Aula 04. Os modos de produção. 1. O processo de produção

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1 Aula 04 Os modos de produção 1. O processo de produção Todos os indivíduos que vivem em sociedade utilizam bens e serviços produzidos por ela mesma. Seja em forma de alimento ou na compra de um veículo, como bens, ou seja, em uma consulta ao dentista ou no conserto de algum pertence quebrado, como serviços. Assim, os bens são as coisas que o indivíduo utiliza para satisfazer suas necessidades e serviços são as atividades prestadas por um indivíduo ao outro, de forma a satisfazer esse segundo. Os indivíduos envolvidos nestes processos estão diretamente envolvidos na produção, 59

2 distribuição e consumo dos bens e serviços, afetando a economia, a política e o futuro do país. As etapas de produção, distribuição e consumo são indissociáveis. Com o salário que o trabalho recebe devido a sua participação na produção, ele compra produtos, passando à fase de distribuição e, posterior consumo. Entretanto, a etapa de produção é a mais importante, economicamente. Um exemplo é o que ocorre na industria têxtil: o algodão plantado (matéria bruta) é colhido e separado; os maços de algodão (matéria-prima) são enviados para a industria. Já na industria, o algodão passa por diversos processos envolvendo as maquinas e os trabalhadores, e ao final do procedimento, transforma-se em tecido, que será comercializado. Assim, segundo Pérsio Santos de Oliveira, Produção é a transformação da natureza da qual resultam bens que vão fazer as necessidades do homem. Portanto, produzir é dar uma nova combinação aos elementos da natureza. O processo de produção compõe-se de três elementos: Trabalho: trata-se da atividade desenvolvida pelo ser humano que resulta em bens e/ou serviços. O trabalho pode ser predominantemente físico, como o de um carregador de caixas, ou mental, como o de um engenheiro, porém, nenhum trabalho é exclusivamente manual ou intelectual. O trabalho do carregador de caixas exige certo esforço intelectual, assim como o engenheiro, ao desenhar o projeto de construção, realiza esforço manual. O trabalho também é dividido de acordo com o grau de capacitação necessário para realizá-lo, sendo dividido da seguinte forma: Trabalho qualificado: é necessário um conhecimento anterior para a realização do trabalho. Exemplo: o projeto do engenheiro. Trabalho não qualificado: pode ser executado com base na imitação de outra pessoa que esta realizando a atividade. Exemplo: carregador de caixas. Essa divisão, além de teórica, demonstra-se na prática. Quanto maior a qualificação exigida para o serviço, maior a remuneração recebida. Matéria-prima: o item que passa pelo processo de produção, para tornarse um bem final é chamado de matéria-prima. No exemplo da industria têxtil, o algodão separado é a matéria-prima. Antes, ele era matéria bruta, presente na natureza, em forma de recurso natural. Os recursos naturais são os elementos que podem ser utilizados pelo homem, para obter fins econômicos. Tais recursos variam de sociedade para a sociedade, dependendo da capacidade que a mesma tem para utilizá-lo. Um exemplo é o minério, que só é utilizado por sociedades que dominam a mineração, sendo inútil para as que não detêm esse conhecimento. Instrumentos de produção: tratam-se das ferramentas e máquinas utilizadas na transformação da matéria-prima em bem final. Tais instrumentos permitem a eficiência e 60

3 celeridade da produção, o que causa um maior rendimento para quem os detêm. Sem a matéria-prima e os instrumentos de produção não é possível que o trabalho seja empregado. A soma desses dois elementos formam os meios de produção. Para que as indústrias possam produzir se faz necessária a combinação do trabalho e dos meios de produção. Sem os meios de produção, os indivíduos não podem produzir, e sem o trabalho humano, a produção não é possível. Forças produtivas é o conjunto dos meios de produção com o trabalho humano. Essas forças transformaram-se durante a história da humanidade. Relações de produção Para que a produção ocorra, é imprescindível que, além das forças produtivas, exista relação entre os indivíduos envolvidos na mesma. Essa relação se estabelece de um lado pelos trabalhadores, que fornecem a mão de obra, e do outro, pelos proprietários, que detêm os meios de produção. Essas relações também passam e influenciam transformações históricas e culturais, sendo possível distinguir uma sociedade da outra, conforme elas se estabeleçam. 2. Modos de produção Modo de produção é a soma das forças produtivas mais as relações de produção. É a forma com que a sociedades produz seus bens e serviços, bem como os distribuem e os utilizam. A humanidade, durante seu desenvolvimento, passou por diversos modos de produção, sendo estes influenciados tanto pelo tempo, quanto pela cultural do local onde se desenvolveram. Em um mesmo momento histórico, é possível que ocorra modos de produção distintos em diferentes sociedades. Por exemplo, o modo de produção indígena, considerados primitivos, que perduram, enquanto há uma quase hegemonia do modo capitalista. O filósofo e sociólogo Karl Marx escreveu que O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência. (Karl Marx, Prefácio - Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política) Agora vamos conhecer as principais características dos principais modos de produção! 61

4 Modo de produção Primitivo Sociologia e Cidadania - Andrea Bulgakov Klock - UNIGRAN Tal modo de produção caracteriza uma formação econômica e social que abrange um período muito longo, sendo o primeiro desenvolvido pela sociedade humana. A comunidade primitiva foi a primeira forma de organização social da humanidade, já os modos de produção escravista, feudalista e capitalista não ultrapassam cinco milênios. Na comunidade primitiva, os indivíduos trabalhavam prol da coletividade. Os meios de produção e os bens finais do trabalho eram da coletividade. Não existia a propriedade privada de tais meios, nem havia a oposição entre proprietários e não proprietários, conforme Pérsio Santos de Oliveira. As relações de produção eram de cooperação entre todos os envolvidos. Uma das características desse modo era a inexistência do Estado, que só passou a existir quando alguns indivíduos começaram a exercer poder sobre os outros. O Estado formou-se como instrumento de organização social. Modo de produção escravista Predominou na Antiguidade, na Grécia e Roma antigas, porém, também se reproduziu na fase do Brasil Colônia. Os principais envolvidos nesse modo eram os donos dos escravos, que também eram detentores dos meios de produção e, os escravos que trabalhavam na produção. Os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do mesmo indivíduo. O escravo era considerado parte do meio de produção, assim como uma máquina ou ferramenta. Em tal modo de produção, as relações produtivas eram de domínio e de sujeição, entre senhores a escravos. Havia uma grande discrepância entre o número de senhores e a massa de escravos. Modo de produção feudal Tal modo de produção predominou na Europa Ocidental medieval e tinha como característica principal a relação de produção entre senhores e servos. Os servos não eram escravos, eles apenas serviam seus senhores em troca da ocupação de um pequeno espaço dentro do grande território do senhor, para poderem produzir alimentos e ter uma morada. Os servos trabalhavam como camponeses, por meio da agricultura de subsistência, e tinham uma série de obrigações para com seu senhor, entre elas o trabalho forçado em alguns dias da semana, nas propriedades do senhor feudal. Parte da obrigação também consistia em entregar o excedente da produção agrícola ou pagamento de taxas e impostos por dinheiro recebido na comercialização dos bens produzidos pelos mesmos. A exploração do trabalho camponês era feita por meios militares e religiosos Porém, em determinado momento, as relações feudais começaram a atrapalhar o 62

5 desenvolvimento econômico. Modo de produção capitalista Com a decadência do feudalismo, frente ao grande aumento populacional e avanço das técnicas agrícolas, foi-se caracterizando o capitalismo. No modo de produção capitalista, existem duas classes principais: os trabalhadores e os proprietários dos meios de produção (burgueses). O grande elemento do modo capitalista é o trabalho assalariado, que permite ao trabalhador um limitado acesso à distribuição e consumo dos bens. Modo de produção socialista Tal modo de produção foi implantado em alguns países, como Coréia do Norte, Cuba, Vietnã, China, União Soviética (atual Rússia), entre outros. Umas das características principais do socialismo são: a transformação dos meios de produção privados em públicos, 63

6 de forma a distribuir com equidade os produtos da produção, bem como diminuidor das desigualdades sociais. Para teóricos do socialismo, este seria a primeira parte de uma grande transformação social, que resultaria no comunismo. Segundo Karl Marx: Na fase superior da sociedade comunista, quando houver desaparecido a subordinação escravizadora dos indivíduos à divisão do trabalho e, com ela, o contraste entre o trabalho intelectual e o trabalho manual; quando o trabalho não for somente um meio de vida, mas a primeira necessidade vital; quando, com o desenvolvimento dos indivíduos em todos os seus aspectos, crescerem também as forças produtivas e jorrarem em caudais os mananciais da riqueza coletiva, só então será possível ultrapassar-se totalmente o estreito horizonte do direito burguês e a sociedade poderá inscrever em suas bandeiras: de cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades. (Karl Marx - Crítica ao Programa de Gotha) REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. 4. ed. São Paulo: Ática, 2012 CASTRO, Anna Maria de; DIAS, Edmundo Fernandes. Introdução ao pensamento sociológico. 9. ed. São Paulo: Moraes; São Paulo: Centauro, MIRANDA, Pontes de. Introdução à sociologia geral. Campinas: Bookseller,

7 GIDDENS, Anthony. Sociologia: Problemas e Perspectivas. 6ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,

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