MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA

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1 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA DRª GISELE MASSON PPGE - UEPG Slides produzidos a partir de trechos da obra referenciada.

2 PROCESSO DE E PRODUÇÃO DE VALOR (p. 220, cap.v) OBJETO DE 10 quilos de algodão 10 xelins 20 horas de trabalho MEIOS DE 1 fuso 2 xelins 4 horas de trabalho 3 xelins 6 horas VALOR DA FORÇA DE MEIOS DE PRODUÇÃO 12 xelins 24 horas FORÇA DE 3 xelins 6 horas 10 quilos de fio - 15 xelins - 30 horas

3 PROCESSO DE E PRODUÇÃO DE VALOR D 15 x. 30 hs. M MEIOS DE PRODUÇÃO FORÇA DE 24 hs. 6 hs. 30 hs. M - D 30 hs. 30 hs.

4 PROCESSO DE E PRODUÇÃO DE VALOR (p. 220, cap.v) OBJETO DE MAIS-VALIA: MEIOS DE VALOR DA FORÇA DE 20 quilos de algodão 20 xelins 40 horas de trabalho 2 fusos 4 xelins 8 horas de trabalho 3 xelins 6 horas O TRABALHADOR EXECUTOU 12 HORAS PARA PODER TRABALHAR MEIOS DE PRODUÇÃO FORÇA DE COM 20 LIBRAS DE ALGODÃO E 24 xelins 3 xelins 48 horas 6 horas O CAPITALISTA EXTRAIU 3 XELINS DE MAIS-VALIA. 20 quilos de fio - 27 xelins - 54 horas

5 PROCESSO DE E PRODUÇÃO DE VALOR (p. 220, cap.v) OBJETO DE MEIOS DE VALOR DA FORÇA DE 20 quilos de algodão 20 xelins 40 horas de trabalho 2 fuso 4 xelins 8 horas de trabalho MEIOS DE PRODUÇÃO 24 xelins 48 horas 3 xelins 6 horas FORÇA DE 3 xelins 12 horas (jornada inteira) 20 quilos de fio - 27 xelins - 60 horas

6 PROCESSO DE E PRODUÇÃO DE MAIS VALOR D 27 x. 54 hs. M MEIOS DE PRODUÇÃO FORÇA DE 48 hs. 6 hs. 54 hs. M - D 54 hs. 60 hs. A mais-valia é extraída do consumo da mercadoria força de trabalho: consome-se a capacidade do trabalhador de produzir mais valor.

7 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA A produção capitalista não é apenas produção de mercadorias, ela é essencialmente produção de mais-valia. O trabalhador não produz para si, mas para o capital. Por isso, não é mais suficiente que ele apenas produza. Ele tem de produzir mais-valia. Só é produtivo o trabalhador que produz mais-valia para o capitalista.

8 PRODUTIVO O conceito de trabalho produtivo não compreende apenas uma relação entre atividade e efeito útil, entre trabalhador e produto do trabalho, mas também uma relação de produção especificamente social, de origem histórica, que faz do trabalhador o instrumento direto de criar mais-valia. Ser trabalhador produtivo não é nenhuma felicidade, mas azar.

9 Ex. DO PROFESSOR - Professor produz ensino, o vende para o dono de uma escola: produz mais-valia e realiza trabalho produtivo. - Professor ensina seu filho: produz valor de uso e realiza trabalho improdutivo. - Professor ministra aulas particulares: produz valor de troca, está vendendo ensino e não força de trabalho, por isso realiza trabalho improdutivo - Professor ministra aulas numa escola pública: vende sua força de trabalho, mas não produz mercadoria, pois produz apenas valor de uso e não estabelece uma relação com o capitalista.

10 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA A produção da mais-valia absoluta se realiza com o prolongamento da jornada de trabalho além do ponto em que o trabalhador produz apenas um equivalente ao valor de sua força de trabalho e com a apropriação pelo capital desse trabalho excedente. Ela constitui o fundamento do sistema capitalista e o ponto de partida da produção da mais-valia relativa.

11 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA A mais valia relativa pressupõe que a jornada de trabalho já esteja dividida em duas partes: trabalho necessário e trabalho excedente. Para prolongar o trabalho excedente, encurta-se o trabalho necessário com métodos que permitem produzir-se em menos tempo o equivalente ao salário. A produção da mais-valia absoluta gira exclusivamente em torno da duração da jornada de trabalho; a produção da mais-valia relativa revoluciona totalmente os processos técnicos de trabalho e as combinações sociais.

12 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA A produção da mais-valia relativa pressupõe, portanto, um modo de produção especificamente capitalista, que, com seus métodos, meios e condições, surge e se desenvolve, de início, na base da subordinação formal do trabalho ao capital. No curso desse desenvolvimento, essa subordinação formal é substituída pela sujeição real do trabalho ao capital.

13 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA Assim que se estabelece o modo de produção capitalista e se torna o modo geral de produção, sente-se a diferença entre a mais-valia absoluta e a mais-valia relativa, quando o problema é elevar a taxa da mais-valia.

14 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA Se o trabalhador precisa de todo o seu tempo, a fim de produzir os meios de subsistência necessários para sua manutenção e de seus dependentes, não lhe restará tempo nenhum a fim de trabalhar gratuitamente para outra pessoa. Se não se atinge certo grau de produtividade do trabalho, não sobra tempo ao trabalhador para produzir além da subsistência; sem esse tempo de sobra, não haveria capitalistas, nem donos de escravos, nem barões feudais, em suma, nenhuma classe de grandes proprietários.

15 MAIS-VALIA ABSOLUTA E MAIS-VALIA RELATIVA Só depois que os homens ultrapassam sua primitiva condição animal e socializam até certo ponto seu próprio trabalho é que surgem condições em que o trabalho excedente de um se torna condição de existência de outro. O sistema capitalista surge sobre um terreno econômico que é o resultado de um longo processo de desenvolvimento. A produtividade do trabalho que encontra e que lhe serve de ponto de partida é uma dádiva não da natureza, mas de uma história que abrange milhares de séculos.

16 REPRODUÇÃO SIMPLES E REPRODUÇÃO AMPLIADA DO CAPITAL REPRODUÇÃO SIMPLES: usa o que gerou da mais-valia para consumo próprio. REPRODUÇÃO AMPLIADA: usa a mais-valia para comprar mais meios de produção e força de trabalho para gerar mais valor.

17 REFERÊNCIA MARX, K. Mais-valia absoluta e mais-valia relativa. In:. O capital: crítica da economia política. 20. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Livro 1, v. 2. TUMOLO, P. S.; FONTANA, K. B. Trabalho docente e capitalismo: um estudo crítico da produção acadêmica da década de Educação& Sociedade, Campinas, v. 29, n. 102, p , jan./abr

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