Boletim Diário MERCADOS. Índices, Câmbio e Commodities. Bolsa. Câmbio. Juros. Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Análise de Investimentos

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1 MERCADOS Bolsa A Bovespa seguiu o caminho de baixa ontem, fechando o dia com perda de 2,45% aos pontos, acelerando as perdas depois do comunicado do Federal Reserve de encerramento do programa de incentivos fiscais no país. A instituição anunciou que as compras de títulos do Tesouro dos EUA terminam em outubro, como esperado, e que manterá a taxa dos Fed Funds inalterada na faixa de 0,00% a 0,25%. O volume financeiro ficou em R$ 8,3 bilhões. Outro destaque foi a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (Selic) de 11% pra 11,25% ao ano. A agenda econômica de hoje vem mais carregada com dados de Brasil, trazendo o IGP-M de outubro em 0,28% (M/M) e 2,96% (A/A). Na Europa, indicadores de confiança na economia, indústria e serviços e nos EUA, dados de emprego e o PIB trimestral são os principais destaques. As bolsas internacionais mostram predomínio de alta na Ásia e queda nos mercados europeus. A Bovespa deverá refletir negativamente às decisões anunciadas ontem no final do dia. Câmbio O dólar seguiu em queda ontem, encerrando com queda de 0,28% cotado a R$ 2,4650 no balcão, enquanto a moeda para novembro fechou estável, aos R$ 2,4635. Juros Índices, Câmbio e Commodities Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 51,049 (2.4) (5.7) (0.9) Ibovespa Fut. 51,850 (1.3) (3.8) (5.4) Nasdaq 4,549 (0.3) DJIA 16,974 (0.2) (0.4) 2.4 S&P 500 1,982 (0.1) Tóquio 15, (3.2) (3.9) Xangai 2, Frankfurt 9, (4.1) (4.9) Londres 6, (2.5) (4.4) Mexico 44, (1.7) 3.5 India 27, (35.3) 28.0 Rússia 1, (97.5) (26.6) Dólar - vista R$ Dólar/Euro $1.26 (0.8) 0.0 (8.1) Euro R$ 3.11 (0.8) 0.6 (4.1) Ouro $1, (1.3) Petróleo Brent $ (8.0) (21.4) Petróleo WTI $ (9.8) (16.5) * Dia anterior, exceto Ásia MMXM3 4.7% KLBN4 ELET3 TIMP3 SBSP3 1.8% 1.4% 1.2% 1.2% Na contramão do dólar, as taxas de juros futuros tiveram dia de alta com a taxa DI para jan/15 marcando 10,935%, de 10,925% no ajuste anterior, já o DI para jan/17 apontava 12,00%, de 11,92% na véspera. Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV - IGP-M (m/m) Outubro 0,20% 0,28% 0,20% 08:00 FGV - IGP-M (a/a) Outubro 2,87% 2,96% 3,54% 10:30 Empréstimos pendentes (m/m) Setembro 1,00% 10:30 Total emprestado em aberto Setembro 2,864 bi. 10:30 Taxa de inadimplência de empréstimos pessoais Setembro 6,60% 10:30 Empréstimos Bancos privados Setembro 1,346 bi. BC - Balança Comercial Setembro -12,0 bi. -10,4 bi. Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 10:30 Novos pedidos seguro-desemprego 25-out 285 mil 283 mi. 10:30 PIB anualizado (t/t) 3T 3,00% 4,60% 10:30 Seguro-desemprego 18-out 2352 mil 2351 mil 10:30 Consumo pessoal 3T 1,90% 2,50% Europa Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 Confiança na economia Outubro 99,7 100,7 99,9 08:00 Confiança industrial Outubro -5,5-5,1-5,5 08:00 Confiança do consumidor Outubro -11,1 11,1-11,1 08:00 Confiança em serviços Outubro 3,1 4,4 3,2 USIM5 SANB11 PETR3 PETR % -6.9% -6.8% -6.7% Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES Vale PNA (VALE5): Resultados do 3T14 A empresa divulgou nesta manhã resultados do 3T14 muito fracos e piores que nossas expectativas. Os números do período mostraram queda nas vendas minério, redução maior que a esperada nos preços, elevação nos custos de produção, além de uma substancial alta despesa financeira com a desvalorização do real. Vale - Resultados Trimestrais US$ milhões 3T14 2T14 Var. 3T13 Var. 3T14 E Var. Receita Líquida ,5% ,5% ,3% Lucro Bruto ,0% ,8% ,7% Margem Bruta 28,3% 38,6% -10,3 pp 49,2% -20,9 pp 32,1% -3,8 pp EBITDA ,8% ,3% ,4% Margem EBITDA 33,1% 41,4% -8,3 pp 47,1% -13,9 pp 36,6% -3,5 pp Lucro Líquido ,0% % Fonte: Vale e Planner Ao contrário do que indicava o Relatório de Produção, as vendas de minério de ferro tiveram redução de 9,6% comparado ao 3T13. A produção de minério no 3T14 foi 3,1% superior ao mesmo período de No entanto, o volume vendido de pelotas foi muito bom, com crescimento e 12,8%. As vendas de níquel e cobre ficaram em linha com as indicações do Relatório de Produção. A venda de níquel cresceu 14,5% e a de cobre teve queda de 5,8% comparada ao 3T13, mas mostrou forte recuperação (+27,6%) em relação ao trimestre anterior. Outros produtos importantes como carvão e fertilizantes tiveram um bom desempenho no trimestre. As vendas de carvão tiveram crescimento de 14,4% e as de fertilizantes fosfatados aumentaram 7,0%. Vale - Volume Vendido mil toneladas 3T14 2T14 Var. 3T13 Var. Minério de Ferro ,1% ,6% Pelotas ,1% ,8% Manganês ,1% ,8% Carvão ,7% ,4% Níquel ,0% 62 14,5% Cobre ,6% 103-5,8% Fosfatados ,5% ,0% Nitrogenados ,4% 184-2,2% Fonte: Vale Página 2

3 A forte queda na cotação do minério no mercado spot chinês (17,0%) já indicava que a Vale teria uma expressiva redução em seu preço de venda. Porém, a queda foi ainda maior que no mercado chinês (-19,6% em relação ao 2T14). Com a forte diminuição nos preços, a receita de vendas de minério, ROM e pelotas teve uma redução de 15,6% comparada ao 2T14 e 38,6% em relação ao 3T14. Isso foi em parte compensado pelo aumento de 14,6% na receita com metais básicos. Vale - Preço Médio Realizado US$/tonelada 3T14 2T14 Var. 3T13 Var. Minério de Ferro 68,02 84,60-19,6% 109,93-38,1% Pelotas 117,85 135,63-13,1% 149,55-21,2% Manganês ,7% ,9% Níquel ,3% ,0% Cobre ,0% ,5% Fonte: Vale Outra notícia ruim neste trimestre foi a alta dos custos de produção, que vinham em trajetória de queda nos últimos períodos. No 3T14, o custo total subiu 6,9% comparado ao 2T14, com alta em Serviços Contratados (10,1%), energia (2,9%), pessoal (1,6%) e os Outros custos que subiram 9,7%, principalmente no item Manutenção (+19,4%). Este aumento nos custos de manutenção ocorreu em função de paradas programadas nas unidades do Canadá, reforma de caminhões da área de minério de ferro e aumento dos salários do setor. Vale - Custos de Produção US$ milhões 3T14 2T14 Var. 3T13 Var. Serviços Contratados ,1% ,3% Energia ,9% 619-4,8% Aquisição de Produtos ,3% ,0% Pessoal ,6% ,4% Frete ,8% 872 0,8% Depreciação ,6% 908 9,1% Outros ,7% ,0% Total ,9% ,8% Fonte: Vale A forte desvalorização do real no 3T14 (11,3%) teve um impacto forte nas despesas financeiras, levando o resultado final para o campo negativo. No trimestre, a Vale teve perdas de US$1.943 milhões com a desvalorização do real na dívida denominada em moeda estrangeira. Além disso, a empresa teve um impacto negativo de US$740 milhões em instrumentos financeiros, também advindo da desvalorização. Com isso, o custo financeiro líquido no 3T14 foi de US$3,4 bilhões, quase seis vezes maior que no mesmo período do ano passado. A compensação destes custos, com ganhos na receita e margens não ocorreu, porque a desvalorização média do real no trimestre foi de apenas 2%. A Vale deve Página 3

4 se beneficiar disso no 4T14, porque praticamente todas as receitas da empresa são em dólares, enquanto 56% dos custos de produção são em reais. Estes fracos resultados da empresa e a manutenção dos preços do minério na faixa dos US$80 por tonelada nos levarão a revisar novamente as expectativas para a empresa. Recentemente reduzimos nossas projeções para a Vale, levando em conta uma nova curva de preços futuros para o minério, que agora nos parece otimista. Nossa recomendação atual para VALE5 é de Compra com Preço Justo de R$33/ação. Usiminas PNA (USIM5): Teleconferência sobre os resultados do 3T14 Ontem pela manhã a empresa divulgou seus resultados do 3T14 que foram muito fracos, mas com um prejuízo líquido menor que esperávamos, em função do excelente resultado na venda de energia elétrica. No trimestre, o aumento de exportações de aço, a queda das vendas de minério e a elevação dos custos financeiros fizeram com que a empresa tivesse forte queda nas margens da operação e voltasse ao prejuízo após três trimestres. Logo após a divulgação do resultado, foi realizada uma teleconferência para discutir as perspectivas da empresa na qual os principais pontos discutidos foram: Siderurgia - PIB dos setores consumidores de aço deve cair mais de 10% neste ano; - Expectativas para 2015 são de crescimento do PIB nacional (ao redor de 1%), com elevação do consumo aparente de aço; - Diferencial de preços entre o mercado interno e externo está no momento entre 10% e 15%, dependendo do produto. O diferencial de equilíbrio é na faixa de 5% e 10%. Se a taxa de câmbio chegar em R$2,70/USD, abre-se uma perspectiva de aumento nos preços no mercado nacional; - Houve um recorde na importação de laminados no 2T14, que impactou negativamente as vendas do setor no terceiro trimestre; Mineração Não foram feitas exportações ou venda para terceiros no mercado interno neste trimestre; - Estão trabalhando para reduzir em US$5 por tonelada o custo FOB mina. Conseguindo esta redução nos custos de produção, mais a queda esperada nas despesas portuárias, que Página 4

5 devem ocorrer com a inauguração do Porto Sudeste, a exportação de minério fica viável mesmo com a cotação de US$80/t; - O Porto Sudeste deve iniciar suas operações ainda este ano; Despesas operacionais: ficaram estáveis no período; Capital de giro: teve queda de 10% no trimestre, em função da redução dos estoques; Investimentos: montante investimento até setembro/2014 foi de R$777 milhões, sendo que projeção para o ano é de que serão gastos R$1,1 bilhão; Energia: a empresa teve um ganho excepcional no 3T14 com as vendas de energia (R$124 milhões), que devem continuar no quarto trimestre, naturalmente dependendo dos preços no mercado spot. Reiteramos que após os fracos resultados do trimestre e a persistência de perspectivas pessimistas para o setor, vamos rever nossas projeções e recomendação para USIM5. Bradesco (BBDC4) Bom resultado do 3T14 em linha O Banco Bradesco registrou no 3T14 um Lucro Líquido Ajustado de R$ 3,95 bilhões (ROAE de 20,4%), 3,8% superior aos R$ 3,80 bilhões do 2T14 (ROAE de 20,7%) e com expressivo crescimento de 28,2% frente os R$ 3,08 bilhões do 3T13 (ROAE de 18,4%). Bradesco - DRE Ajustado 3T13 2T14 3T14 var var 9M13 9M14 var R$ milhões trim 12m Margem Financeira ,8% 14,5% ,3% Juros ,2% 15,2% ,5% Não juros ,7% -59,8% ,4% Despesas com PDD ,6% 16,2% ,9% Result.Bruto de Interm. Financeira ,1% 13,8% ,2% Result. Seguros/Prev./Capitalização ,9% 6,4% ,2% Receita de Prestação de Serviços ,8% 13,3% ,6% Desp. com Pessoal/Administrativas ,4% 3,1% ,6% Outros (*) ,0% 19,0% ,8% Lucro Líquido ajustado ,8% 28,2% ,7% Ativo Total ,0% 8,8% ,8% Carteira de Crédito Ampliada ,1% 7,7% ,7% Patrimônio Líquido ,2% 18,2% ,2% NPL >90d 3,6% 3,5% 3,6% 0,1 pp 0,0 pp 3,6% 3,6% 0,0 pp ROAE aj. % (acum no ano) 18,4% 20,7% 20,4% -0,3 pp 2,0 pp 18,4% 20,4% 2,0 pp Margem Fin. Ajustada % 7,1% 7,8% 7,6% -0,2 pp 0,5 pp 7,1% 7,5% 0,4 pp Índice de Eficiência (últ.12m) 42,1% 40,9% 39,9% -1,0 pp -2,2 pp 42,1% 40,9% -1,2 pp Basiléia 16,4% 15,8% 16,3% 0,5 pp -0,1 pp 16,4% 16,3% -0,1 pp (*) Outros: Contempla Desp Tributárias + Part. Coligadas + Out Desp Oper + Res Não Oper + IR/CS e Part Minoritária. Fonte: Bradesco/Planner Corretora. Página 5

6 No acumulado dos 9M14 o Lucro Líquido Ajustado somou R$ 11,23 bilhões (ROAE de 20,4%), com crescimento de 24,7% frente R$ 9,00 bilhões (ROAE de 18,4%) do mesmo período de Desse valor total acumulado, R$ 8,06 bilhões (71,8%) foram provenientes das atividades financeiras, e os restantes R$ 3,17 bilhões (28,2%), gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização, dentro da média histórica. Ao final de setembro de 2014 os Ativos Totais do banco totalizavam R$ 987,36 bilhões, crescimento de 8,8% em relação a setembro de O Patrimônio Líquido somou R$ 79,24 bilhões, 18,2% superior a setembro de O Índice de Basileia III registrou 16,3% em setembro de 2014, sendo 12,6% de Capital Principal / Nível I. A Carteira de Crédito Expandida em set/14 era de R$ 444,20 bilhões, com evolução de 7,7% em 12 meses. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 138,03 bilhões (+8,6% em 12 meses), enquanto as operações com pessoas jurídicas somaram R$ 306,17 bilhões (+7,2% em 12m). O Índice de Inadimplência superior a 90 dias manteve-se estável nos últimos doze meses, encerrando setembro de 2014 em 3,6%, mas com pequena elevação de 0,1pp frente os 3,5% do trimestre anterior. Ao final de set/14 o Índice de Eficiência Operacional (IEO) era de 39,9%, abaixo dos 42,1% em set/13 e dos 38,6% no 2T14, o melhor indicador dos últimos 5 anos. Opinião: Um bom resultado trimestral, em linha com os R$ 3,99 bilhões que esperávamos e levemente acima do que o mercado estimava, explicado principalmente pela estabilidade do Resultado Bruto de Intermediação Financeira no trimestre frente o trimestre imediatamente anterior. Nessa base de comparação o crescimento de 2% da margem financeira (de juros e não juros) foi compensado pelo aumento das despesas com PDD. As receitas de serviços cresceram 5,8% em base trimestral e mais que compensaram a queda do resultado de seguros, previdência e capitalização. A inadimplência elevou-se 0,1pp para 3,6%, mas ainda num patamar saudável. Nas operações de crédito, a expansão de 7,7% em 12 meses se mostrou abaixo do esperado, refletindo o ritmo mais lento da atividade econômica, motivando a redução das estimativas. O novo guidance prevê expansão entre da carteira de crédito entre 7% e 11%, frente projeção anterior de 10% a 14%. No segmento de pessoas físicas, a nova estimativa é de crescimento entre 8% e 12% (de projeção anterior entre 11% a 15%). Para as pessoas jurídicas, o crescimento foi ajustado do intervalo entre 9% e 13% para uma evolução entre 6% a 10%. Cotadas a R$ 33,76/ação, as BBDC4 registram alta de 18,5% este ano. Os múltiplos do banco para 2014 são de P/L de 11,6x e P/VPA de 1,6x. Seguimos com recomendação de compra para seus papéis. Página 6

7 Totvs (TOTS3) - Resultados do 3T14 A Totvs encerrou o 3T14 com crescimento de 8,6% na receita líquida e com EBITDA praticamente estável em relação ao mesmo período de A distribuição da receita líquida, nos últimos 12 meses fechados em set/14, ficou em 20,4% para serviços, 49,9% para manutenção e 29,7% vindos de taxas de licenciamento. O segmento que vem mostrando crescimento é o de manutenção, ao longo dos últimos anos. Em 2010, a participação era de 45,8%. Segundo a Totvs, o crescimento da receita de manutenção, tanto no trimestre, quanto no acumulado dos últimos 12 meses, resultou principalmente: (i) da fidelização do portfólio de clientes da Companhia, composto principalmente por pequenas e médias empresas; (ii) das vendas de licenças realizadas em períodos anteriores; (iii) da maior recorrência de receita das empresas adquiridas; e (iv) do reajuste anual dos contratos, com base em índices de inflação pré-definidos, em sua maioria IGP-M. A empresa destaca que o resultado foi alcançado mesmo diante de um cenário econômico adverso, que afetou os negócios com licenças de software, especialmente para empresas de grande porte. No 3T14 o lucro líquido somou R$ 68,1 milhões, aumento de 20,7% sobre igual período anterior com margem líquida passando de 13,7% para 15,3% no período. No acumulado de 9 meses de 2014 o lucro líquido foi de R$ 193,7 milhões, evolução de 19,3% em relação ao resultados do 9M13, (R$ 162,3 milhões). A Totvs encerrou o 3T14 com uma posição de caixa líquido de R$ 16,3 milhões, uma variação de R$ 52,06 milhões frente à dívida líquida apurada no 2T14. Essa variação é resultante do crescimento de 39,7% da geração operacional de caixa de R$ milhões, equivalente a 96,6% do EBITDA do trimestre, positivamente influenciada pela redução de Página 7

8 dias de contas a receber e a característica de recorrência das receitas com taxa de licenciamento no período, além de outros fatores. A ação TOTS3 encerrou ontem cotada a R$ 36,65 acumulando alta de 1,7% no ano., com valor de mercado de R$ 5,97 bilhões. Temos recomendação de COMPRA para a ação com preço justo de R$ 47,00/ação, o que implica uma valorização potencial de 28%. Ibá - Produção Brasileira de Celulose Conforme dados divulgados ontem (29/out) pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) a produção brasileira de celulose apresentou elevação de 6,7% no mês de setembro, em relação a igual período do ano anterior, totalizando 1,361 milhão de toneladas. Nos 9 primeiros meses do ano foram produzidas 12,090 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 7,7% em igual período de A elevação apresentada no nível de produção se mostrou impactada pela alta apresentada nas exportações do insumo, totalizando 869 mil toneladas em setembro, ou seja, um avanço de 15,4% em relação ao mês anterior. Até setembro deste ano foram exportadas 7,752 milhões de toneladas, um avanço de 12,6% em relação a igual período do ano anterior. As vendas domésticas também apresentaram elevação em setembro (14,6%), quando comparadas com o mês anterior, totalizando 165 mil toneladas. Já as importações acumulam perda de 2,8% nos nove primeiros meses do ano, totalizando 317 mil toneladas importadas. Mercado Nacional de Celulose Celulose set/13 ago/14 set/14 M/M mil/ton A/A Produção ,8% 6,7% Vendas Domésticas (a) ,8% 19,6% Exportações (b) ,2% 15,4% Total (a+b) ,5% 16,0% Importações ,3% 10,3% Consumo Aparente ,8% -4,6% Fonte: Ibá Enxergamos que, mesmo que o nível do preço commodity comercializado internacionalmente esteja em níveis baixos, a industria brasileira de celulose que é beneficiada por condições favoráveis para o plantio do eucalipto, insumo para a fabricação de celulose de fibra curta, fazendo com que essas empresas possuam níveis baixos de custo de caixa, sendo assim as mais competitivas do mercado. Cabe ressaltar os fechamentos de Página 8

9 unidades ocorridos tanto na Europa quanto nos EUA, que diminuíram a oferta do insumo, e a unidade da Suzano em Imperatriz (MA) que vem concluindo seu ciclo de maturação. Página 9

10 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) 27/10/14 30 dias Mês Ano Saldo (576,682) (250) (417,2) ,0 Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto Ibovespa Futuro Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro I. Não Residentes I. Institucionais Compra Venda Líquido ( ) Página 10

11 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Anterior Sexta-feira 09:00 BR Fabricação PPI (m/m) Setembro 0,48% 31/10/ :00 BR Fabricação PPI (a/a) Setembro 2,50% 10:30 BR Coeficiente % da dívida/pib Setembro 35,90% 10:30 BR Balança orçamentária nominal Setembro -31,5 bi. 10:30 BR Balança orçamentária primária Setembro -14,5 bi. 10:30 EUA Índice de custo de emprego 3T 0,50% 0,70% 10:30 EUA Renda pessoal Setembro 0,40% 0,30% 10:30 EUA Gastos pessoais Setembro 0,10% 0,50% 10:30 EUA Deflator DCP (m/m) Setembro 0,00% 0,00% 10:30 EUA Deflator DCP (a/a) Setembro 1,50% 10:30 EUA Principal DCP (m/m) Setembro 0,10% 0,10% 10:30 EUA Principal DCP (a/a) Setembro 1,50% 11:00 EUA ISM Milwaukee Outubro 63,18 11:45 EUA PMI Chicago Outubro 61 60,5 Segunda-feira 08:00 BR FGV: IPC-S (m/m) 31/out 0,49% 3/11/ :30 BR BC - Pesquisa Focus (semanal) 15:00 BR Balança comercial mensal Outubro -939 mi. 15:00 BR Total de exportações Outubro mi. 15:00 BR Total de importação Outubro mi. 15:00 BR Balança comercial semanal 2/nov BR Vendas de veículos Fenabrave Outubro :00 EUA ISM Manufaturados Outubro 56,5 56,6 13:00 EUA ISM Preços pagos Outubro 59,5 13:00 EUA Gastos com construção (m/m) Setembro 0,60% -0,80% 07:00 EURO PMI Manufatura zona do euro Outubro 50,7 Terça-feira 05:00 BR IPC-Fipe (mensal) Outubro 0,21% 4/11/ :00 BR Produção industrial (m/m) - AS Setembro 0,70% 09:00 BR Produção industrial (a/a) Setembro -5,40% 11:30 EUA Balança comercial Setembro -40,0 bi. -40,1 bi. 12:45 EUA ISM de New York Outubro 63,7 08:00 EURO IPP (m/m) Setembro -0,10% 08:00 EURO IPP (a/a) Setembro -1,40% Quarta-feira BR Produção de veículos Anfavea Outubro /11/2014 BR Índice de preço de commodities (m/m) Outubro 1,01% BR Vendas de veículos Anfavea Outubro BR Índice de preço de commodities (a/a) Outubro 1,14% BR Exportações de veículos Anfavea Outubro :00 EUA MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 31/out 11:15 EUA ADP - Variação setor empregos Outubro 210 mil 213 mil 12:45 EUA PMI Serviços Outubro 57,3 12:45 EUA PMI Composto Outubro 57,4 07:00 EURO PMI Serviços zona do euro Outubro 52,4 07:00 EURO PMI Composto zona do euro Outubro 52,2 08:00 EURO Vendas a varejo (m/m) Setembro 1,20% 08:00 EURO Vendas no varejo (a/a) Setembro 1,90% Fonte: Bloomberg Página 11

12 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 12