Hipertensão Arterial - Tratamento
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- Jorge Castro Fagundes
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1 Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia Região Sul 20 a 24 de setembro de 2006 ACM - Florianópolis Hipertensão Arterial - Tratamento Dr. S. Starke / Blumenau
2 O objetivo maior no tratamento em hipertensos é de obter o máximo de redução no risco total de morbidade e mortalidade cardiovascular. WHO Guidelines for the Management of Hypertension 1999 V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial
3 Abordagem multiprofissional no tratamento da hipertensão arterial Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores físicos, fisioterapeutas, farmacêuticos, agentes comunitários de saúde.
4 Dados Gerais de Prevalências Médias HIPERTENSÃO ARTERIAL Média de 3 medidas Maior que 140 x 90 28,5%
5 Dados Gerais de Prevalências Médias HIPERTENSÃO ARTERIAL Hipertensão Arterial com pressão arterial na META 140 x 90 mmhg 65% 35% 130 x 80 mmhg 6,5% 48,1 % sabem ser hipertensos e não tratam (H 60% e M 40%) Adesão ao tratamento com mais de 10 SM 49% Adesão ao tratamento com menos de 5 SM 50%
6 Benefícios do tratamento da HA AVC redução de 35 a 40 % IAM redução de 20 a 25 % ICC redução de > 50 %
7 Avaliação clínica do paciente hipertenso 1) Confirmar Presença de Hipertensão Arterial 2) Estabelecer grau de hipertensão 3) Etiologia. Primário? Secundário? 4) Existe repercussão sobre órgãos-alvos? 5) Estratificação de risco global. Coexistência de outros fatores de risco?
8 Classificação da Pressão Arterial de acordo com a medida casual no consultório (>18 anos) Classificação Pressão sistólica (mmhg) Pressão diastólica (mmhg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe Hipertensão estágio Hipertensão estágio Hipertensão estágio > 180 > 110 Hipertensão sistólica isolada > 140 < 90 V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial
9 174 x 91 Supino Perímetro braquial 39 cm 130 x x 90 supino Alternando braçadeira tamanho adulto com adulto maior 116 x x 74 ortostase 140 x x 85
10 Tratamento não-medicamentoso Modificações do estilo de vida Controle de peso corporal Padrão Alimentar Redução do consumo de Sal Moderação no Consumo de Álcool Exercício Físico Abandono do tabagismo Controle do Estresse Psicoemocional
11 Controle de Peso Objetivos Alcançar IMC < 27 Kg/m2 Reduzir 5-10 % do peso corporal Cintura: H < 102 e M < 88 cm Recomendações Genéricas Princípios Dietéticos Conseqüências Programas de Atividade Física Redução da insulinemia Redução da Sensibilidade ao Sódio Diminuição da Atividade do Sistema Nervoso Simpático 5 a 20 mmhg para cada 10 Kg de peso reduzido
12 Padrão Alimentar Estudo DASH (Dietary Approachs to Stop Hypertension) Consumo de frutas, verduras, alimentos integrais, leite desnatado e derivados, quantidades reduzidas de colesterol e gorduras saturadas, maior quantidade de cálcio, fibras e magnésio Inclusão de 5 porções de frutas/verduras, dando ênfase em vegetais ou frutas cítricas e cereais integrais Eliminar gordura hidrogenada (trans) Preferir gordura vegetal Ingestão adequada de cálcio Alimentos assados, crus e grelhados
13 Padrão Alimentar Suplementação de Potássio Feijão, vegetais de cor verde-escuro, banana, ervilha, melão, cenoura, beterraba, tomate, laranja Suplementação de cálcio e magnésio Dieta com frutas Verduras Laticínios de baixo teor de gordura
14 Redução do consumo de sal Dieta habitual contem 10 a 12 g/dia Saudável até 6 g/dia = 2,4 g de Na = 100 mmol Evitar ingesta de alimentos processados e saleiro Uso de Cloreto de Potássio Liberar uso de temperos
15 Moderação no Consumo de Álcool Máximo 30 g/dia de etanol para homens e metade para mulheres Bebida Volume para 30 g de etanol Cerveja Vinho Uisque, vodka aguardente 625 ml 300 ml 90 ml
16 Cao Hering
17 Exercício Físico Regular Todo adulto deve realizar pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas de forma contínua ou acumulada em pelo menos 5 dias da semana Fazer exercícios aeróbicos 3/5 X semana Sessões de 30 minutos. 60 para emagrecer. Intensidade moderada Intensidade Pela respiração sem ficar ofegante mas cansado Pela Freqüência Cardíaca Determinada pelo Teste Ergométrico, ou FC max= 220 idade Sedentários 50/70% da FC max Condicionados 60/80% da FC max Realizar também exercícios resistidos (musculação)
18 Modificação do Estilo de Vida Modificação Redução da PA sistólica em mmhg Peso 5-20 Dieta DASH 8 14 Dieta hipossódica 2 8 Atividade Física 4 9 Álcool 2 4
19 Modificação do Estilo de Vida Modificação Redução da PA sistólica em mmhg Peso 5-20 Dieta DASH 8 14 Dieta hipossódica 2 8 Atividade Física 4 9 Álcool 2 4 TOTAL 21 57
20 Classes de anti-hipertensivos Diuréticos Inibidores Adrenérgicos Ação central Alfabloqueadores Betabloqueadores Alfabloqueadores e Betabloqueadores Bloqueadores dos canais de cálcio Inibidores da Enzima de Conversão Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II Vasodilatadores Diretos
21 DIURÉTICOS Tiazídicos e similares (sempre usar em baixa dose) Hidroclorotiazida mg Clortalidona 12,5-25 mg De alça Furosemida = qdo Clearance corrigido de creatinina < 30 ml e qdo hipervolemia Diuréticos poupadores de Potássio Espironolactona Amilorida
22 Diuréticos modo de atuação
23 DIURÉTICOS - Efeitos Colaterais Hipocalemia/hipomagnesemia Intolerância a glicose Retenção de Ácido Úrico Hipertrigliceridemia Ginecomastia (Espironolactona)
24 Inibidores Adrenérgicos de Ação Central Alfa- agonistas de ação central o Estimulam receptores alfa-2-adrenérgicos pré-sinápticos o Alfametidopa, Clonidina, Monoxidina e Rilmenidina o Metildopa sem diurético na gestação Reações Adversas o Sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção sexual o Hipertensão rebote com Clonidina
25 ß-bloqueadores Mecanismo Diminuição do débito cardíaco Redução da secreção de renina Readaptação dos barrorecepetores Diminuição das catecolaminas nas sinapses Melhores indicações Coronariopatas Tremor essencial Enxaqueca Arritmias Hipertensão portal Síndromes hipercinéticas
26 ß-bloqueadores Reações adversas Broncoespasmo, bradicardia excessiva, Vasoconstricção periférica, insônia, pesadelos, Depressão psíquica, astenia, disfunção sexual Intolerância a Glicose, Hiperatividade simpática/hipertensão rebote
27 Bloqueadores dos canais de cálcio Mecanismo Redução da resistência vascular periférica Não usar de BCC de curta duração Reações adversas Cefaléia, rubor facial Tontura, Edema de extremidades Obstipação intestinal com Verapamil
28 Inibidores da Enzima de Conversão Mecanismo Inibição da ECA Uso preferencial Portadores de Insuficiência Cardíaca Diabéticos IAM com fração de ejeção baixa Alto risco para doença aterosclerótica Prevenção secundária de AVC Reações adversas Tosse seca, alteração do paladar, reações de hipersensibilidade USO CAUTELOSO EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL
29 Bloqueadores do Receptor AT1 Mecanismo Atagonizam a ação da Angiotensina II por meio do bloqueio específico de seus receptores AT1
30 Vasodilatadores diretos Mecanismo Atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo relaxamento muscular com conseqüente vasodilatação. Promovem retenção hídrica Promovem taquicardia reflexa Hidralazina e Minoxidil
31 Princípios gerais do tratamento farmacológico Em 70 % dos casos é necessário uso de associação de um segundo anti-hipertensivo, para contrôle da pressão arterial Diurético + Inibidor da ECA Diurético + BRA Diurético + Beta bloqueador Beta-bloqueador + canal de Cálcio Inibidor da ECA ou BRA + Bloq de canal de cálcio Diuretico + BRA ou IEAC + beta + BCC BRA ou ICA + BCC
32 Anti-hipertensivos:interações medicamentosas Tiazídicos Digitálicos Antiinflamatório esteróides e não-esteróides Hipoglicemiantes orais Lítio Betabloqueadores Cocaína Vasoconstritores nasais Diltiazem, Verapamil Antiinflamatório esteróides e não-esteróides
33 Anti-hipertensivos:interações medicamentosas Inibidores da ECA Ciclosporina Antiinflamatório esteróides e não-esteróides Lítio Bloqueadores dos canais de cálcio Bloqueadores de H2 Ciclosporina
34 Fluxograma para o tratamento da hipertensão arterial Monoterapia Associação de anti-hipertensivos Estágio I Diurético Betabloqueador Inibidor da ECA Bloqueadores dos canais de cálcio Bloqueadores do receptor AT1 Classes distintas em baixas doses Principalmente para estágios 2 e 3 Resposta inadequada ou efeitos adversos Aumentar a dose Substituir a monoterapia + o 2º anti-hipertensivo a dose da associação Trocar a associação + o 3º anti-hipertensivo Resposta inadequada Adicionar outros anti-hipertensivos
35 Recomendações para seguimento (prazos máximos m para reavaliação ão) Pressão arterial inicial (mmhg) Seguimento Sistólica Diastólica < 130 < 85 Reavaliar em 1 ano Estimular mudanças no estilo de vida Reavaliar em 6 meses Insistir em mudanças no estilo de vida Confirmar em 2 meses Considerar MAPA/MRPA Confirmar em 1 mês Considerar MAPA/MRPA >=180 >=100 Intervensão medicamentosa imediata ou reavaliar em 1 semana V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial
36 Blumenau
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