isto, e elas podem ser confirmadas mediante qualquer análise empírica, inclusive as menos críticas: 1 - A própria existência das máquinas é fruto do trabalho humano, portanto, eliminar o trabalho humano da face do globo não passa de uma abstração rasteira, leviana e superficial. 2 - Se o trabalho assalariado for extinto não haverá consumidores em massa de mercadorias. 3 Uma conseqüência imediata da eliminação do trabalho assalariado, é que não seria mais possível a extração da mais-valia, sucumbindo-se o capitalismo. As questões a respeito da crise da sociedade do trabalho são superadas, assim, pelos motivos acima expostos. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o advento do capitalismo contemporâneo, sobressai sob nossos olhos a intensificação da inserção do maquinário, da robótica e da informática nos processos de produção de mercadorias. Esta é uma tendência histórica do capital: ele se inclina a reduzir o máximo possível os gastos com capital variável (força de trabalho) e para isto, precisa aumentar os gastos com capital constante (maquinário). O que decorre desta tese que Karl Marx elucidou, é o elevado número de trabalhadores desempregados e precarizados. 6

7 Mediante o exposto, o que podemos perceber é a maior interação entre atividades produtivas e improdutivas, fabris e serviços, materiais e imateriais. Portanto, isso remete a uma concepção ampliada para a apreensão do trabalho na sociedade contemporânea, ao invés de sua negação. Por meio da reestruturação produtiva, o capital faz com que o trabalho assuma formas diversas das tradicionais, tais como o trabalho parcial, e não a aparente negação do trabalho humano. O desemprego faz com que a classe-que-vive-do-trabalho se concentre na informalidade e na precariedade. É necessário ir além das aparências e perceber que as mudanças no processo de trabalho não remetem à crise da sociedade do trabalho, nem da centralidade do trabalho; muito pelo contrário, possibilitam sua ampliação e conseqüentemente seu campo de abrangência. 7. AGRADECIMENTOS Agradeço aos professores Edilson Graciolli, Adalberto Paranhos e Gilberto Pereira pelos sábios ensinamentos que me permite alinhar à posição teórico-metodológica que me encontro. Agradeço também a oportunidade oferecida pela V Semana Acadêmica da UFU sob o tema Universidade Necessária = Utopias + Distopias. 8. REFERÊNCIAS ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho, São Paulo, Boitempo Editorial, ANTUNES, R. O caracol e sua concha. São Paulo, Boitempo Editorial, LUKACS, G. A ontologia de Marx; questões metodológicas preliminares, In.: Grandes Cientistas Sociais, F.Fernandes (org.) São Paulo, Editora Ática. (P ). MARX, K. O Capital, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, Vol.1. MARX, K. & ENGELS, F. A ideologia alemã, São Paulo, Editora Hucitec, MÉSZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição São Paulo, Boitempo,

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