Aula 25 - TP002 - Economia - 26/05/2010 Capítulo 32 MANKIW (2007)
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- Derek Castel-Branco Borja
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1 Aula 25 - TP002 - Economia - 26/05/2010 Capítulo 32 MANKIW (2007) Teoria macroeconômica da economia aberta Objetivo da aula: criar um modelo que preveja o que determina as variáveis e como elas se relacionam. Premissas: - PIB é dado. Depende da oferta de fatores de produção e tecnologia que transforma os fatores em produto. - O nível de preços é dado. OFERTA E DEMANDA DE FUNDOS PARA EMPRÉSTIMOS E DE CÂMBIO 2 MERCADOS: MERCADO DE FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: coordena a poupança, o investimento e o fluxo de empréstimos do exterior (IEL). Igual como visto anteriormente, só que para uma economia aberta agora. MERCADO DE CÂMBIO DE MOEDA ESTRANGEIRA: coordena as pessoas que desejam trocar a moeda. MERCADO DE FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS: É o mercado onde as pessoas que poupam vão guardar o dinheiro e os que desejam dinheiro emprestado vão emprestar dinheiro. Nesse caso teórico, assumimos que o juro que é pago pelo empréstimo é igual ao juro recebido pelo empréstimo, ou seja, não existe spread bancário. S = I + IEL Poupança Investimento Interno Investimento Externo Liquido
2 Com a poupança existente, os investidores podem comprar capital interno ou financiar a compra de um ativo estrangeiro. Os lados da identidade representam os dois lados da moeda. O IEL pode ser negativo. IEL = total de ativos estrangeiros comprados pelos residentes total de ativos internos comprados por estrangeiros. Antes utilizamos a hipótese simplificadora de que o investimento era somente interno. Agora temos o investimento externo. FIGURA PG 699 MANKIW (2007) Inclinação da oferta e demanda. Oferta: positivamente inclinada: quanto maior o juro, mais dinheiro eu quero poupar. É representada pela poupança (S). Demanda: negativamente inclinada: quanto maior o juro, menos eu quero investir. É representada pelos Investimentos (I+IEL) Equilíbrio: Se a taxa de juros estiver abaixo do nível de equilíbrio, a quantidade ofertada de fundos para empréstimos seria menor que a quantidade demandada. A resultante escassez de fundos para empréstimos empurraria a taxa de juros para cima. De modo inverso, se a taxa de juros estivesse acima do nível de equilíbrio, a quantidade ofertada de fundos para empréstimos excederia a quantidade demandada. Os juros iriam para baixo, na tendência ao equilíbrio. No equilíbrio os fundos para empréstimos são exatamente igual à demanda por fundos para empréstimos. À taxa de juros de equilíbrio, a quantia que as pessoas desejam poupar é exatamente a quantidade desejada de investimento interno e de investimento externo líquido.
3 O MERCADO DE CÂMBIO DE MOEDA ESTRANGEIRA: IEL = EL Investimento Externo Liquido Exportações Líquidas Por quê são iguais???? Aulas anteriores: Exemplo: Compra de aviões. Uma empresa americana vende um avião para uma empresa japonesa e esta paga em ienes (moeda nacional do Japão). Os EUA aumentaram a exportação e aumentaram também o investimento externo liquido, pois conseguiram ativos estrangeiros. Se paga com dólares, também aumenta, pois diminui o tamanho do investimento americano detido por estrangeiros. IEL Quantidade de moeda OFERTA para comprar ativos estrangeiros EL Quantidade DEMANDA de reais com a finalidade de comprar exportações líquidas. O desequilíbrio entre compra e venda de ativos é igual ao desequilíbrio entre exportações e importações de bens e serviços. O que está acontecendo quando os EUA tem superávit comercial? As exportações são maiores que as importações. Exportações > Importações O que acontece com o IEL? Também aumenta, pois os EUA estão comprando capital estrangeiro, e o capital americano flui para o exterior. E em caso de déficit? Exportações < Importações. Despesa é financiada com o capital externo. O IEL se reduz. Estrangeiros estão comprando o país. Quando uma empresa japonesa quer comprar um Boeing americano tem de demandar dólares e recorre ao mercado de câmbio. Qual o equilíbrio do câmbio? A taxa real e não a nominal, ou seja, o valor dos bens e serviços de um país em outro país.
4 Gráfico pg 701 MANKIW (2007) Demanda (EL) é negativamente inclinada pois uma taxa de câmbio real mais elevada torna os bens norte-americanos mais caros e reduz a quantidade demandada por dólares para comprar esses bens. Oferta (IEL) é vertical pois a quantidade de dólares destinada ao investimento externo liquido não depende da Taxa de Câmbio real, mas sim da taxa de juros real. Ou seja, o Investimento Externo Líquido não é afetado por variações na taxa de câmbio real, mas somente em casos de variações nas taxas de juros reais. Se a taxa de câmbio real estivesse abaixo do nível de equilíbrio, a quantidade de dólares ofertada seria menor do que a quantidade demandada. A escassez resultante de dólares empurraria o valor do dólar para cima. Se a taxa de câmbio real estivesse acima do nível de equilíbrio, a quantidade ofertada de dólares excederia a quantidade demandada. O excesso de dólares levaria o valor do dólar para baixo. No equilíbrio, a demanda de dólares por estrangeiros para comprar exportações liquidas de bens e serviços dos EUA é exatamente igual a oferta de dólares por americanos destinados à compra de ativos no exterior. EQUILÍBRIO NA ECONOMIA ABERTA Mostramos dois mercados: o mercado de fundo de empréstimos e o mercado de câmbio de moeda estrangeira. Agora vamos relacionar um com o outro. INVESTIMENTO EXTERNO LIQUIDO: O ELO ENTRE OS DOIS MERCADOS Vimos que: S = I + IEL IEL = EL
5 No mercado de fundo de empréstimos: A oferta vem da poupança nacional (S). A demanda vem do Investimento interno e externo (I+IEL). O que equilibra o mercado é a taxa de juros real. No mercado de câmbio: A oferta vem do investimento externo liquido (IEL). A demanda vem das exportações liquidas (EL). A taxa de câmbio real equilibra a oferta e demanda. O que une os mercados, é o IEL, que está presente em ambos. No mercado de fundos de empréstimos, o IEL é parte da demanda. Quem quer comprar ativo estrangeiro tem que demandar moeda estrangeira. No mercado de câmbio, o IEL é fonte da oferta. Quem quer comprar um ativo em outro país deve ofertar dólares a fim de trocá-los pela moeda daquele país. O que determina o IEL? A taxa de juros real. Uma vez que a decisão de investir depende do preço do dinheiro, caso a taxa de juros se eleve, os investimentos se tornarão menores, pois o custo de investir é mais elevado. Assim, quanto maior a taxa de juros real, menor é o Investimento. FIGURA 3 pg 704 MANKIW (2007)
6 Equilíbrio simultâneo nos dois mercados. FONTE: MANKIW (2007) Painel A mostra o mercado de fundos de empréstimos. O que é a demanda? O que é a oferta? O que equilibra? A poupança nacional é fonte de oferta de fundos para empréstimos. O investimento interno e o investimento externo líquido são fontes de demanda por fundos de empréstimos A taxa de juros equilibra tudo. Painel B mostra o investimento externo líquido.
7 Ele mostra como a taxa de juros do painel A determina o investimento externo liquido. Uma taxa de juros mais elevada torna os ativos internos mais atraentes e isso, por sua vez, reduz o investimento externo liquido. Por isso a curva tem inclinação negativa. Painel C mostra o mercado de moeda estrangeira. Como ativos estrangeiros devem ser comprados com moeda estrangeira, a quantidade de IEL do painel B, determina a oferta de moeda a ser trocada por moedas estrangeiras. A taxa de câmbio real não afeta o IEL, de forma que a curva é vertical (o IEL depende da taxa de juros real). A demanda por moeda vem das exportações líquidas (EL). Como a depreciação da taxa de câmbio real aumenta as exportações liquidas, a curva de demanda por moeda estrangeira tem inclinação negativa. Quanto menor o valor da moeda nacional, menos demanda por moeda estrangeira eu vou ter. A taxa de câmbio real de equilíbrio (E1) conduz ao equilíbrio a quantidade ofertada e a quantidade demandada de dólares no mercado de câmbio. Textos em sala: A hecatombe financeira de 2008 e Beleza Importa?
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