Descrição clínica das Psicoses ANTIPSICÓTICOS. Esquizofrenia (1%) Prevalência superestimada ESQUIZOFRENIA
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- Pedro Lucas Gomes Ferrão
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1 ANTIPSICÓTICOS Marcos R. Ferraz e Leonardo M. Dias Drogas utilizadas no controle de doenças psicóticas. Sinonímia - Neurolépticos Neuro - Nervos; Lepticos - que prende. Descrição clínica das Psicoses Síndrome associada a diferentes transtornos psiquiátricos. Prejuízo da capacidade de conhecer a realidade, comunicar-se e relacionar-se com os outros. Prejuízo da capacidade mental. Prejuízo da resposta afetiva ALUCINAÇÕES DELÍRIOS PATOLÓGICOS Esquizofrenia (1%) Prevalência superestimada Início na puberdade X Idade adulta Suicídio: 25 a 50% (êxito de 10% nos USA) Curso persistente, com duração de 6 meses ou mais. Progressiva deterioração da capacidade intelectual Fragmentação do pensamento e emoções Alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico, ou sintomas negativos. Delírios - persecutório, de referência, somático, religioso ou de grandiosidade. ESQUIZOFRENIA Classificação segundo o CID-10 1
2 REDUÇÃO DO LOBO TEMPORAL REDUÇÃO S ESTRUTURAS DO SISTEMA LÍMBICO Ventrículo Normal Esquizofrenia 2
3 DOMÍNIOS DO LOBO FRONTAL Impulso e Ambição Resolução de problemas Flexibilidade Cognitiva Capacidade de planejar Pensamento sequencial de tempo Consciência do meio social Empatia Humor Insight Impulsividade Julgamento Abstração Working memory FUNÇÕES DO LOBO TEMPORAL Percepção Orientação da realidade Memória Funções do sistema límbico Compreensão de eventos emocionais Conexão entre as percepções atuais e as lembranças do passado Aprendendo com a experiência 3
4 Neuropatologia Anormalidades estruturais Aumento do volume ventricular consequência da diminuição do tecido cerebral. Atrofias focais ou difusas do neocortex e diminuição das estruturas do lobo temporal medial(principalmente o hipocampo) e do tálamo. Estima-se se que haja diminuição de 5-10% do volume cerebral, principalmente massa cinzenta. Neuropatologia Hipótese Esquizofrenia é uma patologia neurodesenvolvimental. As alterações responsáveis pelos sintomas da doença aconteceriam durante o desenvolvimento do sistema nervoso central, principalmente no período da gestação. AS CINCO DIMENSÕES SINTOMÁTICAS ESQUIZOFRENIA SINTOMAS POSITIVOS MESOLÍMBICO SINTOMAS NEGATIVOS MESOCORTICAL/PFC N. ACCUMBENS SINTOMAS COGNITIVOS PFC DORSOLATERAL SINTOMAS AGRESSIVOS C. ORBITOFRONTAL/ (T. IMPULVIVIDE) C. AMIGLÓIDE SINTOMAS AFETIVOS PFC VENTROMEDIAL Sintomas positivos da Psicose Alucinações e Delírios Discurso desorganizado Distorção ou exageros da linguagem e comunicação. Pensamento Incongruente Afeto Incongruente Agitação Psicomotora Excesso de funções Normais ( mesolímbica) 4
5 Sintomas negativos da Psicose Anedonia, Alogia, Avolição, Atenção Prejudicada. Embotamento Afetivo, pobreza afetiva Redução da Iniciativa, Passividade Falta de espontaneidade. Dificuldade de pensamento abstrato Déficit intelectual e de memória Isolamento Social Prejuízo das funções sociais - Autismo Os sintomas negativos e a letra a Anedonia Incapacidade de sentir prazer. Avolição restrição na iniciação de comportamentos direcionados a objetivos. Alogia restrição na fluência e percepção do pensamento e do discurso Achatamento afetivo restrição na variação e na intensidade da expressão emocional. Atenção prejudicada. Diminuição ou Perda de Funções Normais Sintomas Cognitivos da Psicose Problemas em estabelecer e manter objetivos. Problemas em alocar recursos atencionais Problemas em manter atenção Problemas em avaliar funções Problemas em monitorar desempenho Problemas em estabelecer prioridades Problemas em modular comportamento com base em pistas sociais Problemas aprendizado seriado Fluência verbal alterada Dificuldade na resolução de problemas Sintomas Agressivos da Psicose Franca hostilidade: agressividade verbal ou física, ou mesmo violência Comportamento auto-agressivo incluindo suicídio Piromania e outros danos a bens pessoais Atuações sexuais OBS SINTOMAS AGRESSIVOS PRESENTES EM: TAB, PSICOSE INFÂNCIA, TPA, TPB, TUAD, D. ALZHEIMER, TH, T. CONDUTA CRIANÇAS 5
6 Sintomas Afetivos da Psicose Humor deprimido Humor ansioso Culpa Tensão Irritabilidade Preocupação OBS SINTOMAS AFETIVOS PRESENTES EM: Prevalência de Esquizofrenia População 1% Parentes de 2o grau 3% Parentes de 1o grau 10% Gêmeos Dizigóticos 12-14% Gêmeos Univitelinos 50% TAB, TDM, T. ESQUIZOAFETIVO, DEMÊNCIAS ORGÂNICAS, DEPRESSÃO PSICÓTICA, T. PSICÓTICOS NA INFÂNCIA Etiologia - Fatores Ambientais Estresse Eleva a incidência de surtos. Críticas ao comportamento Recidivas. Clima Frio Maior prevalência. Sexo Masculino Maior prevalência inicial Infecções Virais na Gestante. Complicações no no Trabalho de Parto Hipóxia. Outros Fatores: Nutricionais, etc Mecanismo de Ação dos Neurolépticos Clássicos Antagonistas Competitivos Antagonistas Competitivos H1 Antagonistas α-noradrenérgicos Antagonistas Muscarínicos. 6
7 Variação e dose clínica média para controlar a esquizofrenia (mg/d) 10-7 Promazina D 2 Clorpromazina Trazodona 10-8 Clozapina Molindona Tioridazina 10-9 Trifluoperazina Tiotixeno Haloperidol Pimozida Benperidol Spiroperidol Transmissão dopaminérgica: Síntese e Biotransformação da dopamina Transmissão dopaminérgica - Síntese Receptores dopaminérgicos T D1 7
8 Vias Dopaminérgicas no SNC Sistemas Diencefálicos e Outros 1. Via Tuberoinfundibular: Inibição da secreção de Prolactina. Estímulo da secreção de GnT, GH, ACTH (?) 2. Via Incertohipotalâmica Controle da Atividade SEXUAL 3. Via Meduloperiventricular Controle do comportamento alimentar 4. Via Nigroipocampal Aprendizado motor (?) 5. Zona Deflagradora de Quimiorreceptor (CTZ) Centro de ÊMESE (Bulbo) Glu Glu Glu + 8
9 HIPÓTESES ESQUIZOFRENIA ALÇA CSTC CRIA FILTRO TALÂMICO HIPERATIVIDE DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBI SINTOMAS POSITIVOS PSICOSE N. Accumbens PFC HIPOATIVIDE GLUTAMATÉRGICA NM CÓRTICOESTRIATAL CÓRTICOACUMBENTE SOBRECARGA SENSORIAL Tálamo SINTOMAS POSITIVOS NEGATIVOS/COGNITIVOS/ AGRESSIVOS/AFETIVOS (-) MESOLÍMBICA REDUZ O FILTRO TALÂMICO INIBIÇÃO TÔNICA DO PFC SOBRE I. SENSORIAIS NO TÁLAMO PFC PFC N. Accumbens ATV N. Accumbens (-) Tálamo Tálamo Imput Sensoriais (-) (-) 9
10 HIPERATIVIDE MESOLÍMBICA REDUZ INIBIÇÃO TÔNICA HIPOATIVIDE NM PRODUZ SOBRECARGA SENSORIAL PFC SINTOMAS POSITIVOS PFC N. Accumbens ATV N. Accumbens ATV (-) (-) Tálamo I. Sensoriais Tálamo I. Sensoriais (-) (-) HIPOATIVIDE NM PRODUZ SOBRECARGA MESOLÍMBICA SINTOMAS POSITIVOS PFC AÇÃO DOS ANTI-PSICÓTICOS NOS RECEPTORES ÉRGICOS N. Accumbens ATV (-) Tálamo I. Sensoriais AÇÃO INIBITÓRIA PRÉ-SINÁPTICA FEEDBACK NEGATIVO (-) STRESS AÇÃO INIBITÓRIA PÓS-SINÁPTICA: AÇÃO ESTIMULANTE EM NEURÔNIOS GABAÉRGICOS AÇÃO INIBITÓRIA EM NEURÔNIOS GLUTAMATÉRGICOS 10
11 AÇÃO DOS ANTI-PSICÓTICOS NOS RECEPTORES ÉRGICOS AÇÃO NOS RECEPTORES COM USO CONTÍNUO D1 AC AMPc ATP PKA PKA CREB D-1 X AC AMPc AP AP AP D1 Equilíbrio D1 x Reduz a UP-REGULATION Adenil- Ciclase AP AÇÃO DOS ANTI-PSICÓTICOS USO CONTÍNUO DE ANTI-PSICÓTICOS REDUZ A FREQUÊNCIA DE DISPAROS DOS NEURÔNIOS DOPAMINÉRGOS AUMENTA O FREIO NEURONAL ÉRGICO NAS VIAS: MESOLÍMBICA CONTROLE DE SINTOMAS POSITIVOS MESOCORTICAL PIORA SINTOMAS NEGATIVOS NIGROESTRIATAL SEP TUBEROINFUNDIBULAR HIPERPROLACTINEMIA INCERTOHIPOTALÂMICA DISFUNÇÃO SEXUAL Antipsicóticos Clássicos Fenotiazínicos Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual/Máx Clorpromazina Amplictil 200 a 800/ Cp 25 e 100 mg HCl Clorpromazina Gt 20 ml a 4% Longactil Ap 5 ml (5 mg/ml) Gt 40mg/ml Flufenazina Flufenan 2 a 20/30 Cp 5 mg HCl Flufenazina Flufenan depot Ap 1 ml (25 mg/ml) Enantato Tioridazina Melleril 150 a 600/ Dg 10, 25, 50, 100 e mg Sol VO 30 mg/ml 11
12 Fenotiazínicos - continuação Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Levomepromazina Neozine, Levozine Neozine gotas Importante ação anticolinérgica Cp 25(*) e 100 mg Ap 5ml (5 mg/ml) Fr 20 ml sol 4% Pipotiazina Piportil Cp 10 mg Pipotiazina palmitato Piportil L4 Ap 1 e 4 ml (25 mg/ml) Antipsicóticos Fenotiazínicos estrutura química Características: Baixa potência Efeito sedativo Efeito anticolinérgico Bloqueio α Ação em pacientes bipolares Fenotiazínicos Nível plasmático em 2 a 4 horas. Eliminação: 10 a 20 horas. Indicações: Psicose 30 a 75 mg/dia VO divididos em 2 a 4 doses. Êmese Soluço Outros usos: Abstinência ao etanol, porfiria e tétano 25 a 50 mg IM, 3 a 4 vezes ao dia Butirofenonas Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Haloperidol Haldol 2 a Cp 1 e 5 mg, Gt 2 mg/ml Ap 5 mg/ml Haloperidol Haldol Decanoato Ap 70,52 mg/ml (50 mg) decanoato (50 a 150 mg/4 sem ou 300 mg/4 sem) Efeitos: Sedativos, Hipotensor, SEP. Droperidol 12
13 Antipsicóticos Butirofenônas estrutura química Características: Elevada potência e eficácia Menor ação sedativa; Pouca ação anti-ach e anti-α Síndrome extrapiramidal (SEP) importante Antipsicóticos Clássicos disponíveis no Brasil-3 - Tioxantenos Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Zuclopentixol Clopixol 10 a 75 Cp 10 e 35 mg Dicloridrato Zuclopentixol Clopixol 10 a 75 Ap 50 mg/ml (IM) Acetato Acuphase Zuclopentixol Clopixol 10 a 75 Ap 200 mg/ml (IM) Decanoato Depot Antipsicóticos Tioxantenos estrutura química Difenilbutilpiperidinas Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Pimozida Orap 2 a Cp 1 e 4 mg Penfluridol Semap 20 a Cp 20 mg Efeitos: Sedativos, Hipotensor, SEP. 13
14 Antipsicóticos Difenilbutilpiperidinas estrutura química Efeitos Extrapiramidais Iniciais 1. Reações distônicas agudas - caretas, torcicolo, crise oculógira. Redução da dose e/ou uso de anti-ach. 2. Acatisia - desconforto ou tensão referida às pernas. Redução da dose; ansiolíticos ou propranolol. 3. Síndrome parkinsoniana - hipocinesia, rigidez, tremor em repouso, instabilidade postural. Uso de anti-ach 4. Opistótono. Efeitos colaterais agudos Distonia Crises oculógiras, torcicolo ou opistótono, protrusão ou torção da língua, espasmo de laringe, caretas, mandíbula travada e contrações nas mãos e braços. Ainda: deslocamento da articulação temporo- mandibular e espasmos de laringe Mais comuns jovens do sexo masculino. Uso de anticolinérgicos: biperideno 5mg IM, melhora em min. Bloqueio de receptores na via dopaminérgica nigro- estriatal Efeitos colaterais agudos Akatisia - sensação subjetiva de inquietação. Movimentos característicos: inquietude das pernas e impossibilidade de ficar parado no mesmo lugar. Propanolol 30-90mg/dia até ajuste da medicação e substituição com atípico. 14
15 Efeitos colaterais agudos Pseudoparkinsonismo bloqueio de receptores em vias nigroestriatais. Tríade clássica: bradicinesia, rigidez muscular, tremor fino. Fator importante para risco de Discinesia Tardia (?) Biperideno, amantadina, lorazepam Síndrome Neuroléptica Maligna Catatonia, Estupor, Hipertermia. Instabilidade Autonômica flutuações na PA. Flutuações Intensidade de TREMOR Rude. Elevação da Creatina cinase plasmática. Suspensão imediata do Tratamento; Cuidados de suporte. Bromocriptina e Dantroleno Mortalidade > 10% (persistência por mais de uma semana). Efeitos Extrapiramidais Tardios 1. Tremores periorais: freqüência 5 a 7 Hz. Suspensão do medicamento; Anti-ACh. 2. DISCINESIA TARDIA Discinesia orofacial, coreoatetose ou distonia disseminada. Prevalência: 15 a 25% Fatores de risco: pacientes idosos; distúrbios de humor. Tratamento Insatisfatório neurolépticos potentes (doses maiores), reserpina, tetrabenazina. Bloqueio Túbero-infundibular e Incertohipotalâmico 1. Hiperprolactinemia: Dor nas mamas, Ginecomastia, Galactorréia, Disfunção erétil. 2. Amenorréia 3. Redução da Libido. 4. Disfunção erétil em homens. Sem correlação com o parkinsonismo. 15
16 Efeitos Colaterais em outros sistemas Antipsicóticos Atípicos ASD 1. Bloqueio Muscarínico Xerostomia, cicloplegia, constipação Retenção urinária, glaucoma SEP 2. Bloqueio α-noradrenérgico Hipotensão postural, sedação, ejaculação retrógrada 3. Bloqueio H1: sedação e ganho ponderal Em geral, tolerância com o uso contínuo. Não provocam SEP ou provocam SEP de menor intensidade. Resposta em pacientes com sintomas negativos 2A ASD ASD e via Tuberoinfundibular FBN ATP ATP 0 ASD APC N. Caudado Putâmen NÃO PROVOCA Controle SEPMotor ASD APC S. CONTROLE Límbico SINAIS POSITIVOS Psicose ASD APC APC ASD Córtex Pré-frontal FBN RESPOSTA AGRAVA MedialEM SINAIS SINAIS Volição; NEGATIVOS Planejamento R 5-H T APC ASD ASD R Inibe a liberação de PRL Aumenta a liberação de PRL NEUROHIPÓFISE ASD APC 16
17 RESUMO S AÇÕES SOBRE A Antipsicóticos atípicos - estrutura 1a Buspirona Buspirona 2a Antipsicóticos Atípicos Clozapina Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Clozapina Leponex 150 a 900 Cp 25 3e 100 mg 450 Efeitos: Sedativos, Hipotensor, ADH, Agranulocitose. Resposta em sintomas negativos. Não provoca distúrbios extrapiramidais Clozapina Agranulocitose Ação tóxica direta na medula óssea. Prevalência: 1% independente da dose. Maior entre a 5ª e 20ª semana de tratamento. Controle hematológico semanal: 1ªs 18 semanas. Controle mensal após 18 semanas. Início súbito: febre, mal-estar, infecção das vias aéreas superiores deve ser seguido de contagem sanguínea completa. Retirada do fármaco, isolamento reverso, Estimulantes de medula óssea e tratamento agressivo de infecções 17
18 TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Clozapina Mecanismos de ação Antipsicóticos Atípicos - Risperidona Antipsicóticos Atípicos - Olanzapina Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Risperidona Risperdal 2 a 8 16 Cp 1, 2 e 3 mg Viveldal Cp 1, 2 e 3 mg Zargus Cp 1, 2 e 3 mg Efeitos: Sedativos, Hipotensor, SEP. Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Olanzapina Zyprexa 5 a 20 mg C 2.5, 5 e 10 mg Ação em: D 1, D 2, D 3, D 4, D 5, M 1-5, H 1, α 1, 2A/C, 3, 5- HT 6. Reduz atividade de Neurônios A10 sem afetar área A9 Menor incidência de SEP, DT e SNM. Sonolência, Ganho ponderal, Hiperprolactinemia. HIPERTRIGLICERIDEMIA, DIABETES 18
19 Olanzapina mecanismo de ação Zyprexa (2, mg) Metabolismo via CYP1A2 Tabagismo, Carbamazepina Risco de hepatotoxicidade Precauções quando há risco de SNM, febre alta ou Discinesia tardia. Efeitos adversos: Ganho ponderal, sonolência, Diabetes, hipertrigliceridemia. Antipsicóticos Atípicos - Quetiapina Seroquel Fumarato ( mg) Não causa SEP, nem Hiperprolactinemia. Cataratas em modelos animais Ganho ponderal Melhora o humor no bipolar Melhora a cognição na esquizofrenia e na demência Antipsicóticos Atípicos Ziprasidona Geodon Não tem ação anti-h1 Baixos efeitos SEP Ação em bipolares Melhora a cognição Prolonga intervalo QT Agonistas Parciais D-2 (Novos Antipsicóticos Atípicos) Aripiprasol Bifeprunox Amisulprida Sulpirida 19
20 Outros Antipsicóticos Atípicos: Agonistas parciais Outros Antipsicóticos atípicos disponíveis no Brasil Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx ARIPIPRAZOL (Abilify ) INDICAÇÕES Esquizofrenia TAB Agonista Parcial de e 1a Antagonista de 2a EFEITOS ADVERSOS Constipação, Acatisia, Sedação, SEP Bloqueio Alfa-1: hipotensão ortostática e taquicardia. Amisulprida Socian 600 a 1200 Cp 200 mg Sulpirida Dogmatil 400 a 800 Cs 50 e 200 mg Equilid Gt 30 ml (20 mg/ml) Cs 50 e 200 mg Hiperprolactinemia importante. Uso em pediatria. Sulpirida + Sulpan Cs 25 mg e 1 mg Bromazepam (Sem ação antipsicótica) Farmacocinética dos Antipsicóticos Clássicos Via Oral - absorção errática e imprevisível. Pico de concentração - 2 a 3 horas. Biodisponibilidade VO Baixa Primeira Passagem. IM - 4 a 10 vezes maior. Distribuição: SNC, pulmões, c. fetal, leite, outros. VD ± 20 L/kg; T1/2 20 a 40 horas; Ligação à Albumina 85% Biotransformação SMH - Fases 1 e 2 (met. Ativos) Excreção: urina e bile. Duração do Efeito (dose única): 24 h ou mais Steady-state: 4 a 7 dias de tratamento. Remoção por diálise quase impossível (desnecessário). Curva Dose x Resposta dos Antipsicóticos Resposta Normal Efeito Clínico Letal Dose 20
21 Resposta curvilínea - Janela Terapêutica Efeito Clínico Letal Dose Tipos de Associação Dose x Efeito Droga No casos Relação Tipo de relação avaliados Sim Não Linear Curvilínea Clorpromazina Flufenazina Haloperidol Perfenazina Tioridazina Tiotixeno TOTAL Indicações dos Antipsicóticos Interações Farmacológicas com Antipsicóticos Esquizofrenia. Transtornos de personalidade Transtorno delirante persistente Transtorno bipolar Depressão grave com aspecto psicótico. Delirium (estado confusional agudo). Intoxicação Anfetamínica, cocaína e Alucinose Alcoólica (risco vascular aumentado) Síndrome de tiques (doses baixas) Coréia de Huntington (doses baixas) Demências Agitação (doses baixas). Compostos Antiácidos Anticoagul Orais AD Tricíclicos Álcool etílico Depressores Anfetaminas e L-DOPA Anticolinérgicos Mecanismo Red da absorção AP inibe SMH Ídem Potencialização Ídem Antagonismo Sinergismo Anticonvulsivantes AP reduz limiar Antihipertensivos Potencialização Resultado Reduz eficácia dos APs Risco de hemorragias. Aumenta [ADT] plasma Aumenta a sedação. Ídem Reduz eficácia dos APs Reversão da SEP Aumenta efeitos colaterais Reduz eficácia dos Acs. Hipotensão pronunciada. 21
22 NEUROIMAGEM E A HIPÓTESE NEURODESENVOLVIMENTAL Técnicas de Neuroimagens Taxa de perda neuronal em 5 anos. 22
23 Resumo da Hipótese atual Genes x migração celular GENES G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 ALTERAÇÃO NA MIGRAÇÃO CELULAR E ORIENTAÇÃO NO HIPOCAMPO ESTRESSE PRECOCE INTRA-UTERINO PERINATAL AJUSTE E COMPENSAÇÃO FISIOLÓGICOS LESÃO PRECOCE MESOCORTICAL Papel das vias dopaminérgicas ESQUIZOFRENIA GENES CANDITOS: Via Mesocortical FBN LESÃO TARDIA CÓRTEX PRÉ-FRONTAL Lesão CÓRTEX Precoce TEMPORAL SISTEMA LÍMBICO Gene DTNBP1 ou disbindina-1 (região 6p24-22) Ptn disbindina-1 NRG1 ou neuroregulina-1 (região 8p21-22) Ptn Neuroregulina1 HIPERATIVIDE Via Mesolímbica DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBICA HIPOATIVIDE GLUTAMATÉRGICA SINTOMAS POSITIVOS NEGATIVOS PSICOSE α-distrobrevina DISTROFINA β-distrobrevina PLASTICIDE SINÁPTICA E TRANSDUÇÃO DE SINAL Reduz sinalização e ALTERAÇÃO NO GENE? regulação de NM no PFC e Hipocampo REGULA RECEPTORES ACOPLADOS A TIROSINA CINASE Alteração em Migração Neuronal, Sinaptogênese, Diferenciação ALTERAÇÃO Glial, NO Mielinização GENE? e Plasticidade Sináptica em NM, GABA e ACh 23
24 ESQUIZOFRENIA OUTRAS ALTERAÇÕES GENÉTICAS POLIMORFISMO COMT (Substituição da metionina pela valina BAIXA ATIVIDE COMT NO PFC AUMENTO NOS NÍVEIS DE DOPAMINA Dopamina Catecol-orto- Metil Transferase Metabólito inativo FATORES AMBIENTAIS LIGADOS A ESQUIZOFRENIA Complicações obstétricas Infecções pré-natais Neurodesenvolvimento anormal FATORES AMBIENTAIS: COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS Hipóxia Isquemia cerebral pré- e perinatal INFECÇÕES PRÉ-NATAIS LIGAS À ESQUIZOFRENIA Vírus Influenza (2º trimestre) Herpes, Toxoplasmose e Rubéola Controvérsias Hemorragia intra ou periventricular Ventriculomegalia: Ventrículos laterais e Terceiro Ventrículo INFECÇÃO Hormônios Estressores, Inflamação Citocinas Imunoglobulinas Hipóxia pode alterar neurotransmissores Homens (?) Nascimento prematuro, baixo peso e privação nutricional durante a gestação. ALTERAÇÃO NO NEURODESENVOLVIMENTO LESÃO 24
25 FATORES AMBIENTAIS QUE INCIDEM NA IDE ADULTA Drogas de abuso: Ketamina, Anfetamina, Cocaína, Cannabis e LSD podem induzir sintomas psicóticos e esquizofrenia aguda. Fatores psicossociais também contribuem para o início e a persistência da esquizofrenia, sendo que eventos estressantes do dia-dia parecem ser cruciais. Tratamentos Farmacológico ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS: FENOTIAZINAS: Clorpromazina, Levomepromazina BUTIROFENONAS: Haloperidol, Triperidol VANTAGENS de fácil acesso (baratos, disponíveis na rede pública) DESVANTAGENS Aumento dos sintomas negativos, risco de discinesias. Doses dos medicamentos Medicamentos de depósito no Brasil Clorpromazina mg Tioridazina (Melleril) mg Haloperidol 1-50mg Fármacos atípicos no Brasil 25
26 Dose de antipsicóticos atípicos Risperidona 2-16mg Quetiapina mg Olanzapina 5-20mg Ziprazidona mg Aripiprazol 15-30mg Tratamento farmacológico alternativo Clozapina Controle Hematológico. Benzodiazepínicos lorazepam, diazepam, clonazepan. Anticonvulsivantes Antidepressivos Intervenções psicossociais Individuais Intervenções na família encorajar a participação de familiares e cuidadores que possam estar envolvidos em psicoeducação. Terapia de Grupo Programas de intervenção precoce educar famílias e pacientes a perceberem e lidar com sintomas prodrômicos e encoraja-los a procurar intervenção precoce. Intervenções na comunidade Reabilitação Grupos de auto-ajudaajuda 26
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