NOÇÕES DE DIREITO PENAL TIPICIDADE, RESULTADO E NEXO CAUSAL. 1) (Analista de Controle Externo - TCE-AP FCC) Denomina-se tipicidade

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1 NOÇÕES DE DIREITO PENAL TIPICIDADE, RESULTADO E NEXO CAUSAL 1) (Analista de Controle Externo - TCE-AP FCC) Denomina-se tipicidade a) a desconformidade do fato com a ordem jurídica considerada como um todo. b) a adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na lei penal. c) o nexo material entre a conduta do agente e o resultado lesivo. d) o nexo subjetivo entre a intenção do agente e o resultado lesivo. e) a correspondência entre o resultado e a possibilidade de previsão de sua ocorrência por parte do agente. 2) (Auxiliar de Perícia Médico-legal - PC-ES CESPE) Para a doutrina, a tipicidade é a conformação do fato praticado pelo agente com a descrição abstrata prevista na lei penal. 3) (Analista - MPE-SE FCC) A ideia de insignificância penal centra-se no conceito a) formal de crime. b) material de crime. c) analítico de crime. d) subsidiário de crime. e) aparente de crime. 4) (Delegado de Polícia Civil - PC-PA FUNCAB) Expressiva parcela da doutrina sustenta a inadequação do crime de escrito ou objeto obsceno (art. 234 do CP) para com os princípios que instruem o direito penal democrático. Um dos focos dessa inadequação reside na indevida alocação do sentimento público de pudor como objeto da tutela jurídica. Isso representa, em tese, violação ao princípio da: a) intranscendência. b) culpabilidade. c) taxatividade. d) ofensividade. e) insignificância. 5) (Delegado de Polícia Civil - PC-RO FUNCAB) São princípios que solucionam o conflito aparente de normas penais: a) insignificância, consunção, subsidiariedade e alteridade. b) insignificância, alteridade, consunção e alternatividade. c) especialidade, alteridade, consunção e subsidiariedade. d) especialidade, alternatividade, subsidiariedade e insignificância. e) especialidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.

2 6) (Analista Judiciário - TRE-BA CESPE) Para a doutrina e jurisprudência majoritária, o princípio da insignificância, quando possível sua aplicação, exclui o crime, afastando a antijuridicidade. 7) Considerando o entendimento da doutrina majoritária e do STJ, assinale a opção correta quanto ao princípio da insignificância. a) Conforme o entendimento da doutrina majoritária, o princípio da insignificância afeta a tipicidade formal b) Em se tratando do crime de contrabando, é possível a aplicação do princípio da insignificância. c) Independentemente do valor do tributo sonegado em decorrência de crime de descaminho, é possível a aplicação do princípio da insignificância. d) A reiteração delitiva impede a aplicação do princípio da insignificância em razão do alto grau de reprovabilidade do comportamento do agente. e) Para a aplicação do princípio da insignificância, exige-se a satisfação de um único requisito: ausência de periculosidade social da ação. 8) (Juiz Federal - TRF-5ªR CESPE) Subdividem-se os crimes de perigo em crimes de perigo concreto e crimes de perigo abstrato, diferenciando-se um do outro porque naqueles há a necessidade da demonstração da situação de risco sofrida pelo bem jurídico penal protegido, o que somente pode ser reconhecível por uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de um dano. Por outro lado, no crime de perigo abstrato, há uma presunção legal do perigo, que, por isso, não precisa ser provado. 9) (Juiz de Direito Substituto - TJ-DFT CESPE) Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão ou habilitação, gerando perigo de dano, é classificado como delito de perigo abstrato. 10) (Defensor Público - Estagiário - DPE-ES CESPE) A respeito das espécies, do sujeito ativo e do sujeito passivo da infração penal, assinale a opção correta. a) Crime formal ou de consumação antecipada é aquele cujo tipo penal descreve uma conduta que possibilita a produção de um resultado naturalístico, mas não exige, necessariamente, a realização deste. b) Ocorre crime de mera conduta ou de perigo abstrato quando o agente é punido tão somente por agir em descompasso com as regras da boa moral e dos bons costumes sociais.

3 c) Caracteriza-se como sujeito ativo somente o agente que realiza a conduta exposta no verbo nuclear do tipo penal. d) Caracteriza-se como sujeito passivo somente a pessoa que sofre prejuízo, material ou moral, em relação ao bem jurídico penalmente protegido. e) Ocorre crime material quando o agente obtém, para si ou para outrem, alguma vantagem de ordem patrimonial. 11) (Titular de Serviços de Notas e de Registros TJ-SE CESPE - Adaptada) De acordo com a teoria da equivalência dos antecedentes, nem todos os antecedentes do resultado podem ser considerados na relação de causalidade, já que as causas relativamente independentes da conduta excluem o nexo de causalidade. 12) (Delegado de Polícia PC-PE 2016 CESPE) A relação de causalidade, estudada no conceito estratificado de crime, consiste no elo entre a conduta e o resultado típico. Acerca dessa relação, assinale a opção correta. a) Para os crimes omissivos impróprios, o estudo do nexo causal é relevante, porquanto o CP adotou a teoria naturalística da omissão, ao equiparar a inação do agente garantidor a uma ação. b) A existência de concausa superveniente relativamente independente, quando necessária à produção do resultado naturalístico, não tem o condão de retirar a responsabilização penal da conduta do agente, uma vez que não exclui a imputação pela produção do resultado posterior. c) O CP adota, como regra, a teoria da causalidade adequada, dada a afirmação nele constante de que o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa; causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. d) Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma conduta que diminua o risco proibido. e) O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é relevante, uma vez que se observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o resultado naturalístico. 13) (Titular de Serviços de Notas e de Registros TJ-SE CESPE - Adaptada) Segundo a teoria da equivalência dos antecedentes, o agente que esteja diante de causa preexistente absolutamente independente e já a conheça ou, embora não a conheça, possa prevê-la, responde pelo resultado. 14) (Delegado de Polícia PC-BA 2013 CESPE) As causas ou concausas absolutamente independentes e as causas relativamente independentes constituem limitações ao alcance da teoria da equivalência das condições.

4 15) (Promotor de Justiça MPE-RN 2009 CESPE) Em uma festividade natalina que ocorria em determinado restaurante, o garçom, ao estourar um champanhe, afastou-se do dever de cuidado objetivo a todos imposto e lesionou levemente o olho de uma cliente, embora não tivesse a intenção de machucála. Levada ao hospital para tratar a lesão, a moça sofreu um acidente automobilístico no trajeto, vindo a falecer em consequência exclusiva dos ferimentos provocados pelo infortúnio de trânsito. Com referência a essa situação hipotética e ao instituto do nexo causal no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção correta. a) O garçom deverá responder pelo delito de homicídio culposo. b) O garçom poderá responder apenas pelo delito de lesão corporal culposa. c) O garçom não deverá responder por nenhum delito. d) Em regra, o CP adotou a teoria da causalidade adequada para identificar o nexo causal entre a conduta e o resultado. e) Segundo a teoria da imputação objetiva, o garçom, por ter criado um risco absolutamente proibido pela sociedade, deveria responder pelo delito de homicídio doloso. 16) (Analista Judiciário TRT-8ªR CESPE) Considerando a relação de causalidade prevista no Código Penal, assinale a opção correta. a) As causas supervenientes relativamente independentes possuem relação de causalidade com conduta do sujeito e não excluem a imputação do resultado. b) As causas preexistentes relativamente independentes não possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e excluem a imputação do resultado. c) As causas preexistentes absolutamente independentes possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e não excluem o nexo causal. d) As causas concomitantes relativamente independentes não possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e não excluem a imputação do resultado. e) As causas concomitantes absolutamente independentes não possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e excluem o nexo causal. 17) (Defensor Público DPE-ES 2009 CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Alberto, pretendendo matar Bruno, desferiu contra este um disparo de arma de fogo, atingindo-o em região letal. Bruno foi imediatamente socorrido e levado ao hospital. No segundo dia de internação, Bruno morreu queimado em decorrência de um incêndio que assolou o nosocômio. Nessa situação, ocorreu uma causa relativamente independente, de forma que Alberto deve responder somente pelos atos praticados antes do desastre ocorrido, ou seja, lesão corporal. Gabarito: B C B D E E D C E A E D E C B E E

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