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1 -AÇÃO (CRIME COMISSIVO): Está descrito em tipos proibitivos, isto é, tipos através dos quais o direito penal protege bens jurídicos proibindo algumas condutas desvaliosas. O agente pratica o crime infringindo o tipo proibitivo. -OMISSÃO (CRIME OMISSIVO): o crime omissivo está previsto em tipos mandamentais, isto é, tipos através dos quais o direito penal protege bens jurídicos determinando a realização de condutas valiosas. O agente deixa de agir com o que determinado pela norma. É situação absolutamente oposta a anterior. - A norma mandamental pode decorrer: a- DO PRÓPRIO TIPO PENAL: são tipos penais que tem a expressão deixar de OMISSIVO PRÓPRIO. Ex: omissão de socorro. b- DE UMA CLÁUSULA GERAL: (art.13, 2º, CP). CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO OU COMISSIVO POR OMISSÃO. 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. CRIME OMISSIVO PRÓPRIO CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO 1-Dever genérico de agir; (recai sobre todos). 2- Existe subsunção DIRETA FATO / NORMA. O dever de agir deriva da própria norma fundamental. A omissão está descrita no tipo penal incriminador. 1- Dever genérico de evitar o resultado (dever específico - recai sobre pessoa especial garantidor) 2- Existe subsunção INDIRETA. O dever de agir deriva de cláusula geral. O art.13, 2º, CP. A sua omissão não está escrita no tipo. Como tinha dever de evitar, vai responder como se tivesse praticado por tipo COMISSIVO. 3- Não admite tentativa. 3- Admite tentativa. No crime omissivo impróprio vai responder como se tivesse provocado o resultado. 4- Natureza Jurídica: Ausência de ação esperada. 4- Natureza Jurídica: uma realidade onde falta a causalidade. O agente responde penalmente porque não evita resultado que estava obrigado evitar. (NEXO NORMATIVO - NEXO DE EVITAÇÃO) - CRIME DE CONDUTA MISTA: é um crime que reúne as duas espécies de comportamento. Ação e omissão. Ex: Apropriação de coisa achada - Art.169, único, II. Além de ser conduta mista, só se consuma depois de prazo de 15 dias. CRIME A PRAZO e Art A: apropriação indébita previdenciária. (deixar de repassar as contribuições recolhidas) RESULTADO: -Resultado Naturalístico: da conduta do agente resulta alteração física no mundo exterior. Ex: a morte no homicídio, a diminuição patrimonial nos crimes contra o patrimônio, etc.

2 -Resultado Normativo-Jurídico: da conduta do agente resulta lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. -CLASSIFICAÇÃO DO CRIME QUANTO AO RESULTADO: -Crime Material: o tipo penal descreve: Conduta + Resultado. Resultado é indispensável para consumação. Ex: art.121, 213, CP. -Crime Formal: o tipo penal descreve: Conduta + Resultado. Resultado é dispensável para a consumação. Crime de Consumação Antecipada. Consumação é antecipada para momento da conduta. O resultado é mero exaurimento. Art.158, CP. (Súmula 96, STJ). O juiz considera o exaurimento na fixação da penal. Súmula 96, STJ: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida. -Crime de Mera Conduta: o tipo penal descreve: Conduta. Não há resultado descrito no tipo. Ex: violação domicílio. - Nem todos os crimes tem resultado naturalístico, mas todos tem resultado normativo ou jurídico. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE É o nexo causal, vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado, como fato, decorreu da ação e se pode ser atribuído, objetivamente, ao sujeito ativo, inserindo-se na sua esfera de autoria. - A relação de causalidade é requisito essencial do fato típico? 1ª corrente: só seria essencial nos crimes materiais, em face do art.13, CP. 2ª corrente: material ou não material é necessário nexo causal (baseado no resultado normativo ou jurídico). A teoria faz nova leitura do art.13, CP. O art.13, caput adotou a CAUSALIDADE SIMPLES, generalizando as condições, é dizer, todas as causas concorrentes se põem no mesmo nível de importância, equivalendo-se em seu valor. É a TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS ou SINE QUA NON. (faz redução pelo método hipótetico de Týren). (EAC: pega o resultado e desdobra, analisando todos os comportamentos pretéritos dizendo qual deles foi imprescindível ao resultado). Mas vai chegar ao infinito. -Teoria da Eliminação Hipótetica: no campo mental da suposição e da cogitação, o aplicador deve proceder à eliminação da conduta do sujeito ativo, para concluir pela persistência ou pelo desaparecimento do resultado. Persistindo o resultado, não é causa; desaparecendo o resultado, é causa. Mas do jeito que está a teoria da equivalência pode levar a causa ao infinito: é exatamente contra o regresso infinito que se insurge a Teoria da Imputação Objetiva. Para ser causa basta o nexo físico, mas não significa que você é responsável pelo resultado. Para ser considerado juridicamente causador exige-se dolo ou culpa. A causa regressa ao infinito, mas a responsabilidade encontra limites. Assim, a teoria não quer limites apenas à responsabilidade e sim limites para a causa. É importante limitar a causa até para efeito moral. CAUSALIDADE SIMPLES TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA - Causa: Nexo Físico. -Causa: Nexo Físico + NEXO NORMATIVO: Criação ou Incremento de um Risco NÃO Permitido + Realização do Risco no Resultado + Resultado dentro do alcance do TIPO ou do sentido da norma (perigo não tolerado pela sociedade) (1º filtro ao Regresso ao Infinito da Eliminação Hipotética) -Causalidade Psíquica: Dolo-Culpa (único filtro ao Regresso ao Infinito da Eliminação Hipotética) -Causalidade Psíquica: Dolo-Culpa (2º filtro ao Regresso ao Infinito da Eliminação Hipotética) -Insurgindo-se contra o regresso infinito decorrente da causalidade simples, a Teoria da Imputação Objetiva enriquece a relação de causalidade, acrescentando o nexo normativo composto de:

3 a) Criação ou Incremento de Risco Não Permitido (não tolerado pela sociedade); b) Exigência de que o Resultado esteja na linha de desdobramento causal normal da conduta. c) Resultado dentro do sentido de Proteção da Norma. Para parcela da doutrina, a imputação objetiva consiste em um corretivo do nexo causal (um limite, um novo filtro antes de se chegar a responsabilidade). Para LFG a CIRNP deve ser analisado na TIPICIDADE MATERIAL. É um corretivo da tipicidade. Obs.: não há possibilidade de imputação se o autor modifica um curso causal de modo que o perigo já existente para a vítima seja diminuído, melhorando a situação do objeto da ação (diminuição do risco ex.: empurro uma pessoa que cai e se machuca provocando dolosamente lesão corporal na pessoa mas o fiz para evitar que objeto em queda livre caísse na cabeça da mesma pela teoria tradicional o fato seria típico porém lícito pelo Estado de Necessidade, pela Imputação Objetiva o fato sequer chega a ser típico: desdobramento prático Não há abertura de Inquérito Policial para averiguar a causa de exclusão da ilicitude). Obs2: o resultado não é atribuído ao autor como realização do risco de lesão ao bem jurídico no caso de substituição de um risco por outro e em algumas hipóteses de contribuição da vítima para o resultado (resultado não realizado no resultado ex.: erro médico para salvar vítima de disparo com intenção morte: para a teoria da equivalência o resultado pode ser atribuído ao atirador; para a imputação objetiva se a morte foi provocada exclusivamente pelo erro médico então o resultado é atribuído exclusivamente pelo provocador deste risco, logo o médico responde por homicídio culposo e o atirador por tentativa de homicídio doloso se o resultado é produto da transformação ou desenvolvimento do produto combinado de ambos os riscos o resultado será atribuído aos dois autores médico responde por homicídio culposo e atirador responde por homicídio doloso consumado) CONCAUSAS: Pluralidade de causas concorrendo para o mesmo evento. Ex: Z quer matar Y. X também quer matar Y. Um não conhece o outro. Z da tiro. X emprega veneno. Y morre pelo veneno. X responde pelo homicídio. E o Z, vai responder por qual crime? Tentativa. ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES: a causa efetiva do resultado não se origina direta ou indiretamente de outra a) Preexistente: a causa efetiva é anterior a outra Tentativa. b) Concomitantes: a causa efetiva simultânea a outra Tentativa. c) Supervenientes: a causa efetiva é posterior a outra Tentativa. RELATIVAMENTE INDEPENDENTES: a causa efetiva do resultado decorre direta ou indiretamente de outra. a) Preexistente: a causa efetiva é anterior a outra b) Concomitantes: a causa efetiva é simultânea a outra. c) Supervenientes: a causa efetiva é posterior a outra. Exemplos: 1) A às 19 horas deu veneno para C. B às 20 horas deu tiro em C. C morreu as 21:00 em razão do veneno Concausas absolutamente independentes - A responde pelo 121; B viu outra causa promover o resultado que ele almejava. A causa do resultado é absolutamente independente do tiro. A causa efetiva é pré-existente: B, assim, responde por 121 c/c 14, II 2) A às 19 horas envenena C ; B às 19 horas dá tiro em C. C morre em razão do disparo de fogo Concausas absolutamente independentes - B vai responder pelo 121. A causa do resultado é absolutamente independente do veneno. A causa efetiva é concomitante ao envenenamento. 3) A às 19 horas envenenou C ; e às 20 horas ocorreu queda de lustre na cabeça de C ; C morreu as 21:00 horas em virtude de traumatismo craniano Concausas absolutamente independentes - A causa do resultado é absolutamente independente do veneno. A causa efetiva é superveniente ao envenenamento. A responde assim por 121, c/c art.14, II - tentativa. 4) A deu facada em B. B era hemofílico. A lesão era insuficiente mas acabou matando. B morreu em face de perda de sangue. São causas relativamente independentes - A causa efetiva da morte é anterior a facada. Era assim pré-existente. A responde por homicício consumado caso saiba da peculiar condição fisiológica da vítima, uma vez que se não souber não pode contar com ela para o resultado ficando assim descaracterizado o nexo psíquico (apesar de intacto o nexo físico). 5) Pessoa dá um tiro na outra. E no momento que a bala está vindo a pessoa infarta. Para doutrina é hipótese de causa relativamente independente concomitante. A solução é idêntica à anterior.

4 6) Exemplo clássico da ambulância: pessoa é alvejada mas não morre pelo tiro mas sim pelo capotamento da ambulância que veio socorrê-lo. O resultado se encaixa na hipótese de Concausa Superveniente Independente: art. 13, 1º: Superveniência de causa independente 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, POR SI SÓ, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. I- Aquela que POR SI SÓ produziu o resultado: o resultado sai da linha de desdobramento causal normal da conduta. É evento imprevisível ao agente TENTATIVA. II- NÃO POR SI SÓ produziu o resultado: o resultado está na linha de desdobramento causal normal da conduta. É evento previsível ao agente CONSUMAÇÃO. Ex: Erro médico em cirurgia para desalojar projétil após assalto. Ensejo da intervenção médica só ocorreu derivou do tiro logo não pode ser absolutamente independente - é relativamente independente. Erro médico é posterior. E o erro médico não provocou por si só o resultado responde pela forma consumada. E infecção hospitalar? CESPE CONSUMAÇÃO. Art.13, 1º - Causalidade Adequada: Somente haverá imputação do resultado ao agente, se, no conjunto das causas, consoante as regras de experiência comum, a mais adequada a provocação do resultado. Quando se falou em Absolutamente Independentes (Preexistentes, concomitantes e supervenientes) = CAUSALIDADE SIMPLES art.13, caput Quando se falou em Relativamente Independentes (Preexistentes ou concomitantes)= Causalidade Simples; A superveniente = Causalidade Adequada. - Existe Nexo Causal em Crime Omissivo? -CRIME OMISSIVO PRÓPRIO: Há somente a omissão de um dever de agir, imposto normativamente, dispensando, via de regra, a relação de causalidade (são delitos de mera conduta. (está punindo só porque não agiu, independente do resultado). - CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO-IMPURO-COMISSIVO POR OMISSÃO: O dever de agir é para evitar um resultado concreto. Estamos diante de um crime de resultado material, exigindo, conseqüentemente, a presença de nexo causal entre conduta omitida (e esperada) e o resultado. Esse nexo, no entanto, para a maioria da doutrina não é naturalístico (do nada não pode vir nada). Na verdade, o vínculo é jurídico, isto é, o sujeito não causou, mas como não o impediu é equiparado ao verdadeiro causador do resultado - NEXO DE NÃO IMPEDIMENTO: ZAFFARONI (Nexo de Evitação). É o nexo existente entre conduta omitida e o resultado nos crimes omissivos impróprios. TIPICIDADE PENAL Evolução 1º Momento basta tipicidade formal: ajuste fato descrição no tipo 2º Momento tipicidade formal + tipicidade material (relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico) Obs.: Princípio da Insignificância exclui o próprio fato típico, uma vez que afasta a tipicidade material. O tipo penal é descritivo (ele descreve o conteúdo proibitivo) e ele apresenta os seguintes elementos na descrição: 1) Elemento OBJETIVOS: são aqueles cuja constatação é estabelecida pelos sentidos; 2) Elementos SUBJETIVOS: espelham a finalidade especial que anima o agente (caracterizados por expressões como com o fim de... ). Se subdividem em delitos de intenção, delitos de tendência e momentos especiais de ânimo (vide abaixo tipo incongruente); 3) Elementos Normativos: demanda juízo de valor para sua constatação (exemplo nas hipóteses que o tipo insere a expressão sem justa causa na descrição) 4) Elementos Científicos do Tipo: transcendem os elementos normativos (não há juízo de valor a ser concretizado) e sim o recurso ao significado unívoco do termo na ciência natural (ex.: art.

5 24 na Lei de Biossegurança Utilizar embrião em desacordo com o que dispõe o art. 5º desta lei; o conceito de embrião é o definido pela ciência natural; art. 27 da mesma lei que fala em organismo geneticamente modificado ) TIPO INCONGRUENTE: aquele que exige elemento subjetivo específico. Dolo específico - especial fim de agir. Há incongruência entre os elementos objetivo e subjetivo do tipo. (subjetivamente quer mais do que objetivamente se exige era o outrora denominado dolo específico). Ex: extorsão: constranger + enriquecimento ( com intuito de ), crime formal é tipo incongruente. O legislador se contenta com o mero constrangimento, não exigindo o enriquecimento do agente. TIPO CONGRUENTE: exige congruência entre elementos subjetivos e objetivos (era o outrora denominado dolo genérico). * DELITO DE TENDÊNCIA INTERNA TRANSCENDENTE: é espécie de delito de intenção. Crimes de intenção ou de tendência interna transcendente são aqueles em que o agente quer e persegue um resultado que não necessita ser alcançado para que haja a consumação do crime (intenção supera o tipo objetivo). - Pode ser cortado ou multilado de 2 atos..cortado: consistem na realização de um ato visando a produção de um resultado, que fica fora do tipo e sem a intervenção do autor sendo o resultado naturalístico dispensável e dependente de comportamento de terceiros, alheios a execução. Ex: art.158 Extorsão..Multilado de 2 Atos: consumam-se quando o autor realiza o primeiro ato com o objetivo de levar a termo o segundo sendo o resultado naturalístico dispensável e dependente de novo comportamento do agente. Ex: falsificar moeda e introduzir no mercado - art Delitos de tendência (também chamados de crimes de tendência intensificada): nos delitos de tendência, o tipo exige uma manifestação subjetiva específica, uma conotação, um sentido ou tendência subjetiva específica conferida à conduta pelo seu autor que não está expressa no tipo, mas cuja presença, pela natureza do delito, é indestacável. Assim, são exemplos, o propósito de ofender (arts. 138, 139 e 140), o propósito de ultrajar (art. 212), a satisfação da lascívia (art. 213). Nestes crimes a tendência peculiar à natureza do crime é parte da realização da conduta típica não transcendendo a objetividade típica como nos delitos de intenção. Nos crimes de tendência não se exige a persecução de um resultado ulterior ao previsto no tipo, senão que o autor confira à ação típica uma conotação específica (ou tendência) que apesar de não exteriorizada no tipo, está intuitivamente vinculada à natureza do delito. Delitos de motivos especiais: os motivos especiais de agir diferem de intenções ou tendências especiais uma vez que relacionados à vontade criadora da ação que leva a um resultado, ou seja são antecedentes e tem mais vínculo com a ação do que com o resultado. Como exemplo temos o motivo fútil, o motivo torpe, o motivo nobre, o motivo de relevante valor social ou moral, etc. Momentos especiais de ânimo: revelam um estado anímico especial e que demonstram um maior desvalor social da conduta do agente. São identificados por expressões como sem escrúpulos, sem consideração, satisfazer instinto sexual, inescrupulosamente, etc. TIPICIDADE CONGLOBANTE: trata-se de um corretivo da tipicidade penal. Tem como requisitos a tipicidade material e a antinormatividade do ato (ato não determinado ou não incentivado por lei). Consequencias: adotada a tipicidade conglobante, o estrito cumprimento de um dever legal e o exercício regular de direito incentivado deixam de excluir a ilicitude para servirem como causa de atipicidade. Legítima Defesa e Estado de Necessidade não são excludentes de ilicitude que migraram para a Tipicidade sob a ótica da tipicidade conglobante porque a lei não obriga ou estimula a atuação em Legítima Defesa ou Estado de Necessidade apenas as toleram. Portanto teremos: TIPICIDADE PENAL = TIPICIDADE FORMAL + TIPICIDADE CONGLOBANTE (TIPICIDADE MATERIAL + ATOS ANTI-NORMATIVOS atos não determinados ou não incentivas por lei) A teoria, de ZAFARONI, surgiu porque o Ordenamento Jurídico não pode ser incoerente uma seara do Direito não pode determinar uma conduta que outra seara proíbe (ex.: se o processo civil determina a

6 penhora de um bem o direito penal não pode considerar tal conduta subtração de coisa alheia móvel típico do art. 155 do CP). ESPÉCIES DE TIPICIDADE FORMAL: 1) ADEQUAÇÃO TÍPICA DIRETA OU IMEDIATA: ocorre ajuste perfeito entre fato e norma (um único dispositivo estabelece a adequação); 2) ADEQUAÇÃO TÍPICA INDIRETA OU MEDIATA: não há perfeito ajuste entre o fato e a norma se faz necessário o recurso a um dispositivo auxiliar para se estabelecer a adequação típica. Estes dispositivos auxiliares são consideradas normas de extensão da figura típica pois ampliam as hipóteses em que se opera o ajuste entre fatos e norma. Existem três dispositivos com estas características: 2.1) Norma de Extensão Temporal da Figura Típica: art. 14, II do CP (tentativa) promove a ampliação da incidência da norma que descreve o tipo para um momento anterior no tempo (ampliação da incidência do tipo no tempo), quando ainda não há resultado. Ex.: quem tenta matar alguém não mata alguém como descrito no artigo 121 se não houvesse a previsão do art. 14, II do CP o autor da tentativa por nada responderia pois sua conduta não encontrou adequação na descrição do art. 121 de forma direta; 2.2) Norma de Extensão Espacial ou Pessoal da Figura Típica: art. 29 do CP promove a ampliação da incidência da norma que descreve o tipo para alguém que não praticou o verbo que rege o tipo penal (ampliação da figura típica no espaço ou para outra pessoa). Ex.: quem instiga alguém a matar seu desafeto não mata alguém conforme descrito no artigo 121, mas responde como partícipe de homicídio pois o art. 29 estende a adequação até atingir a postura de quem incentivou o delito; 2.3) Norma de Extensão Causal: art. 13, 2º do CP. Amplia a adequação típica para quem não deu causa ao resultado descrito no tipo mas deveria evitá-lo. Ex.: mãe que não amamenta o filho não mata o filho mas não evita que o rebento morra. Numa primeira análise não haveria adequação ao 121 mas o preceito do art. 13, 2º do CP amplia a incidência do art. 121 alcançando o comportamento da mãe omissa, vinculando a ela o resultado morte.

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