O CINEMA E A CANÇÃO NAS AULAS DE HISTÓRIA: UM ESTUDO COM JOVENS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
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- Luiz Guilherme Cunha Gabeira
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1 O CINEMA E A CANÇÃO NAS AULAS DE HISTÓRIA: UM ESTUDO COM JOVENS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO Franciele Amaral Rodrigues dos Santos 1 Astrogildo Fernandes da Silva Júnior 2 RESUMO Este artigo apresenta resultados parciais de um projeto de pesquisa que tem como objetivo geral analisar o potencial das diferentes fontes e das diferentes linguagens da cultura contemporânea no processo de ensino e aprendizagem em história. A investigação é fundamentada na didática da história. Nos limites deste texto serão analisados os resultados de uma sequência de ensino trabalhada com uma turma do primeiro ano do ensino médio. A sequência foi produzida seguindo a proposta do Currículo Básico Comum CBC, que orienta para a discussão da formação da classe burguesa. No primeiro momento procurou-se conhecer os saberes dos jovens estudantes acerca da temática; no segundo, realizou-se a leitura metódica de textos do livro didático procurando identificar a relação entre renascimento, reforma e formação dos estados modernos com a burguesia. No terceiro momento, os estudantes assistiram ao filme Lutero, em seguida fizeram a análise deste filme. Foi trabalhada a canção "Burguesia" de Cazuza e, por fim, os estudantes produziram um texto com a seguinte temática: Burguesia: passado e presente. Concluiu-se que o uso de diferentes linguagens contribui para o aprendizado histórico tanto para alunos quanto para professores. A aplicação da sequência de ensino permitiu aos alunos refletir melhor sobre diferentes olhares sobre a história. Percebeu-se que houve maior interesse e participação efetiva de quase todos os jovens estudantes durante os debates e em narrativas produzidas por eles. Desta forma, constatou-se que o aprendizado histórico é possível de forma dinâmica, fazendo com que o próprio aluno seja protagonista das aulas e se perceba enquanto sujeito histórico na construção da história da humanidade. PALAVRAS-CHAVE Ensino de história. Didática da História. Canções. Cinema. Jovens estudantes. Ensino médio. Introdução O trabalho proposto pelo projeto "Diferentes fontes e linguagens no processo de ensinar e aprender história: um estudo com jovens estudantes da educação básica" 1 Estudante do curso de história (FACIP/UFU); ars.franciele@hotmail.com 2 Professor do curso de história da FACIP/UFU; silvajunior_af@yahoo.com.br 1
2 financiado por FAPEMIG/ CAPES/CNPq Editais: MCTI/CNPq/MEC/CAPES n. 18/2012 e 13/2012 Pesquisa na Educação Básica Acordo CAPES e FAPEMIG, está sendo realizado no 1º Ano do ensino médio de uma escola da rede pública em Ituiutaba-MG. Conta com o apoio e a participação efetiva, como bolsista, do professor de história da turma. O desenvolvimento do projeto no momento consiste em uma pesquisa ação que utiliza de diferentes fontes e linguagens no ensino de História. Para a realização das atividades recorremos primeiramente à teoria a partir de reuniões semanais para discussão de textos relacionados à Didática da História e prática de ensino em história, pois para que o aprendizado histórico seja possível é necessário o diálogo entre teoria e prática de ensino, como colocam as autoras abaixo: Refletir sobre educação um campo político interdisciplinar representa refletir sobre os avanços das ciências, pensar as transformações e as mudanças das sociedades, analisar os movimentos sociais e, em nosso caso, acompanhar os movimentos da historiografia, em seu constante e infindável processo de reconstrução das bases de saber e de explicação do passado. Pensar no ensino de história é ter como referência, portanto, a dinâmica epistemológica da história e da educação não como unidades autônomas, mas na inter-relação criadora e singular que deriva da fusão entre dois campos. (ZAMBONI, LUCINI, MIRANDA, p ). Embora pareça que ambos estão dissociados, vem se provando cada vez mais através de pesquisas científicas que é possível articular teoria e ensino na constituição do aprendizado histórico. A produção desse conhecimento só é possível se o professor for capaz de transmitir o sentido que a disciplina de história tem para os alunos. Procurando compreender o processo de ensino e aprendizagem em história, notadamente marcado por métodos de ensino que concebem os conteúdos de história como algo pronto que basta apenas aplicá-los em sala de aula, fundamentamos em autores que tratam dessa temática para melhor entender os elementos que concernem o ensino de história. Buscamos referencias conceituais sobre a formação da consciência histórica e o ensino de história no pensamento teórico de Jörn Rüsen. Para ele, a teoria da história pergunta sobre as chances racionais do conhecimento histórico e a didática pelas chances de aprendizado da consciência histórica. Essa reflexão é possível, a partir da didática da história que sistematiza a educação histórica e tem como objetivo central a preocupação do aprendizado histórico de crianças e jovens. Ao refletir sobre o processo ensino e aprendizagem, nota-se que é fundamental o conhecimento histórico para a formação da consciência histórica do indivíduo, cabe ao professor mediar e incentivar a busca por esse conhecimento que permite alargar o pensamento histórico e melhorar a vida prática do aluno. A didática da história nos permite conhecer o pensamento histórico de professores e jovens e não obstante nos permite ainda, 2
3 conhecer a forma de como esses jovens apreendem o ensino de história e como eles se utilizam desse conhecimento na vida prática. Afinal, o aprendizado histórico como objeto da didática da história tem a função de nos mostrar que, na condição de profissionais do ensino de história, devemos aprender como se aprende história, para saber ensinar. Esse campo específico da História atua sobre os processos com os quais se desenvolve o aprendizado histórico, através dele é possível compreender as relações entre as atividades cotidianas dos professores e os sentidos que os alunos atribuem à história. Portanto, ressaltamos que esse aprendizado é possível quando o professor em seu processo de formação como docente em história aprenda que para ensinar história, primeiramente ele precisa aprender como os alunos apreendem história. O uso de linguagens nas aulas de História 3 Em meio a essa discussão em relação ao papel do professor de história, buscamos compreender como o professor da escola, onde está sendo desenvolvido o projeto, estabelece essa mediação em relação ao aprendizado dos jovens estudantes. Notamos que as aulas geralmente são como em quase todas as instituições de ensino: o professor dá a aula expositiva e os alunos tentam acompanhar, mesmo às vezes não compreendendo o conteúdo. Um dos objetivos do projeto é quebrar essa rotina e propor o uso de linguagens na sala de aula, que permite aos alunos construir conceitos de forma dinâmica em que o aluno seja protagonista na construção do saber histórico. Ao incorporar diferentes linguagens no processo de ensino de história, reconhecemos não só a estreita ligação entre os saberes escolares e a vida social, mas também a necessidade de (re)construirmos nosso conceito de ensino e aprendizagem. As metodologias de ensino, na atualidade, exigem permanente atualização, constante investigação e contínua incorporação de diferentes fontes em sala de aula. O professor não é mais aquele que apresenta um monólogo para estudantes ordeiros e passivos que por sua vez decoram o conteúdo. Ele tem a vantagem de mediar relações entre os sujeitos, o mundo e suas representações e o conhecimento, pois as diversas linguagens expressam relações sociais, relações de trabalho e poder, identidades sociais, culturais, étnicas, religiosas, universos mentais constitutivos de nossa realidade sócio-histórica. (SILVA; SANTOS; SILVA. p. 10, 2013). O uso de linguagens no ensino de História é um reforço para a construção do conhecimento histórico de crianças e jovens. Durante a intervenção do projeto nas aulas de História, optamos por desenvolver uma sequência de ensino cujo tema é: "A formação do mundo burguês: colonização, revolução e relações étnico-culturais". O trabalho com a sequência de ensino nos permite dar sentido às atividades pedagógicas do dia a dia no ensino
4 de história. É possível encaixar tema, conteúdos e atividades em uma sequência lógica coerente e que pode ser desenvolvida envolvendo diferentes linguagens que contribuem para o processo de ensino aprendizagem de jovens e crianças. Para o autor Aguiar Júnior, a sequência de ensino deve abranger conteúdos relacionados entre si, o número de aulas necessárias para que ela seja desenvolvida, organização e coerência. Esse autor propõe quatro categorias de atividades para a construção de uma sequência de ensino: problematização inicial, desenvolvimento da narrativa do ensino, aplicação dos novos conhecimentos e reflexão sobre o que foi apreendido. Pautado nesses quatro critérios desenvolvemos a sequência de ensino abordando filme e canção como linguagens. 4 Desde que o cinema se tornou uma arte, sua intervenção com contexto histórico social, político e cultural se tornou ampla. A representação de períodos históricos pelas películas conquistou território com várias conotações, sendo elas críticas, fictícias e algumas conseguiram uma realidade bem próxima do evento abordado. Seria essa uma forma de expressão cultural a partir de um meio que envolve a todos, inclusive as massas. A linguagem fílmica permite algumas possibilidades como, por exemplo, encantar seu público através de produções voltadas para realização de uma vida completa e um final feliz, ou apropriar-se de eventos passados para despertar a atenção para ações políticas e sociais. Trabalhar o cinema aliado às aulas de História requer uma atenção maior do professor em relação à contribuição que o filme escolhido pode oferecer ao aprendizado histórico dos alunos. Assistir filme na escola é muito mais do que a ilustração da fala do professor, é preciso problematizar desde a escolha do filme até sua real contribuição para o entendimento do tema estudado, o filme é um suporte didático que pode dinamizar a aula e quebrar a rotina cotidiana das aulas expositivas. Mas como utilizar essa linguagem sem que os alunos percam o foco das aulas? O autor Marcos Napolitano diz que: [...] tendo o professor como mediador, deve propor leituras mais ambiciosas além de puro lazer, fazendo a ponte entre emoção e razão de forma mais direcionada, incentivando o aluno a se tornar um espectador mais exigente e crítico, propondo relações de conteúdo/linguagem do filme com o conteúdo escolar. (NAPOLITANO, p. 15). Fica claro que o professor como mediador entre a fonte e o aprendizado histórico deve sistematizar o uso do cinema em sala de aula. Para isso, segundo Napolitano, é necessário viabilizar as possibilidades técnicas e organizativas para a sala de aula; articular o conteúdo, as habilidades e os conceitos; abordar o filme conforme a faixa etária dos alunos e a etapa de aprendizagem, e também estar atento ao perfil cultural cinematográfico dos jovens estudantes.
5 No processo de construção do saber histórico é necessário que os alunos aprendam conceitos históricos e interpretem fatos de acordo com situações problemas. A partir dessas necessidades, o professor como mediador do ensino e aprendizado histórico deve usar os mais variados recursos, desde que estimule os jovens a pensar, interpretar e despertar senso crítico, constituindo assim o aprendizado histórico. Na perspectiva de se alcançar esses objetivos, um dos recursos que pode ser utilizado pelo professor de história é a canção como linguagem. Para melhor entendermos o trabalho com a canção em sala de aula, recorremos às orientações da professora Selva Guimarães sobre uso dessa linguagem nas aulas de história. Segundo Guimarães, ensinar história por meio de canções é um grande desafio e requer algumas considerações. Em primeiro lugar é importante auscultar os interesses dos jovens e adolescentes e, sempre que possível, incorporar uma ou mais canções como fontes históricas, é importante levar em consideração a cultura musical dos jovens e tentar incorporar seus ritmos, suas letras e melodias nas aulas, mas se faz necessário também, levar novidades para que eles possam conhecer novos ritmos. Para a autora, a incorporação de canções desperta o interesse dos alunos, motiva-os para as atividades, sensibiliza-os em relação aos temas e desenvolve a criatividade, além de sair da rotina de aulas expositivas a canção é um recurso poético que leva os jovens a se expressarem de forma mais informal, o que os deixa mais a vontade para participar das aulas. Portanto, de acordo com Selva, a canção deve ser trabalhada como uma totalidade, uma materialidade sonora, portadora de mensagens poéticas, políticas, que age nos nossos desejos. Assim como as outras linguagens, a canção não ilustra a narrativa histórica, é preciso analisar e refletir letra e melodia para se entender o que nela está contido além de contextualizá-la de acordo com a temática escolhida que estiver sendo desenvolvida durante as aulas. A sequência de ensino teve como principais objetivos fazer com que os alunos situassem historicamente o surgimento da burguesia, caracterizar a visão de mundo burguês e estabelecer relação entre a mentalidade burguesa e o Renascimento, bem como identificar aspectos do pensamento burguês herdados pela nossa sociedade. Os conceitos construídos durante as aulas foram "processo histórico" e "burguesia". Destacamos que é importante que os conceitos sejam construídos pelos próprios alunos com a intervenção do professor que pode nortear a fala dos alunos para que tenham melhor compreensão do sentido de cada conceito trabalhado. Nos primeiros momentos da aplicação da sequência de ensino o professor explicou o surgimento da burguesia e o reestabelecimento do comércio. A aula é narrativa e o 5
6 professor é o protagonista. Esse quadro só é revertido a partir do momento em que os próprios alunos levantam suas questões e problematizam os conceitos, e assim eles mesmos vão construindo uma ideia de conceito que vem inclusive do conhecimento prévio que os jovens estudantes carregam em sua bagagem memorial. No segundo momento foi feita a leitura e reflexão de textos relacionados à temática tanto do livro didático quanto narrativas construídas pelo professor. Os alunos comentaram os aspectos político, econômico e social que marcaram o mundo feudal, sintetizaram o surgimento da nova classe social, a burguesia, e comentaram o que eles entenderam sobre o conceito de "processo histórico". A próxima etapa da sequência foi a aplicação de novos conhecimentos, esse é o momento em que a sequência deve apresentar obstáculos cognitivos para os alunos, devem recorrer às referências estudadas no desenvolvimento da narrativa. Entendemos que dialogar um filme com o conteúdo aplicado seria um obstáculo para os jovens estudantes, já que eles teriam que assistir com criticidade considerando o teor de imparcialidade da história de Lutero apresentada no filme. O filme foi assistido pelos alunos na sala de multimídia e a discussão aconteceu na sala de aula. Durante o filme os alunos ficaram atentos e vez ou outra alguém arriscava um comentário. A discussão foi orientada pela ficha de análise fílmica sugerida pelo autor Marcos Napolitano, que nos chama a atenção para a importância da desconstrução do filme para que os jovens estudantes entendam que o que veem não é apenas uma ilustração das palavras do professor. Para além do contexto histórico a linguagem fílmica proporciona distração para os alunos, proximidade de professores, alunos e colegas nas rodas de discussão, além de quebrar a rotina das aulas expositivas. Seguindo a sequência, foi pedido que os alunos redigissem uma síntese dialogando o filme com o conteúdo trabalhado em sala de aula para ser feito em casa e entregue na aula seguinte. Percebemos que alguns alunos tiveram dificuldade para relacionar o filme com o conteúdo e se limitaram a narrar como foi a vida de Lutero apresentada no filme, já a maioria conseguiu trazer para a discussão as questões políticas apresentadas na produção cinematográfica, o poderio da Igreja sob os aspectos econômicos e perceberam a presença da burguesia no enredo fílmico. Para finalizar a atividade com o filme a proposta foi que os alunos se dividissem em grupos e cada um teria a como desafio produzir um vídeo a respeito de alguma temática trabalhada durante as aulas como Expansão Marítima, Burguesia, Reforma Protestante. A turma se dividiu em cinco grupos e a produção dos vídeos foi feita no laboratório de informática da própria escola. Com acesso a internet, eles fizeram um trabalho com pesquisas e produção no vídeo em um programa de editor de filmes. Foi uma atividade empolgante para os alunos, eles ficaram entusiasmados com a ideia e com o desenvolvimento 6
7 desse trabalho. No final os resultados foram bem animadores, todos os grupos produziram os vídeos encerrando com um trabalho em que eles conseguiram demonstrar entendimento do conteúdo e a importância do estudo do tema aplicado. A próxima e última etapa da sequência foi a análise da canção do cantor e compositor Cazuza, "A Burguesia", lançada em Primeiramente o professor fez a leitura da letra da canção com os alunos e em seguida eles ouviram a música. Ficaram curiosos para saber se esse era o tipo de música que a juventude ouvia na época em foi lançada, outros questionamentos e curiosidades surgiram conforme a letra da canção era analisada. Até mesmo o ritmo da música chamou a atenção dos alunos, segundo alguns não era possível que a juventude curtia esse tipo de música já que não dava nem para dançar. Esse tipo de comentário remete ao professor contextualizar a situação daquela época e que as coisas vão mudando conforme o "processo histórico". Durante a aplicação de toda a sequência não perdemos de vista a ideia de se trabalhar os conceitos sempre que havia oportunidade. Foi seguido um roteiro norteador para que a turma compreendesse melhor a análise da canção que vai da analise do compositor ao arranjo musical da canção. A atividade com a canção rendeu boas narrativas feitas pelos alunos. Eles associaram bem a letra com o conteúdo estudado e relacionaram o que foi possível aproximar os aspectos da sociedade burguesa da modernidade com a sociedade na qual estão inseridos. Considerações finais Ao fazer a análise do filme e da canção concluímos que, antes de se trabalhar com linguagens e fontes em sala de aula entendemos que é necessária uma preparação prévia para a aplicação desses recursos. O professor deve entender como funciona os usos dessas linguagens e fontes, não basta apenas querer distrair os jovens com algo novo, mas sim apresentar a novidade com planejamentos e conhecimento prévio do que se pretende aplicar. Guimarães ressalta que alunos e professores devem ter clareza sobre os caminhos, os problemas levantados e as fontes que serão utilizadas para complementar a produção de saberes históricos, é preciso que o professor entenda que um suporte didático vem carregado de informações que podem contribuir para a ampliação do conhecimento em vários aspectos como nas relações sociais, fatores políticos, artísticos, ideológicos, culturais, sociais e históricos. A sequência de ensino aplicada apresenta coerência em suas propostas e buscou cumprir seus objetivos dentro do tema proposto. A turma onde o projeto está sendo realizado 7
8 contribuiu para que o trabalho com linguagens tivesse bons resultados, pois saíram da rotina das aulas expositivas e entraram no universo histórico do mundo moderno através de leituras e atividades lúdicas que incentivavam a participação de todos. Ao final da aplicação da sequência de ensino os alunos demonstraram clareza na compreensão do conteúdo relacionado ao mundo moderno, percebemos isso através da leitura das narrativas produzidas por eles, que inseriam o filme e a canção para associar o que foi aprendido em sala de aula. A partir desse projeto compreendemos que para ensinar história é necessário, além do conhecimento histórico, saber orientar os jovens no tempo e contribuir de forma sistematizada para a formação da consciência histórica dos mesmos a partir das demandas apresentadas pela sociedade na qual estamos inseridos. As colocações que os alunos fazem em sala de aula são válidas e devemos valorizá-las, pois ajudam para o aprendizado dos alunos. Associar os elementos cotidianos com a história é importante para a construção de um futuro melhor, pois o conhecimento histórico contribui para uma vida mais engajada nas questões socioeconômicas e culturais de crianças e jovens. O uso de linguagens em sala de aula nos permitiu compreender que é possível um ensino de história de qualidade e utilidade para a vida dos estudantes das escolas básicas. REFERÊNCIAS AGUIAR JÚNIOR, Orlando. O planejamento de ensino. Projeto de Desenvolvimento Profissional de Educadores, Módulo II. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, BEZERRA, Holien Gonçalves. Conceitos básicos. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, FONSECA, Selva G. O trabalho do professor na sala de aula: relações entre sujeitos, saberes e práticas. R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 91, n. 228, p , maio/ago KARNAL, Leandro. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, PINSKY, Jaime; BASSANEZI, Carla Pinsky. O que e como ensinar: por uma história prazerosa e consequente. In. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto,
9 SILVA, Marcos. A História vem a público. In. História que ensino é esse? São Paulo: Papirus, MARTINS, Estevão de Rezende. Educação e consciência histórica. In: CAINELLI, Marlene, SCHMIDT, Maria Auxiliadora (Orgs.). Educação História: teoria e pesquisa. Ed. Ijui, RS: p RÜSEN, Jörn. Razão Histórica. Brasília: Ed. UNB, Didática da história: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. Jörn Rüsen e o Ensino de História. In: SCHMIDT, BARCA, MARTINS (Orgs.). Curitiba: Ed. UFPR, Aprendizado histórico. Jörn Rüsen e o Ensino de História. In: SCHMIDT, BARCA, MARTINS (Orgs.). Curitiba: Ed. UFPR, Experiência, interpretação, orientação: as três dimensões da aprendizagem histórica. Jörn Rüsen e o Ensino de História. In: SCHMIDT, BARCA, MARTINS (Orgs.). Curitiba: Ed. UFPR,
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