L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL
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- Rafael Canedo Candal
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1 DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 3ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1
2 CONCEITOS FURTO: Apoderar-se; Assenhorar-sese de coisa pertencente a outrem; Tornar-se dono daquilo que não é seu; Furto é a subtração de coisa alheia ou móvel para si ou para outrem(art. 155). É o assenhoramento da coisa com o fim de apoderar-se dela de modo definitivo. Protege diretamente a posse e indiretamente a propriedade; O bem jurídico protegido para Luiz Regis Prado são a propriedade, a posse e a detenção - não basta retirar, tem de haver o ânimo de assenhoramento.
3 DEFINIÇÕES: Ação Nuclear: Subtrair : Diminuir, retirar às escondidas a coisa da vítima. Irrelevante se na presença ou não da vítima; Pode ser feita por terceiros ou instrumentos. Para si ou para outrem: deve-se retirar a coisa tomando para si ou tencionando apossar do bem ou mesmo entregá-lo a terceiro. Coisa alheia móvel: trata-se de quaisquer objetos, desde que tais objetos tenha valor econômico - móvel (tudo aquilo que pode ser transportado de um local para outro, sem separação destrutiva do solo). Meios de execução: livres;
4 CLASSIFICAÇÃO Sujeito ativo: qualquer pessoa; Sujeito passivo: Qualquer Pessoa Elemento subjetivo: Dolo (vontade livre e consciente de efetuar a subtração); Elemento subjetivo do tipo (finalidade especial de assenhoramento definitivo para si ou para outrem e o conhecimento que a coisa não seja sua; Objeto material: Coisa alheia; Objeto jurídico: O patrimônio; 4
5 CLASSIFICAÇÃO Consumação: Se dá com a subtração e a efetiva retirada da coisa da esfera de proteção e disponibilidade da vítima (posse mansa e pacífica!!!); - inversão da posse (momento em que o bem passa da esfera de disponibilidade da vítima para a do autor); Tentativa: admissível Forma culposa: NÃO EXISTE FORMA CULPOSA Classificação Geral: É um crime Comum, material, livre e comissivo ou comissivo por omissão; instantâneo; 5
6 FURTO Teorias da consumação: a) Concretatio: basta tocar a coisa; b) Apprehensio rei: deve segurar a coisa; c) Amotio: remoção de lugar; d) Ablatio: a coisa é removida e colocada em segurança. A posse tranqüila da res furtiva que o agente desfrute mesmo que rapidamente da posse da coisa.
7 Ainda sobre posse mansa e pacífica Nucci Nucci afirma que não considerar o requisito da posse tranqüila é transformar o crime de furto em formal (aquele que dispensa resultado naturalístico). Imputar o crime de furto consumado ao agente que não chegou a ter a posse tranqüila, por exemplo, por ter sido perseguido e capturado imediatamente após a subtração, é punir a mera conduta, desprezando-se a ocorrência de resultado naturalístico - diminuição do patrimônio - que o crime de furto, como material, exige. STJ não é pacífico - apenas a quinta turma descarta a posse tranqüila, tribunais de RS e SP são pacíficos no entendimento da posse mansa e pacífica; Ishida lembra que a razão está com Nucci e Bittencourt, devido a teoria da inversão da posse Victor Eduardo rios Gonçalves assim também corrobora!
8 LEMBRETES Se houver perseguição e o autor por nenhum momento tiver a posse mansa e pacífica, não se concretiza o furto. STJ: o furto consuma-sese no momento que o indivíduo torna-se possuidor não precisa sair da esfera de vigilância da vítima. A coisa em questão deve ter valor Coisa de estimação STF não é preciso o valor de comércio??
9 FURTO LADRÃO QUE FURTA LADRÃO crime de furto / mas a vítima é o verdadeiro senhor possuidor da coisa E o princípio da bagatela?? falta de lesividade Roxin! Ínfimo Valor X Pequeno Valor coisas de valores irrelevantes (acredito que deva-se levar em conta a vítima/autor/circunstâcnias na mensuração da insignificância do valor); falta de lesividade e ofensividade o valor deve ser analisado em um conjunto de circunstância; Direito Penal cidadão, direito penal humano e responsável socialmente Causa supra-legal de atipia penal?
10 FURTO Ínfimo Valor X Pequeno Valor Bagatela o Direito Penal deve agir, apenas, quando for necessário a proteção de bens jurídicos relevantes; é fragmentário, ou seja deve se ocupar apenas do essencial Liberdade X patrimônio = bens em equilíbrio??? Furto X descaminho = diferença de valores X diferença de autores Jur. ementada 3636/2002: Penal. Crime previdenciário (CP, art. 168-A). Valor até R$ 5.000,00. Princípio da insignificância (portaria 4.190/99-MPAS).
11 FURTO Tipicidade conglobante X risco a sociedade Tipicidade formal (a adequação do fato ao tipo descrito em lei), + Tipicidade material, isto é, a verificação da ocorrência do pressuposto básico da incidência da lei penal, ou seja, a lesão significativa a bens jurídicos relevantes da sociedade. LESÃO À SOCIEDADE COMO INSTITUIÇÃO. Tipicidade penal não se restringe à tipicidade legal; O Princípio da bagatela age principalmente na tipicidade material
12 FURTO TACrim SP - CRIME DE BAGATELA Agente que furta bicicleta em péssimo estado de conservação, inclusive sem os pedais Reconhecimento Necessidade Atipicidade da conduta Ocorrência: É atípica a conduta do agente que subtrai bicicleta em péssimo estado de conservação, inclusive sem os pedais, pois, tal conduta, por sua insignificância, não obstante formalmente típica, não merece, em razão do desvalor do resultado, a atenção do Poder Público que só deve ir até onde seja necessário para a proteção do bem jurídico, não se ocupando de bagatelas.
13 PARA DISCUTIR Cadáver!! (deve ter valor econômico) - (vilipêndio etc(211/212) X furto(155)) Faraó!!! Sepultura (210 CP), objetos/caixão - adornos e objetos do túmulo - furto. Arcada dentária Coisas abandonadas não é furto Coisas perdidas - apropriação de coisa achada, art. 169, II do CP Cheque em branco o estelionato absorve etapa preparatória?? Talão de cheques = pode ser objeto de furto mas não faz sentido, pois é exata preparatório para o esteliontato
14 PARA DISCUTIR Posição do TJSP!!!! - furto + estelionato - Pode ser objeto material do crime de furto concurso material Stj: não pode ser objeto material do furto Cartão de crédito??? não pode ser objeto material do furto Furto Famélico indispensável e inevitável - estado de necessidade (art. 24 do CP); Furto de uso não pode haver perda patrimonial + rápida devolução + devolução antes que a vítima perceba. Pois se a vítima perceber haverá o assenhoramento presumido Art. 181!!! discutir Vigilância ostensiva, câmeras e impossibilidade de consumação do furto X art. 17 do CP.
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