ANÁLISE DA PROVINHA BRASIL DE 2015 E 2016 SOB A ÉGIDE DOS GÊNEROS TEXTUAIS NA SEMED/MANAUS.
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- Milena Belmonte Laranjeira
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1 ANÁLISE DA PROVINHA BRASIL DE 2015 E 2016 SOB A ÉGIDE DOS GÊNEROS TEXTUAIS NA SEMED/MANAUS. Resumo Vanessa Cardoso dos Santos Souza 1 - SEMED Nataliana de Souza Paiva 2 - UNINORTE Eixo Avaliação da Educação Agência Financiadora: não contou com financiamento Este trabalho é o resultado de relato de experiência a partir do trabalho de análise dos resultados educacionais da Secretaria Municipal de Educação SEMED/Manaus realizada pela Divisão de Avaliação e Monitoramento - DAM. Os dados com os resultados de todas as avaliações externas e em larga escala são tratados, interpretados pedagogicamente e transformados em relatórios pedagógicos neste setor por duas assessoras e depois são enviados às escolas, aos professores, gestores e alunos, como também aos setores macros da Secretaria como à Divisão Distrital Zonal - DDZ, que trata das operações administrativas e pedagógicas divididas em sete zonas da cidade. Os objetivos da pesquisa são compreender os processos da avaliação educacional e a Provinha Brasil; analisar os gêneros textuais como suporte para entender o item e realizar uma análise dos resultados dos alunos da Zona Leste de Manaus a partir dos itens Língua Portuguesa no guia da Provinha Brasil do teste 02 dos anos de 2015 e Enquanto procedimentos metodológicos utilizamos a revisão de literatura sobre a Provinha Brasil (BRASIL, 2015, 2016); sobre os elementos que fazem parte da elaboração de itens Depresbiteris (2009) e para gêneros textuais Marcuschi (2003), Távora (2008), Maingueneau (2013); Motta-roth (2011), como também pesquisa quantitativa dos dados recolhidos e tratados pelas pesquisadoras sobre a frequência dos descritores, dos gêneros textuais usados como texto-base nos itens da Provinha Brasil e seus reflexos no desempenho dos alunos das escolas localizadas na DDZ Leste I da SEMED/Manaus. Os resultados mostram que a prova tem em média 50% dos descritores D6, D7, D8, D9 e D10, estas também mais presença de conto literário, de fragmento de divulgação científica, texto instrucional e de fragmento de reportagem do que outros gêneros e por fim que existe geralmente são mais difíceis para os alunos responderem. Palavras-chave: Avaliação externa. Provinha Brasil. Gêneros textuais. 1 Especialista em Gestão do Currículo e desenvolvimento de práticas pedagógicas pela Universidade Estadual do Amazonas. Assessora Pedagógica da Divisão de Avaliação e Monitoramento da SEMED/MANAUS, trabalha com a análise dos resultados das avaliações externas. vcdosantos@gmail.com. 2 Mestre em Educação pela Universidade Federal do Amazonas. Professora do Curso de Pedagogia do Centro Universitário do Norte - Uninorte e a Assessora Pedagógica da Divisão de Avaliação e Monitoramento da SEMED/MANAUS, trabalha com a análise dos resultados das avaliações externas. natalianapaiav@hotmail.com. ISSN
2 2742 Introdução O cenário de Avaliação Educacional no Brasil, difundiu-se nos estados e municípios uma cultura de avaliação externas e em larga escala, devido à necessidade por informações mais rápidas, precisas e próximas da realidade dos estudantes de cada rede de ensino. Alguns estado e municípios brasileiros criaram seus próprios sistemas de avaliação, administrando seus testes. Em 2007, com os indicadores gerados pelo Sistema de Avaliação da Educação -SAEB, destacando-se o desempenho em Leitura e interpretação, o Ministério da Educação e Cultura MEC - e do Plano Nacional de Metas Compromisso Todos pela Educação, destacou a necessidade de avaliar, por meio da Provinha Brasil, a eficácia do processo de alfabetização das crianças nas escolas públicas. A SEMED/Manaus seguindo a mesma tendência desde de 2007 vem aplicando os testes da Provinha Brasil aos alunos do 2ª ano do ensino fundamental, mas este ano com o ofício nº 127/2017/ GAB-INEP, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP, tornou público a decisão da não realização da Provinha Brasil a partir do ano de 2017, alegando já avaliar o processo de alfabetização por meio da Avaliação Nacional da Alfabetização ANA e a necessidade de revisão das Matrizes de Referência da Provinha Brasil pela Base Nacional Comum, salientamos que esta decisão desfavorecerá as escolas quanto ao desempenho dos estudantes no processo de alfabetização. Neste sentido, optamos como o cerne dessa pesquisa a análise das questões da Provinha Brasil, porque acreditamos que as habilidades adotadas por esta avaliação em leitura fornecer informações relevantes em função dos objetivos que lhe aferem e ainda considerando ressaltar a importância de seus resultados, tanto como diagnóstico, quanto para reorganização do planejamento do professor para as escolas do município. Desta forma, começaremos pela compreensão dos processos da avaliação educacional e a Provinha Brasil; depois o entendimento dos gêneros textuais como texto-base para construção do item e realizar uma análise dos resultados dos alunos da Zona Leste de Manaus a partir dos itens Língua Portuguesa no guia da Provinha Brasil do teste 02 dos anos de 2015 e Processos avaliativos e a Provinha Brasil Preocupado com o cenário educacional do país, o Governo Federal teve a incumbência de implementar políticas públicas e governamentais na educação. Para tanto, o MEC instituiu
3 2743 o SAEB. Esse Sistema, por meio da Avaliação Nacional da Educação Básica - Aneb avalia a qualidade e equidade do ensino ministrado nas escolas públicas e privadas, os resultados são divulgados para unidades da federação, regiões e Brasil. Desde então, o INEP vem produzindo indicadores sobre o sistema educacional brasileiro mediante as avaliações em larga escala. Destacamos as principais avaliações: a Provinha Brasil, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), a Anresc (Prova Brasil), o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A Provinha Brasil, foi pensada em 2007, a partir do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação na qual no art. 2º, inciso II, do Decreto nº 6.094, de abril de 2007 que estabelece a alfabetização de crianças, até no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico específico. Mediante a todo esse cenário é relevante pensar que a complicada relação entre escolarização e desenvolvimento econômico, social e individual tem balizado o empenho dos organismos internacionais e dos governos em evidenciar esforços para a melhoria da alfabetização (2014, p. 112). No ano seguinte, foi aplicada a primeira edição da Provinha Brasil em aproximadamente municípios e 22 Unidades Federativas composta por 27 questões de leitura e escrita. Para essa aplicação, o MEC/FNDE disponibilizou tanto o material impresso no teste 1 e também em mídia a partir do teste 2 com download na página do Inep. Segundo o INEP, na Portaria Normativa nº 10, de 26 de abril de 2007 são objetivos da Provinha Brasil, enquanto avaliação diagnóstica: a) avaliar o nível de alfabetização dos educandos nos anos iniciais do ensino fundamental; b) oferecer às redes e aos professores e gestores de ensino um resultado da qualidade da alfabetização, prevenindo o diagnóstico tardio das dificuldades de aprendizagem; c) concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e redução das desigualdades, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional. Neste sentido, para avaliar o nível de alfabetização, as primeiras edições traziam um diagnóstico voltado exclusivamente para a leitura, só a partir de 2011, passou para 40 questões
4 2744 sendo 20 de leitura e 20 para o monitoramento das habilidades de Matemática. Corroborando com este sentido diagnóstico Luckesi (2008) entende que para uma perspectiva diagnóstica de avaliação, esta precisa servir para democratização do ensino. Desta maneira, garantindo o acompanhamento do processo de alfabetização por professores, pedagogos e gestores das escolas públicas longe das cobranças classificatórias, uma vez que a avaliação diagnóstica serve como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu de aprendizagem (LUCKESI, 2008, p. 81). A cada ano essa avaliação é composta pelos testes de leitura, considerando três eixos: Apropriação do sistema de escrita, Leitura e Compreensão e valorização da cultura escrita e de Matemática que compreende quatro eixos: Números e operações, Geometria, Grandezas e medidas e Tratamento da informação. Participar desse processo é opcional, a aplicação fica a critério de cada Secretaria de Educação das Unidades Federativas mediante um termo de adesão assinado pelo Secretário (a) de Educação e cada escola recebeu até 2015 kit impresso da Provinha Brasil, composto por Caderno do Aluno com teste de Leitura e de Matemática, Guia de Aplicação com procedimentos para aplicação e o Guia de Correção e Interpretação de Resultados, mas em 2016 já foi apenas disponibilizado no site INEP e quem quisesse aplicá-lo teria que imprimi-lo. Em 2015, o Inep desenvolveu um Sistema online com o objetivo de analisar os dados e gerar relatórios, para que o professor tivesse os dados de forma rápida e sistêmica. Em 2016, cada professor já pôde lançar os dados no Sistema, obtendo a análise e relatórios com mais precisão, assim reorganizar, caso necessário, a prática pedagógica da área do conhecimento avaliada. Seus resultados permitem aos professores identificarem o que foi agregado na aprendizagem das crianças dentro do período avaliado, bem como as habilidades que precisarão desenvolver, o próprio caderno de Guia de Correção e Interpretação de Resultados traz sugestões de como fazer potencializar isso na sala de aula. O foco desta pesquisa está no Eixo 02 da Matriz de Referência desta Provinha Brasil teste 02 dos anos de 2015 e 2016 nos descritores D6, D7, D8, D9 e D10, todos que usam como gêneros textuais, enquanto suporte para elaboração de itens de avaliações, como veremos a seguir. 2. Os Gêneros Textuais como texto-base (suporte) para entender o Item
5 2745 Para que não se confunda texto-base para elaboração de itens de avaliações com suporte entendemos ser relevante trazer alguns estudos relacionados ao significado de Gênero Textual/Discurso e suporte. Hoje, há muitas literaturas referentes em GTs, no entanto citamos quatro autores renomados da área de linguística para a definição dos GTs: Bakhitin (1997), Marcuschi (2008), Bonini (2011) e Motta-Roth (2011). Para a definição de suporte, embasamonos nos autores: Maingueneau (2013), Marcuschi (2003) e Távora (2008). Segundo Bakhtin nos gêneros textuais apresentam-se como gêneros do discurso, e são tipos relativamente estáveis de enunciados produzidos pelas mais diversas esferas da atividade humana (1997). Para o autor, o gênero pode sofrer mudanças de acordo com a situação em que é empregado, por exemplo quando é empregamos ao desde um simples com uma linguagem mais formal e/ou rebuscada ao seu chefe do que enviaria a um colega. Em consonância com Bakhitin (1997), para Marcuschi (2008), os gêneros são entidades empíricas em situações comunicativas e se expressam em designações diversas, constituindo em princípio listagens abertas (2008, p.155). Assim, mediante a comunicação, os gêneros vão se adaptando conforme a necessidade de um dado grupo de indivíduos e/ou sociedade, sob inferência do contexto histórico e social do processo comunicativo. Temos ainda Bonini (2011, p. 63) que conceitua gênero como um conjunto de características mais ou menos estáveis, responsáveis pela realização de ações e práticas sociais que se materializam como texto. Para o autor o gênero nada mais é do que um conjunto de práticas. No caso de um bilhete, além do emissor (quem escreve - escrita) e do receptor (quem ler - leitura), ainda há a escolha do papel que será utilizado para a escrita, que caneta escrever, em que local deixar. Motta-Roth (2011) estuda o gênero como fenômeno estruturador da cultura que, por sua vez, constitui como um conceito complexo, que pode sofrer vários recortes (2011, p.156). Para a autora os mais variados gêneros estão contidos nas atividades humanas de um determinado grupo social, por exemplo: cartas pessoais trocadas por amigas adolescentes, entrevista para emprego, orçamento de um empresário a um cliente. Seja gênero textual ou discursivo, todos os autores concordam que o gênero mudará de acordo com a situação em que está sendo recebido, considerando o ambiente, a cultura (alguns casos) e/ou a intenção do emissor. A organização do suporte para Maingueneau (2013) está relacionada à sua funcionalidade, localidade e momento legítimo, suporte material e organização textual.
6 2746 [...] uma modificação do suporte material de um texto modifica radicalmente um gênero de discurso: um debate político pela televisão é um gênero de discurso totalmente diferente de um debate em sala de aula para um público exclusivamente formado por ouvintes presentes. (MAINGUENEAU, 2013, p. 68). Para Marcuschi (2003), suporte é um locus físico ou virtual com formato específico que serve de base ou ambiente de fixação do gênero materializado como texto (2003, p. 11). O autor entende que existem duas formas de suporte: o convencional (elaborado exatamente com o objetivo de portar textos) e o incidental (que apresenta outros objetivos, mas eventualmente pode servir como base de fixação de textos). Na concepção de Bonini (2011) suporte é um portador de textos e estão divididos em duas formas de suporte; os físicos (o álbum, o outdoor, etc.) e os convencionados (o jornal, a revista, etc.). Para o autor o gênero e suporte não são categorias tão independentes como pensada em Marcuschi (2013). Távora (2008) em sua tese vê o suporte como uma entidade de interação, que se realiza graças a uma materialidade formalmente organizada, que permite que se avaliem os processos de difusão aos quais os gêneros estão submetidos sejam eles + orais ou + escritos. Ele divide o suporte em três componentes: registro, atualização e acesso, compreendendo o suporte como uma entidade que estabelece interação. Assim, para compreendermos como os gêneros textuais são usados como texto-base nos itens da Provinha Brasil, comecemos por entender que um item consiste na unidade básica de um instrumento de coleta de dados, que pode ser uma prova, um questionário etc (Brasil Inep, 2006). Um item na Provinha Brasil é constituído de texto-base (unidade de comunicação verbal e não verbal) comando (explicitação do desafio para o desenvolvimento da habilidade), distratores (opções incorretas) e gabarito (opção correta), as justificativas e comentários e só pode avaliar uma única especificação da habilidade no caso de língua portuguesa. Segundo o Guia de elaboração de Itens - Provinha Brasil (2012), esse texto base/suporte serve para auxiliar na contextualização do problema a ser resolvido pelo estudante e deve conter informações necessárias para a resolução do problema proposto. O Guia também nos deixa algumas recomendações quanto a esse texto base/suporte: Selecionar textos significativos, interessantes e atrativos aos alunos; Apresentar os textos cm referência bibliográfica completa;
7 2747 Ao utilizar fragmento de textos, eles deverão ser identificados logo após o título e devem possuir sentido completo; Os textos devem seguir a mesma estrutura gráfica utilizada na fonte; Os textos não podem ser muito extensos. Quando se planeja um instrumento (avaliativo), deve-se pensar sobre quais as suas finalidades (DEPRESBITERIS; TAVARES, 2009). Por tanto, ao se elaborar um item, devemos ter muito claro a habilidade que será testada, escolhendo e/ou construindo o problema do textobase, pois este precisa servir como auxílio na compreensão do que foi solicitado, como deixa muito claro o Guia de Elaboração de itens da Provinha Brasil (2012), que sugere diversificar os gêneros textuais, utilizar situações ou contextos próximos da realidade, ainda temáticas ligadas ao contexto infantil e sempre que possível levar em consideração o universo infantil. A escolha do gênero textual é fundamental para o estudante na hora de responder seu teste, pois quanto maior a variedade de gêneros textuais, maior será o reconhecimento diagnóstico que o professor receberá de sua turma, podendo reorganizar suas aulas para que o estudante passe a conhecer os mais variados gêneros textuais. Portanto, O professor pode contribuir na formação de um leitor autônomo se gerar condições didáticas que articulem as diversas habilidades presentes no exercício da leitura, como a antecipação de sentidos do texto, a decodificação do código escrito, a verificação e a confirmação das hipóteses levantadas antes da leitura, a inferência e a seleção de informações. (KOCHE; MARINELLO; BOFF, 2012, p. 11). Dessa forma, com ações dinâmicas e integradoras o professor contribuirá para uma aprendizagem significativa e levará o estudante, a reconhecer e usar os gêneros mais variados no seu cotidiano, como também em avaliações como a Provinha Brasil. Os gêneros textuais são um dos meios pela qual a leitura é inserida no contexto social, pois, são nossa forma de inserção, ação e controle social no dia-a-dia (MARCUSCHI, 2013). Assim, os Gêneros Textuais mediante suportes vistos nas avaliações externas, como a Provinha Brasil, têm contribuído no desenvolvimento das habilidades relativas à alfabetização e letramento, apoiando o trabalho do professor na reorganização das aulas, fazendo-o refletir que não se pode estagnar em um grupo de gêneros textuais, pois como visto em Marcuschi (2013), o suporte não é neutro e o gênero não fica indiferente a ele (2013, p. 13), e para que o estudante compreenda o item é importante que ele tenha internalizado as variedades discursivas trazidas pelos gêneros textuais em um determinado suporte.
8 Análise dos Gêneros textuais usados nos descritores D6, D7, D8, D9 e D10 da Matriz da Provinha Brasil 2015 e Esta pesquisa tem como objetivo entender os reflexos dos gêneros textuais utilizados nos testes 02 da Matriz da Provinha Brasil 2015 e 2016 nos descritores D6, D7, D8, D9 e D10, a frequência das habilidades, quanto cada uma delas representam a Prova e quais os gêneros textuais foram utilizados com texto-base e o desempenho dos alunos Secretaria Municipal de Educação de Manaus, da Divisão Distrital Zonal DDZ Leste 01 nestas avaliações para que o diagnóstico da situação dos alunos. Abaixo veremos a análise da frequência e percentual dos descritores nas Provinhas Teste 02 de 2015 e Tabela 1 Dados sobre a Frequência e Percentual dos Descritores na Provinha Brasil 2015 e º EIXO Leitura D6 Localizar informação explícita em textos. D7 Reconhecer assunto de um texto D8 Identificar a finalidade do texto. D9 Estabelecer relação entre partes do texto. D10 Inferir informação. D6.1 Localizar informação explícita em textos. D7.1 Reconhecer o assunto do texto com apoio das características gráficas e do suporte. D7.2 Reconhecer o assunto do texto com base no título. D7.3 Reconhecer o assunto do texto a partir da leitura individual (sem apoio das características gráficas ou do suporte). D8.1 Reconhecer a finalidade do texto com apoio das características gráficas do suporte ou do gênero. D8.2 Reconhecer a finalidade do texto a partir da leitura individual (sem apoio das características gráficas do suporte ou do gênero). D9.1 Identificar repetições e substituições que contribuem para a coerência e coesão textual. Fr - Provinha Fr - Provinha % de % de Brasil/2015 Brasil/ % 5% 1 0 % 5% % 10% % 5% 1 2 5% 10% 1 5% 0% 1 1 5% 5% D10.1 Inferir informação % 5% Total % 45% Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil 2015 e Diante dos dados podemos notar que alguns descritores se fizeram mais frequentes nessas avaliações o D6.1 Localizar informação explícita em textos; D7.2 Reconhecer o assunto do texto com base no título; D8.1 Reconhecer a finalidade do texto com apoio das
9 2749 características gráficas do suporte ou do gênero; e o D10.1 Inferir informação com 15% de frequência nas duas provas. Ainda, o D7.3 Reconhecer o assunto do texto a partir da leitura individual (sem apoio das características gráficas ou do suporte) com 20% somando a frequência nas duas avaliações. Percebe-se uma preocupação do INEP na elaboração da Matriz de Encomenda da Provinha Brasil com a o tamanho do texto, sequência da apresentação das ideias e localização da informação no corpo do texto (início, meio ou fim). Com relação a diversidade de texto-base com gêneros textuais verbais, percebemos a diversificação já não se apresenta tão variada, com a presença de 15% de conto literário, 30% de fragmento de divulgação científica, 15% de texto instrucional e 10% de fragmento de reportagem. Tabela 2 Dados sobre a Frequência e Percentual dos Texto-Base de gêneros textuais verbais dos descritores estudados da Provinha Brasil Provinha Brasil Fr % Conto 3 15 Lei 1 5 em fragmento de divulgação científica 3 15 Convite 1 5 História em Quadrinho 1 5 Tirinha 1 5 Instrucional: regras de jogos 1 5 Total Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil Tabela 3 Dados sobre a Frequência e Percentual dos Texto-Base de gêneros textuais verbais dos descritores estudados da Provinha Brasil Provinha Brasil Fr % em fragmento de divulgação científica 3 15 Instrucional 2 10 fragmento de reportagem em apresentação de livro 1 5 Fábula 1 5 Total 9 45 Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil Mesmo que as escolas tivessem que pôr os dados referentes a Provinha Brasil no Sistema do INEP, a DAM fez suas análises a partir de planilhas enviadas pelas escolas para gerenciamento das informações da Rede, com isso apresentaremos informações desses relatórios.
10 2750 Nesta perspectiva, apresenta-se os resultados da aplicação da Provinha Brasil de Leitura (Teste e 2016) na Divisões Distritais Zonais DDZ Leste 01 Rede Municipal de Manaus, que apresentou uma melhoria 5% no resultado voltado ao nível de leitura de 2015 para Tabela 3 Percentual de Alunos por Nível de Desempenho em Leitura da DDZ Leste 01. NÍVEL DE DESEMPENHO TESTE TESTE % de Desempenho do alunos NÍVEL 1 0% 1% % de Desempenho do alunos NÍVEL 2 2% 2% NÍVEL 3 13% 8% NÍVEL 4 18% 17% NÍVEL 5 67% 72% TOTAL 100% 100% Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil Na Divisão Distrital Zona Leste 1 participaram da Avaliação da Provinha em Leitura alunos na 2ª aplicação de 2015 e alunos na 2ª aplicação de Os estudantes neste nível já avançaram expressivamente no processo de alfabetização e letramento, além das habilidades dos níveis anteriores demonstram ainda reconhecer o assunto de um texto longo com base no título; reconhecer o assunto de textos médios por meio de inferências, a partir de leitura individual; identificar informação explícita não trivial; inferir informação não trivial em textos médios com base em leitura individual ou com o apoio de leitura pelo aplicador; reconhecer a finalidade de um texto de construção complexa lido silenciosamente com o apoio de suporte. Todos esses dados fazem-se necessário para a entendermos que melhorar os níveis de aprendizagem neste tido de prova precisam que o sistema de ensino municipal junto aos seus setores competentes ajude a escolas e professores nas escolas a oferecer muito mais do que uma diversidade de possibilidades de gêneros textuais aos seus alunos, mas que estimule as competências leitoras dos mesmos. Para Gontijo (2014) afirma que mesmo os resultados os resultados não serem utilizados pelo MEC para compor o Índice de Desempenho da Educação Básica IDEB, é preciso tomar cuidado para não transforma as escolas em vestibulinho e não organizarem seu proposta curricular e ensino a partir de uma matriz de referência, como a da Provinha Brasil.
11 2751 Considerações Finais A Provinha Brasil tem como objetivo ser uma avaliação diagnóstica, é aplicada aos estudantes no 2º ano de escolarização das escolas públicas do País. Assim, os resultados apresentados nesta comunicação possibilitam o acompanhamento do desenvolvimento cognitivo dos estudantes pela Divisão Distrital Zonal Leste 01, dando possibilidades de promoverem ações estratégicas para a correção ou avanço do processo educacional nas turmas de 3º ano do ensino fundamental. Os resultados mostram que a prova tem em média 50% dos descritores D6, D7, D8, D9 e D10, estas também mais presença de conto literário, de fragmento de divulgação científica, texto instrucional e de fragmento de reportagem do que outros gêneros e por fim que existe geralmente são mais difíceis para os alunos responderem. Por fim, é importante ressaltar que por todos esses anos a Provinha Brasil, foi fundamental para o auxílio aos professores, diretores e pedagogos quanto ao nível de desempenho do estudante, pois enquanto diagnóstica, contribui com os setores das áreas afins nas orientações às escolas quanta a correção de insuficiências apresentadas nas áreas de leitura e escrita da SEMED/Manaus, respectivamente da DDZ Leste I. REFERÊNCIAS BAKHITIN, Mikhail M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, BONINI, A. Mídia / suporte e hipergênero: os gêneros textuais e suas relações. Revista brasileira linguistica aplicada, Belo Horizonte, 2011, vol.11, n.3, pp BRASIL. Decreto no 6.094, de 24 de abril de Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Brasília: Congresso Nacional, Ministério da Educação. Portaria Normativa nº 10, de 26 de abril de Diário Oficial da União, Brasília, DF, MEC, 26 abr Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Guia de elaboração de itens Provinha Brasil, Brasília Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Provinha Brasil. Guia de Aplicação de Leitura Teste 02, Disponível em: Acesso em: 31 maio
12 2752. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Provinha Brasil. Guia de Aplicação de Leitura Teste 02, Disponível em: Acesso em: 31 maio DEPRESBITERIS, L. Diversificar é preciso: instrumentos e técnicas de avaliação de aprendizagem. São Paulo: Senac, GONTIJO, Claudia Maria Mendes. Alfabetização: políticas mundiais e movimentos nacionais. Campinas: Autores Associados, LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 19. ed. São Paulo: Cortez, MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. 6 ed. São Paulo: Cortez, MARCUSCHI, L. A. A questão do suporte dos gêneros textuais. João Pessoa, v. 1, n.1, p. 9-40, Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, MOTTA-ROTH, D. Questões de metodologia em análise de gêneros. In: KARWOSKI, A.M; GAYDECZKA,B; BRITO, K. S. (orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, P TÁVORA, A. D. F. Construção de um conceito de suporte: a matéria, a forma e a função interativa na atualização de gêneros textuais. Tese (Doutorado em Linguística) Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Ceará, Disponível em: file:///c:/users/pedro/desktop/provinha/artigo/bonini%20hipergênero.pdf. Acesso em: 01 jun
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