Professora Gisele Masson Professora Patrícia Marcoccia PPGE - UEPG
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- Vítor Caiado de Escobar
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1 Professora Gisele Masson Professora Patrícia Marcoccia PPGE - UEPG
2 Filósofo inglês, ideólogo do liberalismo e um dos principais teóricos contratualistas. Difundiu a noção de tábula rasa: a mente humana era entendida como uma folha em branco que era preenchida com a experiência. Médico e secretário de Lord Ashley, entra em contato com o médico Thomas Sydenham e colabora com as suas pesquisas. Sydenham rejeita toda metafísica a priori das causas primeiras.
3 Locke substitui teoremas, axiomas e princípios fundamentais pela análise dos dados da experiência sensível. Desenvolve uma nova forma de empirismo que será Desenvolve uma nova forma de empirismo que será apresentada na obra Ensaio sobre o entendimento humano (1690): quatro livros que versam sobre a inexistência de ideias inatas. Descreve os dados a partir dos quais o espírito constrói o conhecimento, explicitando a maneira como se opera com os dados.
4 Livro Ensaio: crítica das metafísicas. O que é é. Da crítica das ideias inatas para a análise histórica das ideias. [...] a capacidade é inata, mas o conhecimento adquirido. Rejeita hipóteses, e defende que todas as ideias provêm de duas fontes: a sensação e a reflexão. Ideias de sensação: função da consciência que permite captar impressões provenientes do mundo exterior. Ideias de reflexão: ato pelo qual o espírito conhece suas próprias operações. Classificava as ideias de simples e complexas.
5 Ideia simples: impõe-se à consciência na experiência sensível, matéria primeira do conhecimento (cor, sabor, odor, forma, solidez, mobilidade). Ideia complexa: reunião e correlação de ideias. Além da relação entre as ideias era necessário a relação delas com as coisas às quais se referiam. A ideia estabelecia a relação entre o mundo real e o conhecimento. Para ele, o homem não conhece tudo o que existe nos objetos, mas apenas o que os sentidos permitem. O conhecimento científico é reduzido ao conhecimento dos fenômenos.
6 É a partir da experiência de si e de todas as realidades sensíveis que o espírito concebe a necessidade da existência de uma causa produtora originária, existindo desde toda a eternidade (descobre, pela razão, a existência de Deus). Na obra Segundo tratado sobre o governo, Locke defende a noção de direitos naturais: liberdade, igualdade, propriedade (precursor do liberalismo). O trabalho é considerado como direito, contribuindo para fundamentar os ideais da Revolução Francesa. Entende que o povo pode destituir os seus governantes quando estes agem fora da ordem moral instituída pelo contrato. Neste caso, o povo assume o poder moral de executar a lei da natureza.
7 Considera que é necessário sinais para a comunicação de nossos pensamentos para outras pessoas, assim como para registrá-los para o nosso próprio uso. Destaca a linguagem como instrumento do conhecimento objetivo. Preocupa-se com o estudo do vocábulo. Assinala que o sentido das palavras se torna relativo às ideias em correlação com os sinais linguísticos, destacando que as palavras podem se tornar fontes de erros (semiótica).
8 Quatro livros, subdividido em diversos capítulos. Livro I defende a tese de que não há princípios inatos na mente. Livro II discute a ideia como objeto do pensar e que todas as ideias provém de sensações e reflexões. Esse livro trata da origem das ideias, as quais podem ser simples e complexas, essa última, quanto ao número, infinito, potência, modos, substância, relações, diversidade, identidade, ideias claras e obscuras, confusas, distintas, fantásticas, reais, adequadas, inadequadas, verdadeiras e falsas.
9 Livro III Trata das palavras, do significado, nome de ideias simples, de substâncias, de temos abstratos e concretos, da imperfeição das palavras e do seu abuso e por fim dos remédios para as imperfeições e abusos. Livro IV é dedicado ao conhecimento: graus, extensão, realidade do conhecimento, da verdade, proposições universais, máximas, proposições redundantes, nosso conhecimento acerca da existência em si, de Deus e das outras coisas, juízo, probabilidade, graus de assentimento, razão, fé e a divisão das ciências.
10 ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 3. ed. São Paulo: EDUC, CHÂTELET, F. (Org.). História da filosofia: ideias, doutrinas. O Iluminismo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
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