TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016 1

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1 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016 1

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5 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA joão pessoa/pb - MAIO/2016 Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM POLÍTICAS SOCIAIS

6 Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano SEDH Av. Pres. Epitácio Pessoa, 2501, João Pessoa - PB - Brasil ISBN Nº (Editora A União) SEDH PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Araújo - DRT/PB 623 BORDADOS DA CAPA E DO INTERIOR DA PUBLICAÇÃO Bordado livre em pano, de Berna Oliveira, fotografado e digitalizado por Adriano Franco IMPRESSÃO Jornal A União Editora CRÉDITO DE IMAGENS Banco de dados de Estudo de Campo / Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais - NEPPS/PPGSS/DSS/UFPB. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária Josélia Oliveira - CRB 15/113 B823t Brasil. Governo do Estado. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano. Topografia social regionalizada do Estado da Paraíba / Governo do Estado [da Paraíba] ; Conserva, Marinalva [Org.]. 1. Koga, Dirce; Ramos, Frederico; Silveira Jr., José Constantino; Ribeiro, Waleska Ramalho [Co-autorias]. 2. Sposati, Aldaíza; Monteiro, Miguel; Gambardella, Alice. [Consultorias] - João Pessoa : A União, p. : il. color; 30 cm ISBN Nº Inclui referências bibliográficas 1. Topografia social da Paraíba. 2. Gestão intersetorial. 3. Proteção social. 3. Regiões Geoadministrativas da Paraíba. I. Conserva, Marinalva. II. Título. CDU (813.3)

7 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA

8 A arte que ilustra a capa é um trabalho em bordado livre produzido pela artista e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba, Berna Oliveira. A obra representa o chão paraibano em sua diversidade e tramas socioculturais, registrando sua importância e magnitude social do Sertão ao Litoral.

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10 PARCEIROS INSTITUCIONAIS GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA Governador: Ricardo Vieira Coutinho Vice Governadora: Ligia Feliciano SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEDH Secretária: Aparecida Ramos de Menezes Secretária de Economia Solidária: Ana Paula Almeida UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB Programa de Pós Graduação em Serviço Social - PPGSS Coordenação: Profa. Dra. Maria do Socorro Vieira Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais - NEPPS Coordenação: Profa. Dra. Marinalva Conserva FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA NO ESTADO DA PARAÍBA FAPESQ Presidente: Claudio Benedito Silva Furtado Projeto: Proteção Social e Gestão Intersetorial de Territórios e Vulnerabilidade Social no Estado da Paraíba BANCO INTEAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO Projeto de Georreferenciamento da Rede Pública de Assistência Social, da Educação e da Saúde do Estado da Paraíba Divisão de Proteção Social e Saúde

11 COORDENAÇÃO GERAL Marinalva Conserva (NEPPS/PPGSS/DSS/UFPB) CONSULTORIA ESPECIALIZADA DO CENTRO DE ESTUDOS DAS DESIGUALDADES SOCIOTERRITORIAIS - CEDEST Aldaíza Sposati (PUC-SP) Dirce Koga (PUC-SP) Frederico Ramos (FGV-SP) José Constantino Silveira Júnior (FIOCRUZ PE) Antonio Miguel Vieira Monteiro (INPE-SJC) EQUIPE TÉCNICA SISTEMATIZAÇÃO DO PRODUTO FINAL Marinalva Conserva Dirce Koga Waleska Ramalho Ribeiro EQUIPE TÉCNICA DE GEORREFERENCIAMENTO Coordenador da Equipe Geoprocessamento: José Constantino Silveira Júnior Analista de Geoprocessamento: Tathiane Anazawa Analista de Banco de Dados: Vagner Koga Técnica em Geoprocessamento: Eini Cardoso Colaborador de Banco de Dados: Tiago Ieno e Hugo Leonardo Macena Consultor em Geoprocessamento: Frederico Ramos Analista de Sistemas: Madiel de Sousa Conserva Filho Consultor Técnico Especial: Miguel Monteiro EQUIPE TÉCNICA DE GESTÃO DO BANCO DE DADOS Banco de dados dos Equipamentos de Assistência Social: Patrícia Martins Banco de dados dos Equipamentos de Educação: Ana Carolina Lubambo Banco de dados dos Equipamentos de Saúde: Laerge Thadeu Cerqueira da Silva

12 EQUIPE TÉCNICA EQUIPE TÉCNICA DO ESTUDO DE CAMPO Aline Ferreira de Souza Almira Almeida Cavalcante Antonia Furtado Bernadete de Oliveira Carmen Lúcia de Araújo Meireles Emanuel Luiz Pereira da Silva Francisca das Chagas Fernandes Vieira Laerge Thadeu Cerqueira da Silva Maria Janaina dos Santos Maria do Socorro Pontes Maria Madalena Pessoa Dias Patricia Larrissa de Oliveira Renata Martins Domingos Virgínia Helena Serrano Paulino Lima Waleska Ramalho Ribeiro Wanessa Leandro Pereira CONSULTORIA DO ESTUDO DE CAMPO Aldaíza Sposati Alice Gambardella Marcelo Gallo Silvia Elena Alegre COLABORAÇÃO INSTITUCIONAL: Gilvaneide Nunes da Silva (SEDH) Maria Helena Serrano (UFPB) Maria de Lourdes Soares (PPGSS/UFPB) Maria do Socorro de Souza Vieira (PPGSS/UFPB)

13 AUTORES Marinalva de Sousa Conserva (coordenadora) Professora associada da Universidade Federal da Paraíba, possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (1984), mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (1990), doutorado em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e Pós-Doutorado pela Pontíficia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP (2010). Coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais NEPPS/ PPGSS/UFPB, é vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba.Possui experiência na área de Serviço Social, com ênfase no Serviço Social Aplicado, com atuação nos seguintes campos: Proteção Social, Desigualdades Socioterritoriais, Políticas Públicas, Assistência Social, Transferencia de Renda, Exclusão/Inclusão Social, etc.coordena o Projeto Casadinho/Procad CNPQ NO /2011-8, sob o título Assistência Social e Transferência de Renda: Interpelações no Território da Proteção Social, em parceria com o Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da PUC-SP.Produziu em coautoria com Aldaiza Sposati, et al., a Topografia Social da Cidade de João Pessoa, Editora Universitária da UFPB/2010.Coordenou o Projeto - Proteção Social e Gestão Intersetorial de Territórios de Vulnerabilidade Social no Estado Da Paraíba, que resultou na publicação da TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA. Ed. União/ João Pessoa/2016. Dirce Harue Ueno Koga Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985), mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1995), doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) e Pós Doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009). Fez estágio de doutorado sandwiche junto ao Centre National de la Recherche Scientifique - Observatoire Sociologique du Changement Prof. Serge Paugam (2000/2001) e estágio de pós doutorado junto ao Institut Etudes Politiques de Grenoble Universidade Pierre Mendes France Prof. Alain Euzeby (2003). Atualmente é professora assistente do Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social- PUC/SP. Faz parte do corpo de pesquisadores do Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais - CEDEST (PUCSP/INPE). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social Aplicado, atuando principalmente nos seguintes temas: inclusão social, exclusão social, políticas públicas, território e desigualdade social. Autora do livro - Medidas de Cidades: entre territórios de vida e territórios vividos, Editora Cortez, 2ª edição, 2011 e do Livro - São Paulo - Sentidos Territoriais e Políticas; em co-autoria com Aldaíza Spsoati, Editora Senac, 2013.

14 autores Frederico Roman Ramos Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1995), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2002) e doutorado em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas - FGV - SP (2014). Fez posgraduação em projetos urbanos na Universidade Politécncia da Catalunha em Barcelona. Atuou como pesquisador associado da London School of Economics and Political Science - LSE - durante o projeto UrbanAge SouthAmerica. Professor da Fundação Getúlio Vargas SP, faz parte do corpo de pesquisadores do Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais - CEDEST (PUC-SP/INPE). José Constantino Silveira Júnior Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1996), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2001) e doutorado em Saúde Pública pelo Centro de Pesqusas Ageu Magalhães - Fiocruz (2010). Tem experiência em geotecnologias e saúde pública, com ênfase em sistema de informações geográficas, sensoriamento remoto, geoprocessamento e meio ambiente. Pesquisador da Fio Cruz PE. Waleska Ramalho Ribeiro Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (2002). Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (2012). Doutoranda em Serviço Social pelo Instituto Universitário de Lisbo ISCTE ( ). Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Políticas Sociais da Universidade Federal da Paraíba (NEPPS/UFPB). Membro do Núcleo de Doutorandos Latino-América do ISCTE/Lisboa. Consultora na empresa de Assessoria e Consultoria em Políticas Sociais. Integrante do corpo docente do Programa de Capacitação continuada dos trabalhadores da assistência social da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Humano em Parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social - MDS. Atua na área do Serviço Social com experiência em gestão de políticas públicas, especialmente na Gestão do SUAS e na Política Nacional de Asssitência Social.

15 Consultorias Especializadas Aldaiza Sposati Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986), Pós-Doutora pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra sob supervisão de Boaventura Souza Santos (1992). Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social onde coordena o NEPSAS - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social e o CE- DEST - Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais (parceria com o INPE). Conhecimento teórico e prático em Política de Proteção Social, com ênfase em assistência social, gestão pública com ênfase em gestão municipal, gestão social. Com formação em gestão urbana aplica-se em estudos socioterritoriais, métricas territoriais, processos de exclusão/inclusão social. Foi secretária municipal em São Paulo em: Administrações Regionais (1989/1990); Assistência Social (2002/2004). Vereadora da Cidade por 3 mandatos consecutivos ( ). Vice-Reitor Comunitário da PUC-SP (1988). Conselheira da cidade (2013-atual). Alice Dianezi Gambardella Socióloga, mestre e doutora em Serviço Social, Políticas Sociais e Movimentos Sociais pela PUC de São Paulo. Atua em cursos de especialização e extensão como docente nas seguintes áreas: indicadores sociais, sistema de informação, avaliação e monitoramento de programas e políticas públicas. Foi consultora PNUD para realização de pesquisa a respeito do Programa de Apoio Integral à Família - PAIF/MDS. Tem experiência em Ciências Políticas, especialmente atuando em pesquisas relativas à avaliação de Políticas Públicas, Políticas de Segurança Alimentar, Transferência de Renda entre outras Políticas Sociais de Proteção social. Foi pesquisadora DTI-CNPq para avaliação da implementação de Centros-Dia no âmbito da Política Nacional de Assistência Social e gerente de projeto BNDES sob a Política Nacional de resíduos Sólidos na Secretaria municipal de Planejamento do município de Osasco. Possui aptidão para desenvolvimento de Planos Diretores e demais modalidades de Planejamento Estratégicos de âmbito social a partir de métodos colaborativos/ participativos. Atualmente é pesquisadora Pós-Doc em projeto que versa sobre a Análise da Capacidade Protetiva de Famílias Beneficiárias de Programas de Transferência de Renda no Estado da Paraíba vinculada ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais (NEPPS/PPGSS/UFPB).

16 Consultorias Especializadas Antonio Miguel Vieira Monteiro Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espiríto Santo-UFES, com Mestrado em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, e Doutorado pelo Centro de Ciências Espacias (Space Science Centre) da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas ( School of Engineering and Applied Sciences ) da Universidade de Sussex (The University of Sussex at Brighton) em Engenharia Eletrônica e Controle/Ciência da Computação (Electronic Engineering and Control/Computer Science - EECS), obtido em outubro de Desde abril de 1985 está com a Divisão de Processamento de Imagens - DPI do INPE. Trabalha com a construção de indicadores geograficamente sensíveis e o uso de geotecnologias e métodos da análise espacial nos estudos de problemas urbanos e de saúde pública. O foco atual está no uso de modelos e simulação computacional como objetos mediadores para estudos de dinâmicas de desigualdades socioterritoriais. Foi Chefe da Divisão de Processamento de Imagens do INPE ( ). Foi Gerente de Desenvolvimento do SPRING ( ), que compõem o principal projeto tecnológico nacional de desenvolvimento de sistemas de Processamento de Imagens e Tratamento de Informações Geográficas, e que conta com mais de usuários no Brasil e no Exterior. Prestou assessoria técnica a FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos na área de Geoprocessamento em Aplicações Ambientais. É orientador nos programas de Computação Aplicada, de Sensoriamento Remoto e de Ciência do Sistema Terrestre do INPE. Com o Dr. Carlos Roberto Veiga Kiffer, oferece a disciplina Geoprocessamento e Saúde: Problemas, Métodos e Aplicações, dentro do programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Atualmente é Coordenador do Programa Institucional Espaço e Sociedade do INPE/SJC-SP.

17 PARTE I PROTEÇÃO SOCIAL E GESTÃO INTERSETORIAL DE TERRITÓRIOS DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO ESTADO DA PARAÍBA S U M Á R I O APRESENTAÇÃO Contexto Teórico Metodológico Processo de construção coletiva do conhecimento Percurso pelos Dados Secundários Choque de Escalas Mapa da exclusão / inclusão social da Paraiba MEIS Métrica Socioterritorial de Proteção Social nos Territórios Urbanos e Rurais do Estado da Paraíba Georreferenciamento da Rede Pública de Assistência Social, Saúde e Educação do Estado da Paraíba Geocodificação dos Equipamentos de Assistência Social Geocodificação dos Equipamentos de Educação Geocodificação dos Equipamen tos de Saúde 79

18 PARTE II ESTUDO DE CAMPO S U M Á R I O APRESENTAÇÃO Avaliação da Capacidade Protetiva de Famílias Beneficiárias de Transferência de Renda no Estado da Paraíba O Método: o processo, estratégias e ferramentas de análise A Amostra O Instrumento: Questionário Análise descritiva dos Resultados Características gerais dos territórios de análise Caracterização da Família Gênero e idade Escolaridade Situação ocupacional Acesso à cobertura de Serviços Públicos Reconhecimento dos benefícios e serviços Acesso à cobertura de serviços públicos - Assistência Social Acesso à cobertura de serviços públicos Educação Acesso à cobertura de serviços públicos Saúde Considerações Notas Finais Referências bibliográficas 154

19 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 DIVISÃO DAS 14 REGIÕES GEOADMINISTRATIVAS DO ESTADO DA PARAÍBA FIGURA 2 DIAGRAMA DOS 4 PRODUTOS DA TOPOGRAFIA SOCIAL DO ESTADO DA PARAÍBA FIGURA 3 MAPA DA DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DO ESTADO DA PARAÍBA FIGURA 4 MAPA DA TAXA MÉDIA DE CRESCIMENTO ANUAL DEMOGRÁFICO ESTADO DA PARAÍBA ( ) POR CIDADE E REGIÃO GEOADMINISTRATIVA 40 FIGURA 5 GRÁFICOS DE DISPERSÃO DOS INDICADORES DO MEIS - ESTADO DA PARAÍBA 42 FIGURA 6 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO AOS RESPONSÁVEIS COM GANHO DE ATÉ ½ SALÁRIO MÍNIMO FIGURA 7 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO AOS DOMICÍLIOS SEM ACESSO À REDE DE ESGOTO FIGURA 8 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO À TAXA DE HOMICÍDIO JUVENIL FIGURA 9 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO À CHEFIA FEMININA SEM RENDIMENTO FIGURA 10 SETORES CENSITÁRIOS DA PARAÍBA. EM PRETO OS SETORES CLASSIFICADOS COMO URBANOS. EM CINZA ESCURO, OS SETORES RURAIS 52 FIGURA 11 CONJUNTOS AMOSTRAIS DEFINIDOS PARA A ANÁLISE DE AGRUPAMENTO 54 FIGURA 12 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS JOÃO PESSOA 56 FIGURA 13 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS CAMPINA GRANDE 57 FIGURA 14 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE ZONA DA MATA 58 FIGURA 15 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS ZONA DA MATA 59

20 LISTA DE FIGURAS FIGURA 16 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE SERTÃO 60 FIGURA 17 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS - SERTÃO 61 FIGURA 18 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS AGRESTE 62 FIGURA 19 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS AGRESTE 63 FIGURA 20 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS DE MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE BORBOREMA 64 FIGURA 21 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS BORBOREMA 65 FIGURA 22 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL FIGURA 23 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ZONA URBANA FIGURA 24 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ZONA RURAL FIGURA 25 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA FIGURA 26 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO ESTADO DA PARAÍBA ZONA URBANA FIGURA 27 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO ESTADO DA PARAÍBA ZONA RURAL FIGURA 28 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE PARAÍBA FIGURA 29 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE ZONA URBANA - PARAÍBA FIGURA 30 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE ZONA RURAL - PARAÍBA

21 LISTA DE FIGURAS FIGURA 31 MAPA DA DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA DOS MUNICÍPIOS DA PESQUISA 94 FIGURA 32 ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO 95 FIGURA 33 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO LOCAL DE MORADIA EM ÁREAS URBANAS OU RURAIS, POR MUNICÍPIO PESQUISADO 95 FIGURA 34 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO LOCAL DE MORADIA EM ÁREAS URBANAS OU RURAIS, POR MESORREGIÃO DO ESTADO 100 FIGURA 35 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO LOCAL DE MORADIA EM ÁREAS URBANAS OU RURAIS 101 FIGURA 36 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE RESIDENTES NO DOMICÍLIO 102 FIGURA 37 - COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA POR GÊNERO 103 FIGURA 38 - COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA POR IDADE 104 FIGURA 39 - ESCOLARIDADE DOS FAMILIARES 105 FIGURA 40 - SITUAÇÃO DA MATRÍCULA ESCOLAR DOS FAMILIARES 106 FIGURA 41 - SITUAÇÃO OCUPACIONAL DOS FAMILIARES 107 FIGURA 42 - ACESSO DE BENEFÍCIOS PELA FAMÍLIA, SE RECEBE (OU RECEBEU) ALGUM DESTES BENEFÍCIOS, NO GERAL 109 FIGURA 43 - IMPORTÂNCIA DO BENEFÍCIO DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA PARA A FAMÍLIA 110 FIGURA 44 - CONTRAPARTIDAS PARA MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO 111 FIGURA 45 - SOBRE O RECONHECIMENTO E ACESSO AOS SERVIÇOS DO CRAS 112

22 LISTA DE FIGURAS FIGURA 46 - SOBRE AS ATIVIDADES QUE PODERIAM SER ÚTEIS PARA A PROTEÇÃO SOCIAL NA OPINIÃO DAS FAMÍLIAS 113 FIGURA 47 - ATIVIDADES DE QUE PARTICIPA NO CRAS 114 FIGURA 48 - OPINIÃO SOBRE AS ATIVIDADES QUE FREQUENTA NO CRAS 115 FIGURA 49 - TIPO DE AUXÍLIO QUE RECEBEM DO CRAS 116 FIGURA 50 - FILHOS QUE FREQUENTAM SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA: ENTRE 6 ANOS E 11 ANOS 117 FIGURA 51 - FILHOS QUE FREQUENTAM SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA: ENTRE 12 ANOS E 14 ANOS 118 FIGURA 52 - FILHOS QUE FREQUENTAM SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA: ENTRE 15 ANOS E 7 ANOS 118 FIGURA 53 - SOBRE COMO ACESSOU O SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA 119 FIGURA 54 - SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 120 FIGURA 55 - MAIORES ENTRAVES NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. 121 FIGURA 56 - FREQUÊNCIA COM QUE RECEBEM VISITAS DE PROFISSIONAIS DO CRAS 122 FIGURA 57 - FREQUÊNCIA COM QUE VAI AO CRAS 123 FIGURA 58 - FREQUÊNCIA COM QUE RECEBEM VISITA DOMICILIAR DO CREAS 124 FIGURA 59 - PERCEPÇÃO DAS FAMÍLIAS EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 125 FIGURA 60 - PERCEPÇÃO DAS FAMÍLIAS QUANTO A ATENÇÃO OBTIDA NOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 126

23 LISTA DE FIGURAS FIGURA 61 - LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA QUE AS FAMÍLIAS FREQUENTAM, ÁREA RURAL E URBANA: MESORREGIÕES DO ESTADO 128 FIGURA 62 - TIPO DE ESCOLA QUE FREQUENTAM 129 FIGURA 63 - MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PARA DESLOCAMENTO ATÉ AS UNIDADES ESCOLARES 130 FIGURA 64 - CONSEQUÊNCIAS DAS FALTAS ESCOLARES PARA AS FAMÍLIAS 131 FIGURA 65 - DIFICULDADES PARA ACESSO À UNIDADE ESCOLAR 132 FIGURA 66 - MOTIVO PELOS QUAIS INTERROMPERAM ESTUDOS 133 FIGURA 67 - ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA 136 FIGURA 68 - OPINIÃO SOBRE AS FUNCIONALIDADES DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA 137 FIGURA 69 - DIFICULDADES PARA EFICÁCIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE 138 FIGURA 70 - CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO ATENDIMENTO DO PSF 139 FIGURA 71 - DEMAIS SERVIÇOS DE SAÚDE ACESSADOS PELAS FAMÍLIAS 140 FIGURA 72 - LOCALIDADE PARA REALIZAÇÃO DE ATENDIMENTO EMERGENCIAIS 141 FIGURA 73 - MOTIVAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE 142

24 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 QUADRO DE INDICADORES BÁSICOS E RESPECTIVAS ESCALAS TOPOGRAFIA SOCIAL DA PARAÍBA 38 QUADRO 2 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL NO ESTADO DA PARAÍBA POR PORTES QUADRO 3- QUADRO BÁSICO DE INDICADORES DE DISCREPÂNCIA DO MAPA DA EXCLUSÃO / INCLUSÃO SOCIAL DA PARAÍBA (LINHA DE BASE CENSO 2010 E DATASUS) 44 QUADRO 4 - DISTRIBUIÇÃO DOS SETORES CENSITÁRIOS DA PARAÍBA POR TIPO 51 QUADRO 5 - DIVISÃO POR REGIÃO DE ANÁLISE E POR GRUPOS ESTADO DA PARAÍBA QUADRO 6 SÍNTESE DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 70 QUADRO 7 MÉTODOS DE GEOREFERENCIAMENTO POR EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 70 QUADRO 8 SÍNTESE DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PB 74 QUADRO 9 - MÉTODOS DE GEOREFERENCIAMENTO POR EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE EDUCAÇÃO 75 QUADRO 10 - SÍNTESE DA POLÍTICA DE SAÚDE PB 79 QUADRO 11 - MÉTODOS DE GEORREFERENCIAMENTO POR EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SAÚDE 80 QUADRO 12 DISTRIBUIÇÃO DO UNIVERSO E DA AMOSTRA PELAS 4 MESORREGIÕES DO ESTADO DA PARAÍBA 97

25 Proteção Social e Gestão Intersetorial de Territórios de Vulnerabilidade Social no Estado da Paraíba

26 O chão e suas circunstâncias deixam de ser um dado natural e tornam-se uma construção humana. Nesse sentido afirmo que sobre a topografia da natureza, ergue-se uma topografia social. Para além da fluidez das relações, ela incorpora a concretude de condições e acessos como dois elementos imbricados e mutuamente dependentes. Já não se está falando de um lugar como um vazio, mas do resultado da ocupação e da ação dos sujeitos cidadãos, ou quase-cidadãos. Aldaíza Sposati Serra do Jabitacá/Monteiro-PB/Foto: Giselma Franco

27 APRESENTAÇÃO A Topografia Social Regionalizada do Estado da Paraíba configura-se como uma ferramenta de estudo - socioterritorial, transdisciplinar e multidimensional, de planejamento e gestão de políticas públicas. Na perspectiva de possibilitar o amplo alcance e consolidação do Sistema Único de Assistência Social, juntamente com as políticas de saúde e educação, se colocam como rotas imprescindíveis para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e consolidar o combate efetivo à exclusão social no amplo espectro das políticas públicas de enfrentamento à pobreza. Esse estudo é resultado do Projeto PROTEÇÃO SOCIAL E GESTÃO INTERSETORIAL DE TERRI- TÓRIOS DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO ESTADO DA PARAÍBA, apresentado pela secretária de Estado e do Desenvolvimento Humano da Paraíba, Maria Aparecida Ramos de Meneses, aprovado em reunião do Conselho gestor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba FUNCEP/PB, em dezembro de O projeto foi executado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais (NEPPS), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS), sob a coordenação da Professora Dra. Marinalva de Sousa Conserva (NEPPS/PPGSS/UFPB), cuja gestão financeira ficou sob a responsabilidade da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba - FAPESQ-PB. Para o desenvolvimento eficaz e efetivo desse estudo, foram necessárias a realização de diversas parcerias institucionais em âmbito local e nacional, com pesquisadores e consultores do Centro de Estudo das Desigualdades Socioterritoriais - CEDEST, vinculado à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e ao Instituto Nacional de Estudos Espaciais (INPE-SJC/SP). As análises socioterrotiais apresentadas neste livro têm como base as 14 Regiões Geoadministrativas do Estado da Paraíba, compostas pelos seus 223 municípios, conforme a Figura 1. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

28 FIGURA 1 - DIVISÃO DAS 14 REGIÕES GEOADMINISTRATIVAS DO ESTADO DA PARAÍBA Fonte: Secretaria de Estado e Desenvolvimento Humano da Paraíba, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

29 A partir do cenário apresentado pela Divisão Geoadministrativa do Estado da Paraíba foram agrupados quatro grandes produtos: PRODUTO 1 Mapa da Exclusão / Inclusão Social da Paraiba MEIS Paraíba 2010: Construir o Mapa das discrepâncias da exclusão / inclusão social do estado da Paraíba, tendo como base territorial as 14 Regiões Geoadministrativas, na perspectiva de criar referenciais e instrumentos/ferramentas para o fortalecimento da gestão intersetorial e da proteção social. PRODUTO 2 - Métrica Socioterritorial de Proteção Social nos Territorios Urbano e Rural do Estado da Paraíba: Construir a Cartografia da Tipologia de Proteção Social, por setor censitário rural e urbano -, a partir da formulação do Perfil Sociodemográfico do Estado. PRODUTO 3 Georreferenciamento da Rede Pública de Assistência Social, Saúde e Educação do Estado da Paraíba: Construir o banco de dados unificado e georreferenciado da rede pública governamental da Assistência Social, da Educação e da Saúde do Estado da Paraíba, visando contribuir para a gestão intersetorial das políticas públicas na constituição das redes socioassistenciais municipais. PRODUTO 4 Estudo de Campo - Avaliação da Capacidade Protetiva de Famílias Beneficiárias de Transferencia de Renda no Estado da Paraíba Desenvolver estudo amostral de campo sobre as condições de proteção social a partir do território rural e urbano em que vivem às famílias beneficiárias de transferência renda, em específico o Programa Bolsa Família e ainda o Benefício de Prestação Continuada (Idoso e Deficiência), no Estado da Paraíba. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

30 Considerando os quatro produtos gerados, se pode constatar que o Projeto conseguiu alcançar as metas que compunham os compromissos desse trabalho. Cabe o registro que neste livro eles estão apresentados de modo sintético. A sua completude encontra-se no relatório final entregue à Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado da Paraíba- SEDH/FAPESQ/PB, dezembro Os produtos são ferramentas informacionais que já foram acionados no processo de desenvolvimento do Projeto, e poderão continuar sendo utilizados para a consolidação de algumas etapas: na vigilância Socioassistencial do Estado da Paraíba; na qualificação da gestão pública; na criação de referenciais e instrumentos para orientação e redirecionamento da gestão intersetorial das Políticas de Proteção Social para o Estado da Paraíba, e, de modo específico, à gestão territorializada da Política Pública de Assistência Social, em articulação com as políticas de Saúde, Educação, entre outras. Significa dizer que, para a realização da avaliação da gestão intersetorial da política de assistência social com as demais políticas e seus impactos para as famílias beneficiárias, foi necessário o georreferenciamento dos serviços socioassistenciais, além das escolas e unidades básicas de saúde, para que fosse possível efetuar o cruzamento dessas presenças/ausências com as informações fornecidas pelas famílias entrevistadas. Esse estudo busca fornecer um quadro analítico a partir dos relatórios produzidos dos quatro produtos, destacando os elementos considerados fundamentais no processo de pesquisa: o percurso metodológico, a construção coletiva do conhecimento, o choque de escalas, a pesquisa de campo e a articulação entre a equipe de pesquisadores e técnicos da gestão pública. Embora tratados de forma separada, entende-se que estes elementos foram intrínsecos e interconectados durante todo o processo de pesquisa, em que a perspectiva socioterritorial esteve sempre presente, conforme nos ensina Milton Santos: o território em si não é um conceito. Ele só se torna um conceito utilizável para a análise social quando o consideramos a partir do seu uso, a partir do momento em que o pensamos juntamente com aqueles atores que dele se utilizam (Santos, 2000, p.22). Espera-se, portanto, que esse dispositivo analítico se constitua numa ferramenta tanto em termos de seus impactos como de seus resultantes, no tocante ao fortalecimento da proteção social de famílias que vivem em situação de pobreza e vulnerabilidade social, em zonas rurais e urbanas, no âmbito do Estado da Paraíba. Destaca nessa avaliação dimensionar os vínculos sociais e territoriais e sua relação com a proteção social das famílias de baixa renda, e de modo especial as que estão inseridas nos programas de transferência de renda, na perspectiva de criar referenciais e ferramentas para o fortalecimento da gestão intersetorial e da proteção social no estado, tendo como base a Topografia Social do Estado da Paraíba. 30 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

31 1. CONTEXTO TEÓRICO METODOLÓGICO Todo o processo de construção do Projeto da Topografia Social do Estado da Paraíba teve como referência metodológica a experiência desenvolvida desde 1995 pela equipe do CEDEST Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais (PUC/SP e INPE) em torno do Mapa da exclusão/inclusão social da cidade de São Paulo. Em 2010, a partir de parceria estabelecida entre a Cedepe (Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais PUC/SP) com a Universidade Federal da Paraíba (Programa de Pós Graduação em Serviço Social), e através da demanda oriunda da Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de João Pessoa foi estabelecido o processo de construção da Topografia Social da Cidade de João Pessoa, buscando (re) conhecer as desigualdades socioterritoriais intraurbanas da capital da Paraíba. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia que combinava diferentes escalas de análise, tendo como perspectiva a configuração de uma topografia social. A topografia social expressa a heterogeneidade do território sem cair na excessiva fragmentação ela significa a expressão territorial da rugosidade das desigualdades sociais das cidades Para construção da topografia social o território, uma categoria eminentemente política, é tomado em sua dimensão relacional definida a partir dos usos dos elementos espaciais efetivados pelos agentes sociais, pelas relações políticas, pelos jogos de forças e pelo exercício de poder que conformam espaços apropriados pelos mais diversos sujeitos coletivos. O exercício de poder aliado às práticas espaciais pode resultar em interdições que, no limite, se desenvolvem em direção a processos de apartação e segregação social. Este processo reflete a distribuição desigual das condições de vida no chão de uma cidade. (Topografia Social da Cidade de João Pessoa,2010) Dessa experiência é que surge a proposta de construção da Topografia Social do Estado da Paraíba, que envolve quatro campos de pesquisa e diferentes escalas de análise socioterritorial, conforme ilustra a figura a seguir: TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

32 FIGURA 2 DIAGRAMA DOS 4 PRODUTOS DA TOPOGRAFIA SOCIAL DO ESTADO DA PARAÍBA MAPA DA EXCLUSÃO/INCLUSÃO SOCIAL DO ESTADO DA PARAÍBA (ESCALA MUNICIPAL) CARTOGRAFIA DA TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DO ESTADO DA PARAÍBA (ESCALA SETOR CENSITÁRIO) TOPOGRAFIA SOCIAL DA PARAÍBA ESTUDO AMOSTRAL DE CAMPO JUNTO AS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA ESTUDO SOBRE A COBERTURA DA PROTEÇÃO SOCIAL NOS 223 MUNCÍPIOS E POR REGIÕES DO ESTADO DA PARAÍBA Fonte: Projeto Topografia Social da Paraíba, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016 DEZEMBRO/2015

33 Observa-se que os quatro campos de pesquisa configuram o eixo comum de métricas socioterritoriais de expressão das diversidades, diferenças e desigualdades inter e intraurbanas do estado da Paraíba. Dessa forma, cada uma das métricas possui uma escala de análise, de acordo com os territórios considerados fundamentais, inclusive, para pensar a gestão e intersetorialidade das políticas sociais. Importa destacar nesse processo, o reconhecimento da assistência social como política pública de seguridade social, juntamente com as políticas de saúde e previdência social. Em dezembro de 2004 a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) institui suas três funções: proteção social, defesa de direitos e vigilância socioassistencial. Para tanto, é regulamentando o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que se organiza de forma descentralizada e participativa, colocando em cena as responsabilidades dos três entes federativos na efetivação dos direitos socioassistenciais a todos os cidadãos brasileiros. Considerando a dimensão continental do nosso país, e a marca da desigualdade social que se expressa no cotidiano das cidades brasileiras, cada vez mais se tem valorizado no âmbito das políticas públicas a perspectiva socioterritorial nos processos de gestão. Desse modo, as políticas sociais nas diferentes escalas de gestão apresentam como um dos seus grandes desafios incluir o território como unidade de planejamento e avaliação e não apenas execução. Significa considerar o território não simplesmente como palco, mas essencialmente como ator, o território usado, conforme a perspectiva do geógrafo Milton Santos. Nesse sentido, o (re)conhecimento dos territórios brasileiros em suas múltiplas particularidades e dinâmicas se torna uma tarefa cada vez mais necessária. Ou seja, se trata não apenas de se obter informações sobre suas características socioeconômicas e demográficas, mas igualmente como se dá a presença do Estado nesses territórios em resposta às demandas por proteção social, por exemplo. De saída, o estado da Paraíba apresenta-se com uma dinâmica demográfica desafiadora, com incrementos populacionais diferenciados, em um contexto de prevalência de municípios abaixo de habitantes (193 do total dos 223 municípios), conforme denota o mapa a seguir. A cidade com menor concentração populacional é Parari, com habitantes e a de maior concentração é a capital, João Pessoa com habitantes. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

34 FIGURA 3 MAPA DA DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DO ESTADO DA PARAÍBA 2010 Parari a a a a A João Pessoa Fonte: IBGE, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

35 Destarte, a cidade, no caso brasileiro, torna-se referência prioritária para as configurações das políticas públicas; e por isso, se faz necessário para seu direcionamento o uso de uma multiplicidade de ferramentas informacionais, que contribuam na definição de suas prioridades e da garantia do acesso da população aos serviços, programas e benefícios estabelecidos. A relevância da contribuição dos sistemas de informação, em particular aqueles que registram a informação sobre a localização dos equipamentos e famílias em seus territórios possibilitando uso do espaço como categoria analítica, evidencia-se, principalmente por se tratar de realidades complexas, que se expressam como desigualdades socioterritoriais, ou seja: o lugar produz diferenças para o exercício da cidadania (Sposati, 2007). A construção de estudos socioterritoriais tem proporcionado uma análise dos processos sociais que, ao incorporar o lugar, exige abordagens que transcendam as fronteiras disciplinares e os marcos setoriais e, desta forma, reforçam a natureza multidimensional das relações inclusão/exclusão social nos territórios de vida de nossas cidades. Esta perspectiva requer processos metodológicos que envolvem métodos e técnicas de espacialização e análise de dados territorializados e instrumentos e ferramentas que permitem sua operacionalização. Em geral, fazem uso de Sistemas de Informação Geográfica integrados com ferramentas de análise de dados espaciais, possibilitando novos olhares sobre as condições de vida no espaço intraurbano. Esta (re)leitura do espaço de vida das famílias em seus territórios da vida cotidiana tem possibilitado análises das configurações da dinâmica social referentes aos pedaços da cidade e suas relações denominada por Sposati (2010) de Topografia Social. Dessa forma, a sistematização dos resultados obtidos nesse Projeto consiste em organizar as informações produzidas em função das seguintes metas: Estudo da Capacidade Protetiva das Famílias Beneficiárias de Programas de Transferência de Renda do Estado da Paraíba com base na coleta de dados da pesquisa de campo. Avaliação da Gestão Intersetorial da Política de Assistência Social com as demais Políticas e seu Impacto sobre as Famílias Beneficiárias de Programas de Transferência de Renda. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

36 1.1 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO Desde o seu início, o Projeto da Topografia Social do Estado da Paraíba foi marcado pela preocupação de seus interlocutores institucionais e pesquisadores com a produção coletiva das informações e sua potencialidade de disseminação e utilização na gestão pública. Para tanto, sempre se procurou constituir equipes de trabalho interdisciplinares e intersetoriais para o desenvolvimento das etapas de pesquisa. A complexidade dos desafios propostos nesse projeto produção de conhecimento em rede de cooperação em âmbito nacional e sua aplicabilidade em nível estadual (o estado da Paraíba) nos conduziu também a necessidade de ampliação desta rede, com outro parceiro institucional para execução do projeto. O Programa de Pós Graduação em Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba PPGSS/PB é este parceiro, através do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais (NEPPS/UFPB), e vem promovendo uma articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado da Paraíba SEDH, responsável pela gestão da Política de Assistência e do SUAS, em nível estadual. Este importante parceiro institucional veio para somar, tanto em termos das condições operacionais com a gestão regionalizada junto aos municípios como, também, em proporcionar um processo enriquecedor e formador em termos de Recursos Humanos com envolvimento da equipe técnica profissional gestora do trabalho socioassistencial. Este projeto ampara-se na necessidade de construção teórico-metodológica, enquanto meta concreta, para proporcionar instrumentais que possibilitem o amplo alcance e acesso pela gestão local e a consolidação da Política de Assistência Social na Paraíba. Enquanto um dos três pilares do Sistema de Seguridade Social determinado pela Constituição Federal (1988), a Política da Assistência Social e o Sistema Único de Assistência Social, juntamente com as políticas de saúde e previdência, se colocam como rotas imprescindíveis para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e consolidar o combate efetivo à exclusão social no amplo espectro das políticas públicas de enfrentamento à pobreza. Nesse contexto, a Topografia Social Regionalizada do Estado da Paraíba se apresenta enquanto dispositivo essencial na construção, pelo poder público, de caminhos rumo à conquista dos referidos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, dado que por meio do trabalho pelo desenvolvimento 36 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

37 humano, através da garantia de direitos humanos e de cidadania, atacam de frente expressões da questão social, a exemplo do combate à insegurança alimentar e nutricional, dos serviços de emissão da documentação básica (forma mais precária de exclusão social), das ações de inclusão social a partir da promoção do cidadão no mundo digital e de oportunizar a qualificação profissional para àqueles que se encontram em situação de desemprego. São estes enfrentamentos imprescindíveis para a promoção da qualidade de vida e da cidadania. 1.2 PERCURSO PELOS DADOS SECUNDÁRIOS CHOQUE DE ESCALAS Logo no primeiro momento de planejamento do Projeto, em que discutia os produtos a serem elaborados e as respectivas informações a ser levantadas, organizadas e sistematizadas, um desafio nos foi colocado pelo consultor do INPE Prof. Dr. Antonio Miguel Monteiro: seria necessário o Projeto sofrer um choque de escalas. Tanto para a equipe de pesquisadores envolvidos, como para os técnicos dos organismos gestores, a construção de métricas na escala estadual ainda era uma incógnita, pelo fato da experiência até então ter se restringido na escala municipal e intraurbana. Daí a relevância em se tratar na referida oficina do tema choque de escala. Para Milton Santos, a escala se refere a um limite, mas também a um conteúdo. Teríamos que tomar algumas decisões sobre a escala estadual da Paraíba, de acordo com as metas e produtos planejados, e principalmente, de acordo com as informações disponíveis e conhecimento acumulado principalmente das equipes técnicas da gestão que já tinham percorrido o Estado em suas diversidades, diferenças e desigualdades socioterritoriais. Além da Topografia Social de João Pessoa, foi-nos apresentado como referência o Caderno Temático Indicadores Demográficos características do crescimento populacional nas regiões geoadministrativas do estado da Paraíba , produzido pelo IDEME Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba. Este estudo traz informações regionalizadas (14 Regiões Geoadministrativas) dos 223 municípios sobre suas respectivas dinâmicas demográficas entre 2000 e 2010, a partir de indicadores como: grau de urbanização, taxa geométrica de crescimento anual e densidade demográfica. Diante desse panorama inicial, o plano de trabalho estabelecido previu a construção de diferentes métricas com as respectivas escalas, conforme se pode observar no Quadro 1 a seguir: TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

38 QUADRO 1 QUADRO DE INDICADORES BÁSICOS E RESPECTIVAS ESCALAS TOPOGRAFIA SOCIAL DA PARAÍBA PRODUTO INDICADORES E ANÁLISES SOCIOTERRITORIAIS ESCALA FONTE PRODUTO 1 Mapa das discrepâncias da exclusão / inclusão social do estado da Paraíba. - Perfil demográfico dos 223 municípios da Paraíba: Censo 2000 e 2010; - Perfil demográfico das 14 Regoões Orçamentárias PB; - Discrepância intraregionais municípios e 14 Regiões Geoadministrativas. - IBGE - Censo Demográfico 2000 e Instituto de Desenvol. Municipal e Estadual IDEME - Indicadores Demográficos - Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais - CE- DEST - Universidade Federal da Paraíba - UFPB - Topografia Social de João Pessoa PRODUTO 2 - Métrica Socioterritorial de Proteção Social nos Territórios Urbanos e Rurais do Estado da Paraíba. - Análise socioeconômica por setor censitário rural e urbano das famílias de todo o Estado da Paraíba; - Criação de métrica socioterritorial de proteção por grupos setores censitários e sete conjuntos sub-regionais de setores censitários. - IBGE - Censo Demográfico Censo Agropecuário 2007 PRODUTO 3 Georreferenciamento da rede pública dos serviços de assistência social, da educação e da saúde do Estado da Paraíba. - Levantamento das bases cadastrais de serviços públicos básicos de saúde, educação e assistência social; - Georeferenciamento da rede de serviços de assistência social - PSB e PSE (CRAS e CREAS); - Georeferenciamento da rede de serviços de saúde UBS e CS; - Georeferenciamento da rede de serviços de educação escolas municipais, estaduais e federais pontos de localização de endereços e centroide dos setores censitários. - IBGE - Cadastro Nacional de Endereços para fins Estatísticos CNEFE - Secretaria de Estado e Desenvolvimento Humano da Paraíba - SEDH - Ministério de Desenvolv. Social e Combate à Fome - MDS - Censo SUAS Ministério de Educação MEC - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP - SEE - Censo Escolar MS PRODUTO 4 Pesquisa de Campo junto às famílias beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada - BPC (Idoso e Deficiência), no Estado da Paraíba. Analise e compatibilização do Banco de Dados CadÚnico com o Banco de Dados das Famílias Beneficiárias. 33 municípios e amostra de famílias. - IBGE - Censo Demográfico Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS - Secretaria de Estado e Desenvolvimento Humano da Paraíba - SEDH - Cadastro Ünico - Programa Bolsa Família 38 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016 Fonte: Projeto Topografia Social da Paraíba, 2015.

39 A partir do quadro de indicadores se pode observar que as escalas utilizadas para a construção da Topografia Social da Paraíba variaram desde uma agregação regional (14 regiões geoadministrativas) dos 223 municípios, passando pelos setores censitários do IBGE, chegando até os endereços dos serviços básicos localizados e das famílias entrevistadas. Esse percurso envolveu um grande esforço das equipes de pesquisadores em torno dos dados secundários, passando pela definição da amostra de famílias a serem entrevistadas, bem como da mobilização das equipes de pesquisadores e supervisores de campo. O envolvimento de pesquisadores, consultores, docentes e discentes em torno dessa trajetória escalar ou desse choque de escala significou um exercício fundamental para a incorporação dos sentidos da topografia social tanto do ponto de vista da análise como dos alcances e limites da gestão das políticas sociais no estado da Paraíba. Poderíamos citar a experiência na construção de um banco de dados unificado e georreferenciado da rede pública governamental da Assistência Social, da Educação e da Saúde do Estado da Paraíba, que se situava no campo da gestão intersetorial e avaliação das políticas públicas. Este produto tinha como foco de estudo a preocupação da SEDH em dimensionar os vínculos sociais e territoriais e sua relação com a proteção social das famílias de baixa renda, e de modo especial as que estão inseridas nos programas de transferência de renda. Além do desafio de georreferenciamento dos endereços dos serviços, o acesso aos bancos de dados dos mesmos se mostrou uma grande aventura, pois o processo de se chegar a uma lista definitiva e atualizada demorou além do tempo previsto, demonstrando as dificuldades nas três políticas (assistência social, educação e saúde) com a consistência das informações. Nas três políticas identificou-se a necessidade de conferência entre os bancos consolidados do governo federal e os cadastros informados pelos governos municipais, o que implicou em inúmeras verificações e análises de nomenclaturas e endereços fornecidos. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

40 FIGURA 4 MAPA DA TAXA MÉDIA DE CRESCIMENTO ANUAL DEMOGRÁFICO ESTADO DA PARAÍBA ( ) POR CIDADE E REGIÃO GEOADMINISTRATIVA Fonte: IBGE, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

41 2. MAPA DA EXCLUSÃO / INCLUSÃO SOCIAL DA PARAIBA MEIS 2010 O Mapa da Exclusão/ Inclusão Social MEIS é uma metodologia de análise da incidência de desigualdades econômicas e sociais entre os territórios de uma cidade. Constitui-se em uma métrica de análise intraurbana que busca medir os intervalos entre as melhores e piores condições vividas pela população a partir do território onde vive. Por se tratar de uma medida valorativa ela parte de quatro grandes condições desejáveis: autonomia; qualidade de vida; desenvolvimento humano e equidade. A métrica das discrepâncias intrarregionais (produto 1), uma primeira aproximação com o Estado da Paraíba e seus 223 municípios, em que a escala de análise privilegiada foram as 14 regiões geoadministrativas e suas respectivas dinâmicas internas. A dinâmica demográfica ocorrida no período intercensitário de 2000 a 2010 merece atenção no estudo da Topografia Social da Paraíba. A alta discrepância populacional finca uma clara divisão entre duas polaridades, ficando de um lado as cidades de porte populacional abaixo de habitantes e de outro as cidades de João Pessoa e Campina Grande. Há que se observar como se dá essa discrepância sob a escala regionalizada, como demonstra a Figura 4, que trata da taxa média de crescimento anual dos 223 municípios paraibanos, agrupados pelas respectivas regiões geoadministrativas. Observou-se que a Região 7 (Itaporanga) apresenta-se como a região onde preponderou um baixo crescimento anual na quase totalidade das cidades, ao passo que as Regiões 1 (João Pessoa), 3 (Campina Grande) e 4 (Cuité) destacaram-se como aquelas que mais concentraram cidades com mais forte crescimento anual demográfico. Segundo a metodologia do MEIS Mapa da exclusão/inclusão social, a escala intraurbana constitui-se no coração da análise a ser realizada sobre as dinâmicas presentes em uma cidade. No caso do MEIS do Estado da Paraíba, a metodologia se propôs a trabalhar com a escala municipal, isto é, o comportamento da relação exclusão/inclusão social dentre as 223 cidades paraibanas. Tratava-se de um desafio metodológico tendo em vista o fato do estado da Paraíba ser composto com mais de 80% de suas cidades de porte populacional reduzido, o que poderia afetar os resultados de alguns cálculos estatísticos. Este cenário provocou um debate metodológico da equipe de pesquisadores, e decidiu-se, então, pela utilização da medida de discrepância (IDI Índice de Discrepância) exclusivamente, considerando a incompatibilidade do Índice de Exclusão/Inclusão Social (IEX) para a escala do Estado da Paraíba, cuja métrica havia sido construída para a escala intramunicipal e não intermunicipal. Esta decisão foi tomada tendo como suporte analítico a verificação de comportamento TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

42 de cada um dos indicadores trabalhados entre os 223 municípios, gerando-se gráficos de dispersão, cujos alguns exemplos poderão ser verificados na figura 5, a seguir: FIGURA 5 GRÁFICOS DE DISPERSÃO DOS INDICADORES DO MEIS - ESTADO DA PARAÍBA Fonte: Censo IBGE 2010 Elaboração Frederico Roman Ramos, Nesse sentido, chegou-se à conclusão que a métrica relacional da exclusão / inclusão social buscaria ser capturada no produto 2, que trabalharia com a escala dos setores censitários, utilizando-se de análise multifatorial. No caso específico do estado da Paraíba, portanto, a preocupação da métrica residiu em compreender as discrepâncias existentes entre as 223 cidades, considerando de saída a discrepância existente entre seus respectivos portes populacionais, conforme nos apresenta o Quadro 2 da distribuição populacional no estado da Paraíba. 42 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

43 QUADRO 2 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL NO ESTADO DA PARAÍBA POR PORTES 2010 PORTE DO MUNICÍPIO (PNAS 1 ) TOTAL DE MUNICÍPIOS % TOTAL DE PESSOAS % Pequeno Porte I Até Habitantes , ,92 Pequeno Porte II Habitantes 20 8, ,49 Médio Porte Habitantes 6 2, ,29 Grande Porte Habitantes 4 1, ,30 Metrópoli Mais de Habitantes 0 Total , ,0 Fonte: IBGE, O movimento metodológico construído colocava de um lado a demonstração do comportamento do indicador social entre os 223 territórios do Estado da Paraíba e, de outro lado, a configuração das distâncias sociais produzidas a partir das diferenças incidências do indicador social nesses territórios. O exercício de análise procurava ainda relacionar estas informações com as 14 regiões administrativas, criando uma articulação entre cada cidade com sua respectiva região, e cada região com o Estado da Paraíba. 1. Referência adotada pela Polí ca Nacional de Assistência Social através de Resolução CNAS 145 de 15 de outubro de TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

44 QUADRO 3- QUADRO BÁSICO DE INDICADORES DE DISCREPÂNCIA DO MAPA DA EXCLUSÃO / INCLUSÃO SOCIAL DA PARAÍBA (LINHA DE BASE CENSO 2010 E DATASUS) INDICADORES ÍNDICES CAMPO IEX Iexi Chefes de família abaixo da linha de Pobreza (sem Rendimento) Iexi Chefe de Família na Linha de Pobreza (com ganho até 2 SM) Iexi sem Rendimento Iexi até 0,5 SM Iexi de 0,5 até 1 SM Iexi de 1 a 2 SM Iexi de 2 a 3 SM Iexi de 3 a 5 SM Iexi de 5 à 10 SM Iexi de 10 a 15 SM Iexi de 15 a 20 SM Iexi mais de 20 SM Iexi Chefes de Família não Alfabetizados Iexi Escolaridade Precária (de 1 à 3 anos de estudo) Iexi de 4 a 7 anos de estudo Iexi de 8 a 10 anos de estudo Iexi de 11 a 14 anos de estudo Iexi mais de 15 anos de estudo Iexi Alfabetização Precoce (com 5 a 9 anos ) Iexi Alfabetização Tardia (de 10 a 14 anos) Iexi não Alfabetizados Iexi Alfabetização Precária Iexi Mortalidade Infantil Iexi Mortalidade na Infancia Iexi Homicídio Juvenil Iexi População acima de 70 anos Iexi Precário Abastecimento de Água Iexi Precário Instalação sanitária Iexi Precário Tratamento do Lixo Iexi Propriedade Domiciliar Iexi Densidade Habitacional Iexi Conforto Sanitário Iexi Habitação Precária Iexi Cobertura Creche Iexi Cobertura Ensino Fundamental Iexi Cobertura Ensino Médio Iexi Cobertura UBS Iexi Cobertura CRAS Iexi Mulheres Chefes de família não Alfabetizadas Iexi Mulheres Chefes de Família sem rendimento Iexi Concentração de Mulheres Chefes de Família Iex Precária Condição de Sobrevivência Iex de Distribuição de Renda dos Chefes de Família Iex de Desenvolvimento Educacional Iex Qualidade Ambiental Iex Conforto Domiciliar Iex Estímulo Educacional Iex Escolaridade Precária Iex Mortalidade Iex Longevidade Iex Cobertura de Serviços Básicos Iex Qualidade Domiciliar Iex AUTONOMIA DE RENDA DOS CHEFES DE FAMÍLIA Iex DESENVOLVIMENTO HUMANO Iex QUALIDADE DE VIDA Iex EQUIDADE E X C L U S Ã O / I N C L U S Ã O S O C I A L Fonte: Projeto Topografia Social da Paraíba, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

45 Conforme o Quadro 3, revela alguns demonstrativos das análises intrarregionais, que podem serem visualizados com os mapas de Incidência Percentual e de Índice de Discrepância para diferentes indicadores sociais produzidos pelo MEIS do Estado da Paraíba, e de acordo com os campos de autonomia, qualidade de vida, desenvolvimento humano e equidade. (Figuras 6 a 9). FIGURA 6 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO AOS RESPONSÁVEIS COM GANHO DE ATÉ ½ SALÁRIO MÍNIMO 2010 AUTONOMIA RESPONSÁVEIS COM ATÉ ½ SALÁRIO MÍNIMO MAPA INCIDÊNCIA PERCENTUAL MAPA ÍNDICE DE DISCREPÂNCIA Responsáveis com até 1/2 SM (%) 4.95 ~ ~ ~ ~ Responsáveis com até 1/2 SM (%) 1 ~ ~ ~ ~ 6.83 Fonte: MEIS do Estado da Paraíba, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

46 FIGURA 7 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO AOS DOMICÍLIOS SEM ACESSO À REDE DE ESGOTO QUALIDADE DE VIDA DOMICÍLIOS SEM ACESSO À REDE DE ESGOTO MAPA INCIDÊNCIA PERCENTUAL MAPA ÍNDICE DE DISCREPÂNCIA Domicílios par culares permanentes sem acesso à rede geral de esgoto (%) ~ ~ ~ ~ Fonte: MEIS do Estado da Paraíba, Domicílios par culares permanentes sem acesso à rede geral de esgoto (%) 1 ~ ~ ~ ~ TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

47 FIGURA 8 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO À TAXA DE HOMICÍDIO JUVENIL 2010 DESENVOLVIMENTO HUMANO HOMICÍDIO JUVENIL MAPA INCIDÊNCIA PERCENTUAL MAPA ÍNDICE DE DISCREPÂNCIA Homicídio juvenil (%) ~ ~ ~ ~ 2.78 Fonte: MEIS do Estado da Paraíba, Homicídio juvenil (%) 0 ~ ~ ~ ~ TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

48 FIGURA 9 MAPAS DE INCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA QUANTO À CHEFIA FEMININA SEM RENDIMENTO 2010 EQUIDADE MULHERES RESPONSÁVEIS SEM RENDA MAPA INCIDÊNCIA PERCENTUAL MAPA ÍNDICE DE DISCREPÂNCIA Mulheres responsáveis sem renda (%) 2.72 ~ ~ ~ ~ Fonte: MEIS do Estado da Paraíba, Mulheres responsáveis sem renda (%) 1 ~ ~ ~ ~ TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

49 3. MÉTRICA SOCIOTERRITORIAL DE PROTEÇÃO SOCIAL NOS TERRITÓRIOS URBANOS E RURAIS DO ESTADO DA PARAÍBA A métrica de proteção social construída no âmbito do projeto da Topografia Social do Estado da Paraíba objetivou proporcionar uma nova escala das discrepâncias, diversidades e desigualdades socioterritoriais presentes nos 223 municípios e seus respectivos setores censitários. Esse produto (2) contou com a colaboração autoral do Prof. Dr. Frederico Roman da Fundação Getúlio Vargas -SP. Este trabalho teve como objetivo geral possibilitar uma leitura sintética das situações de vulnerabilidade e proteção social dos territórios urbanos e rurais do Estado da Paraíba tendo como base a realidade capturada pelo censo demográfico realizado em O objetivo específico do trabalho é gerar um banco de dados georreferenciado contendo as variáveis e os resultados das classificações para todos os setores censitários (ano referencia 2010) do Estado da Paraíba. O estudo segue a tradição de estudos anteriores desenvolvidos para análise de outras cidades brasileiras (Sposati, 2014) e o caso do IPVS (SEADE, 2000; 2010) para o Estado de São Paulo. Dentro desta linha de pesquisa podemos destacar alguns aspectos comuns: Alto nível de desagregação espacial das informações geralmente referindo-se a setores censitários; Utilização de dados secundários em sua maioria provenientes dos censos demográficos do IBGE; Aplicação de técnicas estatísticas multivariadas na definição de tipologias de vulnerabilidade análise fatorial e de agrupamentos; Apresentação de resultados a partir de mapas temáticos e cartogramas. A metodologia adotada para a análise dos territórios do Estado da Paraíba seguiu a tradição de estudos anteriores com a utilização de métodos estatísticos de análise multivariada (PMSP/ CEM,2002; SEADE, 2005; CEDEST-PMJP, 2008; SEADE, 2013). Entretanto, difere destes por procurar introduzir variáveis capazes de revelar as situações dos territórios no que diz respeito a oferta de TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

50 infraestrutura urbana (no caso dos setores urbanos) e da situação das propriedades de produção agropecuária (no caso dos setores rurais). Os métodos utilizados são de natureza quantitativa aplicados a dados do censo demográfico de 2010 e censo agropecuário de 2007, ambos têm o IBGE como fonte. A metodologia parte do reconhecimento de que por se tratar de uma análise de abrangência regional, faz-se necessário considerar a diversidade de situações territoriais em termos demográficos e econômicos presentes nas diferentes áreas do estado. Tal reconhecimento é justificado em razão do objetivo da análise que requer uma classificação das áreas em diferentes tipologias de vulnerabilidade/proteção social em alto nível de desagregação. Busca-se identificar as diferenças internas dos territórios que compõem o mosaico geográfico do estado. Sem esta precaução, a análise acabaria por revelar as diferenças entre estes territórios e negligenciaria suas heterogeneidades internas. Assim, ficou estabelecido que trabalharíamos com sete conjuntos sub -regionais de setores censitários. Três deles compostos pelos setores classificados pelo IBGE como urbano e outros quatro por setores rurais. Os conjuntos amostrais foram assim definidos: URBANO Região de João Pessoa e municípios conurbados URBANO Campina Grande URBANO Conjunto de áreas urbanas de municípios de pequeno e médio porte RURAL Setores rurais da mesorregião da Zona da Mata Paraibana RURAL Setores rurais da mesorregião do Agreste Paraibano RURAL Setores rurais da mesorregião da Borborema RURAL Setores rurais da mesorregião do Sertão Paraibano A leitura da vulnerabilidade/proteção social dos territórios urbanos e rurais do Estado da Paraíba parte da premissa de que se deve buscar superar a visão predominante onde características dos indivíduos são suficientes para indicar sua situação de vulnerabilidade social. Para além desta dimensão individual/familiar, deve-se considerar também as características dos territórios onde vivem em termos das suas situações habitacionais, sanitárias e oferta/ausência de infraestrutura. A incorporação desta dimensão territorial ficou facilitada a partir das possibilidades abertas pelo último censo demográfico do IBGE (IBGE, 2010) que em esforço inédito realizou o levantamento das características de cada setor censitário em relação a oferta de infraestrutura urbana. 50 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

51 Este conjunto de novos dados contemplam informações como a presença de iluminação pública, pavimentação e calçadas, lixo acumulado entre outras permitindo a leitura e o cruzamento das características individuais/familiares com o contexto territorial urbano no qual está inserido. No âmbito dos setores identificados como rurais pelo censo demográfico, este conjunto de informações contextuais não estão disponíveis. Nestes casos, este estudo se apoia no conjunto de dados disponíveis a partir do último censo agropecuário (2007). Ainda que os dados do censo agropecuário apresentem limitações no que se refere ao nível de desagregação e à data de aquisição não há outra fonte de dado abrangente capaz de informar sobre as características territoriais das áreas rurais. O Quadro 4 a seguir identifica a distribuição dos sete grupos encontrados: QUADRO 4 - DISTRIBUIÇÃO DOS SETORES CENSITÁRIOS DA PARAÍBA POR TIPO DISTRIBUIÇÃO DOS SETORES CENSITÁRIOS DA PARAÍBA POR TIPO Código de Situação do Setor Censitário do IBGE Descrição da Situação do Setor Censitário Total de Setores Percentual de Setores Total de Domicílios Percentual dos Domicílios Número Médio de Domicílios por Setor População Total Percentual da População População Média por Setor Censitário Área Urbanizada de cidade ou vila Área urbana isolada Aglomerado rural de extensão urbana Aglomerado rural isolado - povoado Aglomerado rural isolado - núcleo Aglomerado rural isolado outros aglomerados ,19 % ,56 % 230, ,10 % 785,66 7 0,13 % ,24 % 370, ,25 % 1342, ,85 % ,63 % 145, ,64 % 509, ,75 % ,04 % 125, ,10 % 444,36 6 0,11 % ,15 % 267, ,15 % 968, ,47 % ,22 % 90, ,24 % 349,73 7 Zona rural exclusivo aglomerado rural ,5 % ,16 % 131, ,51 % 489,19 TOTAL ,00% 196, ,00% 681,25 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

52 A Figura 10 na sequencia identifica o comportamento da distribuição dos setores censitários urbanos e rurais pelos 223 municípios do estado da Paraíba. FIGURA 10 - SETORES CENSITÁRIOS DA PARAÍBA. EM PRETO OS SETORES CLASSIFICADOS COMO URBANOS. EM CINZA ESCURO, OS SETORES RURAIS Fonte: Censo IBGE 2010 Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

53 Este estudo baseou-se na utilização de metodologias de análise multivariada para a determinação de grupos de observações semelhantes no que se refere ao comportamento de um conjunto n-dimensional de variáveis. No nosso caso, as observações são setores censitários, ou seja, uma coleção de pequenas parcelas de território associadas a dados coletados pelos recenseadores na ocasião da elaboração do censo demográfico de 2010 e do censo agropecuário de Quando aplicamos metodologias de análise quantitativa como estratégia para alcançar esta caracterização, devemos estar atentos às potenciais interferências que a forma como os dados estão organizados impõe. Dessa forma, buscamos criar a partir de um conjunto de informações um referencial que seja útil na diferenciação destes pequenos territórios no que concerne aos níveis de proteção/vulnerabilidade social a que seus habitantes estão expostos. No caso deste estudo, operamos sobre uma coleção de setores censitários. O objetivo final é atribuir a cada uma destas unidades territoriais um registro sintético que nos permita identificá-la dentro de um conjunto diferentes tipos, ou um método de categorização, realçado as diferenças gerais presentes entre estes territórios. Claramente, ao optarmos por este caminho metodológico, estamos generalizando um conjunto de dados muito detalhados e agrupando-os em categorias gerais, menos informativa no detalhe, porém, muito mais informativa na compreensão do todo que compõe o Estado da Paraíba. Tendo em vista a aplicação deste tipo de leitura fina na orientação e formulação de políticas públicas, deve-se tentar preservar o máximo possível a capacidade de diferenciação dos tipos locais de vulnerabilidade/proteção social. Por este motivo, este estudo adotou uma partição regional dos setores censitários seguindo critérios de tamanho da aglomeração populacional para os setores urbanos e inserção em mesorregiões. Com isso busca preservar as classificações da influência das heterogeneidades de grande escala (regionais) preservando a capacidade discriminante em escala próxima. A figura 11 traz o mapa contendo os 7 conjuntos amostrais utilizados na análise de classificação de agrupamentos. As análises por tipologias de proteção social são demonstradas por agrupamentos, nos mapas a seguir, conforme as Figuras de 12 a 21. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

54 FIGURA 11 - CONJUNTOS AMOSTRAIS DEFINIDOS PARA A ANÁLISE DE AGRUPAMENTO Fonte: Censo IBGE 2010 resultado da amostra. Elaboração: Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/2016

55 QUADRO 5 - DIVISÃO POR REGIÃO DE ANÁLISE E POR GRUPOS ESTADO DA PARAÍBA 2010 Região de Análise João Pessoa Campina Grande Urbano Pequeno Porte Agreste Mata Paraibana Sertão Borborema Total de Grupos Número de Grupos segundo Tipologia de Proteção/ Vulnerabilidade Social 5 grupos 5 grupos 6 grupos 8 grupos 7 grupos 8 grupos 6 grupos 45 grupos Número de Setores Censitários Fonte: IBGE, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO DA DA PARAÍBA I I JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/

56 FIGURA 12 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS JOÃO PESSOA TIPOLOGIAS DE PROTEÇÃO SOCIAL 1 jp 2 jp 3 jp 4 jp 5 jp Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB PESSOA/PB I I MAIO/2016 MAIO/2016

57 FIGURA 13 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS CAMPINA GRANDE TIPOLOGIAS DE PROTEÇÃO SOCIAL 1 cg 2 cg 3 cg 4 cg 5 cg Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA REGIONALIZADA DO ESTADO ESTADO DA PARAÍBA DA PARAÍBA I JOÃO I JOÃO PESSOA/PB PESSOA/PB I MAIO/2016 I MAIO/

58 FIGURA 14 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE ZONA DA MATA Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/2016

59 FIGURA 15 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS ZONA DA MATA Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/

60 FIGURA 16 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE SERTÃO Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO DA DA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/2016

61 FIGURA 17 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS SERTÃO Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/

62 FIGURA 18 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS AGRESTE Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO DA DA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/2016

63 FIGURA 19 - MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS AGRESTE Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/

64 FIGURA 20 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS URBANOS DE MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE BORBOREMA Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/2016

65 FIGURA 21 MAPA POR TIPOLOGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS SETORES CENSITÁRIOS RURAIS BORBOREMA Fonte: Censo IBGE Elaboração Frederico Roman Ramos, TOPOGRAFIA SOCIAL SOCIAL REGIONALIZADA DO DO ESTADO ESTADO DA DA PARAÍBA PARAÍBA I I JOÃO JOÃO PESSOA/PB I I MAIO/

66 4. GEORREFERENCIAMENTO DA REDE PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SAÚDE E EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA Esta etapa configurou-se na construção de um banco de dados unificado e georreferenciado da rede pública de serviço governamental da Assistência Social, da Educação e da Saúde do Estado da Paraíba. Tratou-se de um estudo com a caracterização da rede pública governamental do Estado da Paraíba, tendo como base as 14 Regiões Geoadministrativas (RGAs), em escala municipal. A abordagem metodológica utilizada apresentada e discutida em oficina com pesquisadores especialistas, equipe de coordenação do projeto e agentes institucionais envolvidos no detalhamento do Plano de Trabalho. Nesta abordagem, o setor censitário, gerado pela malha censitária do IBGE (2010) foi definido como a unidade espacial básica para localização dos equipamentos da rede de proteção social. Os censos demográficos e contagens populacionais têm o setor censitário como sua unidade espacial mais detalhada para divulgação e distribuição de informação agregada sobre domicílios. Desta forma, a localização dos equipamentos da rede de proteção social nos setores possibilita a integração com informações censitárias essenciais para caracterização de grupos e vizinhanças. As etapas descritas a seguir foram estruturadas como uma sequência de procedimentos com o objetivo de hierarquizar, em níveis de confiança, os processos utilizados para identificação dos setores censitários contendo os equipamentos para localização. Este processo que, em termos técnicos no domínio do geoprocessamento, é conhecido como geocodificação de endereços ou georreferenciamento (geocoding ou geoadressing), foi aqui adaptado para trabalhar com dados existentes nas bases cartográficas abertas e disponíveis, e considerando as diferentes condições de cartografia territorial dos municípios paraibanos e brasileiros, foi chamado de Procedimento de Geocodificação por Setor Censitário para Assistência Social Intersetorial PGSC-ASI. O protocolo define um procedimento envolvendo Cinco Fases, que serão descritas a seguir: 66 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

67 FASE 1 USO E AVALIAÇÃO DO CNEFE - CADASTRO NACIONAL DE ENDEREÇOS PARA FINS ESTATÍSTICOS DO IBGE. Foco: Importação e identificação de inconsistências do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos - CNEFE do IBGE. O Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos CNEFE refere-se a uma lista com endereços urbanos e rurais, distribuídos por setores censitários, classificados por tipo: unidades residenciais, unidades de ensino, unidades de saúde e outros (IBGE, 2014). Esta lista foi estruturada pelo IBGE e pode ser transferida para qualquer usuário através do sítio da instituição (www. ibge.gov.br). Para adquirir estes dados o IBGE disponibiliza ao usuário opções para escolha do Estado. Na Paraíba estão disponíveis 288 arquivos, com formato.txt, que foram transferidos e posteriormente incorporados em uma base de dados, utilizando o software gerenciador de bases de dados Access 2. FASE 2 PADRONIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS DE ENDEREÇOS DOS EQUIPAMEN- TOS DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL Foco: Verificação de inconsistências e padronização das bases de dados de endereços dos equipamentos de educação, saúde e assistência social da Paraíba. Os endereços e demais dados referentes aos equipamentos da Assistência Social (base: MDS, período: censo SUAS 2013), da Educação (base: INEP, período: fev./2014) e da Saúde (base: CNES, período: jun./2014) foram disponibilizados pelas respectivas secretarias estaduais através de arquivos no formato *.xls 3. O número de registros da assistência social totaliza 428 equipamentos, dos quais 258 são da rede de Proteção Social Básica (PSB), 104 da Proteção Social Especial de Média 2. O Access é produto proprietário mas é também possível trabalhar com outros gerenciadores de bases de dados não-propritários e domínio público, o fundamental é manter a estrutura proposta para a informação a ser registrada na base. 3. Extensão para arquivos da planilha Excel, so ware proprietário. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

68 Complexidade (PSEM) e 66 da Proteção Social Especial de Alta Complexidade (PSEA). Da educação, a lista comtempla equipamentos, sendo 15 da rede federal, 786 estaduais, municipais e 902 da rede privada. Da saúde, o arquivo totaliza equipamentos das redes pública e privada.os dados foram incorporados em uma base de dados Access, juntamente com os do CNEFE, facilitando a análise conjunta dos dados. Em seguida foi realizada uma análise de inconsistências, passo necessário para o processo de compatibilização dos endereços das bases estaduais de acordo com o padrão de armazenamento de dados no CNEFE. FASE 3 GEOCODIFICAÇÃOAUTOMÁTICA CNEFE CORRIGIDO Esta fase compõe a primeira das 3 Etapas que tratam dos protocolos para estabelecer os níveis de confiança relativos a qualidade do processo de localização por meio da ferramenta de geocodificação.a partir do relacionamento de campos de endereços coincidentes entre duas tabelas (ex. CNEFE x Assistência Social/Educação/Saúde). Ao encontrar uma correspondência total entre endereços é possível concluir que o setor censitário da edificação encontrada no CNEFE, é o setor censitário do equipamento analisado. Portanto, o objetivo destes cruzamentos foi resgatar, de forma rápida, automática e consistente, os códigos dos setores censitários contidos na tabela do CNEFE. Desta maneira, o NÍVEL DE CONFIANÇA (NC) dos resultados obtidos por esta técnica foi considerado Alto. FASE 4 GEOCODIFICAÇÃO MANUAL CNEFE/SIG Este procedimento consistiu em identificar os setores censitários dos estabelecimentos pertencentes a rede de educação, saúde e assistência social do Estado da Paraíba, que não foram geocodificados na etapa anterior.tal procedimento foi realizado através da comparação dos endereços dos equipamentos - da rede de educação, saúde e assistência social - com os endereços das edificações inseridos no CNEFE, através de consultas individuais por equipamento, com o objetivo de atribuir os códigos dos setores censitários à estes. Desta maneira, diante das consultas individuais ao CNEFE, o nível de confiança (NC) nestas situações da geocodificação recebeu a classificação Médio a Alto, uma vez que não foram utilizados todos os campos do endereçamento para a análise. 68 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

69 FASE 5 GEOCODIFICAÇÃO UTILIZANDO O MAPCITE 4 Com o objetivo de geocodificar o maior número de endereços, sem deixar de considerar o nível de confiança dos resultados, esta etapa buscou identificar os setores censitários dos estabelecimentos que não foram geocodificados nas etapas anteriores. Para realizar esta operação, foi utilizada uma versão de distribuição gratuita do MAPCITE. Esta ferramenta funciona integrada ao Excel e possui uma função que geocodifica endereços, de forma rápida e com poucas intervenções operacionais, através de consultas ao Bing Maps da Microsoft. Tendo utilizados estes três procedimentos para geocodificação o projeto apresentou significativos resultados de localização dos equipamentos por área de política pública no Estado da Paraíba, que serão descritos a seguir. Porém, importa lembrar os cenários que justificaram tais procedimentos de busca de localização dos equipamentos. Os endereços e demais dados referentes aos equipamentos da Assistência Social (base: MDS, período: censo SUAS 2013), da Educação (base: INEP, período: fev./2014) e da Saúde (base: CNES, período: jun./2014) foram disponibilizados pelas respectivas secretarias estaduais através de arquivos no formato *.xls 5. O número de registros da assistência social totalizava 428 equipamentos, dos quais 258 são da rede de Proteção Social Básica (PSB), 104 da Proteção Social Especial de Média Complexidade (PSEM) e 66 da Proteção Social Especial de Alta Complexidade (PSEA). Da educação, a lista contemplava equipamentos, sendo 15 da rede federal, 786 estaduais, municipais e 902 da rede privada. Da saúde, o arquivo totalizou equipamentos das redes pública e privada. Sem dúvida, o processo de limpeza dos bancos de dados no sentido de uma normatização dos registros significou um intenso processo de trabalho da equipe de pesquisadores para se chegar nos resultados que ora apresentamos. 4. O MAPCITE é um so ware proprietário (Business Partnerof Microso ). Refere-se a uma plataforma de localização de dados que funciona como um módulo de extensão (add-in) do Excel. 5. Extensão para arquivos da planilha Excel, so ware proprietário. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

70 GEOCODIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL A geocodificação dos equipamentos de Assistência Social, representado no quadro-síntese da política de assistência social, identifica sua presença nos 223 municípios do Estado da Paraíba por meio dos equipamentos de Proteção Social Básica, Proteção Social Especial de Média Complexidade e Proteção Social de Alta Complexidade. Utilizando-se dos 3 métodos de geocodificação, os resultados apresentados no caso da assistência social foi o seguinte (Quadro 6 e 7): QUADRO 6 SÍNTESE DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL BASE: MDS PERÍODO: Censo SUAS 2013 SÍNTESE ASSISTÊNCIA SOCIAL TOTAL DE EQUIPAMENTOS: 428 PSB: 258 PSEM: 104 PSEA: 66 QUADRO 7 MÉTODOS DE GEOREFERENCIAMENTO POR EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Tipo de Geocodificação Automática - CNEFE Manual - CNEFE Quantidade de Equipamentos Quantidade de Equipamentos (%) 1,9 % 82,9 % UNIDADE BÁSICA LOCALIZAÇÃO: SETOR CENSITÁRIO ATRIBUTOS BÁSICOS: COD, ID ATRIBUTOS ESPECÍFICOS: NÍVEL PROTEÇÃO, NOME DA UNIDADE DE ATENDIMENTO Manual CNEF/SIG MAPCITE Fonte: Relatório Georreferenciamento da Rede Estadual, Fonte: Relatório Georrefenciamento da Rede Estadual, 2014 TOTAL ,5 % 5,7 % 100% Apresentamos a seguir (Figuras 22, 23 e 24) os mapas síntese gerados a partir desse processo de geocodificação dos equipamentos de assistência social. 70 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

71 FIGURA 22 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2014 Fonte: Relatório Georrefenciamento da Rede Estadual, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

72 FIGURA 23 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ZONA URBANA 2014 Fonte: Relatório Georrefenciamento da Rede Estadual, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

73 FIGURA 24 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ZONA RURAL 2014 Fonte: Relatório Georrefenciamento da Rede Estadual, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

74 GEOCODIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO O quadro-síntese (Quadro 8) da política de educação identifica sua presença nos 223 municípios do Estado da Paraíba com um total de escolas divididas em federais, estaduais, municipais e privadas. QUADRO 8 SÍNTESE DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PB BASE: INEP PERÍODO: Fevereiro/2014 TOTAL DE EQUIPAMENTOS Federais: 15 Estaduais: 786 Municipais: Privadas: 902 UNIDADE BÁSICA DE LOCALIZAÇÃO: Setor Censitário ATRIBUTOS BÁSICOS: Códigos INEP, Nome e endereços ATRIBUTOS ESPECÍFICOS: Matrículas Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

75 O processo de geocodificação das escolas no estado da Paraíba pode ser sintetizado a partir do seguinte Quadro 9: QUADRO 9 - MÉTODOS DE GEOREFERENCIAMENTO POR EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE EDUCAÇÃO Tipo de Método Automática - CNEFE Manual - CNEFE Manual CNEFE/SIG MAPCITE Quantidade de Equipamentos Quantidade de Equipamentos (%) 10,08% 68,13% 13,09% 8,7% TOTAL % Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, Como se poderá perceber, as escolas representam os equipamentos de maior capilaridade no Estado da Paraíba, bem como de maior incidência e concentração nos municípios (conforme as Figuras 25, 26 e 27). TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

76 FIGURA 25 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA 2014 Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

77 FIGURA 26 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO ESTADO DA PARAÍBA ZONA URBANA 2014 Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

78 FIGURA 27 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO ESTADO DA PARAÍBA ZONA RURAL 2014 Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

79 GEOCODIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE O quadro-síntese (Quadro 10) da política de saúde identifica sua presença nos 223 municípios do Estado da Paraíba com um total de equipamentos de saúde, com forte concentração nas áreas mais urbanizadas. QUADRO 10 - SÍNTESE DA POLÍTICA DE SAÚDE PB BASE: CNEAS PERÍODO: JUNHO/2014 TOTAL DE EQUIPAMENTOS: UNIDADE BÁSICA DE LOCALIZAÇÃO: SETOR CENSITÁRIO ATIBUTOS BÁSICOS: CÓDIGOS CNEAS, NOME E ENDEREÇOS ATRIBUTOS ESPECÍFICOS: ABRANGÊNCIA, ESFERAS, SERVIÇOS Fonte: Projeto Georreferenciamento da rede pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

80 O processo de geocodificação dos equipamentos de saúde, após o uso dos 3 métodos, resultou no seguinte Quadro 11: QUADRO 11 - MÉTODOS DE GEORREFERENCIAMENTO POR EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SAÚDE Tipo de Método Automática - CNEFE Manual - CNEFE Manual CNEFE/SIG MAPCITE TOTAL Quantidade de Equipamentos Quantidade de Equipamentos (%) 23,56% 47,4% 18,3% 10,74% 100% Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, Cabe esclarecer em termos da metodologia de geocodificação, ou seja: nem todos os equipamentos levantados foram possíveis geocodificar, seja por ausencia de endereço, seja por incompletude destes. No entanto, a ausencia da localização do serviço no mapa não significa ausência de serviço nos territórios, a exemplo no mapa da figura 22 que sinaliza seis municípios sem equipamentos. Os mapas a seguir (Figuras 28, 29 e 30) expressam a presença dos equipamentos de saúde no Estado da Paraíba. 80 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

81 FIGURA 28 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE PARAÍBA 2014 Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

82 FIGURA 29 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE ZONA URBANA - PARAÍBA 2014 Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

83 FIGURA 30 MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE ZONA RURAL - PARAÍBA 2014 Fonte: Projeto Georreferenciamento da Rede Pública, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

84 ESTUDO DE CAMPO 84 TOPOGRAFIA O A SOCIAL REGIONALIZADA ADA A DO ESTADO OD DA PARAÍBA A I JOÃO O PESSOA/PB PB I MAIO/2016

85 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

86 86 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

87 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE PROTETIVA DE FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA NO ESTADO DA PARAÍBA TOPOGRAFIA OGR AS SOCIAL REGIONALIZADA IZ AD AD DO OE ESTADO DA PARAÍBA AÍBA I JOÃO PESSOA/PB SOA PB I MAIO/

88 88 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016 Zona rural de Monteiro-PB/Foto: Ricardo Araújo

89 APRESENTAÇÃO Essa pesquisa apresentou como desafio a realização de um estudo sobre as condições de proteção social a partir do território rural e urbano em que vivem famílias beneficiárias de transferência renda, em específico pelo Programa Bolsa Família e ainda a presença do Benefício de Prestação Continuada (Idoso e Deficiência), no Estado da Paraíba. Parte-se do pressuposto que as singularidades elucidadas pelas condições territoriais produzem (re) significações tanto em relação à materialidade da proteção social, objeto da análise, como em relação à matricialidade sociofamiliar da Política Pública de Assistência Social e dos programas de transferência de renda. Isto é: o onde faz diferença quanto às garantias de oferta de proteção, mas também, quanto às ameaças de desproteção que faz incidir aos que nele vivem. Assim, o território e seus determinantes se constituem com o chão concreto das Políticas Públicas, o que nos possibilita dar visibilidade analítica às desigualdades socioterritoriais e de modo comparativo elucidar - semelhanças, diferenças e singularidades das condições de vida das famílias beneficiárias que residem, na zona rural e urbana, bem como suas interpelações com os vínculos que estabelece no seu território de vivencia. Entender a dinâmica socioterritorial numa escala estadual (o estado da Paraíba), colocou desafios até então sem referenciais. Num primeiro momento, a base conceitual inicial para execução do projeto de pesquisa foi o compartilhamento com o caminho metodológico da pesquisa Protege Vínculos desenvolvida na metrópole de São Paulo sob a coordenação da Prof. Dra. Aldaíza Sposati, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social (NEPSAS), da PUC-SP. Essa relação de parceria consolidou-se a partir da proeminente experiência de formação de uma rede de cooperação acadêmica em âmbito nacional, a partir da aprovação Projeto Casadinho/Procad/CNPq/Capes, através da ação transversal sob o título Assistência Social e Transferência de Renda: Interpelações no Território da Proteção Social, de número / TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

90 A relevância da reprodutibilidade desse estudo, aplicados em diferentes territórios - Regiões Nordeste e Sudeste, mas referenciado no mesmo eixo teórico-metodológico e junto às famílias beneficiárias de transferência de renda, tem possibilitado uma maior consistência para a produção acadêmica como também para a consolidação da Política Pública de Assistência Social. Espera-se com os resultados da pesquisa contribuir para avaliação serviços públicos da assistência social, da educação e da saúde, a partir da identificação das estratégias utilizadas pelas famílias que vivem em situação de pobreza, riscos e vulnerabilidades em zonas rurais e urbanas, do Estado da Paraíba. Entrada do Campus da Universidade Federal da Paraíba - João Pessoa 90 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

91 5. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE PROTETIVA DE FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA NO ESTADO DA PARAÍBA 5.1 O MÉTODO: O PROCESSO, AS ESTRATÉGIAS E FERRAMENTAS DE ANÁLISE O Estado da Paraíba, base empírica desse estudo, situado na Região Nordeste possui, segundo o censo do IBGE/2010, uma população residente de , distribuída em 223 municípios, numa área de ,466 (km). Em termos da variável - rural e urbana, apresenta maior concentração da população na zona urbana com , enquanto que a população residente rural é de Em termos das condições de vida apresenta uma população de 613 mil em extrema pobreza. A abordagem do Estado com 223 municípios com áreas rurais e urbanas, com Mesorregiões geográficas estabelecidas pelo IBGE distintas em sua constituição climática e ambiental, do litoral ao sertão, foi o desfio de saída para que se pudesse entender territórios e proteção social em contextos tão diferenciados. A dimensão do propósito mostrou-se refém de muita coragem e condições objetivas par realizar o deslocamento por todo o estado de uma equipe de pesquisadores que são ao mesmo tempo estudantes de graduação e pós-graduação em serviço social da UFPB. O exame da realidade a partir do seu chão e não só de sua descrição mostrou-se como algo novo na vida acadêmica a consolidar. A engenharia do estudo de campo exigiu da coordenação, consultorias e toda a equipe de pesquisadores do NEPSS/UFPB, não só a apreensão, de forma sistemática, dos elementos constitutivos do instrumento como a organização para formação de equipe de campo com vistas a alçar o grandioso e instigante desafio de conhecer, a realidade das famílias beneficiárias, as interpelações a partir do território onde vivem, e suas conexões com os serviços mantidos pela políticas públicas, em especial a Política de Assistência Social em sua escala municipal, regional e estadual. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

92 5.1.1 A AMOSTRA O Estado registrava segundo o MDS/2013, um total de famílias domiciliadas que recebem o benefício de transferência de renda, o que corresponde a aproximadamente 50% das famílias domiciliadas encontradas no Estado da Paraíba ( ). Desse total somente , ou quase 12 mil famílias é que são beneficiárias do BPC. A unificação de dados para produção de um quadro consistente do volume de beneficiários por cidade, destacando ainda os rurais e urbanos foi sendo produzido pela equipe da UFPB sendo supervisionado pela analista de estatística Silvia Alegre/SP e pela Profa. Aldaiza Sposati (PUC-SP). A inexistência de meios para georreferenciar os beneficiários nos locais onde vivem, ou mesmo de agregá-los por setor censitário exigiu a aplicação de algumas outras alternativas de territorialização que não o georreferenciamento, mas que pudesse trazer a aproximação com o real. O primeiro passo foi o de classificar os municípios por seu adensamento populacional geral, rural e urbano. Adotou-se a classificação dos municípios pelos parâmetros da Política Nacional de Assistência Social que os caracteriza por porte populacional, quais sejam: Porte I, até 20 mil habitantes, Porte II, até 50 mil habitantes, as categorias Médio e Grande, respectivamente de 50 a 100 mil e de 100 a 900 mil habitantes terminaram sendo fundidas em uma só categoria como mais de 50 mil habitantes. A alta diversidade populacional dos municípios da Paraíba dentro do intervalo de até 20 mil habitantes ou de mais de 20 mil a 50 mil, indicou um novo caminho metodológico: categorizar os municípios de acordo com a população em: Q1 até 25%; Q2 de 26 a 50 %; Q3 de 51 a 75%, Q4 de 76% a 100% da população estabelecida por porte. Após esta classificação da população, foi realizado o estudo do volume de famílias residentes em cada município, no meio rural e urbano, utilizando como proxy o número de domicílios. Este estudo exigiu e forte processo de consistência dos dados. O outro passo foi o de identificar a incidência de beneficiários pelo total de famílias residentes no meio rural e no meio urbano. A partir deste painel de referência de todas as cidades, elas foram agregadas dentro de cada porte (e suas divisões internas) e ali, pela incidência percentual de benefícios classificadas em 92 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

93 maiores e menores incidências de famílias beneficiárias 10 em cada uma das classificações por porte e por meio urbano e rural. A decisão quanto às cidades a serem eleitas como amostrais se deu a partir das seguintes situações: Maior concentração de famílias beneficiárias pelo PBF; Menor concentração de famílias beneficiárias pelo PBF; Maior concentração de famílias beneficiárias do PBF em área urbana; Maior concentração de famílias beneficiárias do PBF em área rural; Menor concentração de famílias beneficiárias do PBF em área urbana; Menor concentração de famílias beneficiárias do PBF em área rural. No caso da distribuição de beneficiados pelo BPC, optou-se por definir como critério para aplicação: A escolha de um município de cada uma das 14 regiões do Estado que representasse a maior incidência total de BPC, considerando nesse total a somatória de idosos, deficientes, desconsiderando ainda a divisão entre famílias beneficiárias rurais e urbanas. No caso BPC, a escolha não aplicou a caracterização dos municípios por porte/quartil. O desenvolvimento dessa metodologia possibilitou a escolha de 33 municípios. Desses, como já assinalado, nove são exclusivamente pela presença de maior incidência de BPC, 20 pelos critérios de incidência variados de Bolsa Família e outros 5 pela combinação de incidência variada de Bolsa família e maior incidência de BPC.O mapa a seguir ilustra os 33 municípios escolhidos para a amostra junto com os questionários. Conforme a Figura 31 que retrata o mapa da distribuição da amostra dos municípios da pesquisa. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

94 FIGURA 31 MAPA DA DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA DOS MUNICÍPIOS DA PESQUISA Fonte: Relatório de Pesquisa NEPPS/UFPB, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

95 5.1.2 O INSTRUMENTO: QUESTIONÁRIO O conteúdo e formato do instrumento questionário foi construído pelo NEPSAS/PUC-SP e aplicado na cidade de São Paulo/SP, e, disponibilizado para replicação no estado. O processo de analise gerou mudanças e adaptações através da realização de diversas oficinas (2013/2014), pelos componentes da equipe do NEPPS/PPGSS/UFPB. A rica experiência de mudanças necessárias para melhor corresponder à cultura da população e às características da realidade da Paraíba, contou com a colaboração do Prof. Marcelo Gallo, em estágio pós-doutoral no PPGSS/NEPPS/UFPB. Assim, o instrumento de coleta de dados foi reconstruído, tendo em vista sua adaptação para realidade do Estado da Paraíba, considerando aspectos da identidade cultural, dimensão territorial, contexto urbano e rural, especificidades das regiões geoadministrativas, população e comunidades tradicionais. O processo de consolidação do instrumento foi desenvolvido nas seguintes etapas, conforme descrito na Figura 32 a seguir: FIGURA 32 - ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO APROPRIAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA ADEQUAÇÃO DO INSTRUMENTO PARA REALIDADE LOCAL APLICAÇÃO DO PRÉ-TESTE AJUSTES E FECHAMENTO DO INSTRUMENTO Fonte: Relatório de Campo, NEPSS/UFPB,2014. O instrumento questionário, resultou na seguinte formatação: composta por 14 Blocos (A,B,C,D,E,F,G,H,I,J,K,L,M e N), totalizando 285 questões, sendo 258 fechadas e 27 abertas. A dimensão da pesquisa, em escala estadual, conduziu a necessidade de desenvolvimento de um software para o gerenciamento e consolidação do banco dados. Esse sistema foi construído com base no instrumento aplicado. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

96 5.2 ANÁLISE DESCRITIVA DOS RESULTADOS O texto que segue trata do conjunto sucinto de dados trabalhados pela pesquisa Capacidade Protetiva das famílias beneficiarias de PTRs do Estado da Paraíba com foco na percepção da população acerca de programas e serviços públicos. Lida com um agrupamento de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Famílias - PBF sob o prisma da oferta de serviços públicos ofertados nas áreas da Assistência Social, Saúde e Educação, distribuídos em 24 municípios do Estado, incluindo a Capital e importantes centros metropolitanos. Ressaltando a sua característica qualitativa de relação com o espaço de vida e de reprodução social, numa perspectiva de aplicação de longos instrumentais in loco, quando não realizados propriamente dentro do domicílio da família, de modo a incorporar aspectos subjetivos e objetivos da vida paraibana nas suas diversas características geoespaciais. A caracterização dos municípios deu-se pela sua divisão entre territórios urbanos e rurais distribuídos entre as 4 mesorregiões do Estado da Paraíba: Mata Paraibana, Agreste Paraibano, Borborema e Sertão Paraibano, de acordo com a distribuição populacional no Estado como um todo. Com a finalidade de validar essa decisã o comparamos a distribuiç ã o desta variá vel na amostra com a distribuiç ã o da populaç ã o do estado da Paraí ba. A grande coincidê ncia entre ambas proporç õ es tornou dispensá vel qualquer processo de ponderaç ã o dos resultados. Conforme podemos visualizar no Quadro 2, a distribuição do universo e da amostra pelas 4 mesorregiões do Estado da Paraíba. QUATRO MESORREGIÕES DO ESTADO DA PARAÍBA Fonte: IBGE 96 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

97 QUADRO 12 DISTRIBUIÇÃO DO UNIVERSO E DA AMOSTRA PELAS 4 MESORREGIÕES DO ESTADO DA PARAÍBA DIMENSÃO POPULACIONAL POPULAÇÃO AMOSTRA TOTAL DOMICÍLIOS NA NA NA AGRESTE BORBOREMA MATA PARAIBANA SERTÃO PARAÍBA DIMENSÃO POPULACIONAL POPULAÇÃO AMOSTRA TOTAL DOMICÍLIOS % % % AGRESTE 32,2 32,2 31,2 BORBOREMA 7,9 8,3 7,6 MATA PARAIBANA 37,0 37,0 37,7 SERTÃO 22,9 22,5 23,6 PARAÍBA FONTE: IBGE / IDEME-PB/Relatório de Pesquisa de Campo/UFPB TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

98 Apenas a título de esclarecimento, nesta primeira abordagem dos dados, procuramos identificar as possíveis similitudes que podem haver entre as mesorregiões do Estado da Paraíba, propósito metodológico de análise que rege esta pesquisa. Este olhar investigativo das semelhanças e diferenças territoriais pode ser notado em alguns casos na comparação direta entre as mesorregiões e, em outros casos na comparação entre áreas rurais e áreas urbanas. Nesse sentido, alguns gráficos serão apresentados por mesorregiões e outros pela comparação rural/urbano. Nesse último caso, sempre demonstrando o conjunto total da amostra. O objetivo que orientou a pesquisa em voga foi o de revelar aspectos da vida cotidiana destas famílias beneficiárias de transferência de renda para além da renda propriamente dita. É certo que as características socioeconômicas deste público são semelhantes no geral, dado fazer parte de um recorte específico do Cadastro Único da Assistência Social. Porém, revelou-se fundamental conhecer os aspectos que transcendem as similitudes dadas pelos cadastros e bancos de dados para incorporar aqueles aspectos que são de fato característicos e reveladores desta população em sua real condição de vida. Quais são seus pontos de apoio? Quais são os pontos mais dificultosos e como lidam com as dificuldades do cotidiano? De modo a revelar elementos que compõem a atual capacidade protetiva das famílias paraibanas que, mediadas por esta pesquisa, puderam lançar sua voz e mostrar para todos esta nova e atual Paraíba. Em seguida nos são reveladas as forças e fragilidades a que esta população está submetida, dadas suas características particulares somadas às do território de vivência, contribuindo para a assertividade e pontualidade da atuação pública, sob a égide das Políticas Públicas e Sociais CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TERRITÓRIOS DE ANÁLISE No geral a pesquisa atuou em territórios urbanos, dada a concentração populacional das famílias nos grandes centros urbanos, especialmente João Pessoa (Mata Paraibana) e Campina Grande (Agreste). Há ainda a presença de municípios sumariamente rurais como Princesa Isabel (Sertão) e Junco do Seridó (Borborema), lidando com famílias majoritariamente da área rural nestas mesorregiões. 98 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

99 FIGURA 33 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO LOCAL DE MORADIA EM ÁREAS URBANAS OU RURAIS, POR MUNICÍPIO PESQUISADO Bairro de São José, às margens do Rio Jaguaribe, em contraste com os edifícios do bairro Manaíra, em João Pessoa ÁREA RURAL ÁREA URBANA Casas no município de Areia TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

100 A caracterização dos municípios denota uma configuração predominantemente urbana com 75,1% de respondentes cujo local de residência nesta condição, frente à 24,9% de residentes em áreas rurais. No gráfico é possível verificar a distribuição percentual da amostra pelos municípios pela sua caracterização rural/urbana, especialmente por ter assumido uma importante parcela de beneficiários dos dois maiores centros urbanos do Estado, que é a capital João Pessoa e Campina Grande (Figuras 33,34 e 35). FIGURA 34 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO LOCAL DE MORADIA EM ÁREAS URBANAS OU RURAIS, POR MESORREGIÃO DO ESTADO Sítio Barra de Antes, na zona rural do município de Sapé Praça da Igreja Matriz, no município de Itaporanga 100 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

101 FIGURA 35 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL EM RELAÇÃO AO LOCAL DE MORADIA EM ÁREAS URBANAS OU RURAIS 25% 75% ÁREA Urbana ÁREA Rural CARACTERIZAÇÃO DA FAMÍLIA O Bloco B trata da caracterização da família dos beneficiários do Programa Bolsa Família, considerando os residentes e não residentes no mesmo domicílio. O bloco é composto por um rol de questões organizadas em torno dos seguintes temas: 1) gênero e idade dos residentes; 2) relação com o responsável; 3) paternidade reconhecida em registro; 4) nível de escolaridade e situação de matrícula; 5) situação ocupacional; 6) relação de autonomia e dependência com o responsável. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

102 5.2.3 GÊNERO E IDADE A concentração da distribuição percentual dos moradores dos domicílios está na faixa que engloba 3, 4 e 5 moradores. Famílias com 1 e 2 moradores representam 11,% no meio rural e 14,5% no urbano. Famílias com 6 membros ou mais representam 15,5% da amostra na zona urbana e 13,7% na zona rural. No geral, a distribuição percentual de residentes por domicílio é bastante semelhante no âmbito rural e no urbano (Figura 36). FIGURA 36 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE RESIDENTES NO DOMICÍLIO ÁREA RURAL ÁREA URBANA 102 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

103 A distribuição percentual entre gêneros é bastante semelhante tanto no âmbito urbano quanto no rural, 54,7% e 50,4% de mulheres (rural) e 45,3% e 49,6% de homens na composição da amostra (Figura 37). FIGURA 37 - COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA POR GÊNERO COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA (QUEM MORA NA CASA) - GÊNERO ÁREA URBANA ÁREA RURAL A distribuição percentual dos membros da família por faixa etária também é bastante semelhante na comparação entre o âmbito rural e o âmbito urbano. Há uma concentração de família jovens, porém com maior incidência a parir do grupo que compreende as faixas de 7-12 anos até anos; isto é 82,6% (rural) e 69,2% (urbano). As crianças de 0 até 6 anos representam 12,6% e 15,1% da amostra (rural e urbano, respectivamente - Figura 38). TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

104 FIGURA 38 - COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA POR IDADE COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA (QUEM MORA NA CASA) - IDADE Dona Maria, sua nora e neto. ÁREA RURAL ÁREA URBANA 104 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

105 5.2.4 ESCOLARIDADE Mais da metade do universo da pesquisa possui o ensino Fundamental Incompleto, isto é, 55,3% e 62,6%nos maio urbano e rural. Entre os não alfabetizados, o percentual observado foi de 15,7% e 14% nos âmbitos urbano e rural respectivamente. A somatória do Ensino Médio Incompleto e Completo representou 14,3% no meio rural e 19,2% no meio urbano (Figura 39). Cerca de 90% do universo desta pesquisa encontra-se matriculado e cursando o ensino; situação semelhante nos âmbitos rural e urbano (Figura 40). FIGURA 39 - ESCOLARIDADE DOS FAMILIARES ÁREA URBANA ÁREA RURAL TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

106 FIGURA 40 - SITUAÇÃO DA MATRÍCULA ESCOLAR DOS FAMILIARES ÁREA URBANA ÁREA RURAL SITUAÇÃO OCUPACIONAL Em relação a situação ocupacional dos membros da família, em geral, são compostos por estudantes e desempregados. Com relação ao primeiro grupo, são 33,9% e 31% nos âmbitos rural e urbano respectivamente. Os desempregados representam 32% e 33,3% dos membros nos meios rural e urbano. Em seguida com frequência entre 5% e 6% observa-se composições de empregados sem carteira assinada ou trabalhadores eventuais (Figura 41). Um percentual de 8,9% e 10,3% (urbano e rural) responderam não se aplica a questão sobre a situação ocupacional dos seus familiares. Família entrevistada no município de paulista 106 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

107 FIGURA 41 - SITUAÇÃO OCUPACIONAL DOS FAMILIARES ÁREA URBANA ÁREA RURAL TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

108 5.3 ACESSO À COBERTURA DE SERVIÇOS PÚBLICOS O Bloco da Pesquisa em voga que trata da caracterização das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, sob o aspecto da cobertura de serviços públicos utilizados e/ou disponibilizados pelas famílias é tido como essencial para entendimento e assertividade da iniciativa municipal e Estadual no entendimento da cobertura e demandas sociais. O bloco é composto por um rol de questões organizadas em torno dos serviços de Assistência Social, bem como Saúde e Educação, muito embora seja notável a revelação de assuntos relativos à segurança pública que tangenciam as respostas diretas RECONHECIMENTO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS Os benefícios públicos que que tratamos estão relacionados prioritariamente com aqueles da área da Assistência Social, tantos benefícios ofertados em espécie quanto em objeto propriamente dito. Muito embora seja um público detentor de um benefício de transferência de renda (PBF), infelizmente o percentual de pessoas que nunca acessaram quaisquer outros tipos de benefício é enorme, em média 80% da amostra. Pode-se aventar uma situação de desconhecimento dos benefícios ou impossibilidade de sua oferta pelo ente municipal; questão que merece aprofundamento e atenção (Figura 42). 108 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

109 FIGURA 42 - ACESSO DE BENEFÍCIOS PELA FAMÍLIA, SE RECEBE (OU RECEBEU) ALGUM DESTES BENEFÍCIOS, NO GERAL ÁREA URBANA ÁREA RURAL Destaca-se que para as áreas urbana, compostas por Campina Grande e João Pessoa, esses valores são ainda mais elevados, na ordem dos 84,4%. Ainda assim, é importante dizer que o acesso à documentos pessoais, um serviço absolutamente importante para a vida cotidiana das famílias e pessoa física em geral, foi tido como o serviço mais acessado pelos integrantes da amostra, demonstrando a direta correlação entre o Programa Bolsa Família e a garantia de direitos sociais. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

110 Os Programas de Transferência de Renda têm uma importância grandiosa na vida das famílias que puderam acessá-los. São tidos como uma segurança para a ordem da reprodução social. Entre as famílias entrevistadas foi reconhecido como o instrumento de acesso ao alimento, seguidos de pagamento de contas, mas, sobretudo, como um segurança para organização da vida econômica da família, dada a sua perenidade. Portanto, as famílias que recebem o benefício de um certo conforto pela segurança de gasto versus recebimento (Figura 43). FIGURA 43 - IMPORTÂNCIA DO BENEFÍCIO DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA PARA A FAMÍLIA ÁREA RURAL ÁREA URBANA 110 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

111 Os reconhecimentos das contrapartidas do programa de transferência de renda levam os beneficiários e componentes familiares ao encontro de uma relação com o Estado, seja pelas mais diversas políticas sociais. Esta pesquisa procurou compreender o entendimento das obrigatoriedades no cumprimento das contrapartidas de maneira espontânea, no sentido de captar quais são os canais de acesso, vínculo e relação com as políticas setoriais envolvidas nessas contrapartidas e observou-se o seguinte: em primeiro lugar a relação com a política setorial da Educação, seguida da relação com a Assistência Social (especificamente em relação a atualização do cadastro) e pela política setorial da Saúde, no caso do acompanhamento do pré-natal, vacinação e acompanhamento na UBS. Essa percepção, com alguma variação, demonstrou-se semelhante em todas as mesorregiões do Estado, mas demonstra baixo reconhecimento dos serviços da Assistência Social por parte dos beneficiários (Figura 44). FIGURA 44 - CONTRAPARTIDAS PARA MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

112 A expressão pelo não reconhecimento dos serviços prestados pelos CRAS é bastante elevada entre os beneficiários da amostra. Nas áreas urbanas 67%e nas áreas rurais 71,4% dos beneficiários dizem não conhecer ou não utilizar o serviço (Figura 45). A atuação da Assistência social no Sertão ou o reconhecimento dos serviços ali prestados é notadamente mais elevada do que em relação as demais mesorregiões do Estado, especialmente no que tange a defesa e garantia de direitos, já que a atuação do serviço exerce forte desempenho no encaminhamento para outros serviços de políticas setoriais. A responsabilidade na manutenção da atualização cadastral também é mais elevada pelas famílias residentes no sertão (Figura 46). FIGURA 45 - SOBRE O RECONHECIMENTO E ACESSO AOS SERVIÇOS DO CRAS PARA NÃO TER SEU BENEFÍCIO BLOQUEADO, QUAIS SÃO SUAS OBRIGAÇÕES ,2 48,8 47,3 62,9 50,8 45,8 52,1 56,5 31,1 20,8 30,1 16,7 18,7 23,4 19,9 14,1 9,6 20,4 13 5,5 0,3 0, ,7 0,3 1,3 0 0 Frequência à Recadastrar/... Fazer pesagem/... Vacinação em em dia dia Levar ao ao médico/... Exame preven vo/... preven vo/... Frequência nas... nas... A renda renda MATA PARAIBANA AGRESTE PARAIBANO BORBOREMA SERTÃO 112 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

113 FIGURA 46 - SOBRE AS ATIVIDADES QUE PODERIAM SER ÚTEIS PARA A PROTEÇÃO SOCIAL NA OPINIÃO DAS FAMÍLIAS. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

114 Ainda assim, é um número bastante reduzido de pessoas e famílias que participam das atividades dos CRAS, ente 77% e 81,8% da amostra não frequenta o serviço. Felizmente, aqueles que mencionaram participar das atividades do serviço opinaram positivamente em relação ao serviço prestado. Uma expressão percentual de 1,5% apenas, relataram não terem utilidade direta para suas vidas (Figura 47). FIGURA 47 - ATIVIDADES DE QUE PARTICIPA NO CRAS ÁREA URBANA ÁREA RURAL 114 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

115 FIGURA 48 - OPINIÃO SOBRE AS ATIVIDADES QUE FREQUENTA NO CRAS ÁREA URBANA ÁREA RURAL O cadastro em programas sociais é tido como o mais expressivo aspecto de auxílio que as famílias têm recebido do CRAS, seguido do encaminhamento para outros serviços. Mais uma vez é notável a discrepância entre os serviços prestados no Sertão em relação as demais mesorregiões do Estado. Os grupos socioeducativos representam em média 2,5% das atividades de atuação das famílias amostradas. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

116 FIGURA 49 - TIPO DE AUXÍLIO QUE RECEBEM DO CRAS 116 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

117 As famílias que possuem filhos frequentando serviços de convivência são em sua maioria compostos de crianças dentre 6 anos e 11 anos de idade, ainda assim uma média de 5,2%. Nas demais faixas etárias a presença destes jovens no serviço em voga é ainda menor ((Figuras 48, 49 e 50). FIGURA 50 - FILHOS QUE FREQUENTAM SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA: ENTRE 6 ANOS E 11 ANOS TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

118 FIGURA 51 - FILHOS QUE FREQUENTAM SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA: ENTRE 12 ANOS E 14 ANOS ÁREA URBANA ÁREA RURAL FIGURA 52 - FILHOS QUE FREQUENTAM SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA: ENTRE 15 ANOS E 17 ANOS ÁREA URBANA ÁREA RURAL 118 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

119 Interessante notar que este serviço de convivência na área da Assistência Social é relativamente mais indicado pelas escolas do que pela própria Assistência Social. Nota-se que este encaminhamento é semelhante entre as áreas rurais e urbanas, porém, em se tratando da indicação por profissionais da assistência social este comportamento é mais expressivo nas áreas urbanas (Figuras 51, 52, 53 e 54). FIGURA 53 - SOBRE COMO ACESSOU O SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA ÁREA URBANA ÁREA RURAL TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

120 FIGURA 54 - SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ÁREA RURAL ÁREA URBANA 120 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

121 5.3.2 ACESSO À COBERTURA DE SERVIÇOS PÚBLICOS - ASSISTÊNCIA SOCIAL Com relação as dificuldades encontradas pelas famílias no que concerne o acesso aos serviços de Assistência Social, a pesquisa identificou três eixos centrais de entraves, especialmente acesso à informação, acesso aos serviços propriamente ditos e relacionamento com os recursos humanos que operacionalizam a Política na ponta. Genericamente e, de acordo com as mesorregiões do estado, é possível notar uma forte carência na oferta de serviços pelas famílias residentes na Borborema. Outro importante aspecto é a ausência de observações pelas famílias residentes no Sertão. As que vivem na Mata Paraibana e no Agreste identificam entraves em diversas áreas, especialmente no que diz respeito ao acesso à informação (Figura 55). FIGURA 55 - MAIORES ENTRAVES NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

122 FIGURA 56 - FREQUÊNCIA COM QUE RECEBEM VISITAS DE PROFISSIONAIS DO CRAS Ao mesmo tempo, também é baixa a frequência das famílias nos serviços. Independentemente da mesorregião, a pratica de participação nos serviços o CRAS supera os 80% dos entrevistados da amostra. Uma média de 14,5% das famílias diz frequentar o serviço raramente. Apenas 3,2% das famílias frequentam o serviço com regularidade. Na Mata Paraibana identificou-se a menor presença destas famílias em relação as demais mesorregiões (Figuras 56 e 57). 122 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

123 FIGURA 57 - FREQUÊNCIA COM QUE VAI AO CRAS A visita domiciliar de profissionais do CREAS segue a mesma tônica do que os profissionais do CRAS. Praticamente apenas 1% da amostra cita receber ou ter recebido visitas dos profissionais da assistência social no domicílio. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

124 FIGURA 58 - FREQUÊNCIA COM QUE RECEBEM VISITA DOMICILIAR DO CREAS Na Borborema a avaliação do atendimento prestado pela assistência Social é muito bom, tanto com relação ao nível de atenção para com as famílias quanto na clareza das informações prestadas. Embora, ressalta-se novamente, é muito baixa a frequência na utilização dos serviços nas quatro mesorregiões do Estado (Figura 58). Nota-se ainda que o Sertão demonstra maior fragilidade na oferta do serviço com relação as outras mesorregiões, por ter 50% das famílias da amostra relatando não receber atenção do serviço. A qualidade dos serviços da Borborema, contudo, parece ser mais eficaz com relação as demais mesorregiões; na qual 50,7% das famílias consideram a atenção pública suficiente para a resolução das 124 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

125 suas demandas, frente a 20,4% na Mata Paraibana. Em média 6,8% da amostra considera a atenção insuficiente para a resolução de suas demandas, mas a expressão mais relevante é a média de 35,2% da amostra relatar não receber atenção adequada pelo serviços da asssitência social (Figura 59 e 60). FIGURA 59 - PERCEPÇÃO DAS FAMÍLIAS EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

126 FIGURA 60 - PERCEPÇÃO DAS FAMÍLIAS QUANTO A ATENÇÃO OBTIDA NOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 126 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

127 Escolas públicas no interior do Estado ACESSO A COBERTURA DE SERVIÇOS PÚBLICOS EDUCAÇÃO Quanto aos serviços de educação fica notável que as famílias que vivem na Borborema lidam com dificuldades muito sérias para a frequência na escola. Nesta mesoregião em específico 11,5% das famílias indicam ter familiares estudante em outra cidade, no Sertão essa frequência cai para 2,1% (daqueles que residem em área rural) e 1,8% (daquels que atualmente residem em áreas urbanas). No Sertão o serviço de educação aparece mais pulverizado e participar da vida rural com maior intensidade do que nas demais mesoregiões. Observou-se 36,7% de famílias que encontam o serviço na Zona Rural e 25,2% no próprio sítio ou local onde residem. Esse indicador é reiterado na leitura da frequência de famílias do Sertão que utilizam as escolas da zona Urbana 70,9%, o indicador mais baixo em relação as demais mesoregiões ((Figura 61). TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

128 FIGURA 61 - LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA QUE AS FAMÍLIAS FREQUENTAM, ÁREA RURAL E URBANA: MESORREGIÕES DO ESTADO Escola pública em Conceição - PB 128 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

129 As escolas frequentadas pelas famílias da amostra são principalmente escolas públicas. Ainda assim, na Mata Paraibana e no agreste há um percentual de 12% e 11% que frequentam escolas privadas (Figura 62). FIGURA 62 - TIPO DE ESCOLA QUE FREQUENTAM TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

130 No geral o transporte para locomoção até a escola é público utilização de ônibus de linha ou transportes púbicos em geral. O deslocamento a pé se dá na Mata Paraibana, com 4% das famílias daquela região. Na Borborema a utilização do transporte público é o mais elevado relação as demais mesorregiões com 95,2% de famílias usuárias do serviço. Quanto à utilização de transportes privados e ou próprios a maior frequência observada se dá na mesorregião da Mata Paraibana e Agreste com 12% e 11% de escolares utilizando transporte privado para locomoção até a escola (Figura 63). FIGURA 63 - MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PARA DESLOCAMENTO ATÉ AS UNIDADES ESCOLARES Transportes escolares no município de Conceição - PB 130 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

131 FIGURA 64 - CONSEQUÊNCIAS DAS FALTAS ESCOLARES PARA AS FAMÍLIAS ÁREA RURAL ÁREA URBANA Interessante notar que as escolas do meio rural parecem ter um contato mais próximo com as famílias do que no meio urbano. Quando há faltas nas unidades escolares, em geral no meio rural as pessoas vão até o domicílio ou mandam cartas para as famílias. Nas áreas urbanas é mais comum a utilização do meio telefônico (15,6% frente 6,5%). Contudo, a maior frequência respondida, de 64,15, recai sobre o fato de não acontecer nada em caso de falta do aluno na unidade escolar (Figura 64). TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

132 FIGURA 65 - DIFICULDADES PARA ACESSO À UNIDADE ESCOLAR ÁREA RURAL ÁREA URBANA A maior frequência observada para expressar as dificuldades no acesso às unidades escolares são a distância em relação ao domicílio das famílias, 65,4% (zona rural) e 51% (zona urbana). A opinião sobre desgosto e=com relação às escolas também é um fator elevado, representando a frequência de 19,2% (zona rural) e 30,6% (zona urbana) das famílias respondentes. Apenas um pequeno percentual citou não ter dificuldades de acesso à escola, 10,8% da amostra, opinião bastante semelhantes tanto para famílias residentes nas zonas rurais quanto nas zonas urbanas (Figura 65 e 66). 132 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

133 FIGURA 66 - MOTIVO PELOS QUAIS INTERROMPERAM ESTUDOS TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

134 Há relatos de diversos fatores que influenciaram indivíduos dos grupos familiares a pararem seus estudos em algum momento da vida. A grande maioria da amostra relatada (52%) indicaram como principal motivo a necessidade de trabalhar. Ainda assim, há importante relatos de pessoas que pararam seus estudos por dificuldade de aprendizagem e desinteresse na escola; por possuírem problemas de saúde; dado o advento do casamento e a maternidade. Na Borborema o casamento e a maternidade são variáveis mais acentuadas do que nas demais mesorregiões. Já no Sertão os principais motivos foram a necessidade de trabalhar, dificuldade de aprendizagem e desinteresse nos estudos. 134 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

135 5.3.4 ACESSO A COBERTURA DE SERVIÇOS PÚBLICOS SAÚDE O Programa Saúde da Família é absolutamente disseminado nas quatro mesorregiões do Estado da Paraíba. No Sertão e no Agreste Paraibano sua presença é menor em relação as demais, cuja frequência é de 23,5% e 16,3%, respectivamente, de domicílios que não recebem o programa. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

136 FIGURA 67 - ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Embora haja certa discrepância entre as opiniões daqueles que vivem nas zonas rurais e urbanas, a organização da preferência das repostas parece manter certa similitude entre si. Na opinião das famílias da amostra em primeiro lugar o PSF melhora o acesso aos serviços de saúde (60,9% das respostas de famílias residentes no meio rural e 40,4% das famílias que vivem no meio urbano). Em segundo lugar, agiliza o agendamento das consultas médicas e garantia de continuidade da atenção do serviço de saúde. No meio rural há uma incidência diferenciada de respostas que consideram o PSF um veículo para diagnósticos de doenças e garantia de cuidados a todos os membros da família com 31,4% e 22,5% da frequência (Figuras 67 e 68). 136 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

137 FIGURA 68 - OPINIÃO SOBRE AS FUNCIONALIDADES DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA ÁREA RURAL ÁREA URBANA TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

138 FIGURA 69 - DIFICULDADES PARA EFICÁCIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE ÁREA RURAL ÁREA URBANA A falta de profissionais de saúde é considerada o principal entrave para a eficácia dos serviços na opinião de 60,7% (rural) e 57,6% (urbana) das famílias. Seguido da dificuldade de agendamento de consultas, que também depende dos recursos humanos para atendimento e, portanto, incrementa a principal queixa relatada. O encaminhamento para outros serviços também é tido como um elemento que dificulta o aceso à saúde, muito provavelmente por se tratar de doença cujo tratamento exige especialidade (Figura 69). 138 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

139 A opinião a respeito do PSF não é unanime, ao contrário. Parte significativa da amostra avalia positivamente o Programa especialmente aquelas famílias que vivem em áreas rurais (77,5%). No meio urbano as opiniões são praticamente equivalentes, 53,3% das famílias avaliam satisfatoriamente o PSF enquanto 46,6% não consideram o Programa satisfatório (Figura 70). FIGURA 70 - CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO ATENDIMENTO DO PSF ÁREA URBANA ÁREA RURAL O perfil de padrão de serviços de saúde utilizados pelas famílias desta pesquisa é, para além do PSF, majoritariamente hospitalar (88,4% das famílias que residem em área rural e 83,8% daquelas que vivem em áreas urbanas), isto é, há um salto da atenção preventiva para a de alta complexidade. Os serviços intermediários de especialidades são subutilizados. As unidades de pronto atendimento e unidades básicas de saúde são frequentadas em média por 10% da amostra (Figura 71). TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

140 FIGURA 71 - DEMAIS SERVIÇOS DE SAÚDE ACESSADOS PELAS FAMÍLIAS ÁREA RURAL ÁREA URBANA Em sua grande parte, as famílias que necessitam de serviços de saúde são atendidas na própria cidade de residência domiciliar. No entanto, há uma exceção que merece ser destacada em relação as famílias residentes na mesorregião da Borborema que, em 73,3% da amostra daquela região relatam a necessidade de recorrer à outros municípios para atendimento de emergências da saúde, mas nenhuma referência quanto à capital do Estado. Diferentemente das famílias que vivem no Sertão, que em 23,3% das incidências emergenciais recorrem à capital João Pessoa em busca de atendimento (Figura 72). 140 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

141 FIGURA 72 - LOCALIDADE PARA REALIZAÇÃO DE ATENDIMENTO EMERGENCIAIS As motivações para acesso aos serviços de saúde são diversas. De acordo com a amostra em voga, a realização de exames preventivos é tido como o motivo com maior frequência, sendo 64,1% (rural) e 53,2% (urbano). A menção ao acompanhamento da saúde das crianças que guarda relação direta com as condicionalidades para recebimento do PTR - aparece em segundo lugar com 50,75% (urbano) e 47,9% (rural). O tratamento odontológico no âmbito rural também guardou destaque com 4,55% da frequência de respostas. O pré-natal e internações hospitalares (16% e 12,3%, respectivamente) é acentuadamente mais elevado na opinião das famílias que residem em áreas rurais em comparação com aquelas que vivem em meio urbano (Figura 73). TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

142 FIGURA 73 - MOTIVAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE ÁREA RURAL ÁREA URBANA 142 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

143 5.4 CONSIDERAÇÕES As considerações, resultante desse estudo, em escala estadual, vem reafirmar a relevância social e política de população beneficiária dos Programas de Transferência de renda no Estado da Paraíba (quase metade da população). O que significar dizer: há uma enorme motivação científica e política para desvelar os meandros que contribuem ou atravessam o cotidiano das famílias paraibanas a fim de melhorar a sua qualidade de vida e por que não a sua felicidade em ser e pertencer ao seu território de vida? Esse processo apenas iniciou-se, procuramos (e continuaremos) investigar situações que permitam nos aproximar deste objetivo maior. É notório e público a existência e disposição do banco de dados que sustenta essa análise ainda inicial que segue agora até o público, mas que representa uma pequena parte da capacidade instalada que este banco de dados dispõe. Os desafios e motivações são tanto de ordem acadêmica como no âmbito da gestão das politicas sociais, especialmente, da Politica Pública de Assistência Social. E é exatamente desta composição de olhares, de objetos, de sentidos que poderemos compor soluções e caminhos para subsidiar as políticas públicas e sociais. Também é da composição e recomposição deste prisma que poderemos, academia e pesquisadores, singelamente contribuir para a tomada de decisões mais econômicas e assertivas da iniciativa pública. Neste momento inicial procuramos caracterizar as famílias partícipes da pesquisa e correlacionar seu olhar por sobre os serviços públicos de Assistência Social, Educação e Saúde. Imbuídos do método de analisar sob a lógica de significância do seu território de vida, cruzamos mesorregiões do Estado da Paraíba ou áreas urbanas e rurais puramente. Ainda é prematura uma afirmação sobre a qualidade da intervenção pública do Estado por sobre os municípios ou ainda sobre algum impacto sobre a capacidade protetiva das famílias. Isto é, são insuficientes para compor uma leitura de conjunto. Propositalmente, por um lado, sugerimos gráficos com representação do conjunto do Estado (rural versus urbano), normalmente revelando comportamentos semelhantes e talvez com menor relevância analítica. Por outro lado, propusemos gráficos com foco nas mesorregiões comparativamente, quando há forte suspeita de interveniências públicas díspares. Alguns novos elementos ainda precisariam ser incorporados às análises para que pudéssemos graduar a intensi- TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

144 dade da intervenção dos serviços pelas mesorregiões do Estado. Contudo, como veremos adiante, alguns pontos cabem destacar: Da caracterização das famílias 75% das famílias residentes em áreas rurais e 69,6% das famílias residentes em áreas urbanas são constituídas por grupos entre 3 e 5 membros. Famílias com 6 membros ou mais representam 13,8% da amostra no maio rural e 15,8% no urbano. No geral, a distribuição percentual de residentes por domicílio é bastante semelhante no âmbito rural e no urbano. A distribuição percentual entre gêneros é bastante semelhante tanto no âmbito urbano quanto no rural, 54,7% e 50,4% de mulheres (rural) e 45,3% e 49,6% de homens na composição da amostra. Há uma concentração de famílias jovens, porém com maior incidência a partir do grupo que compreende as faixas de 7-12 anos até anos; isto é 82,6% (rural) e 69,2% (urbano). As crianças de 0 até 6 anos representam 12,6% e 15,1% da amostra (rural e urbano respectivamente). Mais da metade do universo da pesquisa possui o ensino Fundamental Incompleto, isto é, 55,3% e 62,6% nos meios urbano e rural. Entre os não alfabetizados, o percentual observado foi de 15,7% e 14% nos âmbitos urbano e rural respectivamente. A somatória do Ensino Médio Incompleto e Completo representou 14,3% no meio rural e 19,2% no meio urbano. Cerca de 90% do universo desta pesquisa encontra-se matriculado e cursando o ensino; situação semelhante nos âmbitos rural e urbano. Em relação à situação ocupacional dos membros da família, em geral, são compostos por estudantes (33,9% e 31% nos âmbitos rural e urbano respectivamente) e desempregados (32% e 33,3% dos membros nos meios rural e urbano). Em seguida com frequência entre 5% e 6% observa-se composições de empregados sem carteira assinada ou trabalhadores eventuais. 144 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

145 Do reconhecimento dos serviços e benefícios de Assistência Social As famílias constituintes da amostra demonstram profundo desconhecimento dos serviços da Assistência Social e apresentam como maior queixa a dificuldade de acesso à informação (especialmente relatados na Mata Paraibana, com 40% e no Agreste, com 33,3% da frequência sobre dificuldades encontradas) Entre os benefícios citados tem-se os seguintes: a) Abono Natalino (24,3% e 32,4% - urbano e rural); b) Bolsa Safra (1,9% e 26,6% - urbano e rural); c) Bolsa Estiagem (1,4% e 12,9% - urbano e rural); d) o Auxílio maternidade (2,3% e 7,5% - urbano e rural). Portanto, uma discrepância marcante na comparação da sua frequência entre os âmbitos rural e urbano. Do total da amostra 67% (urbano) e 71,4% (rural) não conhece nem acessa os serviços do CRAS. Quando inqueridas sobre os serviços da Assistência Social esse percentual foi ainda mais elevado 87,8% (rural) e 91% (urbano) relataram não utilizar quaisquer serviços prestados pela pasta. Além do Bolsa Família, 83,4% (urbano) e 73,7% (rural) das famílias nunca acessaram quaisquer outros benefícios sociais. Entre os mais acessados estão acesso à documentos: 7,2% (urbano) e 13,3% (rural) seguidos de acesso à cesta básica: 5,4% (urbano) e 9,8% (rural) e auxílio enxoval: 3,9% (urbano) e 4,6% (rural). Identificam o beneficio (PTR) como uma segurança, tanto para o pagamento de contas e previsão orçamentária da economia familiar. Mormente o gasto dos recursos são dispendidos em alimentação: 37,1% (rural) e 29,5% (urbano) e pagamento de contas da casa (água, luz, telefone). As famílias da amostra, 21,9% (urbano) e 20,7% (rural) relataram conhecer, mas não utilizar os serviços do CRAS. Apenas um pequeno percentual 10,8% (urbano) e 7,7% (rural) disseram conhecer e frequentar o serviço. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

146 Os profissionais do CRAS não chegam nas famílias (busca-ativa e visitas domiciliares) 94,4% do total relataram não receber visitas domiciliares. O mesmo ocorre por conta das famílias: raras são aquelas que frequentam as atividades do serviço, isto é 82,2% da amostra. Da relação com os serviços de Educação Na Borborema há uma indicação de 11,5% de famílias que indicam ter familiares estudando em outra cidade, enquanto que no Sertão essa frequência é a menor apontada, de apenas 2,1% das famílias que vivem em áreas rurais e 1,8% das que vivem em áreas urbanas. Esse pode ser um indicativo de que há uma melhor distribuição dos serviços de educação na mesorregião do Sertão em relação às demais. Fato esse endossado pelas mais altas frequências de estudantes sertanejos frequentando escolas no próprio sitio onde reside (25,2%); no sítio circunvizinho (10,1%); na própria zona rural (36,7%). No geral o transporte público e ônibus de linha são tidos como o meio de transporte mais utilizado para acesso à escola. Na Borborema o transporte público e ônibus de linha é mais o utilizado do que os demais meios (95,2% dos estudantes da amostra). Na Mata Paraibana ( 37,6%) e no Agreste ( 29,1%) nota-se as frequências mais elevadas na utilização do transporte privado. Também na Mata Paraibana (12%) e no Agreste (11%) observou-se as maiores frequências de familiares estudando em escolas privadas comparativamente, frente aos 4,8% e 2,8% na Borborema e no Sertão respectivamente. As principais dificuldades para acessar a escola é a distância e a falta de transporte. Tanto no âmbito rural quanto urbano estas variáveis combinadas somam 57,1% (urbano) e 69,2% (rural). Não gostar da escola também é um fator que apresenta relevância na opinião dos respondentes com frequência de 30,6% (urbana) e 19,2% (rural). Quanto aos motivos para o abandono escolar está a necessidade de trabalhar: com a frequência de 62,6% no Sertão; 55% no Agreste; 51,4% na Borborema e 40,3% na Mata Paraibana. 146 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

147 Da relação com os serviços de Saúde O serviços de prevenção proporcionados pelo PSF são absolutamente bem ofertados e avaliados pela população amostrada; de acordo com esta pesquisa 87,3% das famílias estão sendo atendidas pelo PSF. Há uma discrepância identificada no Sertão (23,5%) e no Agreste (16,3%) de famílias ainda não cobertas pelo programa. Os serviços intermediários de especialidades são subutilizados. As unidades de pronto atendimento e unidades básicas de saúde são frequentadas em média por 10% da amostra. Além da atenção básica a população menciona frequentar o serviço da alta complexidade, especificamente hospitais; relatado por 88,4% das famílias que vivem em áreas rurais e 83,8% de famílias vivendo em áreas urbanas. 73,3% das famílias que vivem na Borborema relatam lidar com a necessidade de buscar atendimento em municípios vizinhos, cuja frequência é muito discrepante em relação as demais mesorregiões. Já um percentual de 23,3% daquelas que residem no Sertão mencionam buscar atendimento especializado na capital do Estado, outro percentual bastante diferenciado em relação as demais mesorregiões. As motivações para utilização dos serviços de saúde são, em primeiro lugar para a realização de exames laboratoriais 64,1% (rural) e 53,2% (urbno) e em segundo lugar para o acompanhamento da saúde das crianças 50,75% (urbano) e 47,9% (rural). O pré-natal (16% rural versus 7,9% urbano) e internações (12,7% rural versus 5,7% urbano) é marcadamente mais acentuado nas áreas rurais do que para aquelas famílias residentes em áreas urbanas. TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

148 6. NOTAS FINAIS Esse estudo se dispõe, a partir dos quatro produtos gerados, apresentar ferramentas que configuram a Topografia Social Regionalizada do Estado Da Paraíba, na perspectiva de subsidiar e qualificar o (re)direcionamento da gestão intersetorial das Políticas de Proteção Social para o Estado, e de modo específico à gestão territorializada da Política Pública de Assistência Social, em articulação com as políticas de Saúde, Educação, entre outras. A sistematização dos resultados consistiu em organizar os produtos gerados em torno das seguintes metas: Avaliação Territorial da Proteção Social e Gestão Intersetorial da Política de Assistência Social com as Políticas de educação e saúde, e seu Impacto junto às Famílias Beneficiárias de Programas de Transferência de Renda no estado da Paraíba; Estudo da Capacidade Protetiva das Famílias Beneficiárias de Programas de Transferência de Renda do Estado da Paraíba com base na coleta de dados da pesquisa de campo. Essa (re)leitura do espaço de vida das famílias em seus territórios tem possibilitado análises das configurações da dinâmica social, o que estamos assumindo como - Topografia Social, assim denominada por Sposati(2010). Nesse sentido, se fez primordial para sua realização a formação e consolidação de uma rede de cooperação institucional em âmbito local e nacional. A construção de estudos socioterritoriais tem proporcionado uma análise dos processos sociais que, ao incorporar o lugar, exige abordagens que transcendam as fronteiras disciplinares e os marcos setoriais e, desta forma, reforçam a natureza multidimensional das relações inclusão/exclusão social nos territórios de vida de nossas cidades. Esta perspectiva requer processos metodológicos que 148 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

149 envolvem métodos e técnicas de espacialização e análise de dados territorializados e instrumentos que permitem sua operacionalização. Apresentar estas novas ferramentas de análise de conhecidos fenômenos sociais que possibilitem propor ações e gestões de políticas sociais públicas, se constituiu num esforço politico-acadêmico em termos de estratégias, técnicas de produção e socialização do conhecimento, na perspectiva de gerar um novo modus operandi, a partir de olhar territorializado da gestão dessas políticas. E, dessa forma, operar instrumentos que revelem uma (re) leitura das condições de vida dos lugares e de suas complexas configurações da exclusão/inclusão social. Nesse estudo, os quatro produtos gerados, configuram o eixo comum de métricas socioterritoriais de expressão das diversidades, diferenças e desigualdades inter e intraurbanas do estado da Paraíba. Dessa forma, cada uma das métricas possui uma escala de análise, de acordo com os territórios considerados fundamentais, inclusive, para pensar a gestão e intersetorialidade das políticas sociais. A métrica das discrepâncias intrarregionais (produto 1), foi produzida em escala de análise privilegiada das 14 regiões geoadministrativas e suas respectivas dinâmicas internas, a dinâmica demográfica ocorrida no período intercensitário de 2000 a 2010 merece atenção no estudo da Topografia Social da Paraíba. A alta discrepância populacional deixa uma clara divisão entre duas polaridades, ficando de um lado, as cidades de porte populacional abaixo de habitantes e de outro, as cidades de João Pessoa e Campina Grande. Cabe registrar que, dos 223 municípios do estado da Paraíba, 193 são municípios de pequeno porte 1. Ao dimensionar como se dá essa discrepância sob a escala regionalizada, que trata da taxa média de crescimento anual dos 223 municípios paraibanos, agrupados pelas respectivas regiões geoadministrativas, observou-se que, a Região 7 (Itaporanga) apresenta-se com um baixo crescimento anual na quase totalidade das cidades, ao passo que as Regiões 1 (João Pessoa), 3 (Campina Grande) e 4 (Cuité) destacaram-se como aquelas que mais concentraram cidades com mais forte crescimento anual demográfico. A métrica de proteção social (produto 2), teve como objetivo possibilitar uma leitura sintética das situações de vulnerabilidade e proteção social dos territórios urbanos e rurais do estado da Paraí- TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

150 ba tendo como base a realidade capturada pelo censo demográfico realizado em Isto resultou numa aproximação de tipologias das famílias construída no âmbito do projeto da Topografia Social do Estado da Paraíba, ao apresentar uma nova escala das discrepâncias, diversidades e desigualdades socioterritoriais presentes nos 223 municípios e seus respectivos setores censitários. A leitura da vulnerabilidade/proteção social dos territórios urbanos e rurais do Estado da Paraíba parte da premissa de que se deve buscar superar a visão predominante onde características dos indivíduos são suficientes para indicar sua situação de vulnerabilidade social. Para além desta dimensão individual/ familiar, deve-se considerar também as características dos territórios onde vivem em termos das suas situações habitacionais, sanitárias e oferta/ausência de infraestrutura. A incorporação desta dimensão territorial ficou facilitada a partir das possibilidades abertas pelo último censo demográfico do IBGE (IBGE, 2010) que em esforço inédito realizou o levantamento das características de cada setor censitário em relação a oferta de infraestrutura urbana. Dentro desta perspectiva cabe destacar alguns aspectos comuns: Alto nível de desagregação espacial das informações geralmente referindo-se a setores censitários; Utilização de dados secundários em sua maioria provenientes dos censos demográficos do IBGE; Aplicação de técnicas estatísticas multivariadas na definição de tipologias de vulnerabilidade análise fatorial e de agrupamentos; Apresentação de resultados a partir de mapas temáticos e cartogramas. Esse produto possibilitou gerar um banco de dados georreferenciado contendo as variáveis e os resultados das classificações para todos os setores censitários (ano referencia 2010) do Estado da Paraíba. O georreferenciamento da rede de serviços da Assistência Social, da Educação e da Saúde do Estado da Paraíba (produto 3), apresenta um banco de de dados unificado com a caracterização da 150 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

151 rede pública governamental do Estado da Paraíba, tendo como base as 14 Regiões Geoadministrativas (RGAs), em escala municipal. Essa ferramenta permite à gestão estadual avaliar a sua cobertura dos serviços de proteção social vinculados aos territórios urbano e rural. Em outras palavras, possibilita através dos mapas geocodificados, identificar a presença e ausência dos serviços da Educação, Saúde e Assistência Social no território. Possibilita ainda, identificar as demandas e necessidades de cobertura, direcionando a implantação e gestão intersetorial destas politicas sociais. Na perspectiva de elucidar outras seguranças que fazem mediações na proteção social, fez-se necessário, a produção de saberes que demandou um conhecer sobre as percepções e concepções que compõem a capacidade protetiva de famílias e suas implicações e vinculações ao território de vivencia. O que nos conduziu, por sua vez, ao desenvolvimento de um estudo de campo, em escala estadual, com as famílias beneficiárias de transferência de renda, até então, sem referencial nesse porte. Os resultados iniciais apresentados aqui nesse livro-ferramenta (produto 4), vem reafirmar a relevância social e política da população beneficiária dos Programas de Transferência de renda no estado da Paraíba (quase metade da população). O que significar dizer que há uma enorme motivação científica e política para desvelar os meandros que contribuem ou atravessam o cotidiano das famílias paraibanas a fim de melhorar a sua qualidade de vida e por que não a sua felicidade em ser e pertencer ao seu território de vida? Essa exitosa experiência, se constitui no passo inicial, onde procuramos (e continuaremos) investigar situações que permitam nos aproximar deste objetivo maior. É notório e público a existência e disposição do banco de dados que sustenta essa análise, mas que representa uma pequena parte da capacidade instalada que este banco de dados dispõe. Os desafios e motivações são tanto de ordem acadêmica como no âmbito da gestão das politicas sociais, especialmente, da Politica Pública de Assistência Social. O avanço na produção de conhecimento aponta para a necessidade de produção de matizes teórico-metodológicas que possam consolidar e proporcionar respostas necessárias ao atendimento e atenção dos serviços de proteção social demandas por essa população. As tamanhas necessidades, veiculadas através dessa escuta à essa população, e, expressas no território de vivencia, grita por maior presença do estado provedor. Os resultados obtidos, vem reafirmar que essa demanda por proteção seja realizada para além do fator renda. Uma vez que, a presença ou ausência das politicas de proteção social nos territórios TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

152 de vivência se constituem no fator de proteção ou desproteção dessas famílias, conforme já demonstrado nesse estudo. No âmbito acadêmico, o debate tem se dado em relação à questão da hegemonia do fator renda no processo de consolidação da Assistência Social como Política Pública. A nosso ver, as complexas relações entre serviços e benefícios ganham uma maior visibilidade e significados justamente no âmbito do território. Como pudemos demonstrar nos resultados onde a grande maioria das famílias entrevistadas ainda se quer acessaram esses serviços socioassistenciais, mesmo sendo beneficiária dessa politica. Se tomarmos como exemplo, os dados do estado da Paraíba, há de se considerar as diferenças em grau e em números, vejamos: a população residente, segundo IBGE/2010 é de , sendo que apresenta uma população em extrema pobreza de Em termos de cobertura do Programa Bolsa Família e BPC abrange cerca de 502 mil famílias beneficiárias. Entretanto, considerando Equipamentos da Assistência Social na PB: um Total 428, nas esferas estadual e municipal, perguntase, quais as condições objetivas de cobertura na correlação serviços e benefícios? A avaliação em termos da cobertura das Políticas de Proteção Social no âmbito do território brasileiro é tensionada justamente pela dimensão e visibilidade alcançada do Programa Bolsa Família, com mais de 13 milhões de famílias. Ou seja, se por um lado a inclusão, no ainda incipiente sistema de proteção social, se dá pelo fator renda, por outro, a cobertura em termos dos serviços de proteção à essa população, evidencia que há um longo caminho a percorrer na perspectiva de afirmação do direito pela via da cidadania. O desafio se coloca justamente na gestão intersetorial das politicas sociais, no sentido da efetividade da correlação entre - serviços e beneficios, em termos da cobertura socioassistencial às famílias que são ao mesmo tempo usuária das politicas públicas. Por outro lado, há também de se levar em conta, a história recente da Assistência Social como Política Pública no Brasil, principalmente ante ao padrão histórico de filantropia e benemerência. Esse processo de lutas e conquistas no campo político-social, requer a reafirmação de compromissos no âmbito interinstitucional, na produção de saber científico com estudos e pesquisas que contribuam para o processo de consolidação de Politicas de Proteção Social na perspectiva de afirmação dos direitos sociais. 152 TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

153 No lugar, nosso Próximo, se superpõem, dialeticamente, o eixo das sucessões, que transmite os tempos externos das escalas superiores e o eixo dos tempos internos, que é o eixo da coexistência, onde tudo se funde, enlaçando, definitivamente, as noções e as realidades de espaço e tempo. A natureza do espaço Milton Santos TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

154 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Análise dos componentes sistémicos da Política Nacional de Assistência Social. Brasília, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Censo SUAS 2013, Base de dados de endereço dos equipamentos de Saúde. Ministério da Saúde, CNES, DATASUS, Base de dados de endereço dos equipamentos de Educação. Ministério da Educação, INEP, CONSERVA FILHO, Madiel S. Desenvolvimento de Software para Pesquisa Proteção Social de Famílias Beneficiárias de Programas de Transferência de Renda no Estado da Paraiba. UFPB/NEPPS/PPGSS, CONSERVA, Marinalva. Série Histórica da Assistência Social em João Pessoa. Texto relatório do estágio pósdoutoral no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. UFPB/PUCSP, CONSERVA, Marinalva. Relatório Técnico Casadinho PROCAD. NEPPS/PPGSS/CNPQ/CAPES, CONSERVA, Marinalva; KOGA. Dirce; SILVEIRA Jr. José Constantino. Relatório Técnico do Georreferenciamento da Rede Pública de Assistência Social, Saúde e Educação do Estado da Paraíba. UFPB/NEPPS/PPGSS/ SEDH/FUNETC/BID, João Pessoa CONSERVA, Marinalva; RIBEIRO, Waleska Ramalho. Relatório Técnico Estudo de Campo. Casadinho PRO- CAD. NEPPS/PPGSS/CNPQ/CAPES, Relatório Técnico do Projeto Proteção Social e Gestão Intersetorial de Territórios de Vulnerabilidade Social no Estado da Paraíba. I Etapa. UFPB/NEPPS/PPGSS/SEDH/FAPESQ. João Pessoa, Relatório Final do Projeto Proteção Social e Gestão Intersetorial de Territórios de Vulnerabilidade Social no Estado da Paraíba. UFPB/NEPPS/PPGSS/SEDH/FAPESQ. João Pessoa, GAMBARDELLA. Alice. Relatório Técnico - Síntese dos resultados da pesquisa em relação à oferta de serviços públicos nas áreas de Assistência Social, Saúde e Educação. UFPB/NEPPS/PPGSS/CAPES, IBGE. Censo Demográfico e 2010, Lista de endereços urbanos e rurais por setores Censitários, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/2016

155 . Censo Agropecuário, IDEME. Características do crescimento populacional nas regiões geoadministrativas do Estado da Paraíba 200/2010, João Pessoa, KOGA. Dirce. SILVEIRA Jr. José. Constantino. Relatório Técnico - Mapa da exclusão / inclusão social do Estado da Paraíba. UFPB/NEPPS/PPGSS/SEDH/FAPESQ, RAMOS. Frederico. Relatório Técnico - Métricas Socioterrotriais de Proteção Social nos Territórios Urbanos e Rurais do Estado da Paraíba. UFPB/NEPPS/PPGSS/SEDH/FAPESQ, SANTOS, Milton. Território e sociedade entrevista com Milton Santos. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, UFPB. Projeto de Cooperação Acadêmica - Casadinho/PROCAD: PPGSS/UFPB e PEPG-SSO/PUCSP. Edital 06/20011 MCTI/CNPq/MEC/CAPES. Coord. CONSERVA, Marinalva.João Pessoa, Projeto Georreferenciamento da Rede Pública de Assistência Social, da Educação e da Saúde do Estado da Paraíba. NEPPS/PPGSS/SEDH/ FUNETEC/BID. Coord. CONSERVA, Marinalva. João Pessoa, Projeto Técnico: Proteção social e gestão intersetorial de territórios de vulnerabilidade social no Estado da Paraíba. NEPPS/PPGSS/SEDH/FUNCEP/FAPESQ Coord. CONSERVA, Marinalva. João Pessoa, UFSC. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Paraíba / Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis: CEPED UFSC, SPOSATI, Aldaíza. Mapa da exclusão/inclusão social da cidade de São Paulo. São Paulo, Educ, Mapa da Exclusão/Inclusão Social como instrumento de planejamento e gestão de políticas públicas. Seminário Mapa da Exclusão/Inclusão em João Pessoa. PMJP/UFPB. João Pessoa, SPOSATI, Aldaíza (Coord.), KOGA. Dirce, CONSERVA. Marinalva, SILVEIRA Jr. José. Constantino, GAMBARDELLA. Alice. Topografia Social da cidade de João Pessoa.Editora Universitária, SPOSATI. Aldaiza. ALEGRE.Silvia Elena. GALO. Marcelo. Estudo Regionalizado da Capacidade Protetiva de Famílias que recebem benefícios de Transferência de Renda no Estado da Paraíba. PEP/GSSO/SSO/PUCSP/ CAPES. Casadinho PROCAD, TOPOGRAFIA SOCIAL REGIONALIZADA DO ESTADO DA PARAÍBA I JOÃO PESSOA/PB I MAIO/

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