Descrição clínica das Psicoses ANTIPSICÓTICOS. Esquizofrenia (1%) Prevalência superestimada ESQUIZOFRENIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Descrição clínica das Psicoses ANTIPSICÓTICOS. Esquizofrenia (1%) Prevalência superestimada ESQUIZOFRENIA"

Transcrição

1 ANTIPSICÓTICOS Marcos R. Ferraz e Leonardo M. Dias Drogas utilizadas no controle de doenças psicóticas. Sinonímia - Neurolépticos Neuro - Nervos; Lepticos - que prende. Descrição clínica das Psicoses Síndrome associada a diferentes transtornos psiquiátricos. Prejuízo da capacidade de conhecer a realidade, comunicar-se e relacionar-se com os outros. Prejuízo da capacidade mental. Prejuízo da resposta afetiva ALUCINAÇÕES DELÍRIOS PATOLÓGICOS Esquizofrenia (1%) Prevalência superestimada Início na puberdade X Idade adulta Suicídio: 25 a 50% (êxito de 10% nos USA) Curso persistente, com duração de 6 meses ou mais. Progressiva deterioração da capacidade intelectual Fragmentação do pensamento e emoções Alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico, ou sintomas negativos. Delírios - persecutório, de referência, somático, religioso ou de grandiosidade. ESQUIZOFRENIA Classificação segundo o CID-10 1

2 REDUÇÃO DO LOBO TEMPORAL REDUÇÃO S ESTRUTURAS DO SISTEMA LÍMBICO Ventrículo Normal Esquizofrenia 2

3 DOMÍNIOS DO LOBO FRONTAL Impulso e Ambição Resolução de problemas Flexibilidade Cognitiva Capacidade de planejar Pensamento sequencial de tempo Consciência do meio social Empatia Humor Insight Impulsividade Julgamento Abstração Working memory FUNÇÕES DO LOBO TEMPORAL Percepção Orientação da realidade Memória Funções do sistema límbico Compreensão de eventos emocionais Conexão entre as percepções atuais e as lembranças do passado Aprendendo com a experiência 3

4 Neuropatologia Anormalidades estruturais Aumento do volume ventricular consequência da diminuição do tecido cerebral. Atrofias focais ou difusas do neocortex e diminuição das estruturas do lobo temporal medial(principalmente o hipocampo) e do tálamo. Estima-se se que haja diminuição de 5-10% do volume cerebral, principalmente massa cinzenta. Neuropatologia Hipótese Esquizofrenia é uma patologia neurodesenvolvimental. As alterações responsáveis pelos sintomas da doença aconteceriam durante o desenvolvimento do sistema nervoso central, principalmente no período da gestação. AS CINCO DIMENSÕES SINTOMÁTICAS ESQUIZOFRENIA SINTOMAS POSITIVOS MESOLÍMBICO SINTOMAS NEGATIVOS MESOCORTICAL/PFC N. ACCUMBENS SINTOMAS COGNITIVOS PFC DORSOLATERAL SINTOMAS AGRESSIVOS C. ORBITOFRONTAL/ (T. IMPULVIVIDE) C. AMIGLÓIDE SINTOMAS AFETIVOS PFC VENTROMEDIAL Sintomas positivos da Psicose Alucinações e Delírios Discurso desorganizado Distorção ou exageros da linguagem e comunicação. Pensamento Incongruente Afeto Incongruente Agitação Psicomotora Excesso de funções Normais ( mesolímbica) 4

5 Sintomas negativos da Psicose Anedonia, Alogia, Avolição, Atenção Prejudicada. Embotamento Afetivo, pobreza afetiva Redução da Iniciativa, Passividade Falta de espontaneidade. Dificuldade de pensamento abstrato Déficit intelectual e de memória Isolamento Social Prejuízo das funções sociais - Autismo Os sintomas negativos e a letra a Anedonia Incapacidade de sentir prazer. Avolição restrição na iniciação de comportamentos direcionados a objetivos. Alogia restrição na fluência e percepção do pensamento e do discurso Achatamento afetivo restrição na variação e na intensidade da expressão emocional. Atenção prejudicada. Diminuição ou Perda de Funções Normais Sintomas Cognitivos da Psicose Problemas em estabelecer e manter objetivos. Problemas em alocar recursos atencionais Problemas em manter atenção Problemas em avaliar funções Problemas em monitorar desempenho Problemas em estabelecer prioridades Problemas em modular comportamento com base em pistas sociais Problemas aprendizado seriado Fluência verbal alterada Dificuldade na resolução de problemas Sintomas Agressivos da Psicose Franca hostilidade: agressividade verbal ou física, ou mesmo violência Comportamento auto-agressivo incluindo suicídio Piromania e outros danos a bens pessoais Atuações sexuais OBS SINTOMAS AGRESSIVOS PRESENTES EM: TAB, PSICOSE INFÂNCIA, TPA, TPB, TUAD, D. ALZHEIMER, TH, T. CONDUTA CRIANÇAS 5

6 Sintomas Afetivos da Psicose Humor deprimido Humor ansioso Culpa Tensão Irritabilidade Preocupação OBS SINTOMAS AFETIVOS PRESENTES EM: Prevalência de Esquizofrenia População 1% Parentes de 2o grau 3% Parentes de 1o grau 10% Gêmeos Dizigóticos 12-14% Gêmeos Univitelinos 50% TAB, TDM, T. ESQUIZOAFETIVO, DEMÊNCIAS ORGÂNICAS, DEPRESSÃO PSICÓTICA, T. PSICÓTICOS NA INFÂNCIA Etiologia - Fatores Ambientais Estresse Eleva a incidência de surtos. Críticas ao comportamento Recidivas. Clima Frio Maior prevalência. Sexo Masculino Maior prevalência inicial Infecções Virais na Gestante. Complicações no no Trabalho de Parto Hipóxia. Outros Fatores: Nutricionais, etc Mecanismo de Ação dos Neurolépticos Clássicos Antagonistas Competitivos Antagonistas Competitivos H1 Antagonistas α-noradrenérgicos Antagonistas Muscarínicos. 6

7 Variação e dose clínica média para controlar a esquizofrenia (mg/d) 10-7 Promazina D 2 Clorpromazina Trazodona 10-8 Clozapina Molindona Tioridazina 10-9 Trifluoperazina Tiotixeno Haloperidol Pimozida Benperidol Spiroperidol Transmissão dopaminérgica: Síntese e Biotransformação da dopamina Transmissão dopaminérgica - Síntese Receptores dopaminérgicos T D1 7

8 Vias Dopaminérgicas no SNC Sistemas Diencefálicos e Outros 1. Via Tuberoinfundibular: Inibição da secreção de Prolactina. Estímulo da secreção de GnT, GH, ACTH (?) 2. Via Incertohipotalâmica Controle da Atividade SEXUAL 3. Via Meduloperiventricular Controle do comportamento alimentar 4. Via Nigroipocampal Aprendizado motor (?) 5. Zona Deflagradora de Quimiorreceptor (CTZ) Centro de ÊMESE (Bulbo) Glu Glu Glu + 8

9 HIPÓTESES ESQUIZOFRENIA ALÇA CSTC CRIA FILTRO TALÂMICO HIPERATIVIDE DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBI SINTOMAS POSITIVOS PSICOSE N. Accumbens PFC HIPOATIVIDE GLUTAMATÉRGICA NM CÓRTICOESTRIATAL CÓRTICOACUMBENTE SOBRECARGA SENSORIAL Tálamo SINTOMAS POSITIVOS NEGATIVOS/COGNITIVOS/ AGRESSIVOS/AFETIVOS (-) MESOLÍMBICA REDUZ O FILTRO TALÂMICO INIBIÇÃO TÔNICA DO PFC SOBRE I. SENSORIAIS NO TÁLAMO PFC PFC N. Accumbens ATV N. Accumbens (-) Tálamo Tálamo Imput Sensoriais (-) (-) 9

10 HIPERATIVIDE MESOLÍMBICA REDUZ INIBIÇÃO TÔNICA HIPOATIVIDE NM PRODUZ SOBRECARGA SENSORIAL PFC SINTOMAS POSITIVOS PFC N. Accumbens ATV N. Accumbens ATV (-) (-) Tálamo I. Sensoriais Tálamo I. Sensoriais (-) (-) HIPOATIVIDE NM PRODUZ SOBRECARGA MESOLÍMBICA SINTOMAS POSITIVOS PFC AÇÃO DOS ANTI-PSICÓTICOS NOS RECEPTORES ÉRGICOS N. Accumbens ATV (-) Tálamo I. Sensoriais AÇÃO INIBITÓRIA PRÉ-SINÁPTICA FEEDBACK NEGATIVO (-) STRESS AÇÃO INIBITÓRIA PÓS-SINÁPTICA: AÇÃO ESTIMULANTE EM NEURÔNIOS GABAÉRGICOS AÇÃO INIBITÓRIA EM NEURÔNIOS GLUTAMATÉRGICOS 10

11 AÇÃO DOS ANTI-PSICÓTICOS NOS RECEPTORES ÉRGICOS AÇÃO NOS RECEPTORES COM USO CONTÍNUO D1 AC AMPc ATP PKA PKA CREB D-1 X AC AMPc AP AP AP D1 Equilíbrio D1 x Reduz a UP-REGULATION Adenil- Ciclase AP AÇÃO DOS ANTI-PSICÓTICOS USO CONTÍNUO DE ANTI-PSICÓTICOS REDUZ A FREQUÊNCIA DE DISPAROS DOS NEURÔNIOS DOPAMINÉRGOS AUMENTA O FREIO NEURONAL ÉRGICO NAS VIAS: MESOLÍMBICA CONTROLE DE SINTOMAS POSITIVOS MESOCORTICAL PIORA SINTOMAS NEGATIVOS NIGROESTRIATAL SEP TUBEROINFUNDIBULAR HIPERPROLACTINEMIA INCERTOHIPOTALÂMICA DISFUNÇÃO SEXUAL Antipsicóticos Clássicos Fenotiazínicos Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual/Máx Clorpromazina Amplictil 200 a 800/ Cp 25 e 100 mg HCl Clorpromazina Gt 20 ml a 4% Longactil Ap 5 ml (5 mg/ml) Gt 40mg/ml Flufenazina Flufenan 2 a 20/30 Cp 5 mg HCl Flufenazina Flufenan depot Ap 1 ml (25 mg/ml) Enantato Tioridazina Melleril 150 a 600/ Dg 10, 25, 50, 100 e mg Sol VO 30 mg/ml 11

12 Fenotiazínicos - continuação Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Levomepromazina Neozine, Levozine Neozine gotas Importante ação anticolinérgica Cp 25(*) e 100 mg Ap 5ml (5 mg/ml) Fr 20 ml sol 4% Pipotiazina Piportil Cp 10 mg Pipotiazina palmitato Piportil L4 Ap 1 e 4 ml (25 mg/ml) Antipsicóticos Fenotiazínicos estrutura química Características: Baixa potência Efeito sedativo Efeito anticolinérgico Bloqueio α Ação em pacientes bipolares Fenotiazínicos Nível plasmático em 2 a 4 horas. Eliminação: 10 a 20 horas. Indicações: Psicose 30 a 75 mg/dia VO divididos em 2 a 4 doses. Êmese Soluço Outros usos: Abstinência ao etanol, porfiria e tétano 25 a 50 mg IM, 3 a 4 vezes ao dia Butirofenonas Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Haloperidol Haldol 2 a Cp 1 e 5 mg, Gt 2 mg/ml Ap 5 mg/ml Haloperidol Haldol Decanoato Ap 70,52 mg/ml (50 mg) decanoato (50 a 150 mg/4 sem ou 300 mg/4 sem) Efeitos: Sedativos, Hipotensor, SEP. Droperidol 12

13 Antipsicóticos Butirofenônas estrutura química Características: Elevada potência e eficácia Menor ação sedativa; Pouca ação anti-ach e anti-α Síndrome extrapiramidal (SEP) importante Antipsicóticos Clássicos disponíveis no Brasil-3 - Tioxantenos Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Zuclopentixol Clopixol 10 a 75 Cp 10 e 35 mg Dicloridrato Zuclopentixol Clopixol 10 a 75 Ap 50 mg/ml (IM) Acetato Acuphase Zuclopentixol Clopixol 10 a 75 Ap 200 mg/ml (IM) Decanoato Depot Antipsicóticos Tioxantenos estrutura química Difenilbutilpiperidinas Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Pimozida Orap 2 a Cp 1 e 4 mg Penfluridol Semap 20 a Cp 20 mg Efeitos: Sedativos, Hipotensor, SEP. 13

14 Antipsicóticos Difenilbutilpiperidinas estrutura química Efeitos Extrapiramidais Iniciais 1. Reações distônicas agudas - caretas, torcicolo, crise oculógira. Redução da dose e/ou uso de anti-ach. 2. Acatisia - desconforto ou tensão referida às pernas. Redução da dose; ansiolíticos ou propranolol. 3. Síndrome parkinsoniana - hipocinesia, rigidez, tremor em repouso, instabilidade postural. Uso de anti-ach 4. Opistótono. Efeitos colaterais agudos Distonia Crises oculógiras, torcicolo ou opistótono, protrusão ou torção da língua, espasmo de laringe, caretas, mandíbula travada e contrações nas mãos e braços. Ainda: deslocamento da articulação temporo- mandibular e espasmos de laringe Mais comuns jovens do sexo masculino. Uso de anticolinérgicos: biperideno 5mg IM, melhora em min. Bloqueio de receptores na via dopaminérgica nigro- estriatal Efeitos colaterais agudos Akatisia - sensação subjetiva de inquietação. Movimentos característicos: inquietude das pernas e impossibilidade de ficar parado no mesmo lugar. Propanolol 30-90mg/dia até ajuste da medicação e substituição com atípico. 14

15 Efeitos colaterais agudos Pseudoparkinsonismo bloqueio de receptores em vias nigroestriatais. Tríade clássica: bradicinesia, rigidez muscular, tremor fino. Fator importante para risco de Discinesia Tardia (?) Biperideno, amantadina, lorazepam Síndrome Neuroléptica Maligna Catatonia, Estupor, Hipertermia. Instabilidade Autonômica flutuações na PA. Flutuações Intensidade de TREMOR Rude. Elevação da Creatina cinase plasmática. Suspensão imediata do Tratamento; Cuidados de suporte. Bromocriptina e Dantroleno Mortalidade > 10% (persistência por mais de uma semana). Efeitos Extrapiramidais Tardios 1. Tremores periorais: freqüência 5 a 7 Hz. Suspensão do medicamento; Anti-ACh. 2. DISCINESIA TARDIA Discinesia orofacial, coreoatetose ou distonia disseminada. Prevalência: 15 a 25% Fatores de risco: pacientes idosos; distúrbios de humor. Tratamento Insatisfatório neurolépticos potentes (doses maiores), reserpina, tetrabenazina. Bloqueio Túbero-infundibular e Incertohipotalâmico 1. Hiperprolactinemia: Dor nas mamas, Ginecomastia, Galactorréia, Disfunção erétil. 2. Amenorréia 3. Redução da Libido. 4. Disfunção erétil em homens. Sem correlação com o parkinsonismo. 15

16 Efeitos Colaterais em outros sistemas Antipsicóticos Atípicos ASD 1. Bloqueio Muscarínico Xerostomia, cicloplegia, constipação Retenção urinária, glaucoma SEP 2. Bloqueio α-noradrenérgico Hipotensão postural, sedação, ejaculação retrógrada 3. Bloqueio H1: sedação e ganho ponderal Em geral, tolerância com o uso contínuo. Não provocam SEP ou provocam SEP de menor intensidade. Resposta em pacientes com sintomas negativos 2A ASD ASD e via Tuberoinfundibular FBN ATP ATP 0 ASD APC N. Caudado Putâmen NÃO PROVOCA Controle SEPMotor ASD APC S. CONTROLE Límbico SINAIS POSITIVOS Psicose ASD APC APC ASD Córtex Pré-frontal FBN RESPOSTA AGRAVA MedialEM SINAIS SINAIS Volição; NEGATIVOS Planejamento R 5-H T APC ASD ASD R Inibe a liberação de PRL Aumenta a liberação de PRL NEUROHIPÓFISE ASD APC 16

17 RESUMO S AÇÕES SOBRE A Antipsicóticos atípicos - estrutura 1a Buspirona Buspirona 2a Antipsicóticos Atípicos Clozapina Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Clozapina Leponex 150 a 900 Cp 25 3e 100 mg 450 Efeitos: Sedativos, Hipotensor, ADH, Agranulocitose. Resposta em sintomas negativos. Não provoca distúrbios extrapiramidais Clozapina Agranulocitose Ação tóxica direta na medula óssea. Prevalência: 1% independente da dose. Maior entre a 5ª e 20ª semana de tratamento. Controle hematológico semanal: 1ªs 18 semanas. Controle mensal após 18 semanas. Início súbito: febre, mal-estar, infecção das vias aéreas superiores deve ser seguido de contagem sanguínea completa. Retirada do fármaco, isolamento reverso, Estimulantes de medula óssea e tratamento agressivo de infecções 17

18 TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Clozapina Mecanismos de ação Antipsicóticos Atípicos - Risperidona Antipsicóticos Atípicos - Olanzapina Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Risperidona Risperdal 2 a 8 16 Cp 1, 2 e 3 mg Viveldal Cp 1, 2 e 3 mg Zargus Cp 1, 2 e 3 mg Efeitos: Sedativos, Hipotensor, SEP. Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx Olanzapina Zyprexa 5 a 20 mg C 2.5, 5 e 10 mg Ação em: D 1, D 2, D 3, D 4, D 5, M 1-5, H 1, α 1, 2A/C, 3, 5- HT 6. Reduz atividade de Neurônios A10 sem afetar área A9 Menor incidência de SEP, DT e SNM. Sonolência, Ganho ponderal, Hiperprolactinemia. HIPERTRIGLICERIDEMIA, DIABETES 18

19 Olanzapina mecanismo de ação Zyprexa (2, mg) Metabolismo via CYP1A2 Tabagismo, Carbamazepina Risco de hepatotoxicidade Precauções quando há risco de SNM, febre alta ou Discinesia tardia. Efeitos adversos: Ganho ponderal, sonolência, Diabetes, hipertrigliceridemia. Antipsicóticos Atípicos - Quetiapina Seroquel Fumarato ( mg) Não causa SEP, nem Hiperprolactinemia. Cataratas em modelos animais Ganho ponderal Melhora o humor no bipolar Melhora a cognição na esquizofrenia e na demência Antipsicóticos Atípicos Ziprasidona Geodon Não tem ação anti-h1 Baixos efeitos SEP Ação em bipolares Melhora a cognição Prolonga intervalo QT Agonistas Parciais D-2 (Novos Antipsicóticos Atípicos) Aripiprasol Bifeprunox Amisulprida Sulpirida 19

20 Outros Antipsicóticos Atípicos: Agonistas parciais Outros Antipsicóticos atípicos disponíveis no Brasil Fármaco Nome Doses (mg) Apresentação (químico) Comercial Usual Máx ARIPIPRAZOL (Abilify ) INDICAÇÕES Esquizofrenia TAB Agonista Parcial de e 1a Antagonista de 2a EFEITOS ADVERSOS Constipação, Acatisia, Sedação, SEP Bloqueio Alfa-1: hipotensão ortostática e taquicardia. Amisulprida Socian 600 a 1200 Cp 200 mg Sulpirida Dogmatil 400 a 800 Cs 50 e 200 mg Equilid Gt 30 ml (20 mg/ml) Cs 50 e 200 mg Hiperprolactinemia importante. Uso em pediatria. Sulpirida + Sulpan Cs 25 mg e 1 mg Bromazepam (Sem ação antipsicótica) Farmacocinética dos Antipsicóticos Clássicos Via Oral - absorção errática e imprevisível. Pico de concentração - 2 a 3 horas. Biodisponibilidade VO Baixa Primeira Passagem. IM - 4 a 10 vezes maior. Distribuição: SNC, pulmões, c. fetal, leite, outros. VD ± 20 L/kg; T1/2 20 a 40 horas; Ligação à Albumina 85% Biotransformação SMH - Fases 1 e 2 (met. Ativos) Excreção: urina e bile. Duração do Efeito (dose única): 24 h ou mais Steady-state: 4 a 7 dias de tratamento. Remoção por diálise quase impossível (desnecessário). Curva Dose x Resposta dos Antipsicóticos Resposta Normal Efeito Clínico Letal Dose 20

21 Resposta curvilínea - Janela Terapêutica Efeito Clínico Letal Dose Tipos de Associação Dose x Efeito Droga No casos Relação Tipo de relação avaliados Sim Não Linear Curvilínea Clorpromazina Flufenazina Haloperidol Perfenazina Tioridazina Tiotixeno TOTAL Indicações dos Antipsicóticos Interações Farmacológicas com Antipsicóticos Esquizofrenia. Transtornos de personalidade Transtorno delirante persistente Transtorno bipolar Depressão grave com aspecto psicótico. Delirium (estado confusional agudo). Intoxicação Anfetamínica, cocaína e Alucinose Alcoólica (risco vascular aumentado) Síndrome de tiques (doses baixas) Coréia de Huntington (doses baixas) Demências Agitação (doses baixas). Compostos Antiácidos Anticoagul Orais AD Tricíclicos Álcool etílico Depressores Anfetaminas e L-DOPA Anticolinérgicos Mecanismo Red da absorção AP inibe SMH Ídem Potencialização Ídem Antagonismo Sinergismo Anticonvulsivantes AP reduz limiar Antihipertensivos Potencialização Resultado Reduz eficácia dos APs Risco de hemorragias. Aumenta [ADT] plasma Aumenta a sedação. Ídem Reduz eficácia dos APs Reversão da SEP Aumenta efeitos colaterais Reduz eficácia dos Acs. Hipotensão pronunciada. 21

22 NEUROIMAGEM E A HIPÓTESE NEURODESENVOLVIMENTAL Técnicas de Neuroimagens Taxa de perda neuronal em 5 anos. 22

23 Resumo da Hipótese atual Genes x migração celular GENES G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 ALTERAÇÃO NA MIGRAÇÃO CELULAR E ORIENTAÇÃO NO HIPOCAMPO ESTRESSE PRECOCE INTRA-UTERINO PERINATAL AJUSTE E COMPENSAÇÃO FISIOLÓGICOS LESÃO PRECOCE MESOCORTICAL Papel das vias dopaminérgicas ESQUIZOFRENIA GENES CANDITOS: Via Mesocortical FBN LESÃO TARDIA CÓRTEX PRÉ-FRONTAL Lesão CÓRTEX Precoce TEMPORAL SISTEMA LÍMBICO Gene DTNBP1 ou disbindina-1 (região 6p24-22) Ptn disbindina-1 NRG1 ou neuroregulina-1 (região 8p21-22) Ptn Neuroregulina1 HIPERATIVIDE Via Mesolímbica DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBICA HIPOATIVIDE GLUTAMATÉRGICA SINTOMAS POSITIVOS NEGATIVOS PSICOSE α-distrobrevina DISTROFINA β-distrobrevina PLASTICIDE SINÁPTICA E TRANSDUÇÃO DE SINAL Reduz sinalização e ALTERAÇÃO NO GENE? regulação de NM no PFC e Hipocampo REGULA RECEPTORES ACOPLADOS A TIROSINA CINASE Alteração em Migração Neuronal, Sinaptogênese, Diferenciação ALTERAÇÃO Glial, NO Mielinização GENE? e Plasticidade Sináptica em NM, GABA e ACh 23

24 ESQUIZOFRENIA OUTRAS ALTERAÇÕES GENÉTICAS POLIMORFISMO COMT (Substituição da metionina pela valina BAIXA ATIVIDE COMT NO PFC AUMENTO NOS NÍVEIS DE DOPAMINA Dopamina Catecol-orto- Metil Transferase Metabólito inativo FATORES AMBIENTAIS LIGADOS A ESQUIZOFRENIA Complicações obstétricas Infecções pré-natais Neurodesenvolvimento anormal FATORES AMBIENTAIS: COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS Hipóxia Isquemia cerebral pré- e perinatal INFECÇÕES PRÉ-NATAIS LIGAS À ESQUIZOFRENIA Vírus Influenza (2º trimestre) Herpes, Toxoplasmose e Rubéola Controvérsias Hemorragia intra ou periventricular Ventriculomegalia: Ventrículos laterais e Terceiro Ventrículo INFECÇÃO Hormônios Estressores, Inflamação Citocinas Imunoglobulinas Hipóxia pode alterar neurotransmissores Homens (?) Nascimento prematuro, baixo peso e privação nutricional durante a gestação. ALTERAÇÃO NO NEURODESENVOLVIMENTO LESÃO 24

25 FATORES AMBIENTAIS QUE INCIDEM NA IDE ADULTA Drogas de abuso: Ketamina, Anfetamina, Cocaína, Cannabis e LSD podem induzir sintomas psicóticos e esquizofrenia aguda. Fatores psicossociais também contribuem para o início e a persistência da esquizofrenia, sendo que eventos estressantes do dia-dia parecem ser cruciais. Tratamentos Farmacológico ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS: FENOTIAZINAS: Clorpromazina, Levomepromazina BUTIROFENONAS: Haloperidol, Triperidol VANTAGENS de fácil acesso (baratos, disponíveis na rede pública) DESVANTAGENS Aumento dos sintomas negativos, risco de discinesias. Doses dos medicamentos Medicamentos de depósito no Brasil Clorpromazina mg Tioridazina (Melleril) mg Haloperidol 1-50mg Fármacos atípicos no Brasil 25

26 Dose de antipsicóticos atípicos Risperidona 2-16mg Quetiapina mg Olanzapina 5-20mg Ziprazidona mg Aripiprazol 15-30mg Tratamento farmacológico alternativo Clozapina Controle Hematológico. Benzodiazepínicos lorazepam, diazepam, clonazepan. Anticonvulsivantes Antidepressivos Intervenções psicossociais Individuais Intervenções na família encorajar a participação de familiares e cuidadores que possam estar envolvidos em psicoeducação. Terapia de Grupo Programas de intervenção precoce educar famílias e pacientes a perceberem e lidar com sintomas prodrômicos e encoraja-los a procurar intervenção precoce. Intervenções na comunidade Reabilitação Grupos de auto-ajudaajuda 26

Alexandre Pereira, Msc. Antipsicóticos

Alexandre Pereira, Msc. Antipsicóticos Alexandre Pereira, Msc Antipsicóticos Antipsicóticos Indicações Psicose como característica definidora Esquizofrenia Transtorno psicótico induzido por substância Transtorno delirante Transtorno psicótico

Leia mais

Antipsicóticos 27/05/2017. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais

Antipsicóticos 27/05/2017. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais Psicofarmacologia Antipsicóticos Psicose Variedade de transtornos mentais Delírios (crenças falsas) Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Vários tipos de alucinações Esquizofrenia:

Leia mais

Antipsicóticos 02/02/2016. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais

Antipsicóticos 02/02/2016. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais Psicofarmacologia Psicose Variedade de transtornos mentais Delírios (crenças falsas) Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Vários tipos de alucinações Esquizofrenia: tipo de psicose

Leia mais

Prof. Msc. Carlos Renato Nogueira Mestre em Neurofarmacologia (UFC)

Prof. Msc. Carlos Renato Nogueira Mestre em Neurofarmacologia (UFC) Prof. Msc. Carlos Renato Nogueira Mestre em Neurofarmacologia (UFC) O termo psicose define um grande número de distúrbios mentais. A esquizofrenia é um tipo de psicose, caracterizado por uma percepção

Leia mais

ANTIPARKINSONIANOS. FARMACOLOGIA II Prof. Ana Alice Universidade Nove de Julho

ANTIPARKINSONIANOS. FARMACOLOGIA II Prof. Ana Alice Universidade Nove de Julho ANTIPARKINSONIANOS FARMACOLOGIA II Prof. Ana Alice Universidade Nove de Julho MAL OU DOENÇA DE PARKINSON (DP) Caracterizado: Bradicinesia Rigidez muscular Tremor em repouso Desequilíbrio postural - distúrbios

Leia mais

Alexandre de Araújo Pereira Psiquiatra, Msc, Doutorando em Medicina pela UFMG Professor do Curso de Medicina UNIFENAS - BH

Alexandre de Araújo Pereira Psiquiatra, Msc, Doutorando em Medicina pela UFMG Professor do Curso de Medicina UNIFENAS - BH Alexandre de Araújo Pereira Psiquiatra, Msc, Doutorando em Medicina pela UFMG Professor do Curso de Medicina UNIFENAS - BH PREMISSA: Circuitos cerebrais disfuncionais podem mediar sintomas psiquiátricos

Leia mais

AULA 7 BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS. Prof. Márcio Batista

AULA 7 BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS. Prof. Márcio Batista AULA 7 FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS Prof. Márcio Batista INTRODUÇÃO USO RACIONAL: Brasil é o 9º país do mundo em consumo per capita de medicamentos. Brasil

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas

Anexo II. Conclusões científicas Anexo II Conclusões científicas 15 Conclusões científicas Haldol, que contém a substância ativa haloperidol, é um antipsicótico do grupo das butirofenonas. É um potente antagonista dos recetores de dopamina

Leia mais

Distúrbios Neurodegenerativos

Distúrbios Neurodegenerativos Distúrbios Neurodegenerativos Mecanismos de Morte Neuronal Excitotoxicidade Apoptose Estresse oxidativo Excitotoxicidade Os aminoácidos excitatórios (EAA), por ex glutamato podem causar morte neuronal.

Leia mais

AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira

AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira AGITAÇÃO PSICOMOTORA Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira CONCEITO Estado de excitação mental e de atividade motora aumentada, associada a uma experiência subjetiva

Leia mais

Medicação Pré-anestésica Medicação Pré-anestésica (MPA) Medicação Pré-anestésica Considerações Importantes

Medicação Pré-anestésica Medicação Pré-anestésica (MPA) Medicação Pré-anestésica Considerações Importantes ! (MPA)! Introdução! Auxiliar a contenção do paciente, modificando seu comportamento! Reduzir o estresse! Promover analgesia e miorrelaxamento! Potencializar fármacos indutores anestésicos! Minimizar os

Leia mais

Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Liberação do neurotransmissor

Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Liberação do neurotransmissor Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central Liberação do neurotransmissor Fonte: Silverthorn, 2002 1 Exocitose Fonte: Golan et al., 2009 Término da ação do neurotransmissor 1 2 3 Fonte:

Leia mais

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL I (Ansiolíticos e hipnóticos) Prof. Igor Bomfim

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL I (Ansiolíticos e hipnóticos) Prof. Igor Bomfim FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL I (Ansiolíticos e hipnóticos) Prof. Igor Bomfim O sintoma principal é a expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, mórbida. ANSIEDADE ANSIEDADE Normal: - Adapta

Leia mais

UNA-SUS Universidade Aberta do SUS SAUDE. da FAMILIA. CASO COMPLEXO 5 Amélia. Fundamentação Teórica: Esquizofrenia

UNA-SUS Universidade Aberta do SUS SAUDE. da FAMILIA. CASO COMPLEXO 5 Amélia. Fundamentação Teórica: Esquizofrenia CASO COMPLEXO 5 Amélia : José Cássio do Nascimento Pitta Introdução A esquizofrenia não é uma dupla personalidade, como muitas pessoas imaginam por causa de seu nome. A doença é chamada esquizo (fragmentada

Leia mais

Fármacos antidepressivos. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia

Fármacos antidepressivos. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Jequié 2015 Introdução Depressão é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns Classificação Depressão

Leia mais

Terapêutica Farmacológica nas Perturbações do Espectro Autista

Terapêutica Farmacológica nas Perturbações do Espectro Autista Terapêutica Farmacológica nas Perturbações do Espectro Autista Paula Correia,, Armando Fernandes, Miguel Palha Centro de Desenvolvimento Infantil- Hospital Santa Maria Patologia Pervasiva do Desenvolvimento

Leia mais

Módulo: Tratamento das Psicoses

Módulo: Tratamento das Psicoses Especialização em Neuropsicologia Módulo: Tratamento das Psicoses Profa. Dra. Caroline Addison C. X. de Medeiros carolineaddisonfarma@yahoo.com.br Psicoses Descreve a perda de contato com a realidade A

Leia mais

Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica Farmacocinética dos fármacos antiepilépticos... 35

Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica Farmacocinética dos fármacos antiepilépticos... 35 Índice Parte 1 - Bases para a terapêutica com fármacos antiepilépticos Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica... 19 Classificação das Crises Epilépticas (1981)... 20 Classificação

Leia mais

Doença de Huntington. Aspectos Clínicos, Diagnósticos e Terapêuticos. quinta-feira, 29 de maio de 14

Doença de Huntington. Aspectos Clínicos, Diagnósticos e Terapêuticos. quinta-feira, 29 de maio de 14 Doença de Huntington Aspectos Clínicos, Diagnósticos e Terapêuticos Doença de Huntington Doença neuro-degenerativa de causa genética Herança autossômica dominante Mutação genética no cromossomo 4 - região

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona SOLICITANTE Drª Sabrina da Cunha Peixoto Ladeira Juíza de Direito do Juizado Especial -Pirapora NÚMERO DO PROCESSO

Leia mais

Epilepsia.! Causas prováveis:! infarto cerebral! tumor! infecção! trauma! doença degenerativa

Epilepsia.! Causas prováveis:! infarto cerebral! tumor! infecção! trauma! doença degenerativa Anticonvulsivantes Epilepsia! Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 1% da população.! Caracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células

Leia mais

FARMACOLOGIA CURSO DE FARMÁCIA. SISTEMA NERVOSO CENTRAL Prof. Cezar

FARMACOLOGIA CURSO DE FARMÁCIA. SISTEMA NERVOSO CENTRAL Prof. Cezar FARMACOLOGIA CURSO DE FARMÁCIA SISTEMA NERVOSO CENTRAL Prof. Cezar DROGAS PSICOTRÓPICAS Conceito: drogas com tropismo para o SNC e que afetam o humor e o comportamento. Classificação-sugerida pela OMS

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental TEMAS Psicopatologia geral. Transtornos psicológicos, cognitivos, relacionados ao uso

Leia mais

Farmacologia dos transtornos de ansiedade. Profa. Dra. Thais Porto Ribeiro Pós-doutorado na Université de Strasbourg - FRANÇA

Farmacologia dos transtornos de ansiedade. Profa. Dra. Thais Porto Ribeiro Pós-doutorado na Université de Strasbourg - FRANÇA Farmacologia dos transtornos de ansiedade Profa. Dra. Thais Porto Ribeiro Pós-doutorado na Université de Strasbourg - FRANÇA Grego: ANSHEIN que significa OPRIMIR/ SUFOCAR O que é ansiedade? Angústia: Desejo,

Leia mais

Ansiedade. Estado de tensão,apreensão ou inquietude,com causa iden4ficável ou não

Ansiedade. Estado de tensão,apreensão ou inquietude,com causa iden4ficável ou não Ansiedade Estado de tensão,apreensão ou inquietude,com causa iden4ficável ou não Manifestações somá4cas freqüentemente associadas:(palpitação torácica,sudorese,tremores Ansiedade Manifestações leves ou

Leia mais

Saúde Mental do Adolescente. Perturbações Psicóticas

Saúde Mental do Adolescente. Perturbações Psicóticas Saúde Mental do Adolescente Perturbações Psicóticas Edifício Egas Moniz 15. Abril 11 Margarida Crujo Área de Pedopsiquiatria do CHLC overview - apontamento histórico - epidemiologia - etiologia - apresentação

Leia mais

ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS

ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS ANSIEDADE PATOLÓGICA ANSIEDADE: Reclamações verbais e queixas frequentes Efeitos somáticos com taquicardia, sudorese, distúrbios gastrintestinais Interferencia com a atividade

Leia mais

Desordens Pisiquiátricas

Desordens Pisiquiátricas Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde Desordens Pisiquiátricas Manoelito Coelho dos Santos Junior Feira de Santana Conceitos Básicos Sedativo: efeito calmante Ansiolíticos: reduz

Leia mais

Trabalho realizado sob a orientação da Professora Doutora Helena Quaresma. Ana Duarte Marco Correia

Trabalho realizado sob a orientação da Professora Doutora Helena Quaresma. Ana Duarte Marco Correia Trabalho realizado sob a orientação da Professora Doutora Helena Quaresma Ana Duarte Marco Correia CASTELO BRANCO junho, 2016 ESQUIZOFRENIA O QUE A ESQUIZOFRENIA É?......... O QUE A ESQUIZOFRENIA NÃO É?.........

Leia mais

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos,

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos, Diretrizes Gerais de Abordagem das Somatizações, Síndromes ansiosas e depressivas Alexandre de Araújo Pereira Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Somatizações Transtornos Depressivos

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 443/2014

RESPOSTA RÁPIDA 443/2014 RESPOSTA RÁPIDA 443/2014 SOLICITANTE Drª Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito da Comarca de Itapecerica NÚMERO DO PROCESSO 0335.14.1576-9 DATA 01/08/2014 Ao NATS, SOLICITAÇÃO Reinteramos solicitão

Leia mais

INTRODUÇÃO. Transtornos do humor ou transtornos afetivos:

INTRODUÇÃO. Transtornos do humor ou transtornos afetivos: ANTIDEPRESSIVOS Profª. MSc. INTRODUÇÃO 2 INTRODUÇÃO Transtornos do humor ou transtornos afetivos: Unipolar ocorrência de episódios depressivos; Bipolar ocorrência de episódios depressivos e de mania. INTRODUÇÃO

Leia mais

ANTI - INFLAMATÓRIOS Farmacologia Prof. Dr. José Edilson Gomes Júnior Enfermagem Parnamirim-RN Outubro/2016

ANTI - INFLAMATÓRIOS Farmacologia Prof. Dr. José Edilson Gomes Júnior Enfermagem Parnamirim-RN Outubro/2016 ANTI - INFLAMATÓRIOS 1 Farmacologia Prof. Dr. José Edilson Gomes Júnior Enfermagem Parnamirim-RN Outubro/2016 2 FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 3 INTRODUÇÃO Fármacos que atual no sistema nervoso

Leia mais

COMO EU TRATO ESQUIZOFRENIA PORTO ALEGRE-2016

COMO EU TRATO ESQUIZOFRENIA PORTO ALEGRE-2016 COMO EU TRATO ESQUIZOFRENIA PORTO ALEGRE-2016 Prof. Dr. Itiro Shirakawa Professor Titular de Psiquiatria pela UNIFESP-EPM Vice-presidente da ABP (2013-2016) Introdução dos Antipsicóticos e Redução da Internações

Leia mais

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron Status Epilepticus Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Roberto Caron Estado de Mal Epiléptico Classificação das Epilepsias Definição Status Epilepticus: Crise epiléptica com duração de pelo menos 5 minutos.

Leia mais

MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO

MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO III MÓDULO MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO 2016 ESCALA CIWA AR 1) Implementação da escala CIWA-ar foi associada à diminuição da incidência de delirium tremensfonte: http://www.revistas.usp.br/smad/article/view/119197

Leia mais

Aspectos práticos da psicofarmacoterapia em crianças e adolescentes

Aspectos práticos da psicofarmacoterapia em crianças e adolescentes Aspectos práticos da psicofarmacoterapia em crianças e adolescentes Heloisa Helena Alves Brasil Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psiquiatria. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade

Leia mais

Fármacos anticonvulsivantes. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia

Fármacos anticonvulsivantes. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Jequié 2015 Epilepsia: O segundo mais freqüente distúrbio neurológico depois do AVE Terapia padrão é capaz

Leia mais

Ansiedade Edvard Munch 1894

Ansiedade Edvard Munch 1894 Ansiedade Edvard Munch 1894 Ansiolíticos Fármacos utilizados no tratamento da ansiedade, reduzir sintomas ou intensidade das crises Hipnóticos São fármacos que causam sonolência e facilitam o início e

Leia mais

Opioides: conceitos básicos. Dra Angela M Sousa CMTD-ICESP

Opioides: conceitos básicos. Dra Angela M Sousa CMTD-ICESP Opioides: conceitos básicos Dra Angela M Sousa CMTD-ICESP OPIOIDES OPIOIDES Classificação receptores opióides Receptor opióide clássico MECANISMO DE AÇÃO Conceitos da farmacologia opióide Receptores μ

Leia mais

Drogas do Sistema Nervoso Central

Drogas do Sistema Nervoso Central Drogas do Sistema Nervoso Central Depressão Conceito: Transtorno do humor(abaixamento persistente de humor) que influencia profundamente o comportamento e o pensamento, uma síndrome com sintomas e sinais

Leia mais

DETERMINAÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS UTILIZADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ PARANÁ

DETERMINAÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS UTILIZADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ PARANÁ 23 a 26 de outubro de 2012 DETERMINAÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS UTILIZADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ PARANÁ Fabio Bahls Machado 1 ; Maurício Fábio Gomes 1 ; Sidney Edson Mella Junior 2, Eliane Aparecida

Leia mais

25 mg, 100 mg e 200 mg (comprimidos) Cópia dos exames: colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia de jejum

25 mg, 100 mg e 200 mg (comprimidos) Cópia dos exames: colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia de jejum TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO Portaria SAS/MS n 1203 04/11/2014 Medicamento RISPERIDONA QUETIAPINA OLANZAPINA CID 10 F25.0; F25.1; F25.2 Apresentação 1 mg e 2 mg (comprimidos) 25 mg, 100 mg e 200 mg (comprimidos)

Leia mais

27/05/2017. É um sintoma fundamental de muitos distúrbios psiquiátricos e um componente de muitas condições clínicas e cirúrgicas.

27/05/2017. É um sintoma fundamental de muitos distúrbios psiquiátricos e um componente de muitas condições clínicas e cirúrgicas. Psicofarmacologia Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia PSICOFARMACOLOGIA Distúrbios Psiquiátricos - Tratamento : 1950 10 a 15% de prescrições - EUA Brasil prevalência de transtornos

Leia mais

INTRODUÇÃO. Introduzida na terapêutica em 1903 barbital. Fenobarbital usado como anticonvulsivante

INTRODUÇÃO. Introduzida na terapêutica em 1903 barbital. Fenobarbital usado como anticonvulsivante BARBITÚRICOS 1 INTRODUÇÃO Breve Histórico Introduzida na terapêutica em 1903 barbital Fenobarbital usado como anticonvulsivante Amobarbital sódico em 1928, como anestésico geral I.V. Início da década de

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 08/2013

RESPOSTA RÁPIDA 08/2013 RESPOSTA RÁPIDA 08/2013 Assunto:Opção entre genérico e similar SOLICITANTE Dr. Damião Alexandre Tavares Oliveira Juiz de Direito - 1ª Vara Cível -Ponte Nova-MG NÚMERO DO PROCESSO Processo nº 0521.13.014435-0

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 105 /2013

RESPOSTA RÁPIDA 105 /2013 RESPOSTA RÁPIDA 105 /2013 SOLICITANTE Juíza de Direito: Dr(a). Juizado Especial 0512 Pirapora NÚMERO DO PROCESSO nº0512.13 003595-3 DATA 17/05/2013 1- O medicamento solicitados Venlafaxina (Venlift),é

Leia mais

ESQUIZOFRENIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR

ESQUIZOFRENIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELA ESQUIZOFRENIA PSICOPATOLOGIA ESQUIZOFRENIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR Profa. Dra. Marilene Zimmer PSICOLOGIA - FURG 2 A. Dois (ou mais) dos seguintes, cada qual

Leia mais

Mestrado em Bioquímica

Mestrado em Bioquímica Mestrado em Bioquímica Seminário de Neuroquímica/Neurobiologia Os gânglios da base alterações fisiopatológicas Sofia Ferreira ANATOMIA DOS GÂNGLIOS DA BASE GÂNGLIOS DA BASE Corpo estriado Globo pálido

Leia mais

BUNIL Injectável é uma solução injectável intramuscular, apresentado em embalagens de 5 ampolas de 2 ml.

BUNIL Injectável é uma solução injectável intramuscular, apresentado em embalagens de 5 ampolas de 2 ml. FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. -

Leia mais

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral Capítulo 1 Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral Do ponto de vista comportamental, dependência pode ser conceitualizada como um prejuízo na capacidade de inibir a busca por determinada droga em

Leia mais

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS II - NÚCLEOS DA BASE -

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS II - NÚCLEOS DA BASE - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA HUMANA TURMA 10-2013 CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS II - NÚCLEOS DA BASE - PROFª DRª VILMA G. O CEREBELO E OS GÂNGLIOS BASAIS AUXILIAM

Leia mais

Psicopatologia do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas

Psicopatologia do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas Universidade Federal do Rio de Janeiro Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas Psicopatologia do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas Marcelo Santos Cruz, MD, PhD Qual a melhor forma

Leia mais

DOENÇA A DE HUNTINGTON: Compreendendo e Convivendo

DOENÇA A DE HUNTINGTON: Compreendendo e Convivendo DOENÇA A DE HUNTINGTON: Compreendendo e Convivendo Kátia Osternack Pinto Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP katiadip@uol.com.br DOENÇA A DE HUNTINGTON Descrição

Leia mais

Farmacologia clínica do Sistema Nervoso central: Antipsicóticos e Lítio

Farmacologia clínica do Sistema Nervoso central: Antipsicóticos e Lítio Farmacologia clínica do Sistema Nervoso central: Antipsicóticos e Lítio Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia Jequié 2015 Antipsicótico ou neuroléptico

Leia mais

O que é uma lesão neurológica???????

O que é uma lesão neurológica??????? PLASTICIDADE NEURAL O que é uma lesão neurológica??????? Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Estruturas cerebrais Recuperação funcional? Como ocorre? Quais são as bases fisiológicas?

Leia mais

Clopsina cloridrato de clorpromazina

Clopsina cloridrato de clorpromazina Clopsina cloridrato de clorpromazina Comprimido e solução Uso oral APRESENTAÇÕES CLOPSINA 25 mg: caixas contendo 20 ou 200 comprimidos. CLOPSINA 100 mg: caixas contendo 20 ou 200 comprimidos. CLOPSINA

Leia mais

Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Psicologia Disciplina de Neurofisiologia

Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Psicologia Disciplina de Neurofisiologia Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Psicologia Disciplina de Neurofisiologia Bases neurofisiológicas da atenção Profª Maria da Soledade Recife - 2015 Introdução Cérebro humano é confrontado

Leia mais

HALO. haloperidol. Solução Injetável 5 mg/ml. Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE

HALO. haloperidol. Solução Injetável 5 mg/ml. Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE HALO haloperidol Solução Injetável 5 mg/ml Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE 1 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Halo haloperidol APRESENTAÇÕES Solução injetável de haloperidol

Leia mais

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CREMEC/Conselho Regional de Medicina do Ceará Câmara Técnica de Medicina Intensiva Câmara Técnica de

Leia mais

MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS

MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS CONCEITOS A OMS define DROGA como "toda substância química, natural ou sintética, que introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções". PSICOTRÓPICO:

Leia mais

Classificação. Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida Diuréticos de Alça Furosemida Diuréticos Poupadores de Potássio Espironolactona e Amilorida

Classificação. Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida Diuréticos de Alça Furosemida Diuréticos Poupadores de Potássio Espironolactona e Amilorida Diuréticos Classificação Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida Diuréticos de Alça Furosemida Diuréticos Poupadores de Potássio Espironolactona e Amilorida Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida Hidroclorotiazida:

Leia mais

Memória. Dr. Fábio Agertt

Memória. Dr. Fábio Agertt Dr. Fábio Agertt O que é? Memória O termo memória tem sua origem etmológica no latim memoriam e significa a faculdade de reter e readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos Função cerebral superior

Leia mais

Transtornos podem ser considerados como Psíquicos Psiquiátricos

Transtornos podem ser considerados como Psíquicos Psiquiátricos Transtornos podem ser considerados como Psíquicos Psiquiátricos Alguns autores colocam como alterações de comportamento não acompanhadas de alterações de consciência Conceito de neurose Conceito de psicose

Leia mais

HALOPERIDOL EMS SIGMA PHARMA. Solução Oral 2 mg/ml

HALOPERIDOL EMS SIGMA PHARMA. Solução Oral 2 mg/ml HALOPERIDOL EMS SIGMA PHARMA. Solução Oral 2 mg/ml I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO haloperidol - solução oral Medicamento Genérico Lei n 9.787 de 1999 APRESENTAÇÕES Solução oral de haloperidol (2 mg/ml)

Leia mais

FARMACOLOGIA DAS DOENÇAS NEURO- DEGENERATIVAS RELEVANTES EM GERIATRIA. FREDERICO MAXIMILIANO ANTUNES ROCHA GERIATRIA

FARMACOLOGIA DAS DOENÇAS NEURO- DEGENERATIVAS RELEVANTES EM GERIATRIA. FREDERICO MAXIMILIANO ANTUNES ROCHA GERIATRIA FARMACOLOGIA DAS DOENÇAS NEURO- DEGENERATIVAS RELEVANTES EM GERIATRIA FREDERICO MAXIMILIANO ANTUNES ROCHA GERIATRIA fmar9@uol.com.br INCAPACIDADE COGNITIVA DEMÊNCIA DELIRIUM DOENÇA MENTAL ESQUIZOFRENIA

Leia mais

INFORMAÇÃO AO PACIENTE: O Risperidon é indicado no tratamento de psicoses esquizofrênicas.

INFORMAÇÃO AO PACIENTE: O Risperidon é indicado no tratamento de psicoses esquizofrênicas. Risperidon Risperidona 1 mg - 2 mg - 3 mg FORMA FARMACÊUTICA E DE APRESENTAÇÃO: Comprimidos Revestidos - 1 mg Embalagem com 6, 20 e 200 comprimidos. Comprimidos Revestidos - 2 mg Embalagem com 20 e 200

Leia mais

Haloperidol. Prati-Donaduzzi Solução oral 2 mg/ml. Haloperidol_bula_paciente

Haloperidol. Prati-Donaduzzi Solução oral 2 mg/ml. Haloperidol_bula_paciente Haloperidol Prati-Donaduzzi Solução oral 2 mg/ml Haloperidol_bula_paciente INFORMAÇÕES AO PACIENTE haloperidol Medicamento genérico Lei n 9.787, de 1999 APRESENTAÇÃO Solução oral de 2 mg/ml em embalagem

Leia mais

EUTÍMICO EUTÍMICO 03/02/2014

EUTÍMICO EUTÍMICO 03/02/2014 Prof. José Reinaldo do Amaral EUTÍMICO Eficaz no controle da maniae da hipomania Eficaz no controle da depressão Sempioraro póloopostoda doença Eficaz naprofilaxiada maniae da depressão Estabiliza o humor

Leia mais

ANTIPSICÓTICOS DE SEGUNDA GERAÇÃO NO TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA

ANTIPSICÓTICOS DE SEGUNDA GERAÇÃO NO TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA ANTIPSICÓTICOS DE SEGUNDA GERAÇÃO NO TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA ANDRADE, Rafaela Ferreira rafa_powerrfl@hotmail.com Centro de Pós-Graduação Oswaldo Cruz Resumo: Os antipsicóticos se tornaram a base para

Leia mais

Fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central

Fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central Fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central FÁRMACOS QUE ACTUAM NO SNC Psicomodificadores Ansiolíticos, sedantes, hipnóticos Neurolépticos (ou antipsicóticos) Antidepressivos Estimulantes do SNC Psicodislépticos

Leia mais

Demência de Alzheimer. Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN

Demência de Alzheimer. Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN Demência de Alzheimer Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN Introdução Causa mais freqüente de demência (50% dos casos em > 65 anos) Neurotransmissores: diminuição de acetilcolina e

Leia mais

FUNÇÕES HIPOTALÂMICAS

FUNÇÕES HIPOTALÂMICAS Os mecanismos hipotalâmicos agem em conjunto, no sentido de preservar a homeostasia. ANATOMIA FUNCIONAL DO HIPOTÁLAMO O hipotálamo exerce sua influência sobre o meio interno através de três sistemas: Sistema

Leia mais

DOR PROTOCOLO DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA O NEUROLOGISTA. Laura Sousa Castro Peixoto

DOR PROTOCOLO DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA O NEUROLOGISTA. Laura Sousa Castro Peixoto DOR PROTOCOLO DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA O NEUROLOGISTA Laura Sousa Castro Peixoto DOR Dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial. IASP Tratamento

Leia mais

MELLERIL Solução Oral 30MG/ML

MELLERIL Solução Oral 30MG/ML MELLERIL Solução Oral 30MG/ML MELLERIL cloridrato de tioridazina APRESENTAÇÕES Solução oral 30mg/mL (3% por volume) - embalagem contendo um frasco de vidro com 50mL com dosador graduado em miligramas.

Leia mais

Doença neurodegenerativa caracterizada por um distúrbio crónico e progressivo do sistema nervoso central e tem inicio com a morte das células responsá

Doença neurodegenerativa caracterizada por um distúrbio crónico e progressivo do sistema nervoso central e tem inicio com a morte das células responsá Doença neurodegenerativa caracterizada por um distúrbio crónico e progressivo do sistema nervoso central e tem inicio com a morte das células responsáveis pela produção de dopamina; Sintomas Tremores Bradicinesia

Leia mais

EQUILID (sulpirida) Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. Cápsula Gelatinosa 50 mg

EQUILID (sulpirida) Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. Cápsula Gelatinosa 50 mg EQUILID (sulpirida) Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. Cápsula Gelatinosa 50 mg MODELO DE BULA Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento. APRESENTAÇÃO

Leia mais

APRESENTAÇÕES Comprimidos de 1 mg ou 5 mg de haloperidol em embalagem com 20 comprimidos.

APRESENTAÇÕES Comprimidos de 1 mg ou 5 mg de haloperidol em embalagem com 20 comprimidos. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Haldol haloperidol comprimidos APRESENTAÇÕES Comprimidos de 1 mg ou 5 mg de haloperidol em embalagem com 20 comprimidos. USO ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO COMPOSIÇÃO Haldol

Leia mais

Fisiopatologia Clínica dos Núcleos da Base e Doenças Correlatas

Fisiopatologia Clínica dos Núcleos da Base e Doenças Correlatas Fisiopatologia Clínica dos Núcleos da Base e Doenças Correlatas Dr. Fábio de Nazaré Oliveira Coordenador do Ambulatório de Transtornos do Movimento Dr. Carlos Eduardo Rocha Coordenador do Programa de Neurocirurgia

Leia mais

TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA

TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA FISIOLOGIA DA TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA O neurônio noradrenérgico: o Os neurônios noradrenérgicos na periferia são neurônios simpáticos pósganglionares, cujos corpos celulares

Leia mais

Demografia de patologias do SNC (USA)

Demografia de patologias do SNC (USA) Demografia de patologias do SNC (USA) - Insônia (60 milhões) - Enxaqueca (40 milhões) - Depressão (20 milhões) - Distúrbios de ansiedade (19 milhões) - Alzheimer (4 milhões) - (3 milhões) e Epilepsias

Leia mais

Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares. Profa. Fernanda Datti

Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares. Profa. Fernanda Datti Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares Profa. Fernanda Datti Circulação Batimentos cardíacos células musculares células neuromusculares Nodo sinoatrial (SA) Nodo atrioventricular (AV) Sistema Purkinje

Leia mais

Bromocriptina mesilato

Bromocriptina mesilato Material Técnico Identificação Fórmula Molecular: C 32 H 40 BrN 5 O 5.CH 4 O 3 S Peso molecular: 750.72 DCB/ DCI: 01466 - mesilato de bromocriptina / 3365 CAS: 22260-51-1 INCI: não aplicável Sinonímia:

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 414/2014 Síndrome de La Tourette

RESPOSTA RÁPIDA 414/2014 Síndrome de La Tourette RESPOSTA RÁPIDA 414/2014 Síndrome de La Tourette SOLICITANTE Dr. Andre Ladeira da Rocha Leão. Juiz de Direito/Titular do Juizado Especial da Comarca de Muriaé/MG. NÚMERO DO PROCESSO 0439 14 009135-6 DATA

Leia mais

Emergência Psiquiátrica. Prof. João Gregório Neto

Emergência Psiquiátrica. Prof. João Gregório Neto Emergência Psiquiátrica Prof. João Gregório Neto Emergência psiquiátrica Conceito Qualquer situação de natureza psiquiátrica em que existe um risco significativo (de morte ou injuria grave) para o paciente

Leia mais

Farmacoterapia na Depressão

Farmacoterapia na Depressão Farmacoterapia na Depressão TRANSTORNOS MENTAIS Entendem-se como transtornos mentais e comportamentais condições clinicamente significativas caracterizadas por alterações do modo de pensar e do humor (emoções)

Leia mais

SISTEMA NERVOSO PSIQUIATRIA

SISTEMA NERVOSO PSIQUIATRIA SISTEMA NERVOSO PSIQUIATRIA A) CONCEITOS Tipo de transtorno de humor. O transtorno bipolar (TB) se caracteriza por alterações do humor, com recorrência de episódios depressivos e maníacos ao longo da vida.

Leia mais

Raphael Frota Aguiar Gadelha

Raphael Frota Aguiar Gadelha Raphael Frota Aguiar Gadelha Transtornos de humor correspondem ao grupo de transtornos em que o humor patológico e perturbações associadas dominam o quadro clínico Suicídio( do latim sui próprio e caedere

Leia mais

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS PSICOFARMACOLOGIA NOÇÕES (MUITO) BÁSICAS MARCELO RIBEIRO UNIDADE DE PESQUISA EM ÁLCOOL E DROGAS UNIAD UNIFESP PROF. DR.

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS PSICOFARMACOLOGIA NOÇÕES (MUITO) BÁSICAS MARCELO RIBEIRO UNIDADE DE PESQUISA EM ÁLCOOL E DROGAS UNIAD UNIFESP PROF. DR. TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS & PSICOFARMACOLOGIA NOÇÕES (MUITO) BÁSICAS PROF. DR. MARCELO RIBEIRO UNIDADE DE PESQUISA EM ÁLCOOL E DROGAS UNIAD UNIFESP TRANSTORNOS ANSIOSOS TOC TRANSTORNO DO PÂNICO ANSIEDADE

Leia mais

Neurofisiologia do Movimento - Tratamento Farmacológico dos Distúrbios de Movimento. Dr. Fábio Agertt

Neurofisiologia do Movimento - Tratamento Farmacológico dos Distúrbios de Movimento. Dr. Fábio Agertt Neurofisiologia do Movimento - Tratamento Farmacológico dos Distúrbios de Movimento Dr. Fábio Agertt Contração Muscular Fibra muscular Sarcolema Miofibrilas Actina e Miosina Sarcoplasma Retículo sarcoplasmático

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 106/2014 APRAZ NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA. Ilma Dra Valéria S. Sousa

RESPOSTA RÁPIDA 106/2014 APRAZ NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA. Ilma Dra Valéria S. Sousa RESPOSTA RÁPIDA 106/2014 APRAZ NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA SOLICITANTE Ilma Dra Valéria S. Sousa NÚMERO DO PROCESSO 0112.13.005931-7 DATA 07/03/2014 SOLICITAÇÃO Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer

Leia mais

DEMÊNCIA? O QUE é 45 MILHOES 70% O QUE É DEMÊNCIA? A DEMÊNCIA NAO É UMA DOENÇA EM 2013, DEMÊNCIA. Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem;

DEMÊNCIA? O QUE é 45 MILHOES 70% O QUE É DEMÊNCIA? A DEMÊNCIA NAO É UMA DOENÇA EM 2013, DEMÊNCIA. Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem; O QUE é APRESENTA DEMÊNCIA? O QUE É DEMÊNCIA? A demência é um distúrbio em um grupo de processos mentais que incluem: Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem; Atenção; Linguagem; Percepção; Conduta.

Leia mais

Tratamento farmacológico dos sintomas comportamentais. Rodrigo Nicolato

Tratamento farmacológico dos sintomas comportamentais. Rodrigo Nicolato Tratamento farmacológico dos sintomas comportamentais Rodrigo Nicolato Sintomas comportamentais e psicológicos associados às demências Alterações Comportamentais INVENTÁRIO NEURO PSIQUIÁTRICO (NPI CUMMINGS

Leia mais

COMPREENSÃO DAS EMOÇÕES E COMPORTAMENTOS DO SER HUMANO, SOB A ÓTICA DA PSIQUIATRIA. Dr Milton Commazzetto - Médico Psiquiatra

COMPREENSÃO DAS EMOÇÕES E COMPORTAMENTOS DO SER HUMANO, SOB A ÓTICA DA PSIQUIATRIA. Dr Milton Commazzetto - Médico Psiquiatra COMPREENSÃO DAS EMOÇÕES E COMPORTAMENTOS DO SER HUMANO, SOB A ÓTICA DA PSIQUIATRIA O Homem conhece o átomo, a velocidade da luz, a distância dos planetas, domina cada vez mais o conhecimento técnico: o

Leia mais

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Turma Fisioterapia - 2º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Administração Absorção Fármaco na circulação sistêmica Distribuído Biotransformado Excretado Farmacocinética : O que o organismo faz

Leia mais

A depressão é uma doença que afeta: o bem estar físico provocando cansaço, alterações no sono e mudanças de apetite. o bem estar mental provocando

A depressão é uma doença que afeta: o bem estar físico provocando cansaço, alterações no sono e mudanças de apetite. o bem estar mental provocando Antidepressivos A depressão é uma doença que afeta: o bem estar físico provocando cansaço, alterações no sono e mudanças de apetite. o bem estar mental provocando alterações de ânimo, no pensamento e no

Leia mais

Reunião de casos clínicos

Reunião de casos clínicos Reunião de casos clínicos RM Dr Ênio Tadashi Setogutti R3 Gustavo Jardim Dalle Grave Agosto 2012 CASO CLÍNICO Paciente sexo feminino, 5 anos, controle neurológico para prematuridade. KERNICTERUS KERNICTERUS

Leia mais

Mikaelle Paiva dos Santos FAMED-UFC LAGG-CE

Mikaelle Paiva dos Santos FAMED-UFC LAGG-CE Mikaelle Paiva dos Santos FAMED-UFC LAGG-CE 2012.2 Introdução Aumento da frequência de doenças crônicas com a idade Idosos estão particularmente expostos aos efeitos colaterais de medicamentos A idade

Leia mais

DOR E CEFALEIA. Profa. Dra. Fabíola Dach. Divisão de Neurologia FMRP-USP

DOR E CEFALEIA. Profa. Dra. Fabíola Dach. Divisão de Neurologia FMRP-USP DOR E CEFALEIA Profa. Dra. Fabíola Dach Divisão de Neurologia FMRP-USP Dor Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo

Leia mais