AES Tietê atinge R$ 210 milhões de lucro em 9 meses

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1 Resultados do 3 o Trimestre de T04 R$ 69,7 lucro líquido R$ 200,9 81,1% Margem 2,4% de redução da dívida líquida AES Tietê atinge R$ 210 lucro em 9 meses São Paulo, 11 de novembro de 2004 A AES Tietê S.A. (Bovespa: GETI3 e GETI4; OTC: CDEEY e CDOY), anunciou ontem os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2004 (3T04). As informações operacionais e financeiras da Companhia, exceto onde estiver indicado de outra forma, são apresentadas com base em números consolidados e em reais, conforme a Legislação Societária. Todas as comparações realizadas neste comunicado levam em consideração o terceiro trimestre de 2003 (3T03), exceto quando especificado em contrário. A AES Tietê é uma das mais eficientes geradoras de energia elétrica do Brasil, comprometida em gerar energia de forma limpa, confiável e segura. Com parque composto por dez usinas hidrelétricas, nas regiões central e noroeste do Estado de São Paulo, possui capacidade instalada de megawatts (MW), que correspondem a 19% da energia gerada no estado, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento. Chegamos ao final de setembro com um lucro líquido acumulado nos nove primeiros meses de 2004 de R$ 210 milhões, resultado 65% acima do obtido no mesmo período do ano anterior. O desempenho da AES Tietê reflete especialmente a estabilidade operacional, fruto da prioridade dada à manutenção e ao treinamento de pessoal, e à firme gestão de custos e despesas. Em comparação ao 3T03, registramos uma elevação na receita líquida de 16%, principalmente impulsionada pelo término de parte dos Contratos Iniciais herdados na privatização e pela contratação dessa energia por meio de contrato bilateral, com melhor remuneração para a Empresa. A geração de caixa operacional () foi de R$ 201 milhões, 23% superior ao ao mesmo período do ano passado e em linha com o 2T04, com margem de 81% sobre a receita líquida. HIGHLIGHTS DO TRIMESTRE R$ milhões 3T04 3T03 Var (%) 9M04 9M03 Var (%) 9M04 R$ 209,9 lucro líquido Receita Bruta 257,6 223,9 15,1% 770,1 585,7 31,5% Receita Líquida 247,6 213,7 15,9% 740,9 561,4 32,0% Desp. Operc. 62,6 66,3-5,6% 200,7 166,5 20,5% 200,9 163,9 22,6% 587,8 442,7 32,8% % 81,1% 76,7% - 79,3% 78,9% - Lucro Líquido 69,7 72,1-3,3% 209,9 127,5 64,60% Margem Líq. % 28,2% 33,7% - 28,3% 22,70% - Patrim. Líq. 587,0 584,0 0,5% ,50% Dívida líquida 1.040, ,00-2,4% 1.040, ,00-2,40% R$ 587,8 79,3% Margem ÚLTIMA COTAÇÃO (10/11/04): GETI3=R$ 30,50 GETI4=R$ 29,70 QUANTIDADE DE AÇÕES: VALOR DE MERCADO: R$ milhões US$ 1,000 bilhão CONTATO: Juliana R. Penna De Zagottis Gerente de Relações com Investidores Tel: (11) juliana.penna@aes.com Página 1 de 7

2 Resultados do 3º Trimestre de 2004 DESEMPENHO OPERACIONAL A AES Tietê possui toda a sua energia assegurada contratada no longo prazo. Em dezembro de 2000, a AES Tietê assinou um contrato bilateral de compra e venda de energia com a AES Eletropaulo ( Bovespa: ELP4), por um período de 15 anos. Esse contrato bilateral prevê a contratação de toda energia que periodicamente é descontratada pelos contratos iniciais, conforme previsto nas regras da privatização. Dessa forma, desde 2003, a cada mês de janeiro, 25% da energia gerada é contratada pelo contrato bilateral até que, em 2006, toda a energia assegurada da AES Tietê será vendida sob esse contrato. Portfólio de Contratos 100% 75% 50% 25% 0% Piratininga Nacional Bragantina Bandeirante Elektro CPFL Eletropaulo - CI Eletropaulo - CB Reajuste de Tarifas Três contratos de compra e venda de energia elétrica tiveram seus preços reajustados ao longo do trimestre: Julho: - Contrato Bilateral com a AES Eletropaulo: 9,61%. Nova tarifa: R$117,59 / MWh - Contrato Inicial com a AES Eletropaulo: 6,99%. Nova tarifa: R$69,62/ MWh Agosto: - Contrato Inicial com Elektro: 7,95%. Nova tarifa: R$58,59/ MWh Os Contratos Iniciais são reajustado pela fórmula abaixo, estabelecida no contrato de concessão: Índice de Reajuste Tarifário = VPA + VPB x IGP-M Receita O Contrato Bilateral é reajustado anualmente, em julho, com base na variação do IGP-M. Reservatórios É muito baixo o risco de déficit de energia elétrica projetado para todos os submercados em curto e médio prazos. Na figura ao lado são apresentados os níveis de armazenagem de energia verificados nos últimos cinco anos em cada região do país e a projeção do risco de déficit de geração: 30,80 20,60 51,26 50,19 65,60 Energia Armazenada - % 85,70 76,95 79,44 33,61 61,70 39,40 12,40 39,22 27,78 73,90 45,40 38,19 28,84 46,97 54,30 Sudeste Sul Nordeste Norte Fonte: ONS Pág. 2 de 7

3 DESEMPENHO ECONÔMICO - FINANCEIRO Resultados do 3º Trimestre de 2004 Receita Líquida A AES Tietê registrou receita líquida de R$ 247,6 milhões no trimestre, 15,9% superior à obtida no 3T03. Esse aumento é resultado especialmente de dois fatores: a substituição, em janeiro, de mais 25% da energia vendida por contratos iniciais por um contrato bilateral; e o reajuste tarifário dos contratos ocorrido até setembro. Custos R$ mil 3T04 3T03 Var (%) 9M04 9M03 Var (%) Pessoal ,4% ,5% Material ,0% ,3% Serviços de Terceiros ,0% ,7% Comp. Financ. Utiliz. Rec.Híd ,0% ,2% Energia Comprada para Revenda ,6% ,5% Depreciação e Amortização ,2% ,2% Provisões Operacionais ,0% ,7% Result. Equiv. Patrimonial ,0% ,0% Outras Despesas ,5% ,8% Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos ,8% ,3% O custo de bens e serviços totalizou R$ 200,7 milhões no período de nove meses, representando um aumento de 20,3% em relação ao mesmo período de Comparando os custos incorridos no 3T04 com os do mesmo período de 2003, constata-se uma redução de 5,8%. As principais alterações se deram nas seguintes contas: Pessoal: implementação das negociações sindicais de dissídio salarial (4,7% de reajuste e bônus) e reajustes anuais de benefícios, tais como plano de saúde e vale-refeição; Serviços de terceiros: manutenção de equipamentos de geração, transmissão, eclusas e, consultoria ambiental. Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos: reajuste do pagamento; Energia comprada para revenda: - aumento dos encargos de uso da rede elétrica (CUST), principalmente em decorrência do maior volume de energia vendida pelo contrato bilateral; - custo da energia de Itaipu, que está sendo provisionado até que haja decisão do processo judicial; - custo de energia comprada da Duke Energy para suprir a energia a ser vendida sob contratos iniciais (contrato de curto prazo para reposição da energia não comprada de Itaipu). Outras despesas: - despesas com hidrovias; - reajuste da Taxa de Uso do Bem Público; O aumento registrado na receita superou a evolução dos custos operacionais, propiciando ganho do de 22,6% se comparado entre trimestres e de 32,8% confrontando o período de nove meses. As margens verificadas foram de 81,1% no 3T04 e 76,7% no 3T03. Considerando-se o período de janeiro a setembro, a margem passou de 78,9% em 2003 para 79,3% em Pág. 3 de 7

4 Resultados do 3º Trimestre de 2004 Despesa Financeira Líquida A principal dívida da Companhia, com a Eletrobrás, é corrigida pelo IGP-M. Dessa forma, a despesa financeira contabilizada acompanha a variação mensal do índice, ainda que a dívida seja efetivamente reajustada anualmente. Observando-se a despesa financeira líquida acumulada nos nove primeiros meses do ano, houve um aumento de 10,0%, de R$ 201,0 milhões em 2003 para R$ 221,0 milhões em Apesar do aumento de 43% na correção monetária, de R$ 101,5 milhões em 2003 para R$ 145,2 milhões em 2004, a despesa financeira permaneceu praticamente inalterada. Por outro lado, devido à maior disponibilidade de caixa, a receita financeira teve um crescimento de 119,6%, passando de R$ 18,1 milhões em 2003 para R$ 39,7 milhões em Lucro Líquido O lucro líquido apurado no trimestre foi de R$ 69,7 milhões (R$ 72,1 milhões no 3T03). O lucro acumulado no ano apresentou aumento de 64,6%, de R$ 127,55 milhões em 2003 para R$ 209,9 milhões em 2004, refletindo o incremento na receita. INVESTIMENTOS (CAPEX) O investimento acumulado até setembro, de R$ 13,2 milhões, foi destinado, principalmente, à modernização de equipamentos utilizados nas usinas e melhoramento de hidrovias. Os investimentos realizados nos nove primeiros meses do ano representam 51,2% do valor total de R$ 25,8 milhões programado para o ano de MERCADO DE CAPITAIS As ações ordinárias da AES Tietê (GETI3) tiveram valorização de 44,4% e as preferenciais (GETI4) de 42,8% no 3T04, enquanto o Índice Bovespa subiu 9,9% no trimestre. No período de janeiro a setembro de 2004, a variação de GETI3 foi de 84,9% e de GETI4, de 153,0%, ante uma alta de 4,5% do Ibovespa. No caso das ações ordinárias, as mais líquidas na Bovespa dentre os papéis emitidos pela Companhia, foram registrados 352 negócios no trimestre, envolvendo aproximadamente 2,2 bilhões de ações. A média diária negociada foi de R$ 959 mil, o que representa aumento de 128,9% em relação ao volume negociado durante o 3T03. As ações ordinárias da AES Tietê foram negociadas em 100% dos pregões da Bovespa Desempenho da Ação ON GETI3 Volume Médio Diário do 3T04 (R$ mil) 959 Volume Médio Diário do 3T04 (Quant. mil) Cotação de Fechamento - Set/04 31,00 Cotação de Fechamento - Jun/04 21,50 Cotação de Fechamento - Mar/04 19,60 Cotação de Fechamento - Dez/03 16,80 Cotação de Fechamento - Set/03 16,34 Rentabilidade da Ação - 3T04 44,4% Rentabilidade da Ação - Jan-Set/04 84,9% Rentabilidade da Ação - 12 meses 90,2% Rentabilidade do Ibovespa - 3T04 9,9% Rentabilidade do Ibovespa - Jan -Set/04 4,5% Rentabilidade do Ibovespa - 12 meses 45,2% AES TIETÊ ON vs IBOVESPA (Base 100 = 01/10/03) 1/10/03 12/11/03 24/12/03 4/2/04 17/3/04 28/4/04 9/6/04 21/7/04 1/9/04 13/10/04 GETI 3 IBOVESPA Pág. 4 de 7

5 Pagamento de remuneração aos acionistas Resultados do 3º Trimestre de 2004 Em Reunião do Conselho de Administração em 10/11/04, foi aprovada a distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio no valor total de R$ 132,8 milhões, referente ao lucro líquido remanescente do 1 o semestre de 2004 e ao lucro líquido apurado no 3 o trimestre. OUTROS DESTAQUES Até janeiro de 2003, a AES Tietê comprava uma média mensal de 36 MW médios de energia de Itaipu para suprir algumas distribuidoras. Essa compra não se caracterizava como repasse de energia de Itaipu, o que obrigava a Companhia a efetuar a compra com preço estipulado em dólares norte-americanos e a venda com as tarifas vigentes nos contratos iniciais, fixadas em reais. Conseqüentemente, a operação acabava por gerar um prejuízo mensal de aproximadamente R$ 570 mil. Em 23 de janeiro de 2003, a AES Tietê obteve uma liminar assegurando o direito de não comprar energia de Itaipu. Essa liminar foi cassada em 26 de setembro de 2003 e restabelecida em 30 de setembro de Em 1 o. de outubro de 2004, o Superior Tribunal de Justiça suspendeu a liminar.. Em 5 de outubro de 2004, a Companhia protocolou um agravo regimental no Superior Tribunal de Justiça, contestando a decisão do órgão de suspender a liminar que a desobrigava de comprar energia elétrica produzida pela Itaipu Binancional. Considerando-se que ainda não há decisão definitiva do processo, a Companhia decidiu manter o saldo dessa provisão em suas demonstrações, conforme vem sendo efetuado desde Declarações contidas neste comunicado, relativas às perspectivas dos negócios, projeções de resultados operacionais e financeiros, e referências ao potencial de crescimento da Companhia, constituem meras previsões e foram baseadas nas expectativas da Administração em relação ao seu desempenho futuro. Essas expectativas são altamente dependentes do comportamento do mercado, da situação econômica do Brasil, da indústria e dos mercados internacionais e, portanto, estão sujeitas a mudanças. Pág. 5 de 7

6 Resultados do 3º Trimestre de 2004 ANEXO I DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (Controladora) Jan. a Set. Trimeste R$ mil T04 3T03 RECEITA BRUTA DE VENDAS E/OU SERVIÇOS Suprimento e transporte de energia Outras receitas DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (29.175) (24.073) (10.013) (10.232) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E/OU SERVIÇOS CUSTO DE BENS E/OU SERVIÇOS VENDIDOS ( ) ( ) (62.615) (66.324) Pessoal (20.302) (16.852) (7.052) (6.447) Material (1.352) (1.143) (459) (516) Serviços de terceiros (15.115) (12.024) (5.027) (4.699) Compensação financeira para utilização de recursos hídricos (27.005) (24.731) (9.029) (7.918) Energia elétrica comprada para revenda (64.000) (42.807) (16.474) (23.076) Depreciação e amortização (47.638) (48.201) (15.901) (16.094) Provisões operacionais (4.681) (2.236) Outras despesas (25.338) (16.094) (8.673) (5.338) RESULTADO BRUTO DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS ( ) ( ) (79.282) (37.557) COM VENDAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS FINANCEIRAS ( ) ( ) (78.655) (37.403) Receitas financeiras Despesas financeiras ( ) ( ) (84.517) (39.630) Despesas financeiras ( ) ( ) (38.987) (22.910) Variações monetárias/cambiais, líquidas ( ) ( ) (45.530) (16.720) RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (903) (352) (627) (154) RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL Receitas Despesas (26) (5) (26) RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO/PARTICIPAÇÕES PROVISÃO PARA IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (69.201) (22.769) (23.193) (11.440) Contribuição social (18.274) (6.888) (6.103) (3.569) Imposto de renda (50.927) (15.881) (17.090) (7.871) IR DIFERIDO (39.101) (43.560) (12.860) (26.279) IR Diferido (28.824) (32.890) (9.526) (19.863) Contribuição social diferida (10.277) (10.670) (3.334) (6.416) LUCRO/PREJUÍZO NO PERÍODO Pág. 6 de 7

7 ANEXO II BALANÇO PATRIMONIAL Resultados do 3º Trimestre de 2004 ATIVO 30/9/ /6/2004 PASSIVO 30/9/ /6/2004 ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE DISPONIBILIDADES EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Caixa e bancos Empréstimos e financiamentos Aplicações financeiras Encargos de dívidas CRÉDITOS DEBÊNTURES Revendedores FORNECEDORES Contas a receber de partes relacionadas IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES ESTOQUES DIVIDENDOS A PAGAR OUTROS PROVISÕES Tributos e contribuições sociais Salários e encargos Tributos a recuperar Obrigações estimadas Outros créditos Provisão para litígios e contingências Despesas pagas antecipadamente DÍVIDAS COM PESSOAS LIGADAS ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO OUTROS CRÉDITOS DIVERSOS Obrigações com a Fundação CESP Tributos e contribuições sociais diferidos Encargos do consumidor a recolher Tributos a recuperar Outros Revendedores PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Cauções e depósitos vinculados EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Outros créditos Obrigações com a Fundação CESP CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS Empréstimos e financiamentos Com coligadas DEBÊNTURES Com controladas PROVISÕES Com outras pessoas ligadas Provisões para contingências OUTROS Empréstimos e financiamentos ATIVO PERMANENTE DÍVIDAS COM PESSOAS LIGADAS INVESTIMENTOS OUTROS Participações em coligadas Fornecedores Participações em controladas Outros Outros investimentos RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO DIFERIDO CAPITAL SOCIAL REALIZADO RESERVAS DE CAPITAL Doações e subvenções para investimentos - CRC Doações e subvenções para investimentos - CMC Remuneração do Imobilizado em curso Reserva especial de ágio RESERVAS DE REAVALIAÇÃO De ativos próprios Controladas/coligadas RESERVAS DE LUCRO LUCROS (PREJUÍZOS) ACUMULADO Pág. 7 de 7