O mercado da citricultura no Brasil e as suas novas perspectivas

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1 O mercado da citricultura no Brasil e as suas novas perspectivas José Roberto Mendonça de Barros Alexandre Lahoz Mendonça de Barros Marcelo Petersen Cypriano

2 Índice Introduçāo 4 As mudanças na Oferta Mundial de Suco de Laranja 12 As Mudanças na Oferta de Suco de Laranja no Brasil 22 O Equilíbrio do Mercado e o Preço do Suco de Laranja nos Estados Unidos 36 Mudanças na Oferta e Custos de Produção no Brasil 40 A Evolução da Demanda por Suco de Laranja no Mundo 44 Os Desafios do Mercado Mundial de Suco de Laranja 52 Caminhos para a Superação dos Desafios no Brasil 56 Bibliografia 61 3

3 Introdução (*) 1 A citricultura brasileira vive um momento especial de transição para uma situação muito mais construtiva do que o ocorrido nos últimos anos. O excesso de oferta global e a consequente pressão sobre os preços estão dando lugar a um forte ajuste nos estoques, a despeito da continuidade da redução do consumo nos mais tradicionais mercados. Entretanto, é preciso olhar para frente e construir o futuro, aproveitando a atual janela de oportunidade para desenvolver soluções mais estáveis e de longo prazo. O caminho destas soluções é a redução de assimetria de informações, processo que culminou com o Inventário de Árvores em 2015 pela CitrusBR e Fundecitrus. Esse importante trabalho elevou a sofisticação da estimativa da safra de laranjas, após passos importantes como a estimativa em 2012 dos parâmetros de produtividade e custos na produção de laranjas e seu processamento no Modelo Consecitrus. Todos estes movimentos visaram construir uma metodologia de avaliação bastante precisa da produção de laranja e da situação do setor. O volume, a qualidade e a disponibilização para todos de um extraordinário conjunto de informações técnicas presente nestes trabalhos permite a discussão e a elaboração de novos relacionamentos entre os elos da cadeia produtiva. Em particular, será eventualmente possível a generalização de contratos baseados na informação e na partilha de riscos e benefícios de um mercado que naturalmente alterna bons e maus momentos. É oportuno lembrar como se dão os ajustes nas ca- 4 1 Trabalho elaborado com dados até fevereiro de

4 deias produtivas agrícolas quando ocorre excesso de oferta, crescimento de estoques e, em consequência, preços cadentes. A experiência brasileira e mundial é absolutamente clara a respeito, ou seja, a única resposta que leva à retomada de uma rota de expansão, em face a um excesso de produção, sempre tem três dimensões: i) a elevação da produtividade, que tende a reduzir o custo médio de produção, o que inclui sempre novas tecnologias e novas fronteiras (por exemplo, há casos de citricultores em São Paulo que são capazes de produzir caixas por hectare, o que resulta em custo médio inferior a R$ 10,00). ii) O ajuste também se faz pela redução da amplitude inferior, isto é, da importância relativa dos pomares com produtividade bem abaixo da média. iii) Finalmente, o ajuste também se faz pela melhora da qualidade do produto, seja por padronização, seja por características intrínsecas do mesmo, como por exemplo, café especial de bebida superior. Como consequência, frente ao desafio do ajuste, o setor produtivo, com a ajuda da tecnologia e do trabalho, acaba por dar um salto adiante e se mantém competitivo. É possível ver esse mesmo processo em muitas outras cadeias produtivas, como a soja, o milho e o café. É certo que em um ambiente de ajustamento dessa natureza torna-se mais difícil construir consenso. A capacidade de conciliação se dilui. Entretanto, essas decisões ficam mais fáceis com a existência de informações confiáveis sobre os custos de produção nas diversas situações que possam iluminar a decisão dos produtores. A história da agricultura mostra, aqui e em diversos países do mundo, que a tentativa de defender a renda de produtores por intervenções públicas permanentes, através de instrumentos diversos (preços mínimos, cotas, licenças, etc.), acaba levando a médio prazo a própria implosão das mesmas políticas intervencionistas. A evidência disso é massiva há muito tempo. No Brasil do passado, o café e a cana são exemplos bastante conhecidos. Intervenções pontuais podem ser admissíveis. Não podem, entretanto, tornarem-se permanentes, pois provocam desequilíbrios que acabam por implodir o sistema. É nesse sentido que a construção de uma ponte para o futuro da cadeia citrícola brasileira passa por um arranjo institucional pautado pelo mercado privado, pela transparência e por mecanismos de divisão proporcional dos riscos e benefícios inerentes à atividade agrícola. O modelo mais capaz de superar dificuldades pressupõe um alinhamento de interesses para o futuro. A experiência do setor sucroalcooleiro e aquelas que surgiram nos últimos três anos na própria cadeia citrícola permitem sinalizar a viabilidade do modelo de divisão de riscos e retorno. O alinhamento de interesses permitirá, com o tempo, o desenvolvimento de estratégias comuns de ampliação de mercados, de controle de doenças, de propostas de política tributária, de avanço tecnológico. Tema relevante como o pagamento por sólido solúvel também é algo que precisa entrar na agenda de debates da cadeia, à semelhança ao que já ocorreu no setor canavieiro. A estrutura de incentivos na cadeia tem que seguir o produto final, que em última medida, é o sólido solúvel. Na cafeicultura do passado o relevante era o volume de produção e não a qualidade do produto. Hoje, está à vista de todos a verdadeira revolução que a qualidade está trazendo para todos os elementos da cadeia de produção. 6 7

5 O MOMENTO DE TRANSIÇÃO DA CITRICULTURA BRASILEIRA A citricultura brasileira ganhou ao longo do último ano a perspectiva de tempos melhores a frente, em termos de maior rentabilidade para todos os participantes da cadeia produtiva. Dois movimentos justificam esta expectativa. De um lado, o mercado internacional está deixando para trás uma fase de excesso crônico de estoques elevados e se encontra em via de apresentar equilíbrio entre oferta e demanda por alguns anos. De outro, a taxa de câmbio do real para o dólar perdeu mais da metade de seu valor desde 2011 e a receita de exportação de suco de laranja cresceu quando medida em reais, o que favorece toda a cadeia produtiva. O reequilíbrio entre a oferta e a demanda mundiais por suco de laranja permitirá uma redução importante do estoque de suco concentrado. O próprio preço internacional do suco, medido pelo primeiro futuro da bolsa de Nova York, mostrou estabilidade nos últimos meses em meio a dois processos turbulentos. De um lado, a economia mundial testemunhou uma rápida valorização do dólar no mundo, sinais de baixo crescimento por um período prolongado e forte queda no preço dos ativos. De outro, o agravamento da crise econômica no principal produtor, o Brasil, levou a sua moeda a desvalorizar-se aceleradamente (ademais, do efeito da valorização do dólar lá fora, acima mencionado), sem que nenhum destes eventos tivesse algum efeito negativo na cotação do suco de laranja. A redução do estoque de passagem foi um passo importante em períodos anteriores que registraram a valorização do suco de laranja. Existe ainda uma etapa adicional em que o estoque remanescente de suco nos Estados Unidos precisa ser absorvido pelo mercado. Porém, o nível da produção americana registrado na última safra foi tão baixo que sua repetição na safra 2015/2016 será suficiente para completar o ajuste. Na verdade, a safra corrente nos EUA será ainda menor. A desvalorização do real é outro aspecto importante na mudança de perspectiva do setor no Brasil. O real mais fraco diante do dólar, o que favorece a receita de um setor fortemente exportador como a citricultura, deve perdurar durante alguns anos, o que abre uma janela importante para a reorganização da atividade. A estabilização do preço internacional do suco de laranja, combinada ao real mais fraco, melhora a rentabilidade da citricultura de uma maneira geral. A perspectiva de um ambiente favorável acompanhado da melhor remuneração dos participantes da cadeia cítrica durante alguns anos permite enfrentar melhor os desafios do setor a longo prazo. Entre estes desafios, entendemos que um dos mais relevantes é que o setor citrícola precisa atingir uma produtividade que torne a atividade rentável, mesmo a taxas de câmbio menos favoráveis à exportação que a atual, ou a preços internacionais mais baixos, pois as condições atuais não devem perdurar para sempre, na medida em que o consumo de suco de laranja segue em queda nos mercados de maior absorção mais elevado, não mostrando, nos primeiros meses de 2016, qualquer sinal de estabilização. O consumo de suco de laranja mostra crescimento somente em países de renda per-capita mais baixa, todos eles dependente de preços baixos. 8 9

6 O mercado geralmente funciona como o arbitrador dos riscos e benefícios em cada etapa do ciclo, mas uma atividade como a produção de cítricos que concentra uma parcela tão grande da produção global em uma única região produtora pode criar conselhos e sistemas de informações compartilhadas e verificáveis que permitem reduzir a assimetria de informações entre os participantes. Este caminho permite estabelecer uma estrutura de incentivos e remuneração adequados para o alinhamento de objetivos em benefício de todos. O espírito para enfrentar os desafios da cadeia cítrica neste ambiente de maior rentabilidade é exatamente a ampla divulgação para ou entre todos os participantes das informações relativas ao mercado de laranjas e de suco processado, um trabalho feito nos últimos anos pelo CitrusBR e Fundecitrus. A recuperação da rentabilidade da cadeia neste momento em que a taxa de câmbio é mais favorável à exportação e os estoques caminham para maior equilíbrio aumenta o leque de possibilidades economicamente viáveis para o setor e a clareza das informações e das perspectivas favorece a decisão técnica, racional e eficiente. O aumento da transparência é a melhor prática de mercado para a busca de produtividade, maior retorno do investimento e para a divisão de riscos e da rentabilidade do setor a longo prazo, sempre com base no amplo conhecimento da situação do mercado e na confiança mútua. Nos últimos anos, a despeito de terem sido alguns dos piores momentos da citricultura, se caracterizaram pelo trabalho do CitrusBR e Fundecitrus de coleta, organização e análise de informações de qualidade e essenciais para o planejamento do setor. O inventário de árvores, o sistema de previsão de safras e a estrutura de custos a cada nível de tecnologia e produtividade tornam todos os participantes da cadeia produtiva aptos a compreender os desafios presentes e as perspectivas para a próxima década, para assim se preparar de acordo com a sua melhor estratégia. O reequilíbrio do mercado global de suco processado, simultaneamente ao aumento da rentabilidade da atividade exportadora promovido pela nova taxa de câmbio, cria uma janela de oportunidade para o setor. Esta janela, porém, é finita e de extensão desconhecida ou relativamente curta, pois a própria reorganização regional da produção de laranja para processamento industrial, identificada pelo Fundecitrus, sinaliza a expansão consistente da oferta ao longo dos próximos anos. As informações levantadas pelo Inventário de Árvores são claras no sentido de mostrar uma renovação e adensamento de pomares, no qual o amadurecimento e consequente aumento da produtividade elevarão a produção brasileira de laranjas dentro de dois ou mais anos, o que pode repor o excesso de oferta na medida em que o consumo de suco de laranja não reage na mesma proporção. Neste caso, somente os pomares mais produtivos terão condições de se manter rentáveis. É preciso não perder a oportunidade que a correção do mercado está dando à cadeia citrícola brasileira

7 As mudanças na oferta mundial de suco de laranja N unca é demais lembrar que a produção de suco possui uma rara concentração da oferta em apenas duas regiões do mundo: o estado de São Paulo no Brasil e o estado da Flórida nos Estados Unidos. Esta situação torna a influência das condições de oferta nestas duas regiões muito relevantes para a formação de preço, embora esta concentração venha sofrendo algumas mudanças importantes nos últimos cinco anos. Como exemplo, o período registrou o aumento da participação de novos produtores na oferta de laranja para processamento industrial, mas sem ainda desafiar o protagonismo industrial brasileiro no mercado internacional. A produção mundial de laranjas seguiu crescendo e tem oscilado em torno de 1,2 bilhāo de caixas desde a segunda metade da década de 1990, uma quase estabilidade que foi reflexo do recuo da participação da produção de laranja para fins industriais de um pico de 55% na safra 1997/1998, para 38% em 2014/2015, de acordo com o levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos USDA. Como ilustração deste movimento, a produção de laranjas para processamento industrial recuou em termos absolutos de 635 milhões de caixas em 1996/1997, para 454 milhões na safra 2014/2015, ao passo que a produção destinada para o consumo de mesa passou de 523 milhões de caixas, para 732 milhões (tabela 1 e gráfico 1). A tabela 1 mostra a média das safras 1996/1997 e 1997/1998, como representativa do pico de várias medidas de mercado e traz os ajustes dos últimos 17 anos. A produção 12 13

8 de laranja processada industrialmente recuou -29%, movimento liderado pelos Estados Unidos, União Europeia, Brasil e outros pequenos produtores. A quase estabilidade na produção total de laranjas veio do aumento da produção de mesa. A maior parte do acréscimo, cerca de 45%, veio do aumento da produção de laranja na China, a qual destina somente 9% de sua produção para o processamento de suco de laranja. A rápida expansão da produção de laranja na China alçou este país da 5a para a 2a posição entre os maiores produtores em apenas uma década, o que ajudou a reduzir a proporção do processamento industrial na produção mundial de laranjas. O Brasil também expandiu a produção total de laranjas bem acima da demanda destinada ao processamento de suco, o que fez o Brasil, juntamente com o Egito, Turquia, África do Sul, Vietnam e México explicarem o aumento de quase 40% da produção mundial de laranja para consumo de mesa (da parcela que não é explicada pela China). O mercado passou a destinar uma parcela da produção ao processamento semelhante ao que era visto nos anos 1960 (gráfico 1). A redução na produção de laranja destinada ao processamento industrial foi liderada pelos Estados Unidos, o qual reduziu a sua produção para processamento de 238 milhões de caixas na média das safras 1996/1997 e 1997/1998, para 100 milhões em 2014/2015, uma redução de 58% (capaz de explicar 76% da redução da produção mundial para processamento no período, tabela 1). Este movimento continuou em 2015/2016. O Brasil também reduziu a sua produção destinada a indústria em 21%, ou 64 milhões de caixas a menos que a 1 Produçāo de laranjas - safras selecionadas (milhões de caixas 40,8 kg) Média 1996/ / / / /2015 média das safras 1996/1997 e 1997/1998. Entretanto, ao contrário dos EUA onde a contração da produção parece mais estrutural, no caso brasileiro é possível que ocorra uma nova elevação da produção passado o efeito das más condições climáticas dos últimos tempos e considerando o número de pés novos, revelados pelo Inventário de Árvores de A queda no processamento de laranja no Brasil fez com que a produção do México, China, África do Sul e Argentina aumentasse sua participação de 4,1% para 14,6% Variação % 2015/ média 1996/1998 Processamento industrial 635,2 642,0 579,8 652,9 454,0-29% Brasil 309,0 329,0 331,0 419,0 245,0-21% Estados Unidos 237,5 228,3 155,6 147,5 100,1-58% México 14,1 8,3 13,7 22,8 31,9 126% UniÃo Européia 39,7 36,6 47,5 33,2 28,7-28% China 2,4 0,6 1,0 4,4 15,9 567% África do Sul 5,5 7,7 7,0 8,5 11,2 103% Argentina 4,0 3,9 4,4 4,1 7,4 84% Demais países 23,0 27,5 19,5 13,4 13,9-40% Consumo de mesa 525,6 625,0 651,9 718,2 731,8 39% Brasil 118,5 121,0 110,0 135,0 148,0 25% China 46,0 87,6 108,0 140,2 153,2 233% Estados Unidos 58,0 48,4 46,6 50,5 41,8-28% UniÃo Européia 102,0 115,5 122,2 118,7 111,2 9% México 74,7 90,2 88,2 77,2 73,5-2% Egito 36,0 40,7 51,0 57,6 62,4 73% África do Sul 17,3 23,3 21,6 26,5 30,5 77% Demais países 73,2 98,3 104,4 112,6 111,2 52% Fonte: USDA. Elaboraçāo MB Associados 14 15

9 / /68 Fonte: USDA. Elaboraçāo MB Associados 16 Produçāo mundial de laranjas (milhões de caixas 40,8 kg) PRODUÇÃO TOTAL CONSUMO DE MESA 1969/ / / / / / / / / / / / / / /98 99/ / / / / / / / /16 PROCESSAMENTO INDUSTRIAL PARTICIPAÇÃO DO PROCESSAMENTO 90,0% 82,5% 75,0% 67,5% 60,0% 52,5% 45,0% 37,5% 30,0% da produção mundial para fins industriais, alcançando a marca de 66,3 milhões de caixas. A consequência positiva da redução combinada da produção americana e brasileira de laranja e suco processado foi a sua capacidade de restringir a oferta de suco ao ponto de diminuir os estoques mundiais em uma situação de queda da demanda nos maiores mercados. Os estoques diminuíram do equivalente a 40% da produção em 2013, para menos de 30% em 2015, segundo as estimativas do balanço mundial do mercado, feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, combinadas com as estimativas do CitrusBR para o Brasil (gráficos 2 e 3). O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) possui a capacidade de levantar a produção, consumo e estoques em todos os países do mundo de forma a consolidar as informações da citricultura de forma global. 2 Um detalhe, porém, fica de fora destas estimativas: o Brasil possui uma parcela grande de seus estoques de suco de laranja situados em trânsito em navios tanques dedicados ao transporte, ou em terminais situados em portos no exterior, geralmente na Europa e Ásia, o que escapa ao USDA. Por conta deste aspecto muito relevante para o produtor brasileiro, embora menos importante para a dinâmica do mercado americano, a CitrusBR levanta desde 2011 o estoque brasileiro de suco de laranja situado no exterior para ter maior clareza do mercado além das informações do USDA (gráfico 3). As informações da CitrusBR e do USDA confirmam que a redução do estoque de suco de laranja no mundo, significativa quando medida em termos absolutos do volume em toneladas estocadas (veja a tabela 3 adiante), se concentrou até o momento no estoque situado no Brasil. Os Estados Unidos, embora também tenham reduzido os estoques, ainda Produçāo mundial de laranjas e suco (caixas e mil toneladas) 1983/ / /86 PRODUÇÃO LARANJAS PARA PROCESSAMENTO (mil caixas) Fonte: USDA. Elaboraçāo MB Associados 1986/ / / / / / / / / / / / / / / / /03 PRODUÇÃO DE SUCO DE LARANJA (mil toneladas) 2003/ / / / / / / / / / / / /

10 Estoques totais (USDA) Brasil (USDA) Estados Unidos (USDA) União Européia (USDA) Demais países (USDA) 1983/ /85 Produçāo mundial e estoques de suco PRODUÇÃO DE SUCO (mil toneladas) Fonte: USDA. Elaboraçāo MB Associados Estoques de suco de laranja concentrado (milhares de toneladas) 2001/ / / / / / / / / / / / / / ,81 0,62 0,75 0,53 0,43 0,48 0,68 0,68 0,51 0,81 0,93 0,77 0,74 0,52 0,24 0,06 0,10 0,02 0,02 0,17 0,17 0,13 0,07 0,46 0,55 0,34 0,34 0,10 0,49 0,50 0,58 0,44 0,33 0,27 0,46 0,50 0,40 0,29 0,32 0,38 0,35 0,37 0,03 0,03 0,04 0,04 0,05 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,05 0,04 0,03 0,03 0,03 0,04 0,03 0,04 0,03 0,05 0,05 0,04 0,04 0,03 Brasil (CitrusBR) 0,21 0,66 0,77 0,53 0,51 0,29 Em terra 0,07 0,46 0,55 0,34 0,34 No exterior 0,14 0,20 0,22 0,20 0,18 Fonte: USDA. Elaboraçāo MB Associados 1985/ / / / / / / / / / /96 ESTOQUES TOTAIS USDA (mil toneladas) 1996/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / ESTOQUES TOTAIS (Citrusbr para Brasil,mil toneladas) seguem com uma quantidade acima da média, o que tornou o armazenamento americano a variável relevante para o equilíbrio do mercado nos próximos anos. A União Européia e os demais países geralmente possuem estoques próprios baixos e as oscilações de mercado sempre são associadas ao estoque em terra e no exterior do Brasil e Estados Unidos. A diminuição dos estoques trouxe a relação entre o estoque e a produção para próximo da média histórica, disponível desde Porém, a redução do volume de estoques para cerca de 30% se deu sobre uma produção de suco bastante deprimida e equivalente ao vigente no início dos anos 90, o que é uma parte importante do ajuste do mercado. Uma medida mais adequada do estoque mundial, estimado em 457 mil toneladas (sem o estoque em trânsito estimado pelo CitrusBR), é compará-lo ao consumo atribuído pela produção mundial e pela variação de estoques. Nesta medida ele já se encontra em 27% do consumo, mais alinhada com a média histórica. A consideração do estoque brasileiro de suco em trânsito ou no exterior não permite a mesma comparação histórica; porém, mostra a mesma tendência de recuo registrada pelo USDA. A estimativa da produção americana de suco de laranja para a safra 2015/2016 indica que a redução da produção vai manter a diminuição do volume estocado, pois o recuo de 29% na produção de laranja para processamento industrial é muito expressivo e traz a produção na Flórida ao mesmo nível de 50 anos atrás. A redução na produção americana e a estabilidade prevista para a safra 2015/2016 no Brasil irão deixar a produção global muito abaixo do consumo novamente (gráficos 3 e 4)

11 2 Produçāo suco de laranja - safras selecionadas (milhões de toneladas) Média 1996/ / / / /2015 Cresc. % 2015/ Produção suco 2,595 2,619 2,406 2,544 1,756-32% Brasil 1,304 1,354 1,440 1,600 0,935-28% Estados Unidos 1,064 1,020 0,703 0,660 0,446-58% México 0,058 0,034 0,057 0,091 0, % Uniāo Européia 0,091 0,112 0,112 0,105 0,091 0% China 0,002 0,003 0,014 0,050 África do Sul 0,017 0,023 0,026 0,031 0, % Argentina 0,013 0,012 0,014 0,013 0,023 83% Demais países 0,048 0,063 0,052 0,029 0,033-30% Fonte: USDA Elaboraçāo MB Associados A redução adicional do estoque de passagem ao final da próxima safra em 2015/2016 trará a relação entre os estoques e a produção para próximo dos patamares mínimos registrados nos últimos quinze anos, como pode ser visto nos gráficos 2 e 3. A expectativa para o estoque de passagem no Brasil, mesmo considerando o estoque no exterior, é justamente de um recuo adicional de aproximadamente 43% segundo a estimativa no início de 2016 da CitrusBR. O recuo expressivo do volume de estoques em poder das empresas associadas a CitrusBR vai se somar ao recuo esperado para o estoque nos Estados Unidos. O resultado serão estoques ainda mais baixos em termos mundiais que irão reequilibrar o mercado pela primeira vez desde meados dos anos Produçāo de laranjas nos EUA (milhares de caixas 40,8 kg) Estoque suco de laranja - safras selecionadas (milhões de toneladas) Fonte: USDA, Florida Juice. Elaboraçāo MB Associados / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /16 Média 1996/ / / / /2015 Estoque suco USDA 0,789 0,812 0,425 0,793 0,457 Est. % produção Brasil (USDA) 0,266 0,240 0,015 0,440 0,039 2% Brasil (Citrus BR)* 0,662 0,293 17% Estados Unidos 0,442 0,492 0,326 0,290 0,373 21% México 0,004 0,001 0,001 0,002 0,001 0% União Européia 0,031 0,029 0,050 0,015 0,015 1% China 0,008 0,025 0,000 0% África do Sul 0,004 0,002 0,002 0,002 0,019 1% Argentina 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0% Demais países 0,041 0,048 0,022 0,019 0,010 1% Est. % produção 30% 31% 18% 31% 26% Fonte: USDA, Citrus BR Elaboraçāo MB Associados Nota: * Citrus BR inlcui estoques em transito e no exterior 21

12 As mudanças na oferta de suco de laranja no Brasil A redução na destinação da produção brasileira de laranjas para processamento industrial representou um período difícil para a cadeia de produção de suco de laranja, tanto para o produtor citrícola, como para a indústria processadora. O preço internacional, corrigido pela inflação do dólar, recuou de valores dentro do intervalo a US$ 1,75-2,00 a libra-peso até o início de 1996 para a metade disto em 2004 e, após um expressiva porém breve elevação, recuou novamente em 2009 para enfim se estabilizar em torno de US$ 1,35 a libra nos últimos três anos. A cotação em janeiro de 2016 estava em US$ 1,30 a libra-peso (gráfico 5). As oscilações da taxa de câmbio do real para o dólar adiaram os efeitos da queda do preço internacio- 5 Preço do suco de laranja em NY e preço acessível aos exportadores brasileiros PREÇO SUCO US$/LIBRA 1 º FUTURO NY (AJ. IPC EUA) Fonte: ICE, BLS, Bacen, IBGE Elaboraçāo MB Associados PREÇO NY 1 º FUTURO CONVERTIDO PARA R$ E AJUSTADO PELO IPCA 23

13 nal para a cadeia produtiva brasileira. A desvalorização em 1999 evitou que o preço caísse para os produtores brasileiros, mas o preço internacional medido em reais terminou por recuar de R$ 5,00 a libra entre 1999 e 2003 (atualizado pela inflação no Brasil) para o intervalo R$ 2,50-2,80 entre 2008 e 2009, até a estabilização do preço em torno de R$ 3,65 a libra entre 2010 e meados de Após este período de estabilidade do preço internacio- Preço do suco de laranja em NY, preço acessível aos exportadores brasileiros e taxa de câmbio real/dólar PREÇO SUCO US$/LIBRA 1 º FUTURO NY (AJ. IPC EUA) PREÇO NY 1 º FUTURO CONVERTIDO PARA R$ E AJUSTADO PELO IPCA Fonte: ICE, BLS, Bacen, IBGE Elaboraçāo MB Associados R$ / US$ nal medido em reais, a desvalorização mais forte do real no segundo semestre de 2015 levou o preço acima de R$ 5,00 (gráficos 5, 6 e 7). A desvalorização mudou um quadro que acumulou dificuldades para a indústria e para os produtores ao longo de quase dez anos. Os custos de produção no cinturão citrícola cresceram acima da inflação no período, como aconteceu com os salários no Brasil e outros serviços relevantes para a atividade. O aumento de custos numa situação de queda do preço internacional, medido em reais, representou uma redução de margem para todos os participantes da cadeia produtiva. A redução da rentabilidade levou a queda nos investimentos na renovação dos pomares e, de forma simultânea, levou ao recrudescimento de problemas fitossanitários. Quando o excesso de oferta deprimiu preços no mercado interno, parte da produção para processamento ficou sem mercado e, muitas vezes, foi descartada nas redondezas, o que deixou os pomares mais suscetíveis à proliferação de pragas em regiões tradicionais. Após o controle do surto nos anos 90, assim como surgiram casos de morte súbita em 2005 e um surto de greening em O planejamento da produção também se tornou mais difícil, pois a baixa remuneração da atividade restringiu as escolhas economicamente viáveis dos produtores e da indústria, retirou o espaço para erros e a diferença no nível de informação do mercado tornou ainda mais marcante a diferença de retorno entre os participantes da atividade. Após este período de aperto de margens, a combinação da taxa de câmbio e a relativa estabilidade do preço internacional permitiu uma forte recuperação do preço medido em reais. Ao se corrigir pela inflação brasileira, o preço internacional medido em reais no início de 2016 é 60% maior do que no início de 2013 e o dobro do preço 24 25

14 registrado no início de 2009 (veja o gráfico 6). A transformação da cotação em Nova York para reais exige passos adicionais para refletir exatamente o preço acessado pelo exportador brasileiro de suco de laranja concentrado. O maior mercado do Brasil é a Europa e o preço em Roterdā difere de Nova York quando o euro se enfraquece em relação ao dólar, como aconteceu após O importador europeu sente o encarecimento do suco cotado em dólar e exige um desconto do exportador brasileiro. O preço no mercado europeu nāo apresenta, portanto, a valorização integral do preço medido em reais mostrada nos gráficos 5 e 6. Apesar de todas estas dificuldades para todos os participantes da citricultura, a redução na destinação da laranja para o processamento industrial desde meados dos anos 2000 se deu de maneira simultânea a uma reorganização da produção brasileira. Como citado, a produção de laranja para processamento industrial é muito concentrada no chamado cinturão citrícola, uma área que se estende pelo estado de São Paulo, uma parte do Triângulo mineiro e o sudoeste de Minas Gerais. São 482 mil hectares dedicados à produção de cítricos, sendo 430,6 mil hectares especializados no cultivo da laranja para o processamento industrial (ver mapa das regiões). A concentração da produção citrícola nesta região reflete a concentração das extratoras de suco no estado de São Paulo. Entre as extratoras de processamento, estão em São Paulo e apenas 45 no Nordeste e 72 no Sul. A área dedicada ao plantio da laranja em São Paulo representa 62% da área da produção de laranjas NOROESTE 55,4 MIL HÁ 7% 2% 91% CENTRO 141,21 MIL HÁ 6% 2% 92% SUDOESTE 72,67 MIL HÁ 1% 2% 97% Cinturão citrícola subdividido em setor com destaque para a área dos pomares Fonte: BGE / Fundecitrus TODAS AS LARANJAS, LARANJA LIMA E LIMA ÁCIDA LIMA ÁCIDA E LIMÃO TANGERINA NORTE 107,54 MIL HÁ 12% 1% SUL 100,72 MIL HÁ 2% 2% no Brasil, mas, como a produtividade é maior no estado, São Paulo representou 73% do volume colhido em Mais do que isso, a produção para processamento industrial vem quase totalmente do Estado e de uma parte do estado de Minas Gerais. Por essa razão, a produção de laranjas neste cinturão é destinada em grande parte para o processamento industrial, o qual 98% é exportado. Esta magnitude de uma atividade agrícola voltada ao uso industrial e exportação faz do cultivo da laranja uma atividade única no Brasil na qual as condições do mercado mundial e a taxa de câmbio possuem impacto dominante na atividade. 97% 94% PRODUÇÃO

15 Essa concentração no mercado internacional também torna a atividade dependente de equipamentos específicos de logística, como terminais dedicados em portos no Brasil e no exterior e navios especializados no transporte de suco, o que torna a atividade de processamento e distribuição mundial bastante intensiva em capital. Da mesma forma, a participação de 53% do Brasil na produção mundial de suco de laranja mostra que as condições de oferta em uma única região, o estado de São Paulo, alteram o mercado mundial por significar excesso ou escassez de oferta. Um excesso na produção de laranjas por uma variação excepcional do clima reduz o preço internacional, ao passo que recuos planejados na oferta, quebras de safra, ou reduções no volume estocado, favorecem a alta do preço internacional. A reorganização da produção de laranjas para processamento industrial acentuou características da oferta que já eram marcantes durante este período de dificuldades, sendo a concentração em grandes produtores uma destas características mais perene e anterior à reorganização, enquanto a outra é decorrente das mudanças mais recentes e possui consequências para a evolução da oferta futura. A concentração da produção em um número relativamente baixo de grandes produtores é uma característica histórica da oferta. Um levantamento realizado pela CitrusBR a partir do cadastro dos produtores na safra 2009/2010 mostrou que cerca de 120 produtores, entre os quais se situam os pomares controlados diretamente pela indústria, possuem 78 milhões de árvores (650 mil por produtor), o que representa 47% da oferta. Um grupo seguinte de 1,5 mil produtores possui 52 milhões de árvores (35 mil por produtor) e respondem por 32% da oferta. Portanto, o grande universo de 11 mil produtores que possuem 35 milhões de árvores (3 mil por produtor) responde por apenas 21% da oferta. Esta característica ficou ainda mais clara no Inventário de Árvores realizado em 2015 pelo Fundecitrus em parceria com outras entidades. O inventário permitiu conhecer também as características da mudança geográfica da oferta em curso dentro do cinturão citrícola, a citada mudança marcante da oferta dos últimos anos que vai determinar a evolução da estrutura de custos e da produtividade na próxima década. A face mais destacada desta mudança é o retrato dos pomares na região Sudoeste do cinturão, em torno das cidades de Avaré e Itapetininga. A região é marcada pela maior média de área por propriedade, 194,3 hectares. O clima também é mais favorável à estabilidade da oferta, o que dispensa a irrigação que cobre somente 7% da área dos pomares (tabela 4). Os pomares da região são mais adensados e atingem 495 árvores por hectare, o que aparece tanto nos mais antigos, com idade de 10 anos ou mais, como nos novos pomares ainda em formação que atingem 692 árvores. Apesar do maior adensamento, a concentração de pomares com árvores entre 6 e 10 anos (com 534 árvores por hectare) mostra que a região ainda não atingiu o auge da produtividade, embora mesmo esta estrutura de pomares já eleve a produção de caixas por árvore a

16 4 caixas por hectare e supere a média do cinturão, tanto por conta do maior adensamento, como pela produção de 2,03 caixas por árvore (tabelas 4 e 5). Esta produtividade por hectare tende a crescer quando os pomares atingirem a plenitude. Essa diferença de produtividade vai se acentuar mais quando poma- Distribuição da área dos pomares de laranja por região Área de pomares laranja (hectares) Total (ha) Irrigados % Não irrigados % Número de propriedades Número Área média 1 a 2 anos Área de pomares por idade % 3 a 5 anos 6 a 10 anos Acima de 10 anos Abandonados (*) Densidade árvores/ha Norte % 48% ,15 8% 18% 40% 34% 1,4% 459 Triangulo Mineiro % 35% 10% 27% 44% 20% 0,7% 463 Bebedouro % 45% 8% 17% 36% 39% 1,7% 450 Altinópolis % 98% 1% 6% 55% 39% 1,1% 496 Noroeste % 68% ,39 6% 27% 44% 23% 3,5% 426 Votuporanga % 75% 6% 25% 50% 19% 3,9% 411 São José do Rio Preto % 62% 6% 29% 38% 27% 3,1% 443 Centro % 80% ,25 8% 14% 38% 39% 3,3% 427 Matão % 67% 10% 19% 32% 40% 2,6% 414 Duartina % 85% 8% 13% 46% 33% 3,0% 456 Brotas % 97% 7% 10% 30% 53% 5,6% 380 Sul % 86% ,83 5% 15% 31% 50% 1,2% 438 Porto Ferreira % 81% 6% 15% 28% 51% 0,9% 435 Limeira % 90% 4% 14% 33% 49% 1,6% 441 Sudoeste % 93% ,30 3% 9% 47% 40% 0,9% 495 Avaré % 91% 3% 7% 51% 39% 1,1% 492 Itapetininga % 99% 4% 18% 35% 43% 0,3% 503 Total % 75% ,74 6% 16% 39% 39% 2,1% 448 Fonte: Inventário de Árvores e Estimativa de Safra da Laranja do Cinturāo Citrícola de Sāo Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro Nota: (*) hectares abandonados sem definiçāo do cítrico res ainda mais adensados e hoje com idades entre 3 e 5 anos ou mais novos (1 a 2 anos) atingirem a maturidade na década de 2020 (tabela 5). A baixa proporção de áreas abandonadas (apenas 0,9%) mostra que esta nova região se mostrou até o momento menos suscetível a problemas fitossanitários, em particular a região de Itapetininga (tabela 4). Um processo semelhante de adensamento e aumento da produtividade acontece na região Sul do cinturão citrícola, em torno das cidades de Porto Ferreira e Limeira. A produtividade de caixas por árvore (1,72 caixas) também já é mais elevada que a média, apesar de a região também ser pouco irrigada (14% da área). A maior produtividade é explicada pela concentração de pomares na plenitude da produção por conta da idade acima de 10 anos. O adensamento nos pomares mais recentes, entre 3 e 5 anos e nos novos (661 árvores por hectare) também é significativo e garante o crescimento adicional da produtividade por hectare nos próximos anos até a década de 2020 (tabelas 4 e 5). A região Norte do cinturão, em torno de Bebedouro e no Triângulo mineiro, registra também uma produtividade elevada de caixas por hectare (744) que supera, inclusive, a região Sul. A produtividade elevada é atingida mesmo com pomares mais concentrados na faixa de 6 a 10 anos (40%) do que na região sul (50% acima de 10 anos), pois são mais adensados e irrigados (52% da área), o que também garante maior estabilidade na produção e menor influência do clima nesta região de alta produtividade (tabelas 4 e 5)

17 Da mesma forma que nas outras duas regiões, o adensamento em curso e a alta taxa de renovaçāo, especialmente na região de Bebedouro (13% dos pomares com 1 a 2 anos e 4% de replante, veja a tabela 5), irão elevar a produtividade por hectare para patamares acima da região Sul e mais próximos da região Sudoeste, pois a produtividade de frutos por árvore cresce quando os pomares amadurecerem. Uma característica das regiões Sul e Norte é o tamanho médio de propriedade se situar numa área entre 5 a 6 vezes menor do que a região Sudoeste (tipicamente 34 a 37 hectares), o que confirma a tese de que a produtividade e o maior adensamento de pomares menores são sempre possíveis, independentemente do tamanho da propriedade. O Censo de 2006 mostrou também que a produtividade não é necessariamente correlacionada com o tamanho das propriedades. Por fim, as mudanças na oferta futura de laranja para processamento industrial se completam com a menção das tendências nas duas regiões de menor produtividade do cinturão, a região denominada Centro e o Noroeste. O Centro é a região de maior área plantada e maior número de árvores, mas possui o adensamento mais baixo e o maior índice de abandono de áreas (3,3%), o que mostra como essa região tradicional na produção de laranja sofreu com questões fitossanitárias. Por outro lado, os índices de renovação pela constituição de novos pomares e replante de árvores são os mais altos do cinturão no momento (14% e 4%) e o adensamento dos novos pomares se encontra na média do cinturão (631 árvores 5 por hectare). A produtividade é mais baixa (567 caixas por hectare), mas tende a crescer quando os pomares novos e adensados entrarem no auge da fase produtiva daqui a uma década, o que complementa a tendência de expansão consistente da oferta de laranja no cinturão ci- 3 a 5 anos Distribuição das árvores e adensamento por região Árvores produtivas 6 a 10 acima 10 anos Total 3 a 5 anos Densidade dos pomares árvores/ha 6 a 10 anos acima 10 anos novos Renovação de árvores 1 a 2 anos Replante Estimativa safra 2015/2016 Frutos* Cx/ árvore Norte % 4% 523 1, Triangulo Mineiro % 2% Bebedouro % 4% Altinópolis % 5% Noroeste % 2% 310 0, Votuporanga % 2% São José do Rio Preto % 2% Centro % 4% 431 1, Matão % 5% Duartina % 4% Brotas % 5% Sul % 5% 534 1, Porto Ferreira % 5% Limeira % 5% Sudoeste % 3% 630 2, Avaré % 4% Itapetininga % 1% Total % 4% 498 1,6 691 Produtividade frutos * Cx/ ha 32 Fonte: Inventário de Árvores e Estimativa de Safra da Laranja do Cinturāo Citrícola de Sāo Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro Nota: * Frutos por árvore na Derriça 33

18 trícola de São Paulo e Triângulo mineiro (tabelas 4 e 5). A região Noroeste, por sua vez, enfrenta o maior desafio dentro do cinturão. As propriedades são as de menor área média (19 hectares), o adensamento é o mais baixo (426 árvores por hectare) e, apesar dos índices de irrigação acima da média, a produtividade de 0,99 caixa por árvore é a mais baixa de todas. Como possível consequência da menor produtividade, o índice de renovação dos pomares não é elevado e mesmo o adensamento nos novos pomares (540 árvores por hectare) não iguala o adensamento dos pomares de 3 a 5 anos de outras regiões. Como resultado, a produtividade por hectare da região é menos da metade da produtividade da região Sudoeste, embora parte da explicação esteja na idade média mais baixa dos pomares, pois 33% dos pomares possuem menos de 5 anos. Em suma, o inventário de árvores confirmou a coexistência de tecnologias distintas nas diferentes regiões, diferenças que refletem a idade dos pomares e o adensamento típico vigente em cada época, assim como as práticas produtivas correntes de acordo com as características de cada região. De forma geral, existe um ganho de produtividade contratado para os próximos anos, quando pomares mais adensados entrarem em operação. As diferenças de custos por características de árvores por hectare, irrigação e outros aspectos da tecnologia, ou ligados à produção, colheita e transporte, tornam difícil uma estimativa única de custos, mas o período de baixa rentabilidade induziu a busca de custos mais baixos por intermédio do aumento da produtividade de caixas por hectare nos pomares mais novos. O adensamento dos pomares, aumento da produtividade e redução do custo de produção da laranja são tendências inexoráveis da oferta no cinturão citrícola do Brasil que tendem a forçar novamente o preço internacional do suco de laranja para baixo em um horizonte que não muito distante. Os pomares com produtividade bem abaixo da média irão apresentar neste horizonte dificuldades de se compatibilizar com o custo médio da citricultura reorganizada dentro do cinturão citrícola brasileiro

19 O equilíbrio do mercado e o preço do suco de laranja nos Estados Unidos C omo citado no início, Brasil e Estados Unidos possuem influência determinante no preço internacional. As duas regiões não apenas são as mais importantes na produção de suco, como concentram também os estoques do produto, que determinam as condições da oferta. Existem dois preços relevantes para o mercado mundial: o preço na bolsa ICE em Nova York e o preço no mercado europeu. Embora o grande mercado de exportação do Brasil seja a Europa, o preço na bolsa de Nova York é a referência mais importante para o mercado, pois o preço europeu não é divulgado de forma pública, o que torna a evolução da cotação em Nova York o dado mais utilizado nas análises do setor. O preço na Europa, mais relevante para os exportadores brasileiros, costuma se descolar do preço de Nova York quando o euro se enfraquece, pois os importadores europeus exigem desconto dos exportadores brasileiros. O histórico destes descontos nāo é uma informação disponível e recuperável para uma análise mais detalhada, pois se refere a contratos entre partes e nāo a uma cotação em bolsa como o preço em Nova York. O gráfico 8 adiante mostra como o volume do estoque de passagem, comparado ao volume produzido anualmente, interfere na evolução do preço que regula o mercado mundial de suco de laranja. Três movimentos podem ser vistos no gráfico. O primeiro é visível para o período entre 1997 e 2004, quando os estoques estimados pelo USDA eram superiores a 30% da produção mundial. O preço referência para os Estados Unidos e para o mercado global registrou queda contínua de aproximadamente US$ 2,00 a libra para US$ 0,80, ambos corrigidos pela inflação do dólar. Posteriormente, entre as safras 2004/2005 e 2005/2006, quando o estoque recuou rapidamente, o preço corrigido pela inflação americana registrou alta 36 37

20 8 64% 56% 48% 40% 32% 24% 16% 8% 0% de 230% em apenas 18 meses devido à queda da produção na Flórida em virtude de uma sequência de furacões. O segundo é o recuo do preço em 2012 em reação a alta dos estoques acima de 40% da produção. O preço em Nova York recuou de um patamar em torno de US$ 1,90 a libra para US$ 1,20 e voltou a subir de forma apenas gradual quando os estoques passaram a decrescer continuamente ao longo dos últimos quatro anos. O terceiro movimento visível no gráfico 8 é a redução do estoque de passagem acontecer inicialmente no Brasil para, somente num segundo momento, acontecer também nos Estados Unidos, embora o movimento visível em 2004 não inclua o estoque de suco de laranja em trânsito e no exterior coletado pela CitrusBR desde Como citado na seção sobre o mercado mundial, o nível da produção de suco de laranja registrado na safra 2014/2015 foi baixo o Estoque de passagem (% produçāo mundial) e preço do suco em NY a preços atuais ESTOQUE ESTADOS UNIDOS ESTOQUE BRASILEIRO NO EXTERIOR ESTOQUE BRASIL ESTOQUE UNIÃO EUROPEIA E DEMAIS PREÇO SUCO US$ 1 º FUTURO NY (AJ. IPC EUA) suficiente para uma redução acelerada do volume de estoques. Uma vez que se repita outra safra em 2015/2016 com a produção novamente abaixo do consumo mundial, o estoque de passagem deve recuar adicionalmente no Brasil, (cerca de 40%, segundo pesquisa feita junto aos associados da CitrusBR), como também nos Estados Unidos, onde está o volume remanescente. Caso se confirme outro recuo significativo do estoque de passagem, as condições do mercado estarão novamente propícias para uma recuperação do preço internacional. A cotação atual de US$ 1,30 a libra-peso encontra-se 5% abaixo da média de US$ 1,365 nos últimos 20 anos, quando se corrige a cotação do primeiro futuro do preço do suco de laranja na ICE pela inflação americana. Caso a produção mundial de laranjas não registre um excesso de oferta nos próximos anos, sendo que a estimativa atual é de produção ainda menor no curto prazo devido a redução da oferta nos Estados Unidos na safra 2015/2016, o preço internacional referenciado pela bolsa de Nova York vai encontrar condições adequadas para se manter onde está. A recuperação do preço internacional numa situação de taxa de câmbio mais favorável a exportação do Brasil forma o que se parece com uma janela de oportunidade para o setor. Porém, alguns aspectos do mercado podem tornar a fechá-la dentro de alguns anos. Como já comentado, o mais relevante deles é justamente a perspectiva de oferta crescente de laranja para processamento industrial no Brasil por conta da citada mudança na oferta das regiões do estado de São Paulo. As regiões Sudoeste, Sul e Norte apresentaram adensamento significativo nos pomares novos e já registram níveis elevados de produtividade que devem crescer a patamares inéditos nos próximos anos. A recuperação da oferta brasileira nos próximos anos numa situação em que o mercado internacional ainda diminui de tamanho funciona como uma restrição à extensão desta janela de oportunidade. Fonte: ICE, USDA, BLS, CitrusBR Elaboraçāo MB Associados 38 Nota: a fonte do estoque de passagem para o Brasil a partir da safra 2009/2010 é Citrus BR 39

21 Mudanças na oferta e custos de produção no Brasil A estrutura de custos no Brasil, nos Estados Unidos e nos demais países produtores é um aspecto chave na rentabilidade e expansão a longo prazo do setor. Variações nos custos de produção alteram a dinâmica da oferta e, por decorrência do preço de equilíbrio do mercado. Um aumento no custo de produção que seja repassado ao preço simplesmente diminui o consumo e obriga uma redução de oferta, ou, caso o aumento de custos não seja repassado, deprime a remuneração do produtor até diminuir a oferta nas safras seguintes, exatamente o processo registrado nas últimas safras no Brasil, embora menos acentuado do que nos Estados Unidos. Um estudo do professor Marcos Fava Neves mostrou que a comparação do aumento nos custos de produção na Flórida e em São Paulo entre as safras 2002/2003 e 2008/2009 ilustra bem a questão. O custo estimado por caixa cresceu 96% na Flórida, medido em dólares, e 71% no Brasil, medido em reais, elevações que favoreceriam o Brasil neste período estendido. Ocorre que o custo de produção no Brasil precisa ser considerado na mesma moeda que a cotação internacional do suco de laranja, uma vez que 98% da produção de suco de laranja no Brasil é exportada. O fortalecimento da moeda brasileira em relação ao dólar (e ao euro) fez com que os custos de produção no Brasil, medidos em dólar, crescessem 180%. Neste ponto entra a importância da desvalorização do real em relação ao dólar e ao euro para estabelecer uma nova perspectiva de rentabilidade para a citricultura no Brasil

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